quinta-feira, 30 de maio de 2019

Sinagoga Adas (Adat) Yereim - Bom Retiro


Enquanto aguardamos a possibilidade de visitar a Sinagoga Talmud Torah, e obter mais detalhes a respeito desta, a pesquisa sobre Sinagogas em São Paulo prossegue. O estudo caminha tanto na busca por informações sobre as sinagogas já apresentadas em outros momentos, como na coleta de dados das sinagogas ainda não citadas.

Assim como a Sinagoga Talmud Torah, a Sinagoga Adas (Adat) Yereim também está situada na antiga Rua Tocantins, atual Rua Talmud Thora. Como podemos ver na página do Koshermap, “Chassidi/Ashkenazim, sob liderança do rabino Meir Avraham Iliovits Shlita”. koshermap.com.br 

Sra. Eva Alterman Blay, em “O Brasil como Destino”, menciona a Sinagoga Adas Yereim. Algumas teses apresentadas também citam esta sinagoga, como a de Carlos Alberto Povoa, na tese de Doutorado apresentada à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Univesrsidade de São Paulo, “A territorialização dos judeus na cidade de São Paulo: a migração do Bom Retiro ao Morumbi”. Liziane Peres Mangili, em “Transformações e Permanencias no bairro do Bom Retiro (1930-1954)”, dissertação de Mestrado apresentada ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo , também cita a sinagoga, tendo como fonte de referencia a tese de Povoa. Porém nenhum dos materiais acima apontados descrevem esta sinagoga, seu edifício, arquitetura, disposição interna, nem citam frequentadores atuais ou antigos.

Você ou seus familiares frequentam ou frequentaram esta sinagoga? Conhece alguém que fez parte de sua fundação ou que ainda participa de seu dia-a-dia? Escreva para myrirs@hotmail.com ou deixe seu comentário aqui...

terça-feira, 21 de maio de 2019

Sinagoga Talmud Thora - Sefer Torah doado pelo casal Arbaitman

Flyer de divulgação do evento

No ano de 2017, em um domingo, dia 10 de dezembro, a comunidade judaica participou, na Sinagoga Talmud Thora/ Escolas Gani-Lubavitch, da cerimônia de entrega de um novo Sefer Torah (Hachnassat Sefer Torah), doado pelo casal Elisabete e Marcos Arbaitman.
Naquele dia, na sinagoga, o Sefer Torah foi finalizado, sendo as últimas linhas preenchidas, completando, assim, a sua escrita. Após o término da escrita, todos seguiram até a rua, para festejarem este evento, com muita alegria, músicas e dança. No local estiveram o cônsul de Israel Dori Goren,  o diretor das Escolas Gani Talmud Thorá e Lubavitch Rabino Moti Begun, Daniel Bialski, Abram Szajman, Abramo Douek, Bernardo e Célia Parnes (presidente da UNIBES), entre tantos outros presentes.
Para mais detalhes da cerimônia vejam os links: http://glorinhacohen.com.br/?p=40952

terça-feira, 14 de maio de 2019

"Minhas lembranças sobre a Sinagoga Thalmud Thorá...uma volta ao passado" - por Magali Boguchwal Roitman


Magali Boguchwal Roitman contou que frequentou a Sinagoga Talmud Thora. E escreveu o texto abaixo, sobre esta sinagoga, autorizando o compartilhamento neste Blog. Agradeço muito a participação e colaboração da Magali.

