quarta-feira, 30 de junho de 2021

O Bnei Akiva do Bom Retiro e sua sinagoga

Alguém de vocês teria informações, ou frequentou, a sinagoga do Bnei Akiva, da Rua Guarani? Fotos, histórias, memórias a compartilhar? Como era a sinagoga? O pessoal do Bnei Akiva era quem organizava?

Escrevi o texto acima na página “Turma do Bomra”, no Facebook, em busca de mais detalhes sobre a sinagoga do Bnei Akiva na época em que o movimento juvenil esteve situado no bairro do Bom Retiro. Diversos comentários foram publicados a partir destas perguntas, naquela página, e aqui compartilho alguns deles. Dêem uma olhada, e quem desejar que não sejam compartilhados, solicito que me avisem, assim excluirei...

Suely Grubman: “Eu frequentei anos, sinagoga e movimento juvenil. Por ser um local religioso, deve haver poucas possibilidades de fotos. Não sei de quem é o local. A sinagoga era muito simples, bancos de madeira sem encosto, a separação homens e mulheres era uma cortina, mas era um lugar extremamente acolhedor. Eu sempre gostei da Tefila de Kabalat Shabat. O Bnei ativa daquela época era um lugar simples, com lanche de geleia e tubaína, mas certamente uma referência. Nos chaguim recebíamos visitas dos outros movimentos, provando que nenhum fruto fica longe de sua árvore.”

Sarinha Kauffmann: “Uau, pão com geleia, que luxo. Na minha época era pão com sardinha, e tubaína lógico.”

Perola Wajnsztejn compartilhou a carteirinha do Bnei Akiva e escreveu: “Era meio que tudo junto. Quem ia para o movimento juvenil ficava até o final da reza. Eu gostava muito!”

Priscila Uziel: “O nome da minha filha, quando nasceu, foi dado lá”

Marcos L. Susskind: “Shalom Myriam Eu frequentei a Sinagoga da Guarani 52. Eu rezava no Bnei AkivaAntes de cada jejum eu deixava pago 2 pães e no final de Tisha beAv e Yom Kipur eu corria, pegava os pães e ia comendo até chegar em casa...Há diversas pessoas que a frequentaram, mas não estão no Facebook ou Messenger. Há como te darem depoimentos no Whatsapp ou email? Passei meu e-mail e celular e aguardo o contato...”

Fani Brand: “Sim foram momentos inesquecíveis até vinham o pessoal do Bnei Akiva dançar com a gente no Simchah Torá íamos dançar em todas as sinagogas e parávamos no Lubavitch, era uma delícia. E quando criança, dançávamos com a bandeirinhas, maçã e velinha, uma alegria só!”

Claudia Petzenbaum: “Gente, que delícia esse grupo, tenho tantas lembranças que me marcaram muito. O cheirinho das comidas de Shabat quando entrava sexta-feira no meu prédio, dava pra sentir o youch de longe...Yom kipur nós fazíamos um tour no intervalo, saindo do Bnei Akiva com parada no Groice Shil e Lubavitch pra visitar a família. Lembro de passar pela José Paulino e a rua estar deserta, todas as lojas fechadas. Outra lembrança marcante era em Simchah Torá, quando o Bnei Akiva saía dançando com as Torot pelas ruas do bairro, entrando nas sinagogas e terminando no Lubavitch com o rabino Begun fazendo a maior festa!”

Ari Sitnik “Era uma maravilha, até nos húngaros e no Rebe Beer a gente ia...”

Sergio Skarbnik: “Como várias lembranças de bares, restaurantes e padarias foram citadas, me lembro da padaria Dom Bosco na esquina da Afonso Pena com a Guarani (acho que ainda existe). É muito interessante a análise das histórias das famílias que aqui chegaram, vindos da Europa, saíram do zero, constituíram negócios, possibilitaram aos seus filhos, netos e bisnetos terem uma educação de excelência e agregar valores culturais e sociais a população geral de São Paulo. São Paulo tem a pujança de uma das maiores metrópoles do mundo graças à miscigenação de diferentes culturasInteressante hoje ver, nos últimos 20 anos, cada vez mais de uma forma crescente a saída de brasileiros para outros países. A nossa história e recordações é um componente fundamental em nossas vidas e é maravilhoso poder recordar.”

