quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Placas das Diretorias do Litvischer Shil no Bom Retiro


Além das plaquinhas nos bancos, na Sinagoga Religiosa Israelita Beith Itzchak Elchonon, destaca-se a placa da Diretoria, de setembro de 1957, sendo, naquela ocasião, o Presidente Henrique Schepselevitz, Secretário Herc Szapiro, Tesoureiro Theodoro Gleser, Diretores Moises Sepselievitz, Jacob Levin E David Chasin. Fizeram parte do comitê Pró-Construção Moises Sepselievitz, Herc Szapiro, Henrique Schepselevitz e Theodoro Gleser. Destaca-se também a placa da Diretoria Executiva de 1967 a 1979, constando como Presidente Prof. Jacob L. Lewin, Vice-Presidente Michel Pergaminik, Tesoureiro Theodoro Gleser, 2º. Tesoureiro Abram Furman, Secretário Moisés Fridland, 2º. Secretário Prof. Marcos J. Smaletz e Gabai David Chasin. 

Uma placa em homenagem à memória do então presidente, Prof. Marcos J. Smaletz, de agosto de 2017, “pelos seus valores e dedicação à nossa tradição” também está afixada à parede. No interior da Sinagoga, logo à entrada, à esquerda, é possível verificar diversas placas em memória aos frequentadores e familiares falecidos:

E familiares continuam também deixando seus comentários no Facebook: Na minha página, Monica Zilbovicius postou uma foto, que compartilho ao lado, com a poltrona do avo, na sinagoga.

Malca Turc comentou: “Sinagoga muito acolhedora. Os meninos do Renascença, iam todo dia antes da entrada na escola.” Em CCIB, Eliana Naslauski escreveu: “Minha avó tinha uma cadeira dessas com nome na Beit Yakoov, infelizmente se desfizeram dela. Minha avó chamava Clara Pieprzyk de casada...”

Paula Ruchlejmer Szapiro contou: “Meu sogro foi um dos fundadores, Herc Szapiro, dei para meus filhos as fotos das reuniões, e, também do dia da pedra inicial. Até o ano passado, meu filho frequentava com meus netos, as grandes festas.  Ao lado do Aron Hakodesh, têm as cadeiras de Herc Szapiro, Hirsh Szapiro e Rubens Szapiro. Em cima, Leja Szapiro. Saudades e boas lembranças da sinagoga”. Como vemos, acima, o nome do sr. Herc faz parte das placas das diretorias da sinagoga. Paula completou o comentário: “Kol Hakavod! Que trabalho lindo e importante você está realizando!” Elogios assim incentivam a continuidade do trabalho!

Em Guisheft Anuncios, Jaime Shnaider contou que em 1962 foi seu Bar-Mitzvah e que procurará fotos... 

Francisco Gioney Marques Rodrigues, casado com Thais Cantelli Karpovas Rodrigues, comentou que nas Grandes Festas frequentam o Shil dos Litvescher, já que os avós e família participaram da construção da Sinagoga e até estão na foto da Pedra Fundamental. E deixou o contato de sra. Bertha Karpovas, e que conhece o Sr. Schaia Akerman



Um comentário no post deste Blog foi feito: “Voltar décadas no tempo é sempre uma emoção- meu Bar Mitzvah foi neste Shil em 6-10-1966 - meu moré foi o querido e saudoso Moré Blechmann que morava e dava suas aulas na Rua dos Bandeirantes. Lá ele gravava no seu pequeno gravador Geloso as nossas desafinadas vozes e depois prensava as trilhas no vinil. Vou tentar achar fotos da época e envio: há algum e-mail para tal?”

Caso queiram, enviem e-mail para mim... myrirs@hotmail.com ! Continuem participando!

E pergunto...gostariam de marcar uma roda-de-conversa nesta sinagoga, em um encontro dos antigos frequentadores e familiares, juntamente com quem continua frequentando-a? Deixe seu comentário e sugestão!

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Frequentadores e familiares comentam sobre a Sinagoga Beith Itzchak Elchonon

Diversos frequentadores e descendentes de antigos frequentadores estão comentando as publicações sobre a Sinagoga Religiosa Israelita Beith Itzchak Elchonon, tanto no Facebook, como encaminhando e-mail e também deixando uma mensagem neste blog.

