segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

A Sinagoga de Moema - por Marcelo Brick

Sefer Torah
Sinagoga de Moema

Segue aqui meu relato mais detalhado sobre a Sinagoga de Moema. Sou morador de Moema desde 1986. Uns anos depois meus queridos pais Abram Brick (Z'L) e Selka Meszberg Brick (Z'L) também se mudaram pra o bairro. Foi em meados dos anos 1990, talvez 1997 ou 1998, não sei precisar, eu já casado e duas filhas ouvimos falar que o bairro ganharia uma Sinagoga”. Desta forma Marcelo Brick iniciou seu relato a respeito da Sinagoga de Moema, em uma mensagem enviada a mim pelo Facebook. E continuou: “Apesar de ter sido criado no Bom Retiro, e conhecedor das sinagogas daquele bairro, eu não era um frequentador, apenas em ocasiões especiais e festivas, além das festas religiosas tradicionais. Meus pais foram convidados para a inauguração da sinagoga em Moema, e me lembro de terem relatado que o evento estava bem cheio, com bastante gente prestigiando. Já, um pouco depois, não sei precisar quando, decidi levar minhas duas filhas, com aproximadamente um e cinco anos, para uma festa judaica, provavelmente Purim, para celebrar e conhecer a ainda recente Sinagoga da Rua Pavão, que foi onde ela funcionou em seus primeiros anos. Encontramos alguns vizinhos de bairro e pessoas queridas (até de outros bairros) por lá. O Rabino Nathan e sua querida família (ainda em crescimento), nos 'abraçaram' com carinho e afeto, emanando uma energia muito boa. Deixamos nosso contato com ele e pouco tempo depois ele veio com a Chani, sua esposa, nos fazer uma visita, conhecer nossa casa. Apesar de certo receio, já que não seguíamos os preceitos kasher, minha esposa Ester Aizenstein Brick (Z'L) muito prática, providenciou alguns petiscos kasher, pratos, copos e talheres descartáveis. B'H tudo correu bem e ele deixou uma benção pra nós, que guardo até hoje. A partir de então, comecei a frequentar a sinagoga no Cabalat Shabat sempre que possível, mas, em pouco tempo, passei a ir todas as sextas. Isso me aproximou da comunidade do bairro (e arredores) e me reaproximou do Shabat. Acabei ficando bem próximo, participando de mais festas e algumas atividades do Rabino Nathan e sua família, vi seus filhos nascendo e crescendo. As celebrações de Sucot, com a Sucá montada no quintal da frente, eram uma maravilha. Mesmo quando caía aquela chuva torrencial, típica da época e que fazia alguns estragos, e a Sucá permanecia de pé e operante. Algum tempo depois, a Sinagoga mudou-se para uma casa na Rua Inhambu onde não ficou por muito tempo, talvez um ano ou dois, e continuei a frequentar da mesma forma. Foi só depois da Rua Inhambu que a Sinagoga ganhou sua sede própria (doada por beneméritos da comunidade). Um belo prédio de tijolo aparente numa esquina da Av. Ibirapuera com a Rua Prestes João, lado a lado com um dos muros que delimitam o Clube Monte Líbano. Um verdadeiro Oriente Médio, só que a convivência era pacífica e tranquila. O prédio tinha o subsolo com algumas garagens, o andar térreo onde estava a sala de orações, um jardim com alguns brinquedos e outro terraço na parte de trás onde era instalada a Sucá. No primeiro andar ficava um grande salão onde era realizado o kidush, preparado e providenciado pela Chani. Também eram realizadas ali outras celebrações, como jantares de Pessach, Rosh Hashanah, Purim e outras festas. Além dos kidushim mais festivos, patrocinados por algum frequentador, para celebrar algum evento familiar. Eu mesmo tive a felicidade e o privilégio de oferecer o kidush em diversas ocasiões, seja para agradecer a recuperação ou só para celebrar alguma ocasião festiva como os Bat-Mitzvót das minhas filhas. O Rabino Nathan, sempre muito atencioso, fazia questão de me avisar sempre que tinha vereniques, porque descobriu que eu gostava. E ainda avisava que fez, ou comprou, por minha causa. Ainda antes da pandemia, o Rabino assumiu outra sinagoga na Av. Angélica e colocou seu filho Mendy, que chegara já com família constituída de seus estudos de uma Yeshivá em Israel, para tocar a Sinagoga. Mas a frequência de pessoas havia baixado muito e, pouco depois, chegou a pandemia que decretou seu fechamento definitivo. E eu me lembro bem do primeiro Bar-Mitzvah que aconteceu lá na Sinagoga de Moema, na Rua Pavão, só não lembrava que era o do seu filho. Sempre vale um Mazal Tov”.

