domingo, 13 de agosto de 2017

Chazanim nas Grandes Festas nas sinagogas em São Paulo

O Museu Judaico e o Clube A Hebraica estão organizando uma exposição, que ocorrerá em setembro, sobre os Chazanim que cantavam ou que ainda cantam nas Grandes Festas nas sinagogas em São Paulo.

Venho buscando material para tanto, independente de minha pesquisa sobre as Sinagogas em São Paulo, que realizo com a colaboração de todos vocês. E agradeço pelo fato de que, estando em contato por causa de minha pesquisa, diversas pessoas estão participando, no envio de fotos, detalhes, nomes e convites preparados pelas sinagogas para Rosh Hashaná e Yom Kipur.

Dov Winer, por e-mail, vem participando e comentou: “são praticamente pelo menos quatro gerações de chazanim: meu avo, o Shochet do Braz, Itzhak Aizik Winer que era uma figura central no bairro e na sinagoga da Rua Bresser; meu pai Jankel Winer, meu falecido irmao, Samuel (Mile) Winer que atuou na CIP e em outras sinagogas; e o filho do Mile, o Alexandre Winer”. Jankel Winer, como já postado no blog, se formou como Chazan no Templo da rua Martinico Prado (onde está agora o Museu Judaico). Dov completa: “Ele era cantor de rádio (com o nome de Arlindo Brasil) mas o pai dele, meu avo, o shochet do Braz, Aizik Winer, fez ele fazer um Cabalat Shabat na Sinagoga do Braz e daí se desdobrou a carreira profissional.” Dov e Alexandre avisaram que encaminharão as fotos para a exposição!

Lilian Raicher Frischmann, por e-mail, havia fornecido o contato da mãe, Doroty Raicher, que frequentou a Sinagoga do Ipiranga, juntamente com os pais, sr. Peissia Krachmalni e sra. Ita Goichaman, conhecidos por Paschoal e Ida. Sra. Doroty nformou-me que o pai, sr. Peissia Krachmalni, cantou muitas vezes como Chazan nesta sinagoga, nas Grandes Festas.

Milton Rososchansky também está em contato por e-mail e contou: “sobre os chazanim contratados pela Sinagoga de Pinheiros para as Grandes Festas, infelizmente que eu me recorde, como toda Sinagoga pequena, nunca tivemos um chazan especialmente contratado. Sempre era alguém da própria Sinagoga, que era o chazan da vez. Depois que nos juntamos com a Loja Maçonica, havia um irmão da Loja, Sr. Moshé (excelente  pessoa e que tinha uma voz muito boa) que cantava nas Grandes Festas, e que infelizmente já faleceu. O que eu me recordo bem, é que em algumas ocasiões, o Chazan Osvie Solon (não nas Grandes Festas, porque ele era contratado, se não me engano, pela Sinagoga Beth-El)vinha cantar na sinagoga de Pinheiros. Em relação a convites, o único documento que eu tenho, refere-se  a um convite do ano 5772 ( 2011)"... Aguardem para conhecerem na exposição!!

Moyses Kullok e Sr. Simon Amar, chazanim do Lar dos Velhos-Lar Golda Meir, Sr. Sandor Guttmann, chazan da Congregação Israelita Paulista-CIP, foram lembrados pelo Rabino Dr. Michael Leipziger.

Jakob Lewi Horowicz, como lembrou Henrique Horowicz, filho do sr. Jakob, e já postado no blog também, foi o último chazan da Sinagoga do Ipiranga. Foi chazan do Lar, hoje residencial Albert Einstein, Peretz, São Caetano e no Chabad da Vila Mariana.

Podemos citar ainda Sidor Belarsky, chazan nos anos 1960 na Hebraica, Rabino Yehuda Iddel Stein e Jairo Fridlin, chazanim da Sinagoga Kiruv Achim, de Moema.

Rosa Kibrit encaminhará foto do pai como chazan e Branca Vaidergorn comentou que o avo, Julio Tunchel, era chazan... e encaminhará fotos também!!

Simoni Waldman Saidon, autora do projeto de arquitetura do Museu Judaico/Sinagoga Beth-El, que encaminhara o convite de Rosh Hashaná da Sinagoga do Brás, localizado pela mãe, encaminhará o mesmo novamente... 

Gostariam de colaborar com fotos, nomes, convites, documentos, gravações de chazanim que cantaram nas Grandes Festas, nas sinagogas em São Paulo??? 

Entrem em contato comigo por e-mail myrirs@hotmail.com ... ou pelo Facebook https://www.facebook.com/sinagogasemsaopauloarteearquiteturajudaica/

Querem saber mais, e conhecer os demais chazanim??? Visitem a exposição em setembro, no Clube A Hebraica!!!

