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terça-feira, 1 de setembro de 2020

Jundiaí e comunidade judaica

Fazenda cafeeira Mont Serrat - Itupeva
Foto Myriam R. Szwarcbart

No livro de Anna Gedankien, “Coragem, trabalho e fé - a história da comunidade judaica na região do ABC paulista” (abril, 2019), a autora relaciona a importância das estradas de ferro não somente “no levar e trazer cargas”, mas, também, no estabelecimento dos imigrantes no território brasileiro. No caso paulista a importância destas estradas ia além do escoamento do café e de outros produtos, desempenhando papel fundamental na recepção e fixação da mão-de-obra nas áreas em expansão e na ocupação de novas regiões. 


Através da construção e inauguração da Estrada de Ferro São Paulo Railway Company, em 1867 (após 1946, passa a ser denominada Estrada de Ferro Santos-Jundiaí), a ligação do porto às áreas produtoras de café no interior de São Paulo tornou-se menos demorada e mais eficiente. Particularmente, na cidade de São Paulo e seu entorno, como já descrito em publicações anteriores, o imigrante estabeleceu-se, principalmente, ao logo das estações criadas, como Santo André, Brás, Mooca, Luz...

 

Fazenda cafeeira Mont Serrat - Itupeva
Foto Myriam R. Szwarcbart

O artigo “O bairro da Luz: das origens aos tempos atuais”, de José Geraldo Simões Junior e Roberto Righi, no Livro “Um Século de Luz”(São Paulo: Ed.Scipione, 2001- Coleção Mosaico: ensaios e documentos, vários autores) apresenta a mesma questão: em meados do século XIX a cultura cafeeira atinge o interior paulista, passando por Jundiaí e Campinas, ficando condicionada às limitações de transporte existente, realizado por tropas de mulas. Era necessário modernizar a maneira de escoar a produção, encontrando-se a solução com a construção de estradas de ferro. A primeira uniu o porto de Santos à cidade de Jundiaí, então centro da produção cafeeira do interior paulista. Jundiaí, Itupeva e cidades do entorno, com suas fazendas e café, puderam se desenvolver. (Nas fotos, alguns detalhes de uma destas fazendas, a Mont Serrat). A partir desta época, novas companhias foram organizadas: Sorocabana, Ituana, Mogiana, Bragantina. A Paulista, por exemplo, foi organizada pelos fazendeiros de café das regiões de Campinas, Rio Claro, Limeira, Araras, como cita Sergio Silva em seu livro “Expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil” (São Paulo, Ed. Alfa-Omega, 1976).

 

A Confederação Israelita do Brasil, Conib, registra que “...no interior do Estado de São Paulo, comunidades judaicas foram estabelecidas em várias cidades: Santos, São Caetano, Santo André, São José dos Campos, Mogi das Cruzes, Sorocaba, Jundiaí, Campinas, Ribeirão Preto, Franca, especialmente em torno do comércio no eixo das ferrovias que serviam à economia do café. Em dezenas de outras cidades, existiram núcleos formados por algumas pequenas famílias...” Como cita sra. Anna Gedankien, a vida era mais barata e carecia de comércio, permitindo que imigrantes se estabelecem como clientelchiks (“mascates”) vendendo diversos produtos, (também trabalharam nas lavouras dos Núcleos Coloniais - imigração russa -1905), e estando presentes em mais de 35 municípios paulistas.

Relacionada a uma destas cidades do interior paulista, e dando continuidade à busca de informações das comunidades judaicas e sinagogas que ali se estabeleceram, em 12 de junho de 2020, Sheila Zilberman Bulis Strausas escreveu um comentário, tanto neste blog como por e-mail. Sheila contou que os avós fizeram parte da fundação da sinagoga de Jundiaí: “Infelizmente, a comunidade foi-se mudando, outros falecendo e, finalmente, a sinagoga foi fechada. As Torot foram doadas à sinagoga da Penha. Sou descendente da família Zilberman (materna) e da família Bulis (paterna). Infelizmente meus pais, que se casaram na sinagoga de Jundiaí, já faleceram e não sei maiores informações...Infelizmente, com o falecimento recente de minha mãe, acabamos de nos desfazer de uma série de fotos e documentos. Mas talvez um de meus irmãos tenha guardado algo. Complementando, lembro-me da família Conchester, pois eram sócios de meu avô e pai de uma loja "Lojas Carioca".

