sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

O Centro Judaico Bait e a publicação de dezembro de 2009

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disponivel no Facebook

Em uma segunda-feira de dezembro de 2009, escrevi neste blog algumas informações que constavam do site do Centro Judaico Bait naquela ocasião.

Podíamos ler que “com mais de 2 mil m² de área, o Centro Judaico BAIT foi inaugurado no dia 18 de setembro de 2005, à Rua Baronesa de Itú, em São Paulo. O projeto exigiu a criatividade do arquiteto Michel Gorski, que buscou elementos significativos aos judeus, aliando-os a obras de arte cuidadosamente selecionadas e integrando espaços sociais e religiosos. Tudo isso em um terreno relativamente pequeno e com conformação irregular”.

Àquela época, Michel Gorski declarou que queriam “criar uma nova referência arquitetônica para a cidade, que não fosse uma réplica de algo existente, porém com formas associadas ao imaginário dos frequentadores, para que estes se sentissem bem acolhidos no Bait”.

Estava registrado que "O curador artístico do BAIT, sr. Ricardo Ribenboim teve a preocupação de buscar e resgatar trabalhos de renomados artistas judeus e vinha descobrindo jovens artistas da comunidade”. Pretendia-se expor os trabalhos destes artistas no novo espaço que estava sendo criado.

Na entrada, o vitral As Doze Tribos de Israel, da artista Renina Katz, chama a atenção pelas cores escolhidas, que representam cada uma das 12 tribos judaicas. A obra foi feita especialmente para o Centro Judaico BAIT e segundo a artista, “o vitral é um interessante quebra-cabeça, cada fragmento foi tratado como único, mas a junção dos 12 trouxe uma bela composição e uma harmonia de cores...Renina Katz fez vários estudos e croquis para chegar ao resultado final e esteve no BAIT para presenciar a instalação de sua obra no lugar escolhido e dar o toque final: a sua assinatura.”

O quadro Montanhas do artista russo Lasar Segall (que originalmente mede 0,65 cm x 0,50 cm e está no museu Lasar Segall), segundo o site, estava sendo adaptado em um vitral com 3 m x 2 m. “É a primeira vez que a família do artista autoriza a transformação de uma obra sua. O vitral apresenta a visão de um horizonte, localizado sobre a arca sagrada que guarda a Torá, e está sempre voltada para Jerusalém...O artista brasileiro Abraham Palatnik também marca presença na fachada do BAIT, com um mural urbano de 123 m² formado por doze placas de resina, elaboradas especialmente para enfrentar as variações climáticas. São figuras abstratas que, para o espectador, mudarão de forma à medida que a luz – primeira criação divina – incida sobre a obra...." 

Texto e fotos a partir do site que estava no ar em 2009 : http://www.bait.org.br/m3.asp?cod_pagina=1208 e http://www.bait.org.br/m3.asp?cod_pagina=1207

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Visita à Congregação Monte Sinai


Em 04 de fevereiro de 2020 pude conversar com Rabino Azulay, e visitar a Congregação Monte Sinai, em Higienópolis. 
Esta sinagoga ainda hoje mantém a mesma tradição, costumes e meldodias das rezas dos que aqui chegaram, de famílias provenientes de Sidon, ou Seida, ao sul do Líbano e a 60km da cidade de Tzfat. Comunidade esta que inicialmente se dirigiu ao Rio de Janeiro, depois à cidade de São Paulo e fundou a Sinagoga Israelita Brasileira na Mooca. 
Informações sobre esta sinagoga na Mooca já foram divulgadas neste Blog, mas caso alguém possua mais detalhes, entre em contato...
Rabino Azulay comentou que a coletividade que frequentava a sinagoga da Mooca morava no bairro, mas também no Ipiranga. Reuniam-se também no Grêmio Monte Sinai em festas, eventos e time de futebol, uma maneira não só de manter unida a comunidade judaica que ali vivia, mas também uma forma de se evitar a assimilação.
A migração de uma parcela dos frequentadores da Sinagoga Israelita Brasileira para outros bairros, entre eles Higienópolis, a busca pela melhoria das condições de vida, e as dificuldades do bairro, como as enchentes, motivaram a aquisição do terreno à Rua Piauí. Pensava-se, à época, no futuro e continuidade desta comunidade, inclusive na questão de assimilação que poderia ocorrer. 
Na ocasião, 10 pessoas se juntaram, sendo 3 da família Khalili, 4 da família Nigri, 1 da família Cohen, 1 da Politi e 1 da Zeitune.
Em 1971, a sinagoga ficou pronta, tendo o sr. Joseph Meyer Nigri como engenheiro. Como comenta, um sucesso quanto à continuidade e visão de futuro, lembrando que os descendentes permanecem em escolas judaicas como Beit Yaacov, Iavne e Maguen Avraham.
Agradeço ao Rabino Azulay pela oportunidade de conversarmos e de visita a esta sinagoga.
Caso você possua fotos, histórias, memórias, documentos, plantas e demais detalhes da Congregação Monte Sinai, ou de outras sinagogas da cidade, entre em contato comigo, deixando um comentário ou encaminhando um e-mail para myrirs@hotmail.com

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Centro de Memória do Museu Judaico e os judeus da Alsacia-Lorena em São Paulo


Arquivo FP0005- Egon e Frieda Wolff
Centro de Memória do Museu Judaica de São Paulo
Compartilhar somente com autorização do Centro de Memória)
Na última semana de janeiro de 2020 estive por mais uma vez no Centro de Memória do Museu Judaico em São Paulo, em busca de material sobre uma possível sinagoga ou minian, dos descendentes dos judeus de Alsacia-Lorena que chegaram a São Paulo ainda no século XIX. 
O Centro de Memória guarda um Fundo Pessoal da família Weil(FP0015), acervo este doado por Daniela Weil, filha única de René Weil e Suzanne Wormser. Este acervo possui informações sobre as famílias Stransky, Kahn, Astruc, Levy, Lilienfeld (um sub-fundo, de sr. Paul Lilienfeld, FP0015 PLLF), além de Weil e Wormser. Além desta vasta documentação, verifica-se um texto relacionado à Alliance Israelite Universelle(AIU), do Arquivo de Egon e Frida Wolf,  com nomes de judeus vinculados à AIU e seus membros. Pode-se citar, Isidore Aron, Dr. Samuel Edouard da Costa Mesquita, Lucien Levy.
Arquivo FP0005- Egon e Frieda Wolff
Centro de Memória do Museu Judaica de São Paulo
Compartilhar somente com autorização do Centro de Memória)
Interessante observar, porém, as notas jornalísticas sobre os judeus no século XIX ao ano de 1904, no fundo FP0005, de Egon e Frida Wolf. Vemos em “The American Israelite- Cicinnati” a anotação “9-23-1897 – In San Paolo, Brazil, a Jewish congregation was established. Its assets consist a burial ground free of incumbances”.  Em “Jewish Chronicle”, temos “9-10-1897- Brazil – In San Paolo there resides a small body of Jews mostly natives of Alsace-Loraine and of Russia, all of them engaged in trade.  These have formed themselves into a congregation, and as a first step have appointed a gentleman selected in Hungary, as Reader and Shochet. Services are held regularly, and the congregation has obtained permission from the Government to open a apecial cemetery". O mesmo texto vemos em um jornal francês.
Pelo que vemos, uma congregação judaica de imigrantes da Alsacia-Lorena foi formada em 1897. Sendo assim, alguém saberia informar se há registros desta congregação em algum órgão oficial? E sobre o cemitério???
Agradeço um contato de quem possuir informações!!! Escrevam para myrirs@hotmail.com