quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Antigos frequentadores, seus familiares e a Sinagoga Machzikei Hadas

Mapa Digital da Cidade de São Paulo-  mapeamento 1930 - Sara
indicação da rua Joaquim Murtinho
http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx

Antigos frequentadores e seus familiares começaram a encaminhar detalhes sobre a Sinagoga Machzikei Hadas e compartilhar suas lembranças, tanto por e-mail, por mensagens e pelo Facebook. Ao compartilharmos nossas memórias, relatando inclusive quem somos e o que fomos, confirmamos que toda história vale a pena e tem relevância. Nós construímos a nossa trajetória e a nossa história, vinculadas a um contexto mais amplo e à comunidade a que pertencemos.

Por exemplo, na página Jewish Brasil, no Facebook, Sueli Farber indicou Pricila Kahan Heliszkowski, questionando-a: “Não é esta a sinagoga do teu pai?” Na publicação de minha página, Pricila Kahan Heliszkowski respondeu: “Eu, Pricila Kahan Heliszkowski escrevi em outubro de 2017: O meu pai que é cohen, frequenta o shil da Joaquim Murtinho, no Bom Retiro, pequenininho, antigo, religioso, a última vez que estive lá foi no Bar-Mitzvah de meu irmão, exatos 47 anos,...mas ele pediu para que fossemos rezar o Yskor para nossa mãe lá. Incrível, eles rezam e cantam o sidur em idish....só idish...não é shalom, mas é shuloim, não é amém e sim Umen , não é parnassá, mas é parnusse...e assim por diante, todos cantam com empolgação, com amor, lá em cima, eramos somente eu, minha irmã e mais 4 mulheres....um lugar para se emocionar...e voltar pro schteitale, nossas raizes! Que somos judeus asquenazim...”

Já em ArtiSion-Sionismo e Hasbara Luiz Fernando Chimanovitch contou lembrar-se desse shil, parte da sua infância. E Abrão Segal contou: “Meu pai, Joachim Segal z"l, frenquentou ate o ano de 1995 (ano em que foi para Israel). Meu avô, Mordka Segal, tocava o Shofar. Lembro-me de um "zelador" que morava la (ja faleceu) nao judeu.  ser que Jonas Gertner tenha mais informações pois o pai era Gabay na sinagoga. Fotos nao tenho. Escrevi para o Jonas entrar em contado com você. Infelizmente todos os frequentadores na época do meu pai (mais ou menos 1980 ate 1992) tinham mais de 70 anos. Assim, não sei se ainda tem alguém vivo daqueles anos. Lembro-me que a sinagoga era pequena, mas aconchegante. Outro que mora em Israel, e que o pai rezava lá é Shmil Kaufmann. Ele mora em Yemin Ord". Shmil Kaufmann entrou em contato e contou que essa sinagoga ainda funciona no Shabat e possui muitas estórias para contar! Avisou que escreverá um pouco sobre a sinagoga em breve.  E contou: “Ainda lembro de criança quando essa sinagoga era originalmente na rua Correia de Melo”. Daniel Enkin  comentou que morava ao lado dessa sinagoga da Rua Joaquim Murtinho.

No Net Shuk, Renato Ber contou: “Meu bisavô foi um dos fundadores dessa sinagoga ! Meu pai fez Bar-Mitzvah lá, ele e toda a geração dos primos! Frequentei desde pequeno até meus 12 anos mais ou menos! Fotos eu acredito não ter! Vou te ajudar com informações! Podemos te ajudar muito! Vamos aguardar o retorno de Renato Ber...

Na página de Memórias Paulistanas, Aladya Beatriz N. de Almeida escreveu: “Se lembrar de qualquer fato ou achar alguma foto , te aviso” e Renato Luiz Ferreira indicou Mauro Boimel e Tatiana Kelen.

Em Sinagogas em São Paulo...Luiza Wandalsen Lorber indicou Iago Wandalsen Prates... E por e-mail, Sandra Azaria compartilhou: “Meu avô materno, Leon Kaufmann, rezou durante muitos anos nessa sinagoga. Lembro-me muito bem da escada que subia pra parte das mulheres. Minha avó, Sara Kaufmann, sentava logo no final da escada. Nas festas judaicas de Rosh Hashana e Yom kipur minha mãe também sentava do lado dela. Na parte dos homens tinham mesas e bancos compridos. Lembro bem do quartinho no fundo onde preparavam o Kidush e o cheiro das sardinhas se espalhava por toda a sinagoga. O Brit-Milah do meu irmão foi feito nessa sinagoga. Temos bastante fotos de lá. E meus tios com certeza podem se lembrar de outros integrantes dessa comunidade. Sandra desejou: “Boa sorte com o projeto.”