“Segue o texto sobre a Sinagoga Talmud Thora... Minhas lembranças da primeira sinagoga que frequentei se referem à Rosh Hashaná e Iom Kipur. Meu avô era um dos fundadores e havia uma cadeira na área masculina (no térreo) e outra no feminino (o mezanino) com os nomes dele Abram Elja Boguchwal e da minha avó, Brandla. Eram muitos bancos identificados com placas e só recentemente passei a me orgulhar desse fato. Quando criança, tudo o que importava era usar as roupas novas confeccionadas especialmente para as Grandes Festas e encontrar os primos de 1º, 2º e 3º graus para brincar e esperar as muitas horas até o final dos serviços. O Thalmud Thorá não tinha microfone, coral ou chazan residente. A cada ano se contratava um chazan profissional que pouco se destacava das vozes e sotaques poloneses dos homens e mulheres presentes. O que lembro era de um senhor alto, de bigode preto que batia na mesa quando o zum zum zum ultrapassava o até as orações mais entusiastas. As crianças temiam aquele senhor. Para evitar o olhar dele, eu evitava entrar sozinha na área masculina. Quando meus primos entravam, eu ia com eles e abraçava meu pai, cumprimentava os amigos dele e logo voltava para o páteo ou para o mezanino. Além do local das rezas propriamente dito com seus bancos de madeira altos e esculpidos, o que me impressionava era uma ante-sala onde havia uma grande mesa com um rebaixamento no meio, onde as pessoas acendiam as velas. Chegava-se a ela por uma escada estreita onde os garotos ficavam trocando figurinhas. Era uma sinagoga ampla, clara, pintada de azul com piso de madeira. Olhando para cima, viam-se as mulheres muito bem vestidas com seus livros, ora lendo atentamente, ora supervisionando o comportamento dos filhos. Lembro que a minha avó ficava ali do início ao final da reza, silenciosa, cumprimentando os netos com ar sério. Por outro lado, as tias, as primas do meu pai e os filhos delas comentavam sobre as roupas, como eu tinha crescido, etc. Quando o Rosh Hashaná e Iom kipur caiam em épocas muito quentes, as janelas da sinagoga não davam conta e as crianças eram levadas para casa depois de algumas horas. Quem chegava com bebês, ganhava a chance de sentar mesmo que não tivesse direito a uma cadeira e também contava com várias babás voluntárias. Por vários anos, a ida à sinagoga era uma rotina. Depois do Bat-Mitzvá, as meninas não entravam mais na área dos homens, mas passavam a fazer o tour pelas outas sinagogas para encontrar colegas de escola e amigos também entediados com os serviços das suas sinagogas. Dois detalhes me vêm à memória. Um deles é que em função do calor, minha mãe foi uma das primeiras a vestir as filhas com roupas de manga curta e mais tarde com saias mais acima do joelho. Ao verem meus trajes, minhas tias aproveitavam e, no ano seguinte também vestiam as filhas com roupas mais modernas. Se minha ordotoxa avó protestou, nunca fiquei sabendo. Já adulta, quando me tornei frequentadora do serviço religiosos das Grandes Festas na Hebraica, me surpreendi ao reconhecer algumas orações, especialmente aquelas que sinalizavam a aproximação do final de Yom Kipur. Embora ouvisse o chazan/artista contratado pelo clube, sempre me vinha à memória a o som vigoroso dos homens e mulheres desafiando a falta de energia decorrente do jejum. Por um ou dois anos tentei acompanhar o serviço do clube a trabalho e dar um pulinho no Bom Retiro para dar ao meu pai a alegria de mostrar a filha jornalista aos amigos. Depois não compensava mais atravessar a cidade então perdi o contato com a sinagoga até saber que ela tinha sido entregue para o movimento Chabad. É tudo que sei...”

Você frequentou a Sinagoga Talmud Thora? Alguma outra no Bom Retiro? Em outros bairros? E seus familiares? Gostaria de contar sua história, suas memórias, compartilhar fotos, documentos, algumas lembranças? Escreva para myrirs@hotmail.com ou deixe um comentário aqui...



quarta-feira, 8 de maio de 2019

Informações na internet, relativas à Sociedade Israelita Brasileira "Talmud Thorá"

Mapa digital da Cidade de São Paulo - Site Geosampa
Prefeitura de São Paulo - Mapeamento 1930 - Sara
Rua Tocantins

