Questionei, na última publicação do blog, se você e sua família teriam informações sobre a Congregação Mekor Haim, se possuem objetos que contam, de alguma maneira, sua história e de sua família, relacionada a esta sinagoga, ou detalhes relacionados à Hospedaria dos Imigrantes, se possuem fotos e documentos, se gostariam de relatar suas histórias e suas memórias, ou escrever um texto e enviar para mim.
Diversas pessoas entraram em contato, inicialmente pelo blog, por e-mail,
whatsapp ou Facebook.
Por e-mail, e no Blog, Edu Cohen escreveu: “Edu Cohen, filho e neto de país e avós egípcios, fiz meu Bar-Mitzvah na Mekor Haim em 9 de outubro de 1980, frequentei muitos anos a sinagoga, hoje menos, mas sim, tenho muita história da sinagoga ,inclusive minha mãe Becky Cohen, até hoje trabalha no comitê de damas da Mekor Haim, faz mais de 50 anos, poucos sabem o que a Mekor Haim representou para a comunidade egípcia nos fins dos anos 1950 até meados dos anos 1980, não somente como sinagoga, mas como uma entidade representativa social, cultural e sionista, e com uma visão muito além do seu tempo, ouvi e conheci muitos judeus egípcios que deram muito do seu tempo e dinheiro para construí-la e mante-la, desde o envolvimento com a HIAS até assistência social governamental oficial, tenho documentos sobre isso. Foi participativa, ou os seu diretos foram muitos participativos, na comunidade sefaradi paulista, brasileira e latino americana com importante presença na FESELA ( Federação Sefaradi Latino-Americana) Há pelo menos 20 Sefer Tora trazidos por judeus egípcios que estavam nas sinagogas do Cairo e de Alexandria, uma delas meu avô paterno, Eduard Cohen, trouxe com ele e eu tive a honra de no meu Bar-Mitzvah ler a Parashat Noach, Noé, sobre a história do dilúvio. Tem muito mais histórias !!!! Estou à disposição para conversarmos”.
Pelo Facebook, na página “Jewish Brasil”, Davy Levy escreveu: “A imigração egípcia provocada por Nasser após caçar a cidadania (a maioria veio como apátridas), empregos, empresas e bens gerou a saída de mais de 20 mil judeus entre os anos de 1956 e 1962 com apenas 20 libras egípcias no bolso. Chegaram ao Brasil com a ajuda da HIAS internacional, a maioria passou pela hospedaria dos imigrantes, e recomeçou a vida no Brasil, que os acolheu do zero. De 11 de Junho a 17 de Julho 2022, na Galeria da "A Hebraica" esta trajetória será mostrada e contada em detalhes. Saímos em 1956 eu rinha 5 anos minha irmã 8 (na revista quebraram a boneca dela para ver se algo estava escondido). Veja nosso site "judeusdoegito.org" onde tem vários depoimentos que contam a nossa historia. A organização da exposição é da 'Museum Cultural". Venha ver a exposição e a peça de abertura dia 11 " Bagagem" do Marcui Ballas, que conta nossa história”.
Noemí Weksler comentou: “Meu sogro e família frequentaram a Sinagoga da Abolição, onde ele era Chazan e Professor de Bar-Mitzvah, David Souccar Z'l, meu marido Victor David Souccar”.
Na página “Pletzale”, Michele Rachel Ventura Danciger lembrou: “Meu tio avô (z"l) trabalhou muitos anos na tesouraria da Mekor Haim!!!! Lembro que quando ele morou comigo,ele dava alguns livros de Tora para o meu pai e nunca esqueço de um Tanach em francês. Ele se chamava Jacques Michel Matattia (z"l). Vou dar um pulo nos meus pais e tiro a foto e te mando!!! Vou ver se lembro e te passo!”
Nina Nacson contou: “Frequentava a sinagoga da Rua Brigadeiro Galvão, com
minha avó, aos sábados e depois na Rua São Vicente de Paulo, meu pai, Joseph
Nacson foi tesoureiro, sempre ativo e dedicado à Mekor Haim.
Luiza Benbassat Krausz diz ter ótimas lembranças dessa sinagoga, agora está ultra-ortodoxa, e não era assim...
Sr. Jacob Pinheiro Goldberg comentou: “Trabalhei na Ofidas como assistente social e acolhemos os imigrantes. Relatei experiência em "Aonde Vamos", revista de Aron Neuman.
Gil Segre escreveu: “Irei contar uma linda historia sobre o nascimento da Mekor, na Rua Brigadeiro Galvão com participação de meu avô z"l materno”.
Juliano Riedel enfatizou: “Uma das melhores sinagogas! Gosto da localização e do prédio também. Tive o prazer de estudar um tempo lá. Faz tempo, cerca de 10 anos atrás, na época eu fazia o Kiruv, que tinha outro nome na Mekor. Fiquei pouco tempo. No Shabat eu ia na sinagoga de Moema, porque ficava longe pra mim a Mekor”
Pude conversar com Edu Cohen e com o sr. Jacob Pinheiro Goldnerg, e na próxima publicação compartilharei mais detalhes e informações.
E vocês, possuem objetos, fotos, documentos, que contam, de alguma maneira, sua história e de sua família, relacionada à sinagoga Mekor Haim, ou à Hospedaria dos Imigrantes, ao chegarem do Egito? Sua família frequenta ou frequentou a Mekor Haim? Escreva para myrirs@hotmail.com