Há um tempo, na publicação “Sinagoga de São Miguel Paulista... compartilhando histórias”, deste Blog, escrevi que Sr. Leibe Berenchtein havia comentado no Facebook (na página “Thora, Judaísmo e Sionismo): “Conheci o sr. Zacarias(Igel) pelos anos 80, aproximadamente, quando residia no Bom Retiro, e ele me relatava sobre a sinagoga de S. Miguel, ele residia na Rua Guarani, e me parece que ele também contribuiu com a sinagoga da Rua Joaquim Murtinho...”

E você, fez ou faz parte desta sinagoga? Conte, comente, compartilhe, colabore você também!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Sinagoga Machzikei Hadas - Bom Retiro


A Sinagoga Machzikei Hadas situa-se à Rua Joaquim Murtinho, no Bom Retiro.

Busco informações, fotos, histórias e memórias de quem as queira compartilhar e contar, desta sinagoga. Lembranças de infância, de familiares, de Bar-Mitzva, da fundação da sinagoga, de quem frequentava e ainda a frequenta, dos fundadores, de casamentos, Grandes Festas, Shabatót, Chaguim, de outras épocas, dos dias de hoje. Como era e como é o espaço masculino, o espaço das mulheres, mobiliário, bancos, Aron Hakodesh, Bimah, as Torót, o Ner Tamid? Quem é o autor do projeto, quem a construiu, como é a arquitetura, como são as luminárias? Quando ocorreu a sua fundação e a inauguração do edifício?

Aqui compartilho um pouco o que Lucia Mara e Persio Mandel contaram, fragmentos de memórias relacionadas ao avô paterno, um dos fundadores da sinagoga da Rua Joaquim Murtinho: Sr. Lejba (Leão) Mandel nasceu na Polônia, em uma família judaica religiosa. Aos 13 anos saiu de sua casa, para fazer parte de um circo que passava na região. Casou-se com Carmem Sterenberg, de família austríaca, chegando ao Brasil na primeira metade do século XX. No Brasil trabalhou como despachante.

Persio comentou sobre a cerimônia de Pidyon Haben do filho, que ocorreu na Sinagoga Machzikei Hadas. Segundo a Torá todo primogênito é sagrado para D´us, “Cada judeu (exceto cohen ou levi) deve redimir seu filho primogênito nascido (de parto natural, sem aborto anterior) de mãe judia (não filha de cohen ou levi) no 31º dia de vida, com cinco shecalim (moedas de prata equivalentes a 101 g de prata pura)”... vejam o site do Beit Chabad:     

Marli Ben Moshe comentou que a família de Anita Gertner frequentava também esta sinagoga... A família Gertner, ou outras famílias que frequentaram esta sinagoga, gostaria de colaborar com informações???

Faça parte deste estudo e pesquisa...este é um blog onde cada um pode compartilhar suas lembranças. Aguardo o seu contato! Deixe seu comentário aqui ou encaminhe-me um e-mail para myrirs@hotmail.com

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Sinagoga Knesset Israel e Ten Yad


A antiga sede da Sinagoga Knesset Israel, à Rua Newton Prado, foi adquirida pela instituição beneficente Ten Yad. 

Podemos ler no site desta instituição que “A Instituição Beneficente Israelita Ten Yad é uma das mais consagradas entidades que se dedicam a combater a fome no Brasil. Fundada em 1992 e atuando no Estado de S.Paulo, ela distribui mais de 700 toneladas de alimentos por ano, através de programas de segurança alimentar, programas de promoção e inclusão social e duas parcerias governamentais... 

Em 1992, um grupo de ativistas comunitários de S. Paulo se sensibilizou diante do empobrecimento de parte da população paulistana, especialmente no que tangia a aqueles que, em uma condição econômica muito desfavorável, inclusive sem recursos financeiros para suas necessidades básicas de alimentação...”. 
No site da Conib, em artigo de 28 de novembro de 2013, vemos que “o local, que abrigou uma das mais importantes sinagogas paulistanas, foi reformado e adequado às ações sociais desenvolvidas pela entidade assistencial Ten Yad...”, sendo inaugurada, em 1º de dezembro 2013, sua nova sede no bairro do Bom Retiro.

O site do Ten Yad também cita o evento de inauguração: “O edifício Esther Safra, que, no passado, sediou importante sinagoga de São Paulo, foi reformado e reestruturado, durante três anos, para atender mais de 2 mil assistidos em programas sociais e de combate à fome... Mais de mil pessoas prestigiaram a inauguração, entre eles lideranças políticas e comunitárias... 
O Diretor do Ten Yad, Rab. David Weitman, agradeceu aos voluntários do Ten Yad que diariamente se dedicam à entidade, e à família Safra, donatária da entidade e que muito contribuiu para a viabilização da nova sede. Já o Vice-Diretor do Ten Yad, Rab. Berel Weitman, destacou os novos programas da Instituição...”. 