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Jacob Murahovschi, Henrique Horowicz, Sinagoga do Ipiranga

Clube Athletico Ypiranga - Google- Street View abril 2016
Estivemos presentes, no dia 27 de julho de 2017, no lançamento do novo livro do sr. Jacob Murahovschi, relativo aos 110 anos do Clube Athletico Ypiranga. Neste, conversamos, David Carlessi e eu, com vários dos antigos frequentadores da Sinagoga União Israelita do Ipiranga, entre eles Henique Jose Itzcovici, Claudio Gendel, sr.Salomão Itzcovici, dr. Jayme Murahovschi, o próprio sr. Jacob Murahovschi, entre outros.

Sr. Jacob Murahovschi continua morando no Ipiranga e frequentando o clube, juntamente com um grupo, que vem busca-lo aos domingos. Apesar de gostar muito de futebol, jogava basquete. E comentou: A comunidade judaica e a não judaica, no bairro, davam-se muito bem.

Como já postado, sr. Jacob Murahovschi, em seu livro “Ouviram do Ipiranga” escreve sobre a sinagoga e nos conta que o imóvel foi comprado nos anos 50 e posteriormente construíram a sede definitiva, assim como outros detalhes já descritos.

Pude conversar com sr. Jacob, após contato feito pelo neto Alexandre Handfas. Sr. Jacob informou-me que cerca de 500 pessoas frequentavam a sinagoga do bairro, a maioria nas Grandes Festas. “Tentaram inclusive uma parte juvenil, mas com o tempo os jovens passaram a frequentar a “A Hebraica”. Com a diminuição da frequência à sinagoga, um grupo desta optou pela mudança e, assim, por desativar a sinagoga. Lembrou-se, durante a conversa, de Iara Iavelberg e de Schael Screier, que faziam parte da comunidade judaica do Ipiranga

Conversamos novamente com sr. Jacob no inicio de agosto de 2017, quando comentou que antes da construção da sinagoga, a comunidade judaica do Ipiranga reunia-se em um salão.  A sinagoga era frequentada geralmente nos Shabatót e Chaguim, como comentou também a sra. Eva S. Zellerkraut, cujo avo foi Gabai da sinagoga. Poucos casamentos e Bar-Mitzvot foram realizados no espaço da sinagoga. Muito ativo era o grupo de jovens da comunidade.

Sr. Jacob lembrou dos pais que vieram da Europa, e conheceram-se no Brasil. A mãe e a irmã da mãe vieram ao Brasil, pois um irmão já morava no país...em Sorocaba...Falavam idish, e a maioria, dos que chegavam da Europa, foi aos poucos abrindo lojas e morando nos fundos destas. Assim como outros da comunidade judaica, não estudou em colégio judaico. Formou-se em farmácia e trabalhou na Ache, Squib e Biler.

Henrique José Itzcovici entrou em contato e comentou que a comunidade judaica no Ipiranga dava-se bem com as pessoas das diversas esferas sociais... Sr. Henrique também indicou-me Henrique Horowicz, que me informou: 

“O meu pai Jakob Lewi Horowicz foi Chazan na Sinagoga do Ipiranga, do Lar Golda Meir, hoje residencial Albert Einstein, Peretz, São Caetano e no Chabad da Vila Mariana. Devo mandar fotos, ou o que mais, segundo o Henrique me falou. Vou providenciar foto e outras informações, que possa lhe ajudar nesta pesquisa. O meu pai foi frequentador das sinagogas que mencionei. E por ele ter uma voz muito boa, atuava como Chazan, como bem lembrou o Henrique, principalmente nas Grandes Festas. No Lar ele trabalhou como contratado durante 9 anos. E no Chabad da Vila Mariana, infelizmente até ficar doente, e por pouco tempo..."


E você, teria mais informações sobre os Chazanim que cantaram nas Grandes Festas, nas Sinagogas em São Paulo, nas diversas cidades do Estado?

O edifício da Sinagoga do Ipiranga nos dias de hoje



Este post visa descrever, de forma breve, o edifício da Sinagoga Israelita do Ipiranga nos dias de hoje...No final de julho de 2017 entrei em contato com o atual proprietário do edifício à rua Brigadeiro Jordão, 841, local aonde situava-se a Sinagoga União Israelita do Ipiranga.  As informações abaixo foram fornecidas pelo mesmo, pois visitas ao interior do edifício não são autorizadas: “Ao ser desativado, há mais de 30 anos, o edifício sofreu mudança de uso. A Unibes instalou um Bazar, na parte de baixo, e no andar superior passou a funcionar um salão de festas. Quando o Bazar foi desativado, o prédio foi disponibilizado para locação, sendo oferecido, para a empresa atual, os dois pisos (térreo e superior). Esta empresa acabou por aluga-lo, realizando reformas aos poucos, e em partes, adquirindo o mesmo em 1995. O edifício internamente, foi alterado, transformando-se em um espaço único, um galpão industrial... Apesar das alterações, optaram por manter a fachada, escadaria e janelas com a Estrela de David” ...