Assim como Marcelo Brick, vocês gostariam de escrever um texto para ser publicado neste blog, compartilhando histórias e lembranças sobre a Sinagoga de Moema? Teriam fotos, documentos? E sobre as diversas comunidades judaicas de São Paulo e suas respectivas sinagogas?

Vamos resgatar as nossas histórias e preservar o nosso rico patrimônio cultural material e imaterial! Escrevam para mim: myrirs@hotmail.com 


segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

A Sinagoga de Moema em São Paulo

Sefer Torah
Sinagoga de Moema

“A Sinagoga de Moema, ou sinagoga da Congregação Religiosa Judaica Kiruv Achim teve sua localização escolhida pelo Rabino Nathan Ruben Silberstein mediante o apoio da Federação Israelita e uma novíssima tecnologia para a época”. Quem nos conta tal fato é Ricardo Nimitz de Souza Oliveira pelo Facebook: “Eu era o Diretor Administrativo, profissional da Federação Israelita do Estado de São Paulo, e havíamos acabado de atualizar o cadastro geral da comunidade de São Paulo, utilizando geolocalização, e podíamos mapear, pela primeira vez, onde estavam (ou não) serviços e membros da coletividade, localização de escolas e seus alunos. Era uma época pré-GoogleMaps. Havíamos adquirido de uma empresa especializada o mapa do Estado de São Paulo e cruzamos as coordenadas das moradias com as instituições. O Rabino Nathan e sua esposa Chani foram os primeiros a utilizar este serviço, e a imprimir correspondência convidando as pessoas da região a frequentarem a nova Sinagoga. Na época um uso inédito, da novíssima tecnologia que implantei com o apoio do tesoureiro da Federação, Abramo Douek. Lembro-me do Rabino e de sua esposa indo etiquetar e preparar os envelopes em nossa sala da área de informática. Depois, sua congregação mudou de endereço, mas estava consolidada como instituição. Lembro-me também que, por dois anos, utilizaram o mailing da região várias vezes. Há uns três anos nos encontramos em um restaurante, e relembramos esta história de uso do mailing da Federação. Saí da Federação há alguns anos”. Ricardo finalizou o texto acima com a pergunta: “O Rabino Nathan não está mais a frente da congregação?”

Michele Rachel Ventura Danciger, também comentou, respondendo sobre a dúvida acima: “O Rabino Nathan continua à frente da sinagoga, só que, hoje em dia, na Av. Angélica”. Michele irá encaminhar mais detalhes sobre a sinagoga, em sua localização atual, assim como Ingrid Birta. 

Torót no Aron Hakodesh
Sinagoga de Moema
A localização escolhida, a qual Ricardo Nimitz de Souza Oliveira cita, refere-se a uma casa na Av. Pavão, que chegou a receber reformas e ter seu espaço ampliado em uma área descoberta, vizinha a esta edificação. Inicialmente em um anexo da casa, com acesso pelo corredor lateral, o espaço era dividido por uma mechitza de madeira escura, treliçada, a qual separava a ala masculina da ala feminina, porém ambas situavam-se em um piso único. O Aron Hakodesh e a Bimah ficavam à frente das cadeiras de plástico do setor masculino. As crianças, durante os Shabatot e festividades aproveitavam para brincar no corredor de acesso, sendo que, depois de um tempo, um “brinquedão” colorido foi instalado no jardim, no espaço da frente da casa.

A Revista VejaSP publicou um artigo em setembro de 2009, atualizado dezembro de 2016, que o Rabino Nathan Ruben Silberstein e sua esposa Chani, ortodoxos de linha hassídica, nascidos nos Estados Unidos, chegaram a São Paulo em 1993 e moravam no bairro de Higienópolis. Os filhos frequentavam escolas religiosas em período integral, mas, em casa, só se comunicavam em idish e hebraico. O texto informava, à época, que o Rabino Nathan abriu uma sinagoga em Moema para atrair a comunidade judaica da região e também aqueles que não tiveram educação religiosa. Leia mais em: “Conheça alguns hábitos dos judeus ortodoxos paulistanos. Eles representam 15% da comunidade na capital” Por João Batista Jr. e Sara Duarte Atualizado em 6 dez 2016, 09h09 - Publicado em 18 set 2009   https://vejasp.abril.com.br/cidades/conheca-alguns-habitos-dos-judeus-ortodoxos-paulistanos/

Vocês possuem fotos, histórias, lembranças, documentos sobre a Sinagoga de Moema, ou sobre as diversas comunidades judaicas de São Paulo e suas respectivas sinagogas? Gostariam de escrever um texto, para ser publicado neste blog?

Como escreveu Jaime Roizenblatt,não vamos deixar que essas memórias se apaguem, isso é precioso”!

