sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Família Szwarcbart em Santo André

Esta semana fiz um desenho ilustrando meu pai, meus tios e meus avós, no porto, quando da viagem para o Brasil, provenientes da Itália, em 1947. Minha família paterna, Szwarcbart, chegou ao Brasil com passaporte da Cruz Vermelha. Chegaram como apátridas, após a Segunda Guerra Mundial, apesar do meu pai, Maurice, e meu tio, Philippe, terem nascido em Antuérpia, na Bélgica, e minha tia, Rachel, minha bubili (avó) Lea, e meu zaide (avô) Chiel Leib terem nascido na Polônia. Ficaram em quarentena na Ilha das Flores, no Rio de Janeiro, seguindo depois para a cidade de Santo André, em São Paulo, aonde meu avô conduzia as rezas na sinagoga, era shochet e dava aulas de Bar-Mitzvah, idish e hebraico. Meu pai e meus tios organizavam as atividades para jovens, como me comentou uma vez um frequentador da sinagoga daquela época. 

Sra. Sonia Miltzman contou que conheceu meus avós paternos, meu pai e meus tios. E escreveu: “Eles moraram durante muitos anos em Santo André. Seu avô lecionou idish e ensinou Bar-Mitzvah para os meus irmãos Carlos, Jayme e Ruby. Seu avô era uma pessoa querida e muito inteligente. Ele também exercia a atividade de shoichet. A comunidade judaica da minha época tinha muito respeito por seu avô, e toda a sua família. Ele oficiou meu noivado. Eles moraram ali por muitos anos, e seu avô ajudou os frequentadores a manter a tradição judaica. Qualquer dia eu peço para a minha família que mandem uma cópia do documento do meu noivado a você. Quanto a esse aspecto, até minha netinha tem mais protagonismo que eu. A comunidade judaica de Santo André e meus amigos da época nunca o esqueceram”.

Estas informações por parte de sra. Sonia Miltzman foram publicadas logo após a última postagem deste blog, “A comunidade judaica de São Caetano do Sul e sua sinagoga - sr. Isac Gafanovic”. E relacionadas a esta publicação, diversos comentários foram feitos no Facebook, como vemos abaixo:

Sra. Fani Koiffman, com quem já conversei, recebeu esse lindo relato sobre a comunidade judaica de São Caetano do Sul. Ely Waisberg escreveu: “Conheço a sinagoga, membros da comunidade, da qual minha mãe inclusive foi integrante, mas não a história. Muito interessante, Isac. Não tenho historias, mas posso te passar o contato de uma pessoa que poderia compartilhar histórias do shil e escola de Santo André”. Sra. Rosa Kogan comentou: “Lindo, tivemos ótimos momentos, meu filho fez Bar-Mitzvah neste shill há trinta e cinco anos atrás direto do túnel do tempo”. Clara Wajngarten: “Meus avós Israel e Berta Goberstein eram vizinhos de muro da dona Mina Gafanovic, parente de vocês?” Clara Beer enfatizou:Estória linda demais! Esse é o nosso Schill! Clara Wajngarten, eu me lembro deles! Eram muito amigos dos meus pais”. Clara Wajngarten completou: “Claro, em São Caetano. Pode ser na rua Alagoas?” Alzira Adissi também escreveu: “Artur Zimerman, Paula Zimerman Targownik olha a história contada acima. Só pode ser história do seu pai. Lembro que a família era de São Caetano. Mostra para o seu pai. Lembrança boa desse amigo dele”. Artur Zimerman respondeu: “Alzira Adissi obrigado. Já tinha recebido. Bem interessante mesmo”.

Angela Hofnik comentou: “Também tenho boas recordações de São Caetano, onde passei toda a minha infância. O que lembro mais é das festas de Simcha Torah. Adorava”. Diana Skilnik publicou: “História linda! Quantas lembranças maravilhosas. Adorei conhecer sua história”.

Sheila Mermelstein lembrou: “São Caetano, sempre São Caetano. Ótimas recordações de amigos e de famílias queridas. Comunidade sempre muito unida”. Miriam Mermelstein completou:Sheila Mermelstein, a gente não esquece o lugar da infância”. Israel Lahterman fez parte do clubinho: “Isaac se esqueceu de mim...” Lili Artz comentou também: “Clarice Tetner Rosenthal, quantas memórias maravilhosas daquela época!!”

Pelo messenger, Amanda Sitchin Schwartzmann deixou uma mensagem: “Só pra falar que um primo meu de terceiro grau dos EUA, que eu não sabia que existia, me achou por causa do seu site. Ele pesquisou a cidade dos bisavôs dele e o sobrenome e encontrou seu site... aí entrou em contato comigo. Achei super legal!”

Vocês teriam mais detalhes sobre as sinagogas e comunidades judaicas de São Paulo? Conectaram-se com familiares que não conheciam, através destas publicações feitas no Blog e nas redes sociais? Possuem fotos, histórias, lembranças, documentos que queiram compartilhar? Gostariam de escrever um texto, para ser publicado neste blog?

Vamos resgatar as nossas histórias e preservar o nosso rico patrimônio cultural material e imaterial! Escrevam para mim: myrirs@hotmail.com

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