Naftuli Levin, ao conversarmos, também lembrou da existência da comunidade judaica de Jundiaí, além de Itupeva, Indaiatuba, Itu...

De acordo com o Censo do IBGE, em 2010, 108 pessoas declararam-se como sendo de religião judaica em Jundiaí, como nos informa o site Wikipédia, sobre a cidade.

Em meados do século XX, o Kibuiz-Hachshará Ein Dorot (centro de treinamento agrícola), uma fazenda em que os membros do “movimento kibutziano” ficavam por um período, ganhando experiência agrícola antes de fazerem Aliá, esteve localizado perto de Jundiaí. Alguém saberia dizer se mantinham contato com a comunidade judaica da cidade?

Você ou sua família fez parte, ou teria mais detalhes, sobre a comunidade judaica de Jundiaí??? Saberia informar onde se localizava a sinagoga? Teria fotos, documentos, memórias a compartilhar? Famílias Zilberman, Bulis, Liberman, Koiffman, Garovitz fizeram parte da comunidade judaica da cidade? Escreva para mim... myrirs@hotmail.com

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Frequentadores e familiares comentam sobre a Sinagoga Beith Itzchak Elchonon

Diversos frequentadores e descendentes de antigos frequentadores estão comentando as publicações sobre a Sinagoga Religiosa Israelita Beith Itzchak Elchonon, tanto no Facebook, como encaminhando e-mail e também deixando uma mensagem neste blog.

Na minha página do Facebook Gilson Suckeveris indicou Waldir Bliacheriene, Flavio Beni Duobles e Mario Kauffmann. Waldir compartilhou o post em sua página, e informou que atualmente é o presidente desta sinagoga, estando à disposição para qualquer informação. Flavio Beni Duobles escreveu: “Parabéns pela divulgação desta tradicional sinagoga”.  
Mario Kauffmann também compartilhou as publicações em sua própria página do Facebook e contou: “Eu frequento a sinagoga, e soube da sua visita e do encontro.  Apesar de conhecer todos lá, nem eu nem minha família fazem parte da história da sinagoga. Por isso eu não teria nenhum material pra te ajudar. Compartilhei, pensando que algum dos meus contatos fosse de uma família ligada a sinagoga... Aproveito para parabeniza-lá por essa iniciativa e que você tenha êxito. Ficarei aguardando, ansiosamente, o livro”.
Por sua vez, Monica Zilbovicius compartilhou a postagem na própria página, “marcou” Mauro Zilbovicius, Ioca Levin e Nahum Levin e escreveu: “Vamos procurar fotos e documentos para o trabalho de pesquisa da Myriam Szwarcbart!”. Monica contou que os avos David e Raquel Zilbovicius Z'L aparecem nas fotos divulgadas na postagem anterior. E aqui divulgo mais algumas fotos antigas de uma álbum desta sinagoga... Mauro Zilbovicius interessou-se em saber sobre esta pesquisa e encaminhou as fotos do seu Bar-Mitzvah, em 8 janeiro 1972, e do Bar-Mitzva de Leo Pereira Zilbovicius, seu filho, em 5 de março de 2016, também nesta sinagoga
Ioca Levin contou que o avô, Prof. Yaacov Leib Lewin, Z´L foi presidente e Chazan do Shil, e que também tem fotos do Bar-Mitzvah... Na página do Guisheft Anúncios, também no Facebook, Marta Hepner Tkacz compartilhou a foto do documento de aquisição de uma cadeira do Shil, comprada pelo avo e pelo tio do marido...  irá procurar mais fotos... E Daniel Altman contou: “Meu Bar-Mitzvah foi lá!” Em Shofar Tupiniquim sr. Abram Sztutman lembrou que há outras sinagogas tão antiga como essa no Bom Retiro. E Claudio Minkovicius compartilhou o link da postagem do blog na linha do tempo de Boris Minkovicius. 
Na página das Sinagogas em São Paulo, também no Facebook, Francisco Gioney Marques Rodrigues enviou fotos com sra. Marta Fridland, 93 anos, a irmã sra. Sara, com 90 e sra. Sabina Karpovas, 95. Escreveu que desde a inauguração frequentam a sinagoga, e tem cadeiras com as plaquinhas!! Enviou a foto da plaquinha correspondente...Francisco contou que enquanto acontecem as rezas, as crianças ficam brincando. E enviou a foto de seu filho, Michel Karpovas Rodrigues, do neto e da neta do Sr Moisés Cohen brincando no salão... Vejam algumas plaquinhas afixadas ainda hoje nos bancos da sinagoga nas fotos ao lado. Mas sobre estas, e as demais placas da sinagoga, comentarei em outro post...