Vamos resgatar as nossas histórias e preservar o nosso rico patrimônio cultural material e imaterial! Escrevam para mim: myrirs@hotmail.com 

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

A busca por mais detalhes sobre a Sinagoga da Congregação Religiosa Judaica Kiruv Achim, a Sinagoga de Moema

A busca por informações, dados, fotos, documentos, histórias e memórias relacionadas à Sinagoga da Congregação Religiosa Judaica Kiruv Achim, hoje situada à Av. Angélica permanece. Você frequenta ou frequentou esta sinagoga? Gostaria de compartilhar dados, e detalhes sobre esta sinagoga. Inicialmente situada à Av. Pavão em Moema, mudou-se, depois de alguns anos, para a Rua Inhambu e posteriormente para um edifício de tijolinhos, na Av. Ibirapuera. Aqui vocês podem ver uma foto, de uma das primeiras postagens deste blog, em junho de 2009. A sinagoga, nestes três endereços, adaptou-se às construções existentes.

Relacionada a esta sinagoga, Marcelo Brick  contou, no Facebook, que a  frequentou nos seus vários endereços de Moema (Pavão, Inhambu, Ibirapuera) até seu fechamento/mudança para a Angélica. Completou: “Muita saudades de todos”.

Quanto à comunidade judaica paulista, diversos comentários foram publicados também no Facebook. Veja alguns ainda não compartilhados neste blog:

Sueli Drukier contou que é de Santo André, das famílias Drukier e Kirchenchtejn: “Todos nós, da minha época de criança, conhecemos o shochet, que vinha em casa para que, depois nossa avó pudesse preparar o frango para o Shabat. Lembro bem que ele era baixinho, de barba”. Sim, verdade, meu zayde (avô), era o shochet, baixinho de barba...

Irene Lewinger escreveu sobre a Sinagoga Beit Yaakov da Consolação:Meu casamento foi segundo a ser celebrado, pelo rabino Diesendruk, no dia 6 de Janeiro de 1966. A sinagoga, lindamente decorada, ainda cheirava fortemente a tinha fresca”.

Sara Belz contou: “Meu pai era húngaro, e perdeu toda a sua família no Holocausto nazista na Hungria. Era violinista, na Orquestra do Maestro Leon Kaniefski aqui no Brasil”.

Rosana Frischer perguntou: “Ola, você pesquisa somente sinagogas ou também o desenvolvimento de pequenas comunidades dentro do Brasil? Tenho uma amiga israelense que esta procurando informacao sobre a comunidade no Guaruja, na década de 1950-1960”. Alguém teria mais detalhes?

Beth Nardelli contou que frequenta a C.I.P de São Paulo; Marcos Gil, o Talmu Torah e a Sinagoga da rua Prates também, o avô de Marcos era lituano. Marcia Cytman escreveu: “Sempre frequentei, lado do avô no Bessarabia, e do meu pai, na Rua Prates, origem lituânia”.

Jaques Mendel Rechter compartilhou: “A placa de 1941 que está na Sinagoga do Cambuci precisa ser estudada por idechistas. Em letras do hebraico, reproduz a exata pronuncia do "idiche" abrasileirado. Além de mostrar a versatilidade de tao singular da língua. Por exemplo, foi criada a palavra "vitze" para Vice (Presidente). Os nomes das pessoas também apresentam grafias impressionates em relação à sua pronuncia idish de nomes em português”. Vejam a placa no link: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10159326476858687&set=p.10159326476858687&type=3&__cft__[0]=AZWIVZSjvSn-AQZYqxYWTV1I57YEH9ylGJgjX5TQvlxZ2eXjOa6ut6a-AKrp4wCOzV6ULwj65hVXFRkGtB1NggvrykKcgVCf4FTdOhMiThEatd__M8__RIC91xqt0mJTv-WVW5k8LPtH457rOa4YeqE&__tn__=R]-R

E alguns comentários publicados neste Blog, em diferentes postagens:

"A inauguração da Sinagoga de Jundiaí em artigo do jornal da cidade": Eu nasci em Jundiaí, mas moro em Manchester, mas lembro desses sobrenomes! Sou judeu espanhol, Andres Hoelzle”.

Meu nome é Zângara Sasse, adorei o seu blog, tenho informações que meus  antepassados vieram para a colônia Campos Salles por volta de 1900. Estou procurando informações sobre a minha família vinda da alemanha, Meu  Bisavô Julio Sasse Junior - russo de Russpol e minha Bisavó Emilia Lehmann,  alemã de Hamburgo. Poderia me ajudar? Não consigo encontrar informações. Obrigada desde já.
Atenciosamente, Zângara Lourival Sasse” (e-mail foi enviado por meio do gadget Formulário de contato).

Lauro Gandelman escreveu em "A comunidade judaica de Piracicaba": “Minha primeira sinagoga que conheci na vida, pois morávamos em Americana, meus pais e avós frequentavam a Sinagoga de Piracicaba”.

