segunda-feira, 24 de junho de 2019

Sociedade Cultural Religiosa Lubavitch-Instituto de Ensino Brasileiro Lubavitch

Grupo de alunos e professores
Instituto de Ensino Lubavitch de São Paulo
Enciclopédia Judaica vol.3 pag.1117

A “Sociedade Cultural Religiosa Lubavitch: Instituto de Ensino Brasileiro Lubavitch”, conforme podemos ver na “Enciclopédia Judaica” (Editora Tradição S.A., Rio de Janeiro, de 1967, vol.3 pág. 1117), foi fundada em 10 de janeiro de 1960, e “mantinha uma sinagoga, uma escola, uma colônia de férias para crianças e cursos de ensino judaico, funcionando na antiga Rua Correia dos Santos, 241” (atual Rua Lubavitch). Na ocasião da publicação desta enciclopédia, 120 alunos estavam matrciculados. Estes, além do currículo oficial, recebiam aulas de Torah, história e tradições judaicas. Possuía uma colônia de férias em Atibaia. A primeira diretoria era composta por Salus Laks, Abraham Furmanovich, Samuel Grunspan, Leon Kauffman, Carlos Minces, Jacob Begun e Henrique Begun. 

O Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto aponta, em seu site ( http://memij.com.br/index.php/2017-01-20-18-17-00/iconografia/719-ico-escola-lubavitch-antiga-sede ), uma foto da antiga sede da Escola Lubavitch, na Rua Correia dos Santos, 243, indicando que o estabelecimento é ocupado pela Imobiliária Rebeca... Esta foto faz parte do “Centro de Estudos e Análises do Acervo do Memorial da Imigração Judaica”.

Rua Lubavitch e entorno
(GoogleMaps-2019- https://www.google.com/maps/place )
Já o site da Escola Lubavitch-Gani, na página “Quem somos- Histórico”, relata que na década de 1960, os irmãos Jacob e Henrique Begun naturais de Porto Alegre, de formação ortodoxa, permaneceram na Yeshivá Lubavitch em Nova York por 11 anos. “Ao se formarem rabinos, voltaram ao Brasil – a pedido do Rebe de Lubavitch para Shelichut. E em 10 de fevereiro de 1960, em S. Paulo, no Bom Retiro, fundaram o Mossad Oholei Yossef Yitschak - Instituto de Ensino Lubavitch”. Fizeram parte das primeiras reuniões da diretoria executiva os colaboradores Dr. Abrão Furmanovich, Isac Korich, Rabino Simcha Zajac z"l, Meyer Zajac e Samuel Grinspan, entre outros. Neste período ocorreu o crescimento educacional e desenvolvimento físico da escola. Como podemos ler no site indicado, “nas gestões de Bernardo Goldfarb z"l, Joel Gasko e Benno Zucker foi adquirido o imóvel na Rua Correia dos Santos - hoje, Rua Lubavitch - onde funcionava a escola e a Sinagoga”. Na década de 1970, por sugestão de Bernardo Goldfarb z”l, “foi criada a escola Tiferet em Higienópolis sob a direção do Rabino Jacob Begun, ficando a Escola Lubavitch daquele ano até hoje, sob a direção do Rabino Henrique Begun”.

Como já postado neste blog anteriormente, “em 1997 surgiu a oportunidade da Sinagoga Lubavitch, que funcionava nas instalações originais da rua Correa dos Santos e que passou a denominar-se rua Lubavitch, unir-se com a Sinagoga Talmud Thorá, passando a atuar em instalações amplas. Mais tarde, uniu-se também a Escola Talmud Torá à Associação Beneficente Cultural Lubavitch por intermediação do Sr. Samuel Klein, dando início à construção das novas instalações da nova sede do Gani Talmud Thorá. E no início de 2000 foi inaugurada e instalada a Escola Gani Talmud Thorá no atual endereço da Rua Talmud Thora.