Na minha página do Facebook Gilson Suckeveris indicou Waldir Bliacheriene, Flavio Beni Duobles e Mario Kauffmann. Waldir compartilhou o post em sua página, e informou que atualmente é o presidente desta sinagoga, estando à disposição para qualquer informação. Flavio Beni Duobles escreveu: “Parabéns pela divulgação desta tradicional sinagoga”.  
Mario Kauffmann também compartilhou as publicações em sua própria página do Facebook e contou: “Eu frequento a sinagoga, e soube da sua visita e do encontro.  Apesar de conhecer todos lá, nem eu nem minha família fazem parte da história da sinagoga. Por isso eu não teria nenhum material pra te ajudar. Compartilhei, pensando que algum dos meus contatos fosse de uma família ligada a sinagoga... Aproveito para parabeniza-lá por essa iniciativa e que você tenha êxito. Ficarei aguardando, ansiosamente, o livro”.
Por sua vez, Monica Zilbovicius compartilhou a postagem na própria página, “marcou” Mauro Zilbovicius, Ioca Levin e Nahum Levin e escreveu: “Vamos procurar fotos e documentos para o trabalho de pesquisa da Myriam Szwarcbart!”. Monica contou que os avos David e Raquel Zilbovicius Z'L aparecem nas fotos divulgadas na postagem anterior. E aqui divulgo mais algumas fotos antigas de uma álbum desta sinagoga... Mauro Zilbovicius interessou-se em saber sobre esta pesquisa e encaminhou as fotos do seu Bar-Mitzvah, em 8 janeiro 1972, e do Bar-Mitzva de Leo Pereira Zilbovicius, seu filho, em 5 de março de 2016, também nesta sinagoga
Ioca Levin contou que o avô, Prof. Yaacov Leib Lewin, Z´L foi presidente e Chazan do Shil, e que também tem fotos do Bar-Mitzvah... Na página do Guisheft Anúncios, também no Facebook, Marta Hepner Tkacz compartilhou a foto do documento de aquisição de uma cadeira do Shil, comprada pelo avo e pelo tio do marido...  irá procurar mais fotos... E Daniel Altman contou: “Meu Bar-Mitzvah foi lá!” Em Shofar Tupiniquim sr. Abram Sztutman lembrou que há outras sinagogas tão antiga como essa no Bom Retiro. E Claudio Minkovicius compartilhou o link da postagem do blog na linha do tempo de Boris Minkovicius. 
Na página das Sinagogas em São Paulo, também no Facebook, Francisco Gioney Marques Rodrigues enviou fotos com sra. Marta Fridland, 93 anos, a irmã sra. Sara, com 90 e sra. Sabina Karpovas, 95. Escreveu que desde a inauguração frequentam a sinagoga, e tem cadeiras com as plaquinhas!! Enviou a foto da plaquinha correspondente...Francisco contou que enquanto acontecem as rezas, as crianças ficam brincando. E enviou a foto de seu filho, Michel Karpovas Rodrigues, do neto e da neta do Sr Moisés Cohen brincando no salão... Vejam algumas plaquinhas afixadas ainda hoje nos bancos da sinagoga nas fotos ao lado. Mas sobre estas, e as demais placas da sinagoga, comentarei em outro post...

Sr. Eliezer Szpektor, que fez Aliah em 1969 e vive em Rishon Letzion, comentou no Blog que fez o Bar-Mitzvah nessa sinagoga em março de 1960, sendo seu professor Marcos Smaletz. “Jaiminho”, a partir deste comentário, também escreveu: “Então somos dois que fizemos lá, e tivemos o mesmo professor...meu Bar-Mitzvah foi em 1962”.

Rachel Muszkat enviou-me um e-mail, elogiando o resgate de nossa história... Contou que os avós maternos eram membros dessa Sinagoga. A mãe, sra. Sônia Golcman Muszkat, frequentava essa Sinagoga durante Rosh Hashana e Yom kipur e sentava na cadeira que tinha o nome da avó, Rachel Golcman. Rachel Muzkat e os irmãos frequentavam também essa Sinagoga. Eram em 6 irmãos, e todos “se enfiavam” na fileira estreita das cadeiras do piso superior, o piso das mulheres e se sentavam para darem um beijo em sua mãe e sua avó. Ficavam brincando na porta da Sinagoga com muitas outras crianças.  Completou: “Lindas lembranças!”
E sugeriu para entrar em contato com a mãe: “Imagino que ela tenha boas histórias para recordar e contar. Parabéns pela linda e importante iniciativa!”