Em uma visita à Instituição, Rab. Berel Weitman apresentou todo o incrível trabalho que o Ten Yad realiza, entre eles os Programas de Segurança Alimentar; Programas de Assistência, Promoção e Inclusão Social; Parcerias com Órgãos Governamentais, e novos programas que vão sendo incorporados anualmente.
A sinagoga, também reformada, e ao mesmo tempo preservada, inclusive em seus bancos de madeira, permanece ativa nos dias de hoje. As placas que homenageiam antigos fundadores, presidentes e diretores estão afixadas nas paredes laterais, que receberam novas pinturas, assim como o teto desta Sinagoga, como podemos visualizar nas fotos desta página do Blog.

Você gostaria de rever ou conhecer esta Instituição, e o espaço da antiga, porém renovada, sinagoga? Você possui fotos antigas, memórias e histórias da Sinagoga Knesset Israel no Bom Retiro? Como comentou sr. Mario Pedro Lagus “há lindas recordações sobre a longevidade desta sinagoga”. Leon Oksman lembrou-se do “saudoso sr. Berel Fridman”. Caso queira compartilhar histórias, resgatar recordações, compartilhar documentos e fotos entre em contato comigo...por aqui ou por e-mail: myrirs@hotmail.com

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Objetos na Sinagoga Religiosa Israelita Beith Itzchak Elchonon, à Rua Prates



Diversos objetos permanecem guardados na Sinagoga Religiosa Israelita Beith Itzchak Elchonon, à Rua Prates. 

Em um armário no salão do subsolo, por exemplo, vemos os cálices de vinho, menorót (candelabros), “caixa” para besamim e diversos livros, sendo vários sidurim. Como a sinagoga permanece ativa, vemos as Torót, Rimonim e o “yad” em seus lugares...


Boa parte do edifício mantém-se como na época da construção, em excelente estado conservação, como os bancos já citados, as escadas, pisos em tacos de madeira, luminárias, o teto com suas pinturas e detalhes dos mazalót(zodíaco), aqui presentes como em outras sinagogas.  

A fachada do edifício apresenta, em uma "torre", as doze tribos e seus símbolos.

Quanto às memórias desta sinagoga, sra. Paula Ruchlejmer Szapiro marcou Bety Szapiro Neumann e Jair Szapiro. 

Paula Shafirovits Goldfarb dipôs-se a conversar e contar sua história. Comentou que conheceu os pais do Gilson Suckeveris, que eram amigos da família. 

E adiantou: “Cheguei a conhecer a avó dele, mãe da d. Rosa...”

E você, quais suas lembranças sobre esta sinagoga? Frequentou-a ou frequenta ainda hoje?

Escreva para mim! Envie um e-mail para myrirs@hotmail.com ou poste o seu comentário... 

Chanukah Sameach!!!



domingo, 2 de dezembro de 2018

“Breves Momentos da História dos Judeus da Lituânia” - A Hebraica de São Paulo


Uma linda exposição ainda pode ser visitada no Clube A Hebraica de São Paulo!!! Inaugurada em novembro de 2018, a mostra Breves Momentos da História dos Judeus da Lituânia”, apresentada pelo KKL e pelo Consulado Geral da Lituania, traz uma coletânea de fotografias pertencentes ao Museu Estatal Judaico Gaon de Vilnius. Imagens do Pátio da Grande Sinagoga de Vilnius, em 1917 e em 1945, de antigas sinagogas, muitas de grandes dimensões, construídas em madeira, que nos fazem refletir sobre suas construções e estruturas. 

Fotos de famílias judias, reunidas, que viviam no país e as situações cotidianas destes, grande parte no período entre guerras, merecem ser vistas.  Uma exposição muito bem montada e que nos mostra a contribuição da comunidade judaica lituana contribuiu para a economia, cultura, arte daquele país, em cidades como Kaunas, Vilnius, entre tantas outras. Como consta da apresentação da exposição, “revela um pouco sobre a participação das raízes judaicas na evolução sócio-econômico-cultural da Reública da Lituania”.

Em São Paulo, os judeus lituanos fundaram a Sinagoga da Rua Prates, no Bom Retiro, como vocês têm tido a oportunidade de acompanhar, e também se estabeleceram no bairro da Vila Mariana, como já divulgado neste blog.