Você frequentou a sinagoga Lubavitch quando se localizava na Rua Correia dos Santos? Possui fotos, documentos, memórias a contar??? Compartilhe aqui ou por e-mail myrirs@hotmail.com

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Comentários sobre a Sinagoga e Escola Talmud Thora


Diversos comentários foram realizados a partir das últimas postagens relacionadas à Sinagoga Talmud Thora, tanto por e-mail como pelo Facebook. Paula Petresco contou que é frequentadora desta sinagoga desde que esta se uniu à Sinagoga Lubavitch, a qual já frequentava. Está presente em todo Shabat e Yom Tov, juntamente com a família, e participa das atividades do grupo de mulheres, reuniões, bazares. Por mais ou menos três anos preparou publicações, os “jornaizinhos” desta sinagoga, divulgando as atividades mensais, como podemos ver nas fotos deste post. Paula encaminhou fotos e o convite do Bar-Mitzvah do filho, ali realizado.

Na página de Jews, no Facebook, Jonas Leiderman comentou: “Meu filho estudou no Talmud Thora, e foi onde celebrei meu Bar-Mizvá”.  Sonya Feldman escreveu: “Desejo que o seu trabalho, Myriam Szwarcbart, prossiga "sem bloqueios"! Restaurar e revigorar a história, com instrumentos atuais, é reve-los e reanalisa-los, com uma interpretação contemporânea, o que muito enriquece o conhecimento e a educação. Sei que não é fácil. Quanto às lembranças de nossa origem, minha família de São Paulo não era religiosa; só reservávamos as cerimônias tradicionais de todos os anos. Minha infância e adolescência foram vividas em Recife; férias no Rio e SP com a continuação da família.  Meus pais foram extremamente generosos em valores humanos-éticos, dessa forma, os momentos religiosos para nós, para mim, mesmo infante e jovem, foram de significado profundo. Graças à D'US. Abraço fraterno, Miriam. Parabéns pela importância do seu trabalho!!! Ficará na história... A "convicção de princípios" tem algo mais popular conhecido como Fé!!!” Apoios assim motivam a continuidade do trabalho. Leny Ben Shimol escreveu: “Eu estudei no Talmud Thora e toda vez que vou ao Brasil venho nessa sinagoga...e pena, não tenho fotos daquele tempo que estudei la”.

Já em Em Guisheft Vendas e Anúncios Solange Birman Rechtman comentou também: “Muito bom! Adorei e me identifiquei!!” Eu não tenho fotos, mas o Enio tem algumas coisas. O avô dele foi secretário-geral. Ajudou a fundar a sinagoga. Vou ver com ele!!!” Vamos aguardar.... Na minha página “Sinagogas em São Paulo” Sheila Rudnickas escreveu: “Que maravilhoso ato!!!!! Eu estudei no Talmud Thora!!!!! Desde o jardim da infância, até a 1. serie do ginásio (na época), minha primeira escola!”

