quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sinagogas do Bras, da Mooca e de Pinheiros

Sinagoga Israelita do Brás:
Fundada em 23 de junho de 1925, a União Israelita do Brás situava-se na Rua Bresser, 47. Primeira diretoria: Leão Kassinsky, Guilherme Meltzer, Boris Kohan, Jacob Kutcher, Emilio Kuchnir, Max Jagle, Boris Rolnick, Paulo Leguer, Adolfo Rozenblat, Jaime Serber.

Sinagoga Israelita Brasileira:
Fundada em 1928 por judeus de origem libanesa, contava com 13 famílias. Funcionando no início na Rua Oscar Horta, transferiu-se para a Rua Odorico Mendes, 174, na Mooca, em terreno doado pela família Klabin. Primeira diretoria: Isaac Sayeg, Gabriel Kibrit, Benjamin Cohen, Nissim Nigri, Salim Mansur e Gabriel Politi.

Sinagoga Israelita de Pinheiros Beth Jacob:
Fundada em 27 de setembro de 1937 por judeus poloneses, russos e romenos, do bairro de Pinheiros. Desde 1925 estes se reuniam em casas particulares e tinham por objetivo construir um templo para o culto do judaísmo e para manterem contato entre si, utilizando, também, o espaço, para fins sociais .A sinagoga funcionou na Rua Arthur de Azevedo 1781. Demolida, foi reconstruída no mesmo local, em 1938. Comissão: H. Sancovsky, Felipe Akerman, Pedro Perlov, Leôncio Galper, Jacob Rosenblit, Francisco Helman e Naum Chechanovich.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Museu Judaico de São Paulo ficará no lugar da sinagoga Beth-El
Por Sara Duarte - 11/11/2009 - Revista "Veja-São Paulo"



A sinagoga Beth-El, localizada há oitenta anos na Rua Martinho Prado, no centro, será transformada no Museu Judaico de São Paulo. A reforma do templo projetado pelo russo Samuel Roder ficará a cargo do escritório de arquitetura Botti Rubin, que desenhou o Centro Brasileiro Britânico, em Pinheiros. As obras devem começar no ano que vem, mas a instituição já aceita doações de objetos que ajudem a descrever os hábitos dos primeiros imigrantes judeus. ' A ideia é contar a história da comunidade judaica brasileira a partir de 1850 ', explica a historiadora Roberta Sundfeld, diretora do futuro museu.

site:http://vejasp.abril.com.br/revista/edicao-2138/museu-judaico-de-sao-paulo-ficara-no-lugar-da-sinagoga-beth-el
Um artigo interessante...
Um livro para se ler...

Sinagogas do Brasil- Jaime Spitzcovsky - publicado pelo Instituto Cultural Safra e resultado de um trabalho de cerca de quatro anos.

"Os números da iniciativa revelam sua amplitude: ao longo de 200 páginas, há imagens de 100 sinagogas, feitas pelo fotógrafo Niels Andreas. Foram percorridos mais de 30 mil quilômetros, cruzando o território nacional, de Manaus a Porto Alegre. Registraram-se mais de 20 mil fotos. Num desafiador trabalho de edição que contou com a valiosa e fundamental participação da equipe do Instituto Cultural Safra, selecionamos as principais imagens, com o intuito de oferecer um amplo panorama fotográfico e jornalístico da sinagoga, instituição central da vida comunitária. Ela, ao longo da milenar história de nosso povo, "transformou-se numa fortaleza capaz de se erguer nos mais distantes rincões do planeta, com o objetivo de proteger, estimular e consolidar a fé e valores judaicos". Tal descrição faz parte do meu texto de introdução. Além de glossário, o livro oferece ainda um denso artigo intitulado "A Sinagoga - Um Espaço de Continuidade", escrito por Mônica Unikel-Fasja. O texto, originalmente publicado na obra "Sinagogas de México", foi gentilmente cedido pela Fundación Activa, AC, do México.
A idéia de produzir um mosaico de imagens de nossas sinagogas surgiu pouco tempo depois de Niels Andreas e eu realizarmos uma viagem pelo Oriente Médio.
Em 1998, trabalhávamos na Folha de S. Paulo e fomos enviados a Israel e países vizinhos para produzir um suplemento especial dos 50 anos de independência do Estado judeu. Após voltarmos do intenso périplo jornalístico, começamos a rascunhar novos projetos de trabalho conjunto. Rapidamente, "Sinagogas do Brasil" tornou-se nossa prioridade, e fomos acolhidos pelo Instituto Cultural Safra, que propiciou as condições para viabilizar a ambiciosa iniciativa.
Com o fundamental auxílio de instituições como a Confederação Israelita do Brasil (Conib) e as federações israelitas espalhadas pelos estados brasileiros, conseguimos elaborar uma lista de sinagogas. Contabilizamos, ao todo, mais de 110 sinagogas, praticamente metade delas em São Paulo, cidade com maior concentração de população judaica do país. Partimos depois para o árduo trabalho de agendar as visitas e produzir as imagens.
Confirmamos, no cenário brasileiro, uma tradição histórica: não existe um estilo arquitetônico único para as sinagogas. Elas refletem o momento vivido por uma determinada comunidade, como as características geográficas e culturais do meio onde ela se insere combinadas com tradições carregadas por aquela coletividade na Diáspora. Por exemplo, no Rio de Janeiro, sinagogas combinam a necessidade de conviver com o calor típico da cidade com tradições provenientes da longínqua Europa oriental. Do alto da sua experiência fotografando mais de uma centena de sinagogas, opina Niels Andreas: "Nenhuma sinagoga é igual à outra, embora elas sejam compostas sempre pelos mesmos elementos, como rolos da Torá, menorot, entre outros".
Além de se propor a mostrar um ponto focal de nossa vida comunitária, o projeto "Sinagogas do Brasil" carregou a intenção de colaborar com a preservação da memória da comunidade judaica. "Acho que ajudamos a registrar e a guardar um momento de nossa vida no Brasil, colocando em imagens e, portanto, imortalizando, do ponto de vista do registro histórico, um cenário onde se desenvolve parte significativa do dia-a-dia dos judeus em nosso país", afirma Niels Andreas.
O livro, concebido como uma iniciativa de descrição jornalística, não mergulha em análises arquitetônicas ou na história de cada uma das sinagogas. Seus textos buscam explicar, em rápidas pinceladas, a origem e a função da sinagoga, assim como um pouco de sua trajetória no Brasil, relatando momentos dessa parte da vida comunitária, como a fundação da primeira sinagoga das Américas, a "Kahal Zur Israel", em Recife, no ano de 1637.
Optamos também por evitar imagens de pessoas. Decidimos que o foco do trabalho se concentraria na sinagoga, em seus elementos e em seus detalhes. Esperamos, depois de um extenso trabalho, poder propiciar aos leitores uma enriquecedora viagem por uma instituição que nos acolhe, inspira e acompanha há tanto tempo: nossas sinagogas."

- O jornalista Jaime Spitzcovsky é editor do site www.primapagina.com.br. Foi editor internacional e correspondente em Moscou e em Pequim.

Publicado na Revista Morasha, Edição 48-abril de 2005


site:http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=509&p=0