Podemos encontrar algumas informações na internet, relativas à Sociedade Israelita Brasileira "Talmud Thorá", como por exemplo o Decreto Municipal N.10.442, de 3 de abril de 1973, declarando de Utilidade Pública a Sociedade Israelita Brasileira Talmud Thorá, informação esta que consta do site leismunicipais.com.br : “José Carlos de Figueiredo Ferraz, Prefeito do Município de São Paulo, usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, e CONSIDERANDO que a Sociedade Israelita Brasileira "Talmud Thorá", com sede nesta Capital, à rua Tocantins nº 296, bairro do Bom Retiro, é uma entidade idônea de caráter educativo-assistencial sem fins lucrativos, com personalidade jurídica há mais de três anos, não sendo remunerados os cargos de sua diretoria e que por preencher suas finalidades, já foi declarada de utilidade pública estadual, Decreta: Art. 1. Fica declarada de utilidade pública, nos termos das Leis Municipais nºs. 4819/55, 5120/57, 6915/66, 6947/66 e 7211/68, a Sociedade Israelita Brasileira "Talmud Thorá". Art.2 Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Prefeitura do Município de São Paulo, aos 3 de abril de 1973, 420º da fundação de São Paulo. Prefeito, José Carlos de Figueiredo Ferraz, Secretário de Negócios Internos e Jurídicos, Paulo Villaça, Secretário das Finanças, Nelson Gomes Teixeira, Secretário de Bem-Estar Social, Leopoldina Saraiva, Publicado na Diretoria do Departamento de Administração do Município de São Paulo, em 3 de abril de 1973. O Diretor, João Alberto Guedes. Data de Inserção no Sistema Leis Municipais: 19/03/2013. Nota: Este texto disponibilizado não substitui o original publicado em Diário Oficial”.

O site http://www.infopatrimonio.org/wp-content/uploads/2017/03/Engenho-Central-pira.pdf apresenta a publicação do Diário Oficial - Poder Executivo - Seção I São Paulo, 124 (159) – 45, de terça-feira, 26 de agosto de 2014, com o Comunicado a seguir: “Certificado de Reconhecimento de Instituição Cultural A Secretaria da Cultura, considerando que a SOCIEDADE BENEFICENTE ISRAELITA BRASILEIRA TALMUD THORÁ – CNPJ: 62.108.188/0001-43, com endereço à Rua Talmud Thorá, 296 – Bom Retiro – São Paulo/SP - cumpriu com as disposições da Resolução Conjunta SF/SC – 001, de 23-04-2002 e Resolução SC º 140/2002, expedidas para efeito de regulamentar os artigos 6º, § 1º e 9º do Decreto Estadual 46.655, de 01-04-2002, publicado no D.O. de 02-04-2002 – Seção I, emito o presente Certificado de Reconhecimento de Instituição Cultural, para a entidade acima qualificada”.
O livro do sr. Nachman Falbel, “Judeus no Brasil: Estudos e Notas”, informa que em 28 de setembro de 1934 foi adquirido o imóvel da Rua Tocantins, 296, onde foi construída a nova sede da Escola Talmud Thora, fundada em 1933 e ligada à Sociedade Israelita Brasileira de Ensino Talmud Thora.  O edifício da escola foi inaugurado em janeiro de 1937. E, em 1946, inaugurou-se a Sinagoga desta Sociedade, no mesmo endereço.
Alguns comentários foram publicados a partir da última publicação da Sinagoga Talmud Thora:
Em Rubin Editores Sarah D. A. Lynch escreveu: “minha amada Sinagoga! Frequento. Inclusive hoje à noite teremos um lindo Seder!” Em Hasbará& Sionismo, Alberto Kremnitzer apresentou um “documento interessante que é possível encontrar no antigo Arquivo Histórico Judaico”, a “Lista de Imigrantes Entrados no porto de santos entre 1928 e 1932 e Registrados pela Sociedade Beneficente Israelita Ezra de São Paulo”.  Em Jewish Brasil, Nestor Zeitune marcou o nome de  Iris Sotnik BarkaiJonas Moises Gertner, e comentou: “nossa escola e Sinagoga. Quem tiver lembranças e fotos para contribuir serão bem-vindas. Um belo trabalho realizado pela Myriam. E Jacque Dick escreveu: “Obrigada por tudo”. Já no Net Shuk, Malca Turc  contou: “Meu avô também, Moshe Lejb Zandrajch, o marceneiro kosher"
E aqui pergunto novamente: qual sua história e suas memórias relativas à Sinagoga Talmud Thorá, no Bom Retiro? Conte, compartilhe, envie fotos e documentos. Escreva para myrirs@hotmail.com