Na postagem "São Carlos, Franca, e suas comunidades judaicas...": “Boa tarde. Sou o autor do livro sobre a comunidade judaica de Franca. Escrever sobre essa comunidade foi muito prazeroso, neste não judeu. Depois de tanto tempo, julgo que, se fosse possível, eu faria correções e acréscimos. Naquela época, não tinha fácil acesso à Internet como hoje. Assim trabalhei exclusivamente com fontes documentais do acervo municipal de Franca. Nada mais que isso. Caso precisem de informações entrem em contato comigo pelo meu e-mail. Grato”.

Sra. Lina Szapiro Sipukow, comentou:Só agora estou lendo esta reportagem, somos de Itu e podemos dar alguns relatos”.

Gerson Cordeiro Saldanha afirmou que os avós, de Catanduva, possuiam “costume judeus”, perdeu o avô com doze anos e a avó com dezenove anos. E completou: “Ela sempre usava lenço na cabeça e falava que era costume da família Cordeiro. Agora que estou entendendo, tenho certeza que eles são judeus, meu avô português de Portugal, família do meu pai, todos falecidos, eu tenho que olhar no documento do meu pai, são falecidos”

Rubens Kutner: “Minha mãe era de Pirajuí, próximo de Bauru. Nasceu em 1931 e, assim como outras famílias, veio para São Paulo com dez anos”.

Soninha Morg:Jacareí também tem comunidade”.

Vocês teriam mais detalhes sobre a Sinagoga de Moema, ou Congregação Religiosa Judaica Kiruv Achim, em seus diversos espaços? Fotos, histórias, lembranças, documentos que queiram compartilhar? Ou sobre a comunidade judaica do Vale do Paraíba, ou sobre as diversas comunidades judaicas de São Paulo e suas respectivas sinagogas? Gostariam de escrever um texto, para ser publicado neste blog?

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sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Família Szwarcbart em Santo André

Esta semana fiz um desenho ilustrando meu pai, meus tios e meus avós, no porto, quando da viagem para o Brasil, provenientes da Itália, em 1947. Minha família paterna, Szwarcbart, chegou ao Brasil com passaporte da Cruz Vermelha. Chegaram como apátridas, após a Segunda Guerra Mundial, apesar do meu pai, Maurice, e meu tio, Philippe, terem nascido em Antuérpia, na Bélgica, e minha tia, Rachel, minha bubili (avó) Lea, e meu zaide (avô) Chiel Leib terem nascido na Polônia. Ficaram em quarentena na Ilha das Flores, no Rio de Janeiro, seguindo depois para a cidade de Santo André, em São Paulo, aonde meu avô conduzia as rezas na sinagoga, era shochet e dava aulas de Bar-Mitzvah, idish e hebraico. Meu pai e meus tios organizavam as atividades para jovens, como me comentou uma vez um frequentador da sinagoga daquela época. 

Sra. Sonia Miltzman contou que conheceu meus avós paternos, meu pai e meus tios. E escreveu: “Eles moraram durante muitos anos em Santo André. Seu avô lecionou idish e ensinou Bar-Mitzvah para os meus irmãos Carlos, Jayme e Ruby. Seu avô era uma pessoa querida e muito inteligente. Ele também exercia a atividade de shoichet. A comunidade judaica da minha época tinha muito respeito por seu avô, e toda a sua família. Ele oficiou meu noivado. Eles moraram ali por muitos anos, e seu avô ajudou os frequentadores a manter a tradição judaica. Qualquer dia eu peço para a minha família que mandem uma cópia do documento do meu noivado a você. Quanto a esse aspecto, até minha netinha tem mais protagonismo que eu. A comunidade judaica de Santo André e meus amigos da época nunca o esqueceram”.

Estas informações por parte de sra. Sonia Miltzman foram publicadas logo após a última postagem deste blog, “A comunidade judaica de São Caetano do Sul e sua sinagoga - sr. Isac Gafanovic”. E relacionadas a esta publicação, diversos comentários foram feitos no Facebook, como vemos abaixo:

Sra. Fani Koiffman, com quem já conversei, recebeu esse lindo relato sobre a comunidade judaica de São Caetano do Sul. Ely Waisberg escreveu: “Conheço a sinagoga, membros da comunidade, da qual minha mãe inclusive foi integrante, mas não a história. Muito interessante, Isac. Não tenho historias, mas posso te passar o contato de uma pessoa que poderia compartilhar histórias do shil e escola de Santo André”. Sra. Rosa Kogan comentou: “Lindo, tivemos ótimos momentos, meu filho fez Bar-Mitzvah neste shill há trinta e cinco anos atrás direto do túnel do tempo”. Clara Wajngarten: “Meus avós Israel e Berta Goberstein eram vizinhos de muro da dona Mina Gafanovic, parente de vocês?” Clara Beer enfatizou:Estória linda demais! Esse é o nosso Schill! Clara Wajngarten, eu me lembro deles! Eram muito amigos dos meus pais”. Clara Wajngarten completou: “Claro, em São Caetano. Pode ser na rua Alagoas?” Alzira Adissi também escreveu: “Artur Zimerman, Paula Zimerman Targownik olha a história contada acima. Só pode ser história do seu pai. Lembro que a família era de São Caetano. Mostra para o seu pai. Lembrança boa desse amigo dele”. Artur Zimerman respondeu: “Alzira Adissi obrigado. Já tinha recebido. Bem interessante mesmo”.

