sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Visita à Beith Hacknesset “Rabi Itzchak Elchonon” - Litvischer Schul



Hoje, 16 de novembro de 2018, David Carlessi e eu estivemos na Sinagoga da Rua Prates, Beith Hacknesset “Rabi Itzchak Elchonon”, Litvischer Schul, que permanece ativa, realizando Cabalót Shabat, Shacharit/Mussaf/Mincha Shabat, comentários das Parashiót e também minianim diários...

Fomos recebidos por Gilson Suckeveris, que nos contou um pouco sobre sua família paterna, de origem lituana e a materna, polonesa, e também sobre esta sinagoga. O pai, sr. Henrique (Naftali Hersz), o mais velho dos irmãos, chegou sozinho ao Brasil, aos 18 anos, em 1939, na cidade de São Sebastião, seguindo posteriormente para São Paulo. A família chegou um período depois. No Bom Retiro, morou à R. Anhanguera, trabalhando inicialmente como mascate e, depois, como comerciante, com uma loja à Rua Jose Paulino. 

Estudou desenho no Liceu de Artes e Oficios, tocava flauta e era artista habilidoso em madeira e pintura. Alguns quadros seus, inclusive, estão expostos no salão de festas da sinagoga. Sr. Henrique muitas vezes conduzia a reza, pois a sinagoga não possuía, e não possui, um rabino fixo.

Visitamos a sinagoga. O piso inferior, um lance abaixo da entrada da rua e destinado ao salão de festas, possui ao fundo o antigo Aron Hakodesh, entalhado em madeira, (provavelmente pelo sr. Henrique), e a Bimah à frente. Como nas outras sinagogas, os 2 leões, na parte superior do Aron Hakodesh, ladeiam as Luchót Habrit. As Torót, em seu interior, estão muito bem conservadas. E diversos objetos como “cós yain”, recipientes de bessamim, candelabros, permanecem guardados em um armário, juntamente com os livros de reza. Hoje em dia, neste espaço, realizam-se os almoços de Shabat e o Kidush.

Um lance de escadas acima da entrada da sinagoga, chega-se à ala masculina. 

Um corredor central, coberto por um tapete azul e ladeado, em ambos os lados, por bancos de madeira semelhantes às diversas sinagogas ashkenazim de São Paulo, da mesma época de construção, conduz à Bimah e ao Aron Hakodesh coberto por paróchet branca. Os leões desenhados na parede superior também ladeiam, aqui, as Luchót Habrit e o Keter acima destas. Os bancos mantêm, ainda hoje, as plaquinhas com nomes fixas em seus encostos. Placas com “Ner Zikarón” estão afixadas próximas à entrada deste piso, em homenagem aos antigos frequentadores.

No segundo piso da sinagoga situa-se a galeria feminina. Os mesmos bancos em madeira, as plaquinhas fixas nestes, e uma mureta que possibilita que as mulherese acompanhem as cerimônias compõem este espaço.

Esta sinagoga, projeto de “Sznelwar e Raw”, é parte da história da comunidade judaica, e vem mantendo a tradição, de geração em geração.

Você faz parte desta história? Frequenta ou frequentou esta sinagoga?
Como era a sinagoga, antes de 1957? Em qual local reuniam-se? Gostaria de compartilhar suas memórias, histórias, fotos, documentos?

Conte, compartilhe, esta é uma pesquisa e estudo colaborativo...deixe seu comentário aqui ou envie e-mail para myrirs@hotmail.com

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