Jaime Amselem: “Bons tempos, isto sim que era turma boa nas tardes de sábado, Erev Shabat. Quando nós começávamos a reza de sábado de manhã às 10: 00 nunca no horário, isto era a nossa marca. Bnei Akiva S. Paulo sempre será o melhor. Virou no local a sede do KKL Brasil num prédio que pertence a UNIBES. Mas o KKL já mudou de lá há muito tempo. Antes do KKL mudar de endereço era no Bom Retiro do lado do Bnei Akiva S. Paulo do lado tinha uma loja de artigos Judaicos. Frequentei a sinagoga do Bnei Akiva S. Paulo, na Rua Guarani.”

Dário Banas: “O que aconteceu e ainda acontece no Bom Retiro é o que se pode chamar de um verdadeiro multiculturalismo. E não aquilo que está destruindo grande parte dos países europeus hoje em dia...”

Nahum Gofberg: “Bnei Akiva, fechado, 2001. Ficava na Guarani 52”. E compartilhou fotos...

Ari Sapojnic: “Para quem reconhece, o edifício ainda existe hoje, as janelas do primeiro andar são inconfundíveis. 62 R. Guarani, São Paulo, State of São Paulo | Instant Street View” https://www.instantstreetview.com/@-23.528717,-46.634511...

Sophia Dimant: “Eu frequentei, no tempo da Sabrina, irmão dela; Jonas minha madrichah era a Miriam. Anos 75.”

Ilan Szapiro Ben Avram compartilhou o link Machané Bnei Akiva (Bom Retiro) 1986, e escreveu: “Em geral frequentei Shabat e machanot, por alguns anos.” https://youtu.be/GjJCwNDY-Ng

Gisele Grunspan: “Eu frequentei.”

Josette Miriam Farber: “Eu frequentei, na Rua Abolição.”

Gerson Lipszyc: “Eu era do Bnei Akiva.”

Josette Miriam Farber questionou: “Na época do Arele, o sheliach do Bnei Akiva?”

Sofia Kupper: “Saudades das tardes de sábado, quando fui madrichah neste snif, e fazia peulot com meus chanichim.”

Dora Miller: “Todos os sábados frequentava as peulot! Como era bom!!!!!”

Rosana Frischer: “Triste ver o Bnei fechado. Ótimas lembranças!”

Sandro Maghidman: “Daniel Scaba olha isso...”

Eva S. Zellerkraut: “Bons tempos... dos encontros aos sábados...”

Clemente Mizrahi: “Eu vinha a pé do Brás pro Bnei, a tnua era maravilhosa.”

Gisele Grunspan: “Boas lembranças...fiz grandes amigos.”

Ai pergunto novamente: você, ou seus familiares frequentaram a sinagoga do Bnei Akiva no Bom Retiro? Em que período? Possui fotos, documentos, memórias, histórias a compartilhar? Deixe um comentário ou escreva para myrirs@hotmail.com 

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Santo André e sua comunidade judaica, depoimentos

Meu zaide (avô)
Ichiel Leib Szwarcbart
Santo André
Desenho autoral
Diversos leitores citaram a sra. Ruth Jacob, e família, nas postagens relacionadas à Santo André. Eliza Besen escreveu que “Dona Ruth sempre foi muito combativa e participativa em nossa comunidade!” E Yomtov  Pesso  também comentou. Por indicação de Marion Engel, entrei em contato com sra. Mathel Engel, filha de sra. Ruth e mãe de Marion.