Angela Hofnik comentou: “Também tenho boas recordações de São Caetano, onde passei toda a minha infância. O que lembro mais é das festas de Simcha Torah. Adorava”. Diana Skilnik publicou: “História linda! Quantas lembranças maravilhosas. Adorei conhecer sua história”.

Sheila Mermelstein lembrou: “São Caetano, sempre São Caetano. Ótimas recordações de amigos e de famílias queridas. Comunidade sempre muito unida”. Miriam Mermelstein completou:Sheila Mermelstein, a gente não esquece o lugar da infância”. Israel Lahterman fez parte do clubinho: “Isaac se esqueceu de mim...” Lili Artz comentou também: “Clarice Tetner Rosenthal, quantas memórias maravilhosas daquela época!!”

Pelo messenger, Amanda Sitchin Schwartzmann deixou uma mensagem: “Só pra falar que um primo meu de terceiro grau dos EUA, que eu não sabia que existia, me achou por causa do seu site. Ele pesquisou a cidade dos bisavôs dele e o sobrenome e encontrou seu site... aí entrou em contato comigo. Achei super legal!”

Vocês teriam mais detalhes sobre as sinagogas e comunidades judaicas de São Paulo? Conectaram-se com familiares que não conheciam, através destas publicações feitas no Blog e nas redes sociais? Possuem fotos, histórias, lembranças, documentos que queiram compartilhar? Gostariam de escrever um texto, para ser publicado neste blog?

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quarta-feira, 23 de novembro de 2022

A comunidade judaica de São Caetano do Sul e sua sinagoga - sr. Isac Gafanovic

Ilustração de Myriam R. Szwarcbart

Sr. Isac Gafanovic entrou em contato por através de e-mails, relatando sua história, relacionada à comunidade judaica de São Caetano do Sul e respectiva sinagoga. Aqui compartilho os e-mails recebidos, com autorização de sr. Isac:

Meu nome é Isac Gafanovic, fui citado como amigo de Júlio Zimermann, e gostaria de anexar algumas histórias de nossa grande amizade.

Quando o pai dele vendeu a loja de móveis, provavelmente ele não sabia pra quem, e eu digo que ele vendeu para o meu pai, David Gafanovic, e nossa história (com Júlio) se mistura, pois nossos amigos eram todos em comum.

Formamos, junto com Bernardo Beer, Carlos Guershtel, Sima Skinovski, Spitz, Moisés Karolinski, Adelina (Eide) e muitos outros, um clubinho de jovens quase todos da mesma idade, perto de 14 anos, e usávamos o salão da sinagoga de São Caetano do Sul como sede, nós conseguimos agregar jovens da Vila Zelina, Ipiranga, Cambuci, Santo André.

Todos os sábados nos reuníamos e tínhamos bailinhos com discos e vitrola, jogávamos pingpong, xadrez e, em um dos anos da época, participamos de um campeonato com 5 jogadores, não lembro todos mas o Bernardo e eu fizemos parte! Fazíamos baile com conjunto musical, teatro com nosso pessoal e a sinagoga ficava lotada com o ishuv!

Fazíamos piquenique na chácara do Lauro Gomes que nos cedia para nosso lazer e fazíamos aos domingos quando podíamos. Normalmente saíamos em dois ônibus lotados e lá íamos com os nossos pais. Com mais idade, 15 a 17 anos, tínhamos um time de basquete e com a chegada da nova geração tivemos um time de futebol de salão que era fantástico de bom, o 1o. e o 2o. time de basquete. Fomos jogar em Sorocaba, Santos e Santo André, já futebol de salão começou com Naum Goldberg (Zinho Gold), que era engenheiro, ajudando a construir uma quadra de basquete e futebol de salão no terreno que foi comprado pela diretoria dá sinagoga.

Com a chegada da nova geração, Naum Kogan (Zinho Kogan) Naum Kagan (Tuta), Luiz e Nathan Schwartz, Ezra Antebi, formávamos um time quase imbatível. Quanto às festas de Simcha Torá, elas eram muito concorridas, tínhamos muitas crianças que recebiam uma bandeirinha com maçã e velinha na ponta, e um pacote de balas para seguir atrás da Torá! E depois, seguia um jantar com hering com cebola, tomate e pão de centeio, o chamado pão preto, tudo com muita alegria. Em Rosh Hashana e Yom Kipur a sinagoga ficava lotada, às vezes alguém ficava de pé, pois não havia assentos para todos.