Em Jewish Brasil, Mendy Tal compartilhou: “Essa era a Sinagoga da família da minha esposa Liliana Szutan Tal. Ali nossos filhos fizeram seus Bar Mitzvá. Na antiga entrada principal tem uma placa homenageando meu pai. Saadia Beniflah Moryusef.”. Sr. Sr. Duda Auerbach comentou: “Talmud Thorá... longa historia no judaismo de S.Paulo... na rua Tocantins... agora revivida com o pessoal do Lubavitch... que bom!!!!”. Jaime Morgensztern comentou também: “Estudei dos 3 anos até Bar Mitzva...um patrimônio do judaísmo”. Mauro Abramvezt informou: “Fiz o curso então designado como "primário", no Talmud Thorá, um período em idish e outro em português. No idish (não se estudava a língua hebraica, mas sim sidur, chumex, guimare, rach com lerer Oselka) e em português, tínhamos Dna. Marina do Carmo Piratininga, como diretora, Dna. Therezinha Piratininga e Dna. Agueda, do Jardim de Infância. Ah, alguém que tenha ali frequentado comigo? Deixe-me lembrar: Gerson Herschkovski, um dos mais brilhantes cantores religiosos, emérito professor de física, formado pela Poli; Carlos Gil, professor de odontologia, Sara Eta Eisig, Sara Chelemas e outros que se espalharam por aí, sempre honrando o nome de seu nascedouro intelectual.” Mina Rosenthal comentou: “Também lembro desses queridos professores! Fiz até o segundo ano, depois mudei para a escola do Cambuci.” Esther W. Mandelbaum escreveu: “Eu tambem me lembro de Dna. Terezinha e Dna. Aguida e dna. Marina bons tempos, boas lembranças, trabalhei ao lado do professor Oselka na secretaria da escola Talmud Thora, exelente homem e amigo um mentsh, um homem justo, ajudando as donas de casa que usavam kasher verificando as moelas das galinhas pois ele era muito sabedor e estudioso da Thora. Descanse em paz Mayer Shulem Oselka.Noemia Etinger compartilhou: “Também estudei até o terceiro ano primário. Com 7 anos já estudávamos e interpretávamos o Bereshit. Lembro dos professores citados também. Doces memórias de um tempo bom ...Ruth Citrin Enk contou: “Meus filhos fizeram Bar Mitzvah nesta sinagoga, com professor Nelson Rosenchan”. Sra. Sara Fridman Cogan também se lembrou das professoras... Annette Muyal cresceu nessa escola e sinagoga. E Paula Ruchlejmer Szapiro escreveu: “O Talmud Torá faz parte da minha historia!durante um bom tempo nos anos 50,meu pai rezava todo shabat na sinagoga,e,levava as tres filhinhas.Minha mãe fazia kishke,e ficava a noite toda de sexta feira no forno,sabado meio dia a empregada levava até o shil. Eu não sei se demorava um minuto para tudo desaparecer. Rezamos até a decada de 90.Tenho lindas lembranças do shil!

Na página de Memórias Paulistanas Cecilia Cirico comentou: “Myriam Szwarcbart... Cada religião mantém sua tradição.. Eu gostei. da arquitetura Judaica e da tua redação explicação. . . parabéns.

E você, fez ou faz parte de qual sinagoga da cidade? E seus familiares? Conte um pouco, compartilhe informações, memórias, histórias... e, se puder, encaminhe fotos e documentos!


quinta-feira, 13 de junho de 2019

Sinagoga Talmud Thora e Escola Lubavitch-Gani


No dia 03 de junho de 2019, 29 de Iyar 5779, Rabino Henrique Begun recebeu-me na Escola Lubavitch-Gani, e apresentou-me as instalações da escola, da Sinagoga Talmud Thora, e relatou sobre a história destas instituições. 

A Sinagoga Talmud Thora é a mais antiga sinagoga de São Paulo em funcionamento no mesmo local, aberta diariamente com dois horários de Shacharit, horário dMinchá e Maariv, aulas e estudos, e é claro, com muitos frequentadores nos Shabatót e Chaguim.

Hoje em dia, esta sinagoga e a Escola Lubavitch-Gani ocupam um amplo espaço, permanecendo interligadas internamente. Esta situação teve início em 1997, quando a Sinagoga Lubavitch, localizada à rua Correa dos Santos (atual Rua Lubavitch) uniu-se à Sinagoga Talmud Thorá, passando a atuar em um único local. Mais tarde, uniu-se também a Escola Talmud Torá à Associação Beneficente Cultural Lubavitch “por intermediação do Sr. Samuel Klein, dando início à construção das novas instalações da nova sede do Gani Talmud Thorá em ritmo acelerado”, como pode ser visto no site da escola: https://www.lubavitchgani.org.br/

O mesmo site, informa que no início do ano letivo de 2000, em fevereiro, foi “inaugurada e instalada a Escola Gani Talmud Thorá em suas modernas e práticas salas de aula, que contam com 300 alunas”, hoje em dia Escola Lubavitch-Gani. 

Em relação à Sinagoga Talmud Thora, ou Talmud Torah, o acesso ao espaço interno é feito pelo páteo da escola, tendo sido mantida, no entanto, a porta principal na fachada do edifício. Uma escadaria conduz ao piso principal. 

Com a mesma disposição interna das demais edificações das sinagogas já apresentadas, os bancos em madeira permanecem alinhados, e um corredor central conduzà Bimah e ao Aron Hakodesh. Porém, o espaço é muito mais amplo. Desta forma, há mais dois corredores laterais, um de cada lado em relação ao corredor central e, também, mais dois conjuntos de bancos alinhados. O aspecto dos bancos é semelhante às sinagogas já estudadas. É possível supor, mas não afirmar, que tenham sido executados por um mesmo marceneiro. 