Sra. Mathel Engel, Jacob de solteira, contou, a partir de uma foto que já compartilhei, de seu casamento. Relatou que foi o único casamento na sinagoga antiga, e celebrado pelo meu zaide(avô), Ichiel Leib Szwarcbart. Todas as famílias realizavam seus casamentos em São Paulo. As fotos foram feitas pelo irmão. O edifício da sinagoga foi inaugurado nos anos 1948/49, quando passou a ter o primeiro rabino, schochet e professor, no caso, o meu zaide. Antes desta época, as festas, cerimônias e rezas eram realizadas nas casas de pessoas da comunidade. Sra. Mathel comentou em relação ao edifício da sinagoga: Embaixo, havia a casa do rabino. Após um “lance de escadinhas”, havia um platô, um espaço onde estudavam. Na ocasião, sra. Mathel, com 10 anos de idade, fazia parte do grupo de alunos, e comentou sobre um incidente, quando, ao estarem em aula, foram surpreendidos pela polícia e levados para a delegacia, tanto os alunos como o professor. E explicou que naquela época era proibido ensinar e estudar hebraico. Liberados, as aulas passaram a acontecer nas casas das famílias. Sra. Mathel lembra-se que em certo momento, meu zaide e família mudaram-se de Santo André, ficando novamente sem um rabino e professor. Após um período Rabino Shamai Ende assumiu esta posição e, posteriormente, o Rabino Tawil. Com a mudança de parte da comunidade para São Paulo, a diminuição do número de jovens, e mais recentemente, por causa da pandemia, a frequência da sinagoga foi diminuindo. O edifício necessita de manutenção e reforma. O filho de sra. Mathel, Henri, continua morando na cidade, as filhas Marion e Vivian moram em São Paulo. Ao ser questionada sobre sua família, sra. Mathel contou que vieram da Alemanha para o Brasil em 1941, pagando alta quantia para isto. Ao chegarem em São Paulo, em fevereiro, ficaram em uma pensão alemã, juntamente com um tio solteiro. A avó, por não ter conseguido visto, e ter permanecido na Alemanha, acabou falecendo em Auschwitz em novembro do mesmo ano. A mãe não queria permanecer em São Paulo. O pai, na busca de um novo local, foi para Santo André, encontrando uma loja disponível. Para pagarem as “luvas” por esta, venderam um jogo de cristal. Já estabelecidos, o pai construiu um prédio, com a própria loja no térreo. O pai veio a falecer em um acidente, em frente ao prédio. Sra. Mathel assumiu a loja, abrindo também uma escola de artesanato, exclusividade com as “linhas Corrente”, chegando a contar com 1000 alunas por semana. Sra. Mathel contou também que durante o período pós-Guerra, com uma nova onda de imigrantes chegando a São Paulo, muitos estabeleceram-se ao longo das estações das linhas de trem, seguindo, inclusive, para Santo André.

Conversei, também em junho de 2021, com a sra. Anna Gedankien, que encaminhará detalhes sobre a sinagoga e a comunidade judaica de Santo André. Comentou que inicialmente fizeram a escola, depois a sinagoga... O sogro de sra. Ana, sr. Jacob Chil Gedankien, natural de Rike, na Polonia, morou em Franca e mudou-se posteriormente para Santo André em 1944. Quando chegou à cidade ficou feliz ao saber que tinham minian para as rezas, que aconteciam em um salão construído pelo sr. Baijgelman, antes de formarem a sinagoga.A construção desta ocorreu por iniciativa de um grupo, e o sr. Jacob Chil Gedankien, naquela ocasião foi a pé de Santo André até a Penha, recolhendo recursos para a construção. A direção da sinagoga era realizada por sr. Froim Szwarc. Sra. Anna contou também que chegaram a Santo André diversas famílias da cidade de Rozyszczer, que nos anos 1930 pertencia à Polônia, e atualmente pertence à Ucrânia. Entre elas, cita as famílias Waisberg, Katz, Fridlin, Lindenbojn, Mindrisz e Tenenbojn.

Em relação ao livro de sra. Anna Gedankien, “Coragem, Trabalho e fé: A história da comunidade judaica na região do ABC paulista”, sra. Sonia Miltzman comentou que a sra. Anna procurou várias pessoas que, por um motivo ou outro, não puderam enviar os dados para constarem do livro. Dona Anna procurou-me, sou da família Gilbert, porém não tive como ajudá-la. Inclusive o avô da Myriam conviveu com a comunidade e foi nosso moré. Szwarcbart ensinou Bar-Mitzvah para os meus irmãos Carlos, Jayme, Ruby (Quinho), oficiou o meu noivado, cujo documento guardo até hoje. Foi o professor que lutou com minha família e a comunidade de Santo André pelos valores judaicos...” Eu agradeço muito este comentário, e, também, pela lembrança em relação ao meu zaide. Realmente, no lançamento do livro na Hebraica sra. Anna comentou que nos procurou, mas não nos encontrou. Mesmo assim, divulgou algumas histórias a respeito. E naquele momento do lançamento do livro pude conhecer e conversar com diversos amigos de meu pai, e ficar sabendo que meu pai gostava de reunir o grupo. E descobrir outras histórias curiosas...