Na placa da inauguração da sinagoga tem o nome de meu pai David Gafanovic e seu irmão Rubens Gafanovic. Só posso acrescentar que foi uma vida linda, onde o ishuv de São Caetano era uma família, e onde nos visitamos sempre. Quando casei com A Julieta que veio de Erechim, ela foi recebida por todos como da família fosse! Existe uma história muito grande no ishuv e, se cada um contasse algo, daria um livro muito lindo.

Tenho um milhão de histórias da comunidade de São Caetano do Sul. Sou nascido aqui nesta cidade, e apesar dos meus 84 anos, me lembro perfeitamente da formação desta comunidade, da construção do Shil,l da escola de idish, de nosso clube, Grêmio Israelita de São Caetano do Sul (GISCS, para os íntimos) e tenho algumas fotos que posso mandar por whatsap ou e-mail!

Vamos começar por partes, com a chegada dos meus avós paternos, Isac Gafanovic e Tauba Gafanovic, de meu pai e seus irmãos. Meus avós paternos e Rubens, irmão de meu pai, e a irmã Sofia, vieram por volta de 1926 junto com os que vieram pela Jewish Colonization Association criado pelo Barão Hirch, que comprou muitas terras na Argentina, Uruguai e Brasil para salvar os judeus dos progroms e da perseguição na Rússia!

Este grupo de judeus chegou ao Brasil e se estabeleceu em uma região chamada de “4 Irmãos”, sede da ICA, no Rio Grande do Sul. A ICA vendeu pra cada família um pedaço de terra com uma casa, um galpão, uma junta de bois, ferramentas agrícolas e um prazo longo para pagar o valor estabelecido. Eu já era casado quando meu sogro terminou de pagar. Esta história é outra longa história, que vai ser lançada em filme e em documentário, bem em breve. Meu pai, David, veio uns três anos depois. 

Nisso, como meus avós e meus tios não receberam terras pra comprar eles trabalhavam como empregados dos que vieram e tinham terras, quando meu pai chegou foi trabalhar na manutenção da estrada de ferro, linha que vinha de Erebango para 4 Irmãos, construída pela ICA.  Meu tio Rubens mudou-se para São Caetano, e, um tempo depois, chamou a família para se mudar também! E aqui chegaram, como também chegou a família Kagan, ambas vieram com a ICA. 

Meu pai foi trabalhar como mascate, vendendo colchas, cobertores, coisas que poderia carregar nas costas. Como não falava o português ele ia para a Vila Zelina, bairro de lituanos, russos e outros que falavam a língua eslava. 

Era muito longe e meu pai ia a pé até o local, pois não havia condução na época e só mais tarde ele comprou uma charrete e um cavalo. 

Hoje fico por aqui, amanhã ou depois continuo, pois a história é muito boa e longa!Espero que dê para entender um pouco!

Pergunto novamente: vocês teriam mais detalhes sobre as sinagogas e diversas comunidades judaicas paulistas? Fotos, histórias, lembranças, documentos que queiram compartilhar? Gostariam de escrever um texto, para ser publicado neste blog? Vamos resgatar as nossas histórias e preservar o nosso rico patrimônio cultural material e imaterial! Escrevam para mim: myrirs@hotmail.com

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

A Congregação Religiosa Judaica Kiruv Achim

A Sinagoga da Congregação Religiosa Judaica Kiruv Achim também faz parte de minha história.

Comecei a frequentar a Congregação Religiosa Judaica Kiruv Achim, conhecida como Sinagoga de Moema, e hoje situada à Avenida Angélica, em Higienópolis, ambos endereços em São Paulo, no final da década de 1990, quando ainda morávamos na Vila Olímpia. Situada naquela época em um anexo de uma casa à Rua Pavão, era frequentada pela comunidade judaica que morava na região de Moema e adjacências. O espaço interno desta sinagoga era dividido por uma Mechitzah (divisória) em madeira de treliças, delimitando a ala masculina e a feminina. O Aron Hakodesh, coberto por uma paróchet(capa) vermelha, encostado em uma das paredes e a Bimah voltada a este, situavam-se no setor masculino. 

Durante os Shabatot, Chaguim, e nas diversas atividades que ocorriam nesta sinagoga, as crianças se reuniam para brincar no espaço aberto da casa. As cerimônias das “Grandes Festas” eram, geralmente, realizadas em salões alugados, no entorno da sinagoga, tendo, por diversas vezes a presença de Jairo Fridlin e Rabino Yehuda Iddel Stein, como chazanim. A sinagoga era conduzida, e ainda o é até os dias de hoje, pelo Rabino Nathan Ruben Silberstein, acompanhado de sua esposa Chani.