Ou seguem o modelo de sinagogas europeias, das cidades de origem dos imigrantes judeus que aqui chegaram. Estão muito bem conservados, receberam um revestimento em tecido vermelho, oferecendo maior conforto aos frequentadores. 

Os bancos à frente, e que ladeiam o Aron Hakodesh, eram ocupados pelos Rabinos Valt e Munkatecher Rebe, e pelos fundadores da sinagoga. As plaquinhas antigas, com os nomes dos frequentadores, permanecem afixadas nos encostos dos bancos. 

Os vitros laterais, translúcidos, foram substituídos, mantendo, no entanto, o desenho e aparência originais, com bordas arredondadas na parte superior. A Bimah, em piso elevado, ocupa posição central no espaço da sinagoga, cercada por um gradil em madeira. Uma ampla luminária também se destaca no conjunto. O Aron Hakodesh à frente permanece coberto por uma paróchet azul bordada. Na parede acima desta, leões ladeiam os Dez Mandamentos. Um arco emoldura a parte superior, assim como uma Maguen David

O acesso ao setor feminino dá-se por uma escadaria. Uma mureta, ou uma divisória, formada por uma meia-parede com moldura em relevo e por vidro, permite que as mulheres acompanhem as Tefilót. A placa com os nomes dos fundadores, assim como as de homenagem aos frequentadores falecidos permanecem no hall de entrada da sinagoga.

A Escola Lubavitch-Gani situa-se no espaço que era ocupado pela Escola Talmud Thora. 

O edifício atual, Samuel e Chana Klein, moderno, possui vários pavimentos, e diversas salas de aula, laboratório, biblioteca, salas de professores, páteos, refeitórios, salão de atividades/auditório, quadra esportiva e setor administrativo compõem a estrutura física da escola. Os meninos hoje em dia estudam na mesma unidade, antigamente ocupada somente por meninas. Para que isto fosse possível, o último pavimento foi adaptado para comportar maior número de salas de aula, sem, no entanto, que perdesse qualidade no uso do espaço. 

As placas originais que homenageiam os fundadores da Escola Talmud Thora estão em destaque no páteo coberto da Escola Lubavitch-Gani.

Agradeço ao Rabino Henrique Begun e à Escola Lubavitch-Gani pela oportunidade de visitar as instalações da escola e da sinagoga.

Neste post pergunto novamente: você ou sua família frequenrtaram ou frequentam a Sinagoga Talmud Thora, no Bom Retiro? E sua família? Gostaria de compartilhar suas memórias, histórias, fotos e documentos? Deixe aqui seu comentário ou ecreva para myrirs@hotmail.com

quarta-feira, 5 de junho de 2019

Resgate de Memórias e Histórias...

Folder de divulgação da pesquisa:
“As Sinagogas em São Paulo - Resgate de Memórias, Muitas Histórias”
Vejam o video em https://www.youtube.com/watch?v=i9tTWRP80Go&t=30s

No final do mês de maio de 2019 tive a oportunidade de apresentar e divulgar meu estudo “As Sinagogas em São Paulo - Resgate de Memórias, Muitas Histórias” no Projeto-Memória do Departamento de Voluntários da Vila Mariana, do Voluntariado Albert Einstein. Na ocasião apresentei o vídeo em que explico a pesquisa que faço, incluindo também fotos das diversas sinagogas da cidade... e realizamos uma “roda de conversa”...

Agradeço muito por terem me proporcionado este momento. Foi muito bom poder ouvir sobre as lembranças de tempos passados. E espero poder continuar contribuindo, ao divulgar histórias sobre As Sinagogas de São Paulo...

Aqui pergunto novamente...você ou seus familiares frequentam ou frequentaram sinagogas em São Paulo? Conhece alguém que fez parte de sua fundação ou que ainda participa de seu dia-a-dia? Escreva para myrirs@hotmail.com ou deixe seu comentário aqui...