No Facebook, sra. Doris Massaguer escreveu: “Sou de Santo André, sou Capelhuchnik, minha família veio Ucrânia, entrou em Passo Fundo, o nome de minha mãe é Batsheva Capelhuchnik Massaguer. Hoje vivo em Higienopolis...”

Vocês, ou suas famílias, fazem ou faziam parte da comunidade judaica de Santo André? Frequentaram a antiga sinagoga e/ou a atual? Possuem fotos, documentos? Deixe seu comentário, encaminhe um texto com suas memórias, para o e-mail myrirs@hotmail.com   

terça-feira, 8 de junho de 2021

A comunidade judaica de Santo André e a segunda sinagoga

Meu pai, Maurice Szwarcbart,
que morou em Santo André,
 junto com os pais e o irmão,
está nesta foto...
É o segundo do lado direito, braços cruzados.
Quem mais vocês reconhecem?

Como vocês vem acompanhando, a sra. Anna Gedankien nos traz em seu livro diversas informações sobre a comunidade judaica de Santo André e sua sinagoga. E informa que, com o desaparecimento da geração pioneira, a manutenção da sinagoga e seus minianim, as dificuldades aumentaram. Salomão Waisberg assumiu a Arisa, e instituiu uma mensalidade para os sócios da sinagoga, o que possibilitou melhorias no edifício. Em 1987 o Rabino Shmai Ende, foi indicado pelo Beit Chabad, para atuar na sinagoga da cidade, e trabalhar com a comunidade. Mudou-se, assim, para Santo André com a esposa e filha.

Em relação ao edifício da sinagoga em si, a primeira construção começou a se deteriorar após mais de 40 anos de atividade. No ano de 1994, um pouco antes das Grandes Festas, decidiu-se pelo fechamento e interdição do prédio da Rua Siqueira Campos, a venda deste, e a demolição das duas casas onde funcionava a escola. A proposta era de que neste local, seriam construídos um centro comunitário e a nova sinagoga. E assim ocorreu: no mês de novembro foi lançada a pedra fundamental, e, em 1995, mesmo com a obra inacabada realizaram os serviços das Grandes Festas. A conclusão da obra deu-se em nove meses, sendo paga tanto com o valor resultante da venda do prédio da antiga sinagoga, como com valores de contribuições. A comissão para conseguir recursos e a de trabalho reuniram-se durante o período da obra. Sra. Anna Gedankien cita a artista plástica Mireille Lerner, e a família Bass (Hermes, Simão, Marli), e os engenheiros Yudel Wajsfeld, Isidoro Goldfarb, Charles Wasserman, os arquitetos Mauro Klecz e Eliana F. Omena.

A fachada da sinagoga possui dois detalhes: as letras da palavra Chai  e uma Chanukiah. Alguns detalhes da primeira sinagoga foram reproduzidos na parte interna da nova sinagoga, como a frase sobre o Aron Hakodesh.  E este Aron Hakodesh também o mesmo, tendo sido trazido e reposicionado. O Parochet foi refeito. Em termos de disposição, assemelha-se às outras sinagogas encontradas na capital paulista: a ala masculina, a Bimah sobre um tablado, poltronas que ladeiam o Aron Hakodesh, prateleiras com os livros de rezas, portas largas em madeira na entrada, salas de aula/dormitórios para visitantes, escritórios e cozinha, espaço para refeições e kidush, uma escadaria que conduz ao primeiro andar, onde se situam o mezanino/galeria para as mulheres, o salão de festas, cozinha, e o apartamento para os rabinos e caseiros. Quanto ao espaço externo, há um tanque para o tashlich e um pé de romã, além de um forno a lenha, e uma área para a construção da Sucá.