E você, faz parte desta história? Compartilhe e colabore com a pesquisa de resgate das memórias e hitórias das Sinagogas em São Paulo!

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

“Lançamento da Pedra Fundamental”-Sinagoga Beith Itzchak Elchonon



A sede da Sinagoga Religiosa Israelita Beith Itzchak Elchonon situada à Rua Prates, 706, foi inaugurada em 1957, como informado no post anterior.

Com projeto de “Sznelwar e Raw”, como vemos, ao lado, na foto da maquete, o “Lançamento da Pedra Fundamental” ocorreu em 29 de janeiro de 1956, 16 de Shvat de 5716. Nas fotos, que constam de um álbum da sinagoga, podemos ver a solenidade com a presença da comunidade. Antes da inauguração, as rezas e reuniões aconteciam na casa do Rabino Valt, que ficava quase ao lado da atual padaria SanRemo, também na Rua Prates. Esta informação foi fornecida pelo sr. Isaac, frequentador da sinagoga, ao Gilson Suckeveris.

Paulo Valadares encaminhou dados por e-mail relativo ao sr. Henrique Suckeveris, citado na publicação anterior, ou Naftalis-Hercas Suckeveriene, de acordo com a Ficha Consular de Qualificação, da seção consular de Helsinki, de 5 de julho de 1939. 

Nascido em Germanskis, nacionalidade lituana, desembarcou em Santos em 15 de agosto de 1939, da embarcação Highland Patriot. Fixou residência à Rua Silva Pinto de acordo com tal documento. Paulo Valadares informa que o navio que o Sr. Henrique chegou no Brasil foi afundado perto de Glasgow em 1940.

Através de diversos comentários feitos no Facebook, com a participação de familiares frequentadores desta sinagoga e e-mails encaminhados a mim é possível conhecer um pouco mais sobre a história do Litvischer Shil.  


Sr. Saul Sotnik contou que fez Bar-Mitzvah neste shil e o avô, sr. David Fligel Z´L, foi um dos fundadores. Paula Shafirovits Goldfarb comentou que a família frequentava e sra. Lea Burdman informou que tem fotos do próprio casamento nesta sinagoga. Já Marcia Cytman escreveu: “Saudades, meu pai Z´L frequentava esta sinagoga dia-a-dia.”

Daniel Sirota marcou, em seu comentário, Denis Duhovni e contou: “Nossos avós/bisavós foram fundadores e o Valdo Duhovni frequenta até hoje. Por sua vez, Sueli Miriam Duhovni comentou: “Meu marido frequenta sempre.


Beti Chertman escreveu: “Meu pai, Isaac Diamandi, frequentava. Saudades...Meus tios Bolik Diamandi e Jaime Lewin. Meu irmão Ari Diamandi ainda reza lá...” Pricila Kahan Heliszkowski lembrou: “Litfiche shil”.

Marta Hepner Tkacz também contou: “O avo do meu marido foi um dos fundadores. Vou ver se meu marido tem algum documento”. E André Leibl lembrou: “Meu filho fez Bar-Mitvzvah lá. Boas lembranças!

No próximo post divulgarei um pouco mais os comentários e textos recebidos! E você, fez ou faz parte desta sinagoga? Gostaria de divulgar alguma história ou compartilhar memórias? Participe você também!!!

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Visita à Beith Hacknesset “Rabi Itzchak Elchonon” - Litvischer Schul



Hoje, 16 de novembro de 2018, David Carlessi e eu estivemos na Sinagoga da Rua Prates, Beith Hacknesset “Rabi Itzchak Elchonon”, Litvischer Schul, que permanece ativa, realizando Cabalót Shabat, Shacharit/Mussaf/Mincha Shabat, comentários das Parashiót e também minianim diários...

Fomos recebidos por Gilson Suckeveris, que nos contou um pouco sobre sua família paterna, de origem lituana e a materna, polonesa, e também sobre esta sinagoga. O pai, sr. Henrique (Naftali Hersz), o mais velho dos irmãos, chegou sozinho ao Brasil, aos 18 anos, em 1939, na cidade de São Sebastião, seguindo posteriormente para São Paulo. A família chegou um período depois. No Bom Retiro, morou à R. Anhanguera, trabalhando inicialmente como mascate e, depois, como comerciante, com uma loja à Rua Jose Paulino. 