Sr. Eliezer Szpektor, que fez Aliah em 1969 e vive em Rishon Letzion, comentou no Blog que fez o Bar-Mitzvah nessa sinagoga em março de 1960, sendo seu professor Marcos Smaletz. “Jaiminho”, a partir deste comentário, também escreveu: “Então somos dois que fizemos lá, e tivemos o mesmo professor...meu Bar-Mitzvah foi em 1962”.

Rachel Muszkat enviou-me um e-mail, elogiando o resgate de nossa história... Contou que os avós maternos eram membros dessa Sinagoga. A mãe, sra. Sônia Golcman Muszkat, frequentava essa Sinagoga durante Rosh Hashana e Yom kipur e sentava na cadeira que tinha o nome da avó, Rachel Golcman. Rachel Muzkat e os irmãos frequentavam também essa Sinagoga. Eram em 6 irmãos, e todos “se enfiavam” na fileira estreita das cadeiras do piso superior, o piso das mulheres e se sentavam para darem um beijo em sua mãe e sua avó. Ficavam brincando na porta da Sinagoga com muitas outras crianças.  Completou: “Lindas lembranças!”
E sugeriu para entrar em contato com a mãe: “Imagino que ela tenha boas histórias para recordar e contar. Parabéns pela linda e importante iniciativa!”

E você, faz parte desta história? Compartilhe e colabore com a pesquisa de resgate das memórias e hitórias das Sinagogas em São Paulo!

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

“Lançamento da Pedra Fundamental”-Sinagoga Beith Itzchak Elchonon



A sede da Sinagoga Religiosa Israelita Beith Itzchak Elchonon situada à Rua Prates, 706, foi inaugurada em 1957, como informado no post anterior.

Com projeto de “Sznelwar e Raw”, como vemos, ao lado, na foto da maquete, o “Lançamento da Pedra Fundamental” ocorreu em 29 de janeiro de 1956, 16 de Shvat de 5716. Nas fotos, que constam de um álbum da sinagoga, podemos ver a solenidade com a presença da comunidade. Antes da inauguração, as rezas e reuniões aconteciam na casa do Rabino Valt, que ficava quase ao lado da atual padaria SanRemo, também na Rua Prates. Esta informação foi fornecida pelo sr. Isaac, frequentador da sinagoga, ao Gilson Suckeveris.

Paulo Valadares encaminhou dados por e-mail relativo ao sr. Henrique Suckeveris, citado na publicação anterior, ou Naftalis-Hercas Suckeveriene, de acordo com a Ficha Consular de Qualificação, da seção consular de Helsinki, de 5 de julho de 1939. 

Nascido em Germanskis, nacionalidade lituana, desembarcou em Santos em 15 de agosto de 1939, da embarcação Highland Patriot. Fixou residência à Rua Silva Pinto de acordo com tal documento. Paulo Valadares informa que o navio que o Sr. Henrique chegou no Brasil foi afundado perto de Glasgow em 1940.

Através de diversos comentários feitos no Facebook, com a participação de familiares frequentadores desta sinagoga e e-mails encaminhados a mim é possível conhecer um pouco mais sobre a história do Litvischer Shil.  


Sr. Saul Sotnik contou que fez Bar-Mitzvah neste shil e o avô, sr. David Fligel Z´L, foi um dos fundadores. Paula Shafirovits Goldfarb comentou que a família frequentava e sra. Lea Burdman informou que tem fotos do próprio casamento nesta sinagoga. Já Marcia Cytman escreveu: “Saudades, meu pai Z´L frequentava esta sinagoga dia-a-dia.”

Daniel Sirota marcou, em seu comentário, Denis Duhovni e contou: “Nossos avós/bisavós foram fundadores e o Valdo Duhovni frequenta até hoje. Por sua vez, Sueli Miriam Duhovni comentou: “Meu marido frequenta sempre.