Em 1994, Rabino Shamai Ende assumiu a direção da Yeshiva Tomchei Tmimim Lubavitch, e os próprios frequentadores passam a conduzir as cerimônias religiosas. Em 2001 o Rabino Josef Tawil é contratado pela Arisa.

A sinagoga de Santo André permanece ativa, e continua sendo frequentada por familiares de antigos frequentadores, apesar de muitos terem se mudado para São Paulo e outras cidades ou feito Aliah.

Conversei com Bernardo Rojz por whatsapp. Bernardo comentou que inicialmente sua família foi para Cafelândia, próximo a Bauru e Marília, mudando-se posteriormente para Santo André. Contou também que as décadas entre 1950 e 1980 foram as décadas do auge da comunidade, sendo que na década de 1990 muitos se mudaram para a capital paulista. Foi presidente da Arisa por quatro anos. Primo de Fabio Waisberg, faz parte de uma geração “mais nova”: sra. Malvina, avó de Malvina Waisberg, era irmã do pai de Bernardo. Indicou a sra. Fani Koifman, e sr. Jaques Waisberg, irmão mais novo do Fabio, para conversarmos. Um bate-papo já está agendado para a segunda quinzena de junho de 2021.

Entrei em contato com sra. Fani Koifman em 08 de junho. Sra. Fani lembrou-se do meu zaide(avô) Ichiel (Chil) Leib, e contou que suas lembranças e histórias de infância a remetem à sinagoga velha, e á época em que mais de 400 pessoas faziam parte da comunidade judaica. A região de Santo André englobava a estação da estrada de ferro e diversas ruas que pertencem ao centro da cidade. Muitas famílias da comunidade tinham lojas nesta região e durante o período das Grandes Festas esta área ficava praticamente fechada. Questionei sobre seus pais. Sra. Fani contou que a avó materna tinha uma pensão na Rua dos Italianos, e o pai, imigrante, e órfão ao chegar ao Brasil morou na pensão. Casados, foram inicialmente para o interior e depois, mudaram-se para Santo André. Dois dos filhos atualmente moram em São Paulo e três no exterior, porém fizeram Bar-Mitzvah em Santo André, ainda na época da primeira sinagoga. Sra. Fani faz parte do coral Kadosh, o qual une participantes de Santos e de Santo André. A Naamat e a Wizo não estão mais presentes, mas a Federação mantém um departamento, atuante, de pequenas comunidades. Antes da pandemia a sinagoga mantinha a frequência de 50 a 60 pessoas. Em relação à sinagoga, contou que a primeira Ata da Arisa, data somente de 1955, comentou que o pai de Fabio Waisberg era o líder comunitário, citou sr. Froim, e recordou-se da escola, que teve início no antigo prédio da sinagoga, no primeiro piso, com aulas do meu zaide, aulas de hebraico e de Bar-Mitzvah. Posteriormente tornou-se escola primária, e mais tarde, o Externato Oswaldo Aranha.  Sra. Fani irá procurar por fotos, para que eu possa compartilhar.

Como vemos no livro da sra. Anna Gedankien, sra. Fani foi a última diretora do Externato Oswaldo Aranha, que fechou em 1987. No livro lemos que sra. Fani nasceu em Santo André, e era filha de sr. Hersch Kilinsky e sra. Shendel Prist, das primeiras famílias imigrantes que chegaram a Santo André. Já professora, casou-se em 1966 com sr. Jaime Koifman. Advogada e atuante na comunidade, era secretária e vice-presidente da Arisa.

Vejam mais detalhes no livro da sra. Anna Gedankien...e se puderem, identifiquem as pessoas que aparecem na foto que aqui compartilho. Meu pai, Maurice Szwarcbart, que morou em Santo André junto com os pais e o irmão, está nesta foto... Quem mais vocês reconhecem?

Na próxima postagem, leiam mais detalhes sobre Santo André, e a história de sra. Mathel Jacob Engel.

Vocês, ou suas famílias, fazem ou faziam parte da comunidade judaica de Santo André? Frequentaram a antiga sinagoga e/ou a atual? Possuem fotos, documentos? Deixe seu comentário, encaminhe um texto com suas memórias, para o e-mail myrirs@hotmail.com