Estudou desenho no Liceu de Artes e Oficios, tocava flauta e era artista habilidoso em madeira e pintura. Alguns quadros seus, inclusive, estão expostos no salão de festas da sinagoga. Sr. Henrique muitas vezes conduzia a reza, pois a sinagoga não possuía, e não possui, um rabino fixo.

Visitamos a sinagoga. O piso inferior, um lance abaixo da entrada da rua e destinado ao salão de festas, possui ao fundo o antigo Aron Hakodesh, entalhado em madeira, (provavelmente pelo sr. Henrique), e a Bimah à frente. Como nas outras sinagogas, os 2 leões, na parte superior do Aron Hakodesh, ladeiam as Luchót Habrit. As Torót, em seu interior, estão muito bem conservadas. E diversos objetos como “cós yain”, recipientes de bessamim, candelabros, permanecem guardados em um armário, juntamente com os livros de reza. Hoje em dia, neste espaço, realizam-se os almoços de Shabat e o Kidush.

Um lance de escadas acima da entrada da sinagoga, chega-se à ala masculina. 

Um corredor central, coberto por um tapete azul e ladeado, em ambos os lados, por bancos de madeira semelhantes às diversas sinagogas ashkenazim de São Paulo, da mesma época de construção, conduz à Bimah e ao Aron Hakodesh coberto por paróchet branca. Os leões desenhados na parede superior também ladeiam, aqui, as Luchót Habrit e o Keter acima destas. Os bancos mantêm, ainda hoje, as plaquinhas com nomes fixas em seus encostos. Placas com “Ner Zikarón” estão afixadas próximas à entrada deste piso, em homenagem aos antigos frequentadores.

No segundo piso da sinagoga situa-se a galeria feminina. Os mesmos bancos em madeira, as plaquinhas fixas nestes, e uma mureta que possibilita que as mulherese acompanhem as cerimônias compõem este espaço.

Esta sinagoga, projeto de “Sznelwar e Raw”, é parte da história da comunidade judaica, e vem mantendo a tradição, de geração em geração.

Você faz parte desta história? Frequenta ou frequentou esta sinagoga?
Como era a sinagoga, antes de 1957? Em qual local reuniam-se? Gostaria de compartilhar suas memórias, histórias, fotos, documentos?

Conte, compartilhe, esta é uma pesquisa e estudo colaborativo...deixe seu comentário aqui ou envie e-mail para myrirs@hotmail.com

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Sinagoga Religiosa Israelita Beith Itzchak Elchonon


Fundada em 1936, por judeus de origem lituana (Litvischer Farband), que se reuniam para rezar, formando o “litvischer miyan”, a sede da Sinagoga Religiosa Israelita Beith Itzchak Elchonon situa-se na Rua Prates, 706. 

Ativa ainda nos dias de hoje, foi inaugurada em 1957. Em sede própria, possui uma área para o culto, salão de festas e dependências da administração. Sua primeira diretoria foi composta por Miguel G. Lafer, Moises Zingerevich, David Chasin, Rabino Zalman Zingerevich e Rabino David Valt e, em 1967, contava com 100 sócios. 

Estas informações constam da Enciclopédia Judaica, Ed. Tradição, Rio de Janeiro, vol.3 página 1102. Como parte desta sinagoga podemos citar também os Chazanim Oswie Solon e Jacob Cohen. 

Moré Marcos Smaletz fazia parte desta sinagoga. E Marli Ben Moshe contou que seu pai era de origem lituana, e a família frequentava a sinagoga da Rua Prates...

E a sua família, frequentou ou frequenta a Sinagoga Religiosa Israelita Beith Itzchak Elchonon? Possui fotos, documentos ou memórias a contar e compartilhar? Resgate sua história!!! 

Compartilhe aqui ou envie um e-mail para myrirs@hotmail.com

Até a próxima!

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Guia das Sinagogas de São Paulo