Beti Chertman escreveu: “Meu pai, Isaac Diamandi, frequentava. Saudades...Meus tios Bolik Diamandi e Jaime Lewin. Meu irmão Ari Diamandi ainda reza lá...” Pricila Kahan Heliszkowski lembrou: “Litfiche shil”.

Marta Hepner Tkacz também contou: “O avo do meu marido foi um dos fundadores. Vou ver se meu marido tem algum documento”. E André Leibl lembrou: “Meu filho fez Bar-Mitvzvah lá. Boas lembranças!

No próximo post divulgarei um pouco mais os comentários e textos recebidos! E você, fez ou faz parte desta sinagoga? Gostaria de divulgar alguma história ou compartilhar memórias? Participe você também!!!

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Visita à Beith Hacknesset “Rabi Itzchak Elchonon” - Litvischer Schul



Hoje, 16 de novembro de 2018, David Carlessi e eu estivemos na Sinagoga da Rua Prates, Beith Hacknesset “Rabi Itzchak Elchonon”, Litvischer Schul, que permanece ativa, realizando Cabalót Shabat, Shacharit/Mussaf/Mincha Shabat, comentários das Parashiót e também minianim diários...

Fomos recebidos por Gilson Suckeveris, que nos contou um pouco sobre sua família paterna, de origem lituana e a materna, polonesa, e também sobre esta sinagoga. O pai, sr. Henrique (Naftali Hersz), o mais velho dos irmãos, chegou sozinho ao Brasil, aos 18 anos, em 1939, na cidade de São Sebastião, seguindo posteriormente para São Paulo. A família chegou um período depois. No Bom Retiro, morou à R. Anhanguera, trabalhando inicialmente como mascate e, depois, como comerciante, com uma loja à Rua Jose Paulino. 

Estudou desenho no Liceu de Artes e Oficios, tocava flauta e era artista habilidoso em madeira e pintura. Alguns quadros seus, inclusive, estão expostos no salão de festas da sinagoga. Sr. Henrique muitas vezes conduzia a reza, pois a sinagoga não possuía, e não possui, um rabino fixo.

Visitamos a sinagoga. O piso inferior, um lance abaixo da entrada da rua e destinado ao salão de festas, possui ao fundo o antigo Aron Hakodesh, entalhado em madeira, (provavelmente pelo sr. Henrique), e a Bimah à frente. Como nas outras sinagogas, os 2 leões, na parte superior do Aron Hakodesh, ladeiam as Luchót Habrit. As Torót, em seu interior, estão muito bem conservadas. E diversos objetos como “cós yain”, recipientes de bessamim, candelabros, permanecem guardados em um armário, juntamente com os livros de reza. Hoje em dia, neste espaço, realizam-se os almoços de Shabat e o Kidush.

Um lance de escadas acima da entrada da sinagoga, chega-se à ala masculina. 

Um corredor central, coberto por um tapete azul e ladeado, em ambos os lados, por bancos de madeira semelhantes às diversas sinagogas ashkenazim de São Paulo, da mesma época de construção, conduz à Bimah e ao Aron Hakodesh coberto por paróchet branca. Os leões desenhados na parede superior também ladeiam, aqui, as Luchót Habrit e o Keter acima destas. Os bancos mantêm, ainda hoje, as plaquinhas com nomes fixas em seus encostos. Placas com “Ner Zikarón” estão afixadas próximas à entrada deste piso, em homenagem aos antigos frequentadores.

No segundo piso da sinagoga situa-se a galeria feminina. Os mesmos bancos em madeira, as plaquinhas fixas nestes, e uma mureta que possibilita que as mulherese acompanhem as cerimônias compõem este espaço.

Esta sinagoga, projeto de “Sznelwar e Raw”, é parte da história da comunidade judaica, e vem mantendo a tradição, de geração em geração.

Você faz parte desta história? Frequenta ou frequentou esta sinagoga?
Como era a sinagoga, antes de 1957? Em qual local reuniam-se? Gostaria de compartilhar suas memórias, histórias, fotos, documentos?

