Esta
semana fiz um desenho ilustrando meu pai, meus tios e meus avós, no porto,
quando da viagem para o Brasil, provenientes da Itália, em 1947. Minha família
paterna, Szwarcbart, chegou ao Brasil com passaporte da Cruz Vermelha. Chegaram
como apátridas, após a Segunda Guerra Mundial, apesar do meu pai, Maurice, e
meu tio, Philippe, terem nascido em Antuérpia, na Bélgica, e minha tia, Rachel,
minha bubili (avó) Lea, e meu zaide (avô) Chiel Leib terem nascido na
Polônia. Ficaram em quarentena na Ilha das Flores, no Rio de Janeiro, seguindo
depois para a cidade de Santo André, em São Paulo, aonde meu avô conduzia as
rezas na sinagoga, era shochet e dava
aulas de Bar-Mitzvah, idish e hebraico. Meu pai e meus tios organizavam
as atividades para jovens, como me comentou uma vez um frequentador da sinagoga
daquela época.
Sra. Sonia Miltzman contou que conheceu meus avós paternos, meu pai e meus tios. E escreveu: “Eles moraram durante muitos anos em Santo André. Seu avô lecionou idish e ensinou Bar-Mitzvah para os meus irmãos Carlos, Jayme e Ruby. Seu avô era uma pessoa querida e muito inteligente. Ele também exercia a atividade de shoichet. A comunidade judaica da minha época tinha muito respeito por seu avô, e toda a sua família. Ele oficiou meu noivado. Eles moraram ali por muitos anos, e seu avô ajudou os frequentadores a manter a tradição judaica. Qualquer dia eu peço para a minha família que mandem uma cópia do documento do meu noivado a você. Quanto a esse aspecto, até minha netinha tem mais protagonismo que eu. A comunidade judaica de Santo André e meus amigos da época nunca o esqueceram”.
Estas
informações por parte de sra. Sonia Miltzman foram
publicadas logo após a última postagem deste blog, “A comunidade judaica de São
Caetano do Sul e sua sinagoga - sr. Isac Gafanovic”. E relacionadas a esta
publicação, diversos comentários foram feitos no Facebook, como vemos abaixo:
Sra.
Fani Koiffman, com quem já conversei, recebeu esse lindo relato sobre a comunidade judaica de São Caetano do Sul. Ely Waisberg escreveu: “Conheço a sinagoga, membros da comunidade, da qual minha
mãe inclusive foi integrante, mas não a história. Muito interessante, Isac. Não tenho historias, mas posso te
passar o contato de uma pessoa que poderia compartilhar histórias do shil e
escola de Santo André”. Sra. Rosa Kogan comentou: “Lindo, tivemos ótimos momentos, meu filho fez Bar-Mitzvah neste shill há trinta e cinco anos atrás direto do túnel do tempo”. Clara Wajngarten: “Meus avós Israel e Berta Goberstein eram vizinhos de muro
da dona Mina Gafanovic, parente de vocês?” Clara Beer enfatizou: “Estória linda demais! Esse
é o nosso Schill! Clara Wajngarten, eu me lembro deles! Eram muito amigos dos meus pais”. Clara Wajngarten completou: “Claro, em São Caetano. Pode ser na rua Alagoas?” Alzira Adissi também escreveu: “Artur Zimerman, Paula Zimerman Targownik olha a história contada acima. Só pode ser história do seu pai. Lembro que a família era
de São Caetano. Mostra para o seu
pai. Lembrança boa desse amigo dele”. Artur Zimerman respondeu: “Alzira Adissi obrigado. Já tinha recebido. Bem interessante mesmo”.
Angela Hofnik comentou: “Também tenho boas recordações de São Caetano, onde passei
toda a minha infância. O que lembro mais é das festas de Simcha Torah. Adorava”. Diana Skilnik publicou: “História linda! Quantas lembranças maravilhosas. Adorei
conhecer sua história”.
Sheila Mermelstein lembrou: “São Caetano, sempre São Caetano. Ótimas recordações de amigos e de famílias queridas. Comunidade sempre muito unida”. Miriam Mermelstein completou: “Sheila Mermelstein, a gente não esquece o lugar da infância”. Israel Lahterman fez parte do clubinho: “Isaac se esqueceu de mim...” Lili Artz comentou também: “Clarice Tetner Rosenthal, quantas memórias maravilhosas daquela época!!”
Pelo messenger, Amanda Sitchin Schwartzmann deixou uma mensagem: “Só pra falar que um primo meu de terceiro grau dos EUA, que eu não sabia que existia, me achou por causa do seu site. Ele pesquisou a cidade dos bisavôs dele e o sobrenome e encontrou seu site... aí entrou em contato comigo. Achei super legal!”
Vocês teriam mais detalhes sobre as sinagogas e comunidades judaicas de São Paulo? Conectaram-se com familiares que não conheciam, através destas publicações feitas no Blog e nas redes sociais? Possuem fotos, histórias, lembranças, documentos que queiram compartilhar? Gostariam de escrever um texto, para ser publicado neste blog?
Vamos
resgatar as nossas histórias e preservar o nosso rico patrimônio cultural
material e imaterial! Escrevam para mim: myrirs@hotmail.com
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