O kidush, que sempre se seguia após o Cabalat Shabat, era realizado inicialmente no espaço aberto da casa, passando, posteriormente, a ocorrer em um salão no andar acima do espaço da sinagoga.

Naquela sinagoga, à Rua Pavão, ocorreu o Bar-Mitzvah de meu filho, Dany, no ano 2000. Mais detalhes, sobre este fato, sobre a Sinagoga de Moema, as mudanças de endereço desta, e comentários de seus frequentadores, veremos nos próximos posts.

Abaixo, compartilho o e-mail que recebi de Waldir Rotband Marchtein, relacionado à Comunidade Judaica do Vale do Paraíba: “Em 1984 procurei o Sr:Boris Resnincenco com a preocupação da assimilação dos jovens da comunidade judaica da região, e juntos começamos a procurar por pessoas com sobrenomes judaicos e passarmos a ligar para elas, e as convidando a participar de um encontro, o que foi recebido com muito entusiasmo. Foi marcado um primeiro encontro, que contou com 250 pessoas. Procurei a Federação Israelita, pedindo ajuda, e que nos enviasse comunicações sobre as Comunidades. O jornal “Resenha Judaica” passou a ser enviado de graça para os membros da comunidade da região a “Bnai Brith” forneceu livros, o “Beit Chabad” providenciou um rabino, na época o Rabino David Azulay. Esteve presente nas reuniões o Rabino Henry Sobel, e os encontros de Taubaté passaram a ser realizados em São José dos Campos, na Casa da Familia Roissman, e, em Jacarei, no Sitio dos Waissman. Encontrei judeus morando em Cachoeira Paulista, como a familia Ostrosky. Tudo isso caminhou para a fundação da ASSIBRAVE (Associação Israelita Brasileira do Vale do Paraíba), com a participação de Eliezer Zac, Frederico Grinspum, familias Roissman, Waissman, Crispim, Schaffer,e muitos outros. Quem ajudou muito na época foram Henry Diamante, Faleck, Samuel Gilead, Julio Henrique Rozenfeld, Eugen Meister, Ricardo Schmitman, Plinio Roismann, Francisco Oiring, Artur Zaltsman, Raquel Fabbri, Arie Yaari, aos poucos vou me lembrando e colocando os nomes e sobrenomes de pessoas da época que nos ajudaram e participaram da comunidade. Nos últimos tempos, as reuniões eram realizadas na casa da Bertha Guinsburg, e dirigida pelo Rabino Gloiber, enviado pelo Beit Chabad". 

Vocês teriam mais detalhes sobre a Sinagoga de Moema, ou Congregação Religiosa Judaica Kiruv Achim, em seus diversos espaços? Fotos, histórias, lembranças, documentos que queiram compartilhar? Ou sobre a comunidade judaica do Vale do Paraíba, ou sobre as diversas comunidades judaicas de São Paulo e suas respectivas sinagogas? Gostariam de escrever um texto, para ser publicado neste blog?

Vamos resgatar as nossas histórias e preservar o nosso rico patrimônio cultural material e imaterial! Escrevam para mim: myrirs@hotmail.com 

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Sinagoga Israelita Paulista e a busca por mais informações

Casamento do bisavô de João Buk,
Lipot Buk (Leopold Buk)
com Erzebét Herman (Elizabeth Buk)

A busca por informações relacionadas às comunidades judaicas paulistas e suas respectivas sinagogas permanece. Neste sentido, em 26 de setembro de 2022 recebi, através do formulário de contato do blog, um comentário da sra. Edith Lucia Miklos Vogel, com o seguinte texto: “Sou filha de húngaros e frequentei a sinagoga, com minha mãe e demais familiares. Tenho fotos e posso contribuir com lembranças e dados sobre húngaros que frequentavam a sinagoga, A festa de meu casamento foi realizada no salão da sinagoga. Atenciosamente, Edith Lucia Miklos Vogel”.   

Conversei com sra. Edith Lucia Miklos Vogel, advogada aposentada, no final do mês de setembro de 2022, a respeito do comentário recebido. Sra. Edith contou que o pai, sr. Miklos, nasceu em 1902 e saiu da Hungria em 1919 rumo à Áustria, tendo chegado ao Brasil em1925. Não frequentava a sinagoga dos húngaros, em São Paulo. Já a mãe, sra. Iolanda Hermann chegou ao Brasil em 1935, frequentando tal sinagoga, juntamente com as duas irmãs e o cunhado. 

