A Penha tem suas raízes ligadas diretamente
à história de São Paulo. Um dos bairros mais antigos da capital, foi por seus
caminhos que, nos anos de 1600, os bandeirantes buscaram indígenas para
escravizá-los.
A data da fundação da Penha, é incerta, mas
a data mais citada é a de 5 de setembro de 1668, quando foi concedida uma
sesmaria ao padre Mateus Nunes da Siqueira que já possuía uma fazenda no local
e havia construído uma capela. O primeiro documento de 1667, refere-se a uma
doação em testamento.
No século XVII, a região era passagem
obrigatória para os viajantes que se deslocavam entre São Paulo, Vale do Paraiba e Rio de Janeiro.
Em 22 de março de 1796, a Penha foi elevada
a categoria de freguesia, englobando regiões que hoje formam os bairros de
Guaianazes, São Miguel, Ermelino Matarazzo e Vila Matilde. É deste período que
data a Igreja N.S. do Rosário dos Homens Pretos, construída e
destinada aos escravos. Com a manutenção de sua estrutura de taipa de pilão
intacta, foi tombada pelo Condephaat em 1982, em detrimento da Igreja Matriz.
A Penha, até o início do século 20, não passava de
um pequeno vilarejo com algumas chácaras. Porém é interessante notar que em 9 de julho de 1924, o bairro da Penha foi sede do governo
estadual paulista quando Carlos de Campos,
presidente do estado, foi forçado a abandonar o palácio dos campos Elisios, após ser atacado pelas forças revolucionárias
durante a Revolução de 1924.
Com a industrialização e urbanização da
cidade, o bairro passou a receber parte da população operária, o que o
caracterizou até meados da década de 60 como um bairro estritamente
"dormitório". Já nos anos 70, o comércio local desenvolveu-se, e a
inauguração da estação Penha do metrô, em 1986 impulsionou a modernização, proporcionando
uma infra-estrutura auto-suficiente para região, com colégios públicos e
particulares, um sistema de transporte, hospitais, parque e bibliotecas.
O bairro residencial, aonde coexistem casas antigas e edifícios modernos, transformou-se também em um centro comercial para zona leste da cidade, possuindo além das já tradicionais lojas de rua, o Mercado Municipal da Penha, ou “Mercadão”, inaugurado em 1971, e um shopping center inaugurado em 1992. As principais ruas comercias do bairro são: Rua Padre João, Rua Dr. João Ribeiro, Avenida Penha de França, Praça 8 de Setembro e Largo do Rosário...
Como podemos ler nos links indicados
abaixo, a Penha guarda ainda vários monumentos de sua história como igrejas, a
ladeira da Penha, o prédio onde funcionava o cinema São Geraldo, o
Conservatório João Paulo 2º, ruas e praças que levam nomes de personagens
importantes do bairro como Maria Carlota - moradora que muito investiu no
bairro nos seus primórdios - e Dona Micaela - famosa negra vendedora de doces
da virada do século.
Um fato interessante pode ser lido no artigo "Os judeus de São Paulo", da Revista Morashá (Ed. 69 - Setembro de 2010): A política, até o começo do século XIX, proibia a entrada no pais de praticantes de outras religiões, que não a Católica Romana. Sendo assim, não viveram judeus em São Paulo até esta época, porém em alguns momentos, cristãos-novos judaizantes moraram na cidade. “Deles merece destaque o agricultor Teotónio da Costa Mesquita (1660–1686), morador em Santo Amaro, e o comerciante Miguel de Mendonça Valladolid (1694-1731), que viveu num sítio no bairro da Penha, ambos denunciados como praticantes ocultos do judaísmo, que foram julgados culpados de acordo com a legislação da época e queimados vivos por esta opção de vida.” ( http://www.morasha.com.br/brasil/os-judeus-de-sao-paulo.html)
Um fato interessante pode ser lido no artigo "Os judeus de São Paulo", da Revista Morashá (Ed. 69 - Setembro de 2010): A política, até o começo do século XIX, proibia a entrada no pais de praticantes de outras religiões, que não a Católica Romana. Sendo assim, não viveram judeus em São Paulo até esta época, porém em alguns momentos, cristãos-novos judaizantes moraram na cidade. “Deles merece destaque o agricultor Teotónio da Costa Mesquita (1660–1686), morador em Santo Amaro, e o comerciante Miguel de Mendonça Valladolid (1694-1731), que viveu num sítio no bairro da Penha, ambos denunciados como praticantes ocultos do judaísmo, que foram julgados culpados de acordo com a legislação da época e queimados vivos por esta opção de vida.” ( http://www.morasha.com.br/brasil/os-judeus-de-sao-paulo.html)
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