Gostaríamos de apresentar o projeto do “Guia das Sinagogas de São Paulo” que acaba de ser aprovado na Lei Rouanet, Pronac 184242, Art.18.
Este projeto propõe a edição de um livro de referência que apresenta, de forma sucinta, anos de estudos sobre as sinagogas localizadas na região metropolitana da capital paulista. 
A publicação abrange origem, documentação, fotos de mobiliário, arquitetura e obras de arte, retratando a realidade sociocultural e a preservação do patrimônio histórico da comunidade judaica paulistana sob uma perspectiva a um só tempo viva e de grande valor memorialístico.
Visa contribuir para a preservação da memória, do patrimônio e das raízes da comunidade judaica de São Paulo, através da história de cerca de 70 sinagogas nos bairros onde se estabeleceram e, assim, descrever parte do próprio desenvolvimento da cidade, naquilo que tem de mais característico e valioso: sua diversidade étnica, religiosa e cultural. 
Propõe também estimular o interesse da população de São Paulo e do Brasil pela história e valores universais de uma comunidade que contribuiu – e continua contribuindo – para o desenvolvimento socioeconômico e cultural do país, tornando-se parte importante da sua construção como uma nação plural. 
Esta publicação é  uma forma de difundir a arte e a cultura judaicas na sociedade brasileira, constituindo um guia de localização e visitação para os cidadãos paulistanos e para turistas de outras partes do Brasil e do mundo. 
E assim valorizar esse patrimônio como legado importante para as futuras gerações. O Guia será distribuído para dezenas de bibliotecas e instituições públicas brasileiras.
Estamos agora buscando parceiros financeiros entre empresas e pessoas físicas que lidam com Responsabilidade Social.  Se considerar que há interesse da sua instituição em participar, ou caso conheça alguma empresa que está buscando projetos para alocar recursos através desta Lei, ficaremos muito gratos! Poderemos marcar um encontro... Solicite mais detalhes!!!

Gratos,
Myriam Szwarcbart – Arquiteta, autora da pesquisa.
Alberto Guedes – Jornalista, editor de texto. 
Roberto Strauss – Arquiteto, designer gráfico.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Sinagoga da Abolição e Sinagoga do Brás no Arquivo Histórico Municipal



Em nova visita realizada ao Arquivo Histórico Municipal, da Secretaria Municipal de Cultura da Prefeitura do Município de São Paulo, no dia 01 de novembro de 2018 foi possível consultar documentos relacionados às Sinagogas da Abolição e do Brás. 

Estes documentos nos mostram solicitações de aprovação dos projetos para a construção das edificações de tais sinagogas.


 Os documentos originais aqui apresentados pertencem ao
Acervo do Arquivo Histórico Municipal  
Secretaria Municipal de Cultura 
Prefeitura do Município de São Paulo
Compartilhamento por terceiros não autorizado
O Processo 23887, de 1928, apresenta como interessados Monteiro, Heinsfurter & Rabinovitch, engenheiros, pedindo, à Prefeitura Municipal de São Paulo, a aprovação de plantas e alvará para a Soc. Comunidade Israelita Sephardim, para a construções de uma casa de orações a ser à Rua Abolição, 79. Constam também do material o Memorial Descritivo, a solicitação de isenção de pagamento de emolumentos, cálculos da estrutura de concreto armado e comprovantes de pagamento de taxa de expediente.

Quanto à Sinagoga Israelita do Brás, é possível consultar os Processos 33532, 18384 e 38692 de 1933, e 33875 de 1932. Nestes documentos, a interessada Sociedade União Israelita do Braz, representada pelo seu presidente sr. Leão Kasinski, solicita à Prefeitura Municipal de São Paulo a aprovação da modificação da planta de uma “Synagoga em construcção”, situada à Rua Bresser, 13(numeração antiga) no ano de 1933. O Memorial Descritivo informa que as paredes são em alvenaria de tijolos, telhado armado com madeira de peroba e telhas de fabricação nacional, pisos também em assoalho de madeira de peroba, janelas em ferro batido e aberura com alavanca, pinturas da parede com cal. O suplemento apresenta o cálculo estático do prédio. 

 Os documentos originais aqui apresentados pertencem ao
Acervo do Arquivo Histórico Municipal  
Secretaria Municipal de Cultura 
Prefeitura do Município de São Paulo
Compartilhamento por terceiros não autorizado
De acordo com as plantas, o salão de conferências comportaria 200 pessoas e a nave, 120 pessoas. 

O processo 33875 apresenta a solicitação de isenção de emolumentos para a construção da sinagoga, em 1932. As pinturas dos Mazálot, no interior desta sinagoga, não são citadas nos documentos consultados. Você saberia dizer quem as fez e quando foram feitas. Tais pinturas podem ser vistas, parcialmente, ainda hoje na Sinagoga do Brás...

Você teria mais detalhes sobre a construção destas sinagogas? Os seus familiares fizeram parte da fundação e histórias destas? E você, qual sua história relacionada às sinagogas em São Paulo?