Além das atividades
e roteiros específicos para o Bom Retiro, em São Paulo, citadas no post
anterior, há a possibilidade de serem incluídas atividades e visitas ao entorno
deste bairro, como pontos de interesse, instituições e variedade de organizações culturais, onde “novas territorialidades estão emergindo
nestas áreas refuncionalizadas que tiveram restauradas as formas tangíveis do
patrimônio, mas excluíram os conteúdos sociais indesejáveis” (Paes-Luchiari,
2006).
Neste sentido, considera-se a Pinacoteca/Pina Contemporânea, Jardim da Luz, Sala São Paulo, Museu da Língua Portuguesa, Estação da Luz, Pina estação/Museu da Resistência, Museu de Arte Sacra, Arquivo Histórico Municipal, Museu de Saúde Pública Emílio Ribas, Museu da Obra Salesiana, Memorial do Holocausto, Casa do Povo, Sesc Bom Retiro, Museu das Favelas, Museu da Energia de São Paulo, Instituto Liceu Coração de Jesus, Jardim da Luz. Escola Marechal Deodoro, Colégio Santa Inês, Centro Paula Souza, Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo, Instituto Dom Bosco, Escola Senai, Faculdades Oswaldo Cruz.Pinacoteca
Ações anteriores já foram realizadas, vinculadas ao Bom Retiro, desde inventários, publicações, artigos, e iniciativas de políticas públicas. Como exemplos, tem-se:
1) Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) - Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) : Inventário do Bairro do Bom Retiro, considerado um modelo de miscigenação e variedade étnica. Técnica do Iphan responsável pelo projeto, Simone Toji.
2) “Renovando, revitalizando e
imaterializando: ações de reconhecimento cultural na região do Bom Retiro e
Luz” - Simone Toji e Flávia Brito do Nascimento / IPHAN-SP
3) Bom
Retiro de muitas etnias- Marcelo Spomberg – Estação TV - Vídeo produzido, para
finalizar o trabalho de registro do bairro Bom Retiro, como Patrimônio Cultural
Imaterial do País.
4) Koreatown:
Entre a cidade de enclaves e a urbe cosmopolita – artigo de Simone Toji (2021)
5) “Little Seul”
(2017), projeto de revitalização em parceria entre empresas sul-coreanas e a
prefeitura de São Paulo
6) “Luz Cultural” (1984) privilegiou a instalação bens
imóveis restaurados e reconvertidos.
7) Nos anos 2000, a
prefeitura de São Paulo, propôs o programa de concessão pública “Nova Luz”.
8) VII Seminário da Associação Nacional Pesquisa e Pós-Graduação em Turismo 20 e 21 de setembro de 2010 – Universidade Anhembi Morumbi – UAM/ São Paulo/SP O Patrimônio Cultural Imaterial dos Imigrantes Coreanos no Bom Retiro/SP Rafael Galvão Monteiro
9) Multicultural, Bom Retiro tem 215 opções de patrimônio - 16/05/2009 - Folha de S. Paulo.
Como opção
para se efetivarem as ações e propostas aqui apresentadas ressalta-se que
existem Leis de Incentivo à
cultura (incentivos fiscais), como instrumentos que podem induzir a população como um todo, e
empresas privadas em particular, a utilizarem mecanismos de renúncia
fiscal, por parte do Poder Executivo. Isto significa que recursos de pessoas
físicas e empresas passam a ser destinados à
proteção e ao estímulo e produção cultural e artística. Leis como
Rouanet, Proac, Promac e de fomento, como as Leis Aldir Blanc e Paulo Gustavo.
Ambos os projetos, o Guia das Sinagogas em São Paulo e a exposição das
Sinagogas do Bom Retiro foram aprovados em Leis de Incentivo. O Guia das
Sinagogas em São Paulo foi aprovado em Lei Federal (Lei Rouanet). Como
complemento e particularização para uma região, o projeto de exposição das
Sinagogas do Bom Retiro foi aprovado na Lei
de Incentivo Municipal PROMAC - Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais
instituído pela Lei nº 15.948/2013, regulamentado pelo Decreto nº 59.119/2019.
O Projeto, aprovação e período de execução restringiu-se aos anos de 2021 e 2022.
Para conhecer o trabalho e estudo que vem sendo realizado, entre em contato comigo, através dos e-mails myrirs@hotmail.com ou myrinhars@gmail.com . E acompanhe as próximas postagens neste blog.
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objetos, tanto das sinagogas e comunidade judaica da Mooca, como dos demais
bairros da capital e cidades do interior paulista.
Referência:
PAES-LUCHIARI, Maria Tereza Duarte.
Centros Históricos, Mercantilização e Territorialidades do Patrimônio Cultural
Urbano. Revista GEOgraphia, ano 7, n. 14, 2006. Disponível em: https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13490/8690