Erwin Tomy Buk, 
avô de João Buk

Sra. Edith, que ia com a mãe a esta sinagoga, lembra-se do salão da Rua General Osório, acessível por uma escadaria. Àquela época a sinagoga não possuía um rabino, somente um uma pessoa praticante, que conduzia as rezas. Quanto ao espaço, o salão era dividido por uma tela, sendo que as mulheres se sentavam na parte de trás. As mulheres eram muito ativas, realizando diversos eventos, arrecadavam fundos, inclusive destinados à Europa do pós-II Guerra. A imigração judaica húngara, como comentou, ocorreu em diversos momentos, tanto no pré-Guerra, como nos períodos pós-Guerra, e pós-Revolução. E, esta comunidade, que aqui chegou, ou era muito religiosa, ou muito liberal. E muitos dos jovens frequentadores da sinagoga húngara acabaram por se dirigir à CIP. 

Erwin Tomy Buk à esquerda,
 com a mãe de João
em cima dos ombros dele

Comentou sobre diversas famílias, entre elas do tio materno, sr. Américo Fischer, do primo sr. Roberto Scherer, de sr. Tomaz Orban, sra. Judith Breuer, sras. Marion e Suzanne, os irmãos da família Weiner.   

Sra. Edith comentou sobre o neto de um primo, o qual busca mais detalhes da história da família e da comunidade judaica húngara. Este primo fez seu Bar-Mitzvah na sinagoga húngara, em São Paulo, em 1948. 

Após meu contato com sra. Edith, o neto de seu primo, João Buk de Araújo, entrou em contato por e-mail após ver o Blog que público, e o post sobre a Sinagoga Húngara. João contou: “Estou tentando realizar um documentário sobre a imigração dos judeus húngaros, durante o período do Holocausto, e ao mesmo tempo entrar mais em contato com minha cultura ancestral judaica, da qual, infelizmente, não tive muito acesso. Gostaria de realizar entrevistas com famílias judaicas que imigraram para o Brasil, e contar essa importante história da luta de muitos judeus que tiveram que vir e fugir para cá. E, como neto de uma família judia, estou na busca da documentação de Bar-Mitzvah de meu avô de origem judaica húngara, além de interessado em visitar Israel e a Hungria, para também captar imagens para o documentário.” 

Elizabeth,Yolanda e Irene

Sra. Edith Lucia Miklos Vogel está colaborando na busca de João Buk por essa documentação. João acrescentou: “Foi minha tia quem me confirmou sobre o Bar-Mitzvah de meu avô na sinagoga húngara do Brasil. Inclusive ela estava presente e tem fotos da festa”. 

Como João comenta, infelizmente não tem a documentação que comprove o Bar-Mitzvah, e está tentando entrar em contato com o responsável pela “Sinagoga Húngara”, ou com alguém que possa vir a ter esses registros e ajudá-lo com esta documentação. E complementa: “Se souber de alguém para recomendar, agradeço se puder passar o contato. Além disso, se tiver interesse de me ajudar a compor esse documentário, tenho certeza que você com seus conhecimentos seria de grande ajuda!”

O nome do avô era Erwin Tomy Buk, e podemos vê-lo na foto (o homem dos três à esquerda) com a mãe de João em cima dos ombros dele. A foto foi tirada em SP, com um primo e amigo do avô.

João compartilhou a foto do casamento do bisavô, Lipot Buk (Leopold Buk) com Erzebét Herman (Elizabeth Buk) em 1929, e a fotografia de casamento com a família inteira, onde, infelizmente, poucos deles sobreviveram. Encaminhou também a foto do casamento dos bisavós paternos, da bisavó Ezter Goldstein.  


Casamento  na Hungria

Como João escreveu, infelizmente eles foram assassinados em Auschwitz, em 1944.

Em relação à foto da bisavó Elizabeth, cujo diminutivo e apelido era Bozsi, e suas irmãs Yolanda e Irene, contou que conseguiram imigrar para o Brasil, junto com outro irmão delas, o Alexandre. Porém outros dois irmãos, os quais João não sabe o nome, foram assassinados a beira do Danubio. As irmãs sobreviveram. Há também a foto da família húngara no Brasil, onde a sra. Edith Vogel aparece. 

Vale ressaltar que atualmente a Sinagoga da Rua Augusta segue a linha Chabad.  

Família no Brasil

Você teria alguma informação relacionada à Sinagoga Israelita Paulista, ou sinagoga da comunidade judaica húngara em São Paulo? Conhece alguém que eventualmente esteve presente, ou possui fotos do Bar-Mitzvah acima citado, ocorrido em 1948? João solicitou que compartilhasse o e-mail dele: joaobuk.cinema@gmail.com .

Pergunto também se você teria alguma informação sobre a comunidade judaica da capital e das cidades do interior paulista. Fotos, memórias, documentos? Histórias de sua família, quando chegaram e o porquê da escolha da cidade em que se estabeleceram, como era a comunidade judaica e sua integração com a comunidade local, as sinagogas, escolas, como e onde comemoravam as festas? 

Ezter Goldstein

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