Conte, compartilhe, esta é uma pesquisa e estudo colaborativo...deixe seu comentário aqui ou envie e-mail para myrirs@hotmail.com

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Synagoga Centro Israelita de São Paulo


A Sinagoga Knesset Israel, foi fundada em 02 de novembro de 1916, com a denominação de Synagoga Centro Israelita, numa pequena sede, onde as famílias e outros membros da coletividade judaica podiam frequentar e realizar os festejos da comunidade. Conta-se que uma cisão da Sinagoga Kahalat Israel levou à fundação desta sinagoga... 

Como já divulgado, localizava-se à Rua Capitão Matarazzo, 18, atual Rua Newton Prado, 76, no Bom Retiro. Assim que a sociedade foi fundada, efetivou-se a aquisição, por escritura lavrada em 19 de dezembro de 1916, de um terreno de 7,50m de frente. 

O lançamento da pedra fundamental deste empreendimento recebeu, na época, destaque da imprensa. A fundação ocorreu em 1916, porém a Sinagoga ficou pronta somente em 1918, contando com 300 sócios

No ano 1929, o edifício já não comportava o aumento do número de imigrantes. Agregou-se ao terreno e edifício existente um novo terreno, também de 7,50m de frente, por aquisição feita em 03 de abril de 1929.
Durante muitos anos, esta área permaneceu como jardim e área de lazer da Sinagoga. Pretendia-se demolir o edifício existente, visando a construção de um novo. O projeto do novo edifício, que não foi executado, previa comportar mais de 500 sócios, seria em concreto armado, possuiria uma biblioteca, salão, e variados espaços.

Uma ampla reforma ocorreu em 1936, na gestão do sr. Luiz Fridman, cuja execução ficou a cargo de uma comissão construtiva composta por Aron Barmack, Mauricio Zaitz e Elias Amstein. Uma pequena sinagoga para as orações diárias e um salão para festas e reuniões foram adicionados ao espaço existente. Nesta época passou a ser conhecida como “Groisse Shil”.

Ao longo do tempo, foi liderada por proeminentes rabinos da cidade, sendo o Munkatcher Rebe o último de uma época, até sua mudança para Israel há mais de 50 anos.

Em Assembléia de 08 de novembro de 1966, presidida por Sr. Abraham Idel Portnoi, confirmou-se a necessidade de ampliar as dependências, pra atender seus sócios, famílias e outros membros da coletividade. O edifício antigo foi demolido, dando lugar à nova sinagoga, com amplo salão e vitrais, passando a oferecer lugar para mais de mil pessoas, além de outras espaços, projeto encomendado a Mauricio Tuck Scneider. Os membros da Sinagoga nesta época eram: Presidente Moisés Dejtiar; Vice-presidente Pejsach Zaterka; Secretário-geral Isaac Timoner; primeiro-secretário Abrão Rosemberg e David Vaie; Tesoureiro-geral Alfredo Fichman e Motel Kogan; primeiro-tesoureiro José Coin e Isaac Zaitz.

A inauguração oficial deu-se em 1981. Afirmaram, na época, o “propósito em prosseguir com o engajamento de gente nova, manter e desenvolver um ativo centro comunitário, agrupando e educando os jovens”, reforçando o art.4 dos Estatutos Sociais da época: “zelar e difundir os princípios que regem a religião israelita, de acordo com suas tradições, dentro das normas vigentes no país”.

Crédito: as fotos pertencem à Sinagoga Knesset Israel.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

“Templo Beth-El: de Sinagoga a Museu”


A exposição “Templo Beth-El: de Sinagoga a Museu” pode ser visitada até 31 de dezembro de 2018 no Centro de Memória do Museu Judaico de São Paulo, localizado no bairro Pinheiros. 

Esta exposição nos permite acompanhar a história de uma das primeiras sinagogas da cidade, conhecendo seu acervo de fotos, documentos, maquetes, entrevistas e memórias que marcaram a história da comunidade judaica. O cartaz da exposição informa que o Templo Beth-El abrigou casamentos, Bar-Mitzvót, corais e cerimônias judaicas, e em breve abrigará um museu, a ser inaugurado em 2019, como já divulgado aqui neste blog. 

Atualmente o edifício da sinagoga, tombado, passa por por um processo de restauro, revitalização e modernização de suas instalações com implementação de condições ideais de luz, temperatura, umidade, reforço estrutural e redimensionamento dos espaços. 

Visite a exposição e faça também uma visita às obras. Faça parte desta história você também!!!