sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Sinagoga da Abolição e sra. Clara Kochen

Sinagoga da Rua Abolição
Na quinta-feira, 24 de agosto de 2017 pudemos passar uma tarde agradável com a sra. Clara e sr. Majer Chil Kochen. Sra. Clara apresentou-nos o artigo “Recuerdos”, que escreveu para a Revista Nascente (jul/set’99), o artigo de Rachel Mizrachi, “Ohel Yaacov, Primeira sinagoga sefaradi paulista”, publicado pela Revista Morashá (março’99), e fotos da Sinagoga da Abolição e do Rabino Jacob Mazaltov... E presenteou-me com o livro escrito pelo Rabino Mazaltov, em 1937, "O Guia da Juventude Israelita". Contou-nos sobre a cerimonia de “fadar” uma menina ao nascer, em uma cerimonia chamada “Siete Candelas”, festa tradicional entre os sefaradim do Marrocos e da Turquia, quando dá-se o nome judaico à menina, canta-se orações de proteção, acende-se sete velas, e distribui-se doces às presentes. Lembrou da cerimonia de suas filhas, celebrada pelo Rabino Mazaltov e pelo sr. Elias Mizrahi (de Safed), que exerceu a função de shochet, e também de chazan, na Sinagoga da Rua Abolição, aonde permaneceu por 35 anos.

A Sinagoga da Rua Abolição marcou a memória de sra. Clara como “um lugar muito bonito e agradável...e tudo se passava ao som das orações cantadas naquela ondulante entonação moura...” como escreve sra. Clara em seu artigo.
Rabino Jacob Mazaltov

Rabino Jacob Mazaltov, escreve sra. Clara em “Rabino Jacob Mazaltov”, nasceu em Haskoy, um bairro pequeno e judaico, em Istambul, estudou em Alexandria, seguiu para o Rio de Janeiro, aonde casou-se com sra. Dora Hazan, partiu para exercer o rabinato em Buenos Aires, em seguida em uma sinagoga de Montevideu, sendo posteriormente chamado para trabalhar na Sinagoga da Rua Abolição, também chamada “Sinagoga de Rito Portugues”. Nesta permaneceu até 1948, aonde deu atenção especial à “juventude, sua grande preocupação e interesse”, como escreve sra. Clara. Organizou, inclusive, em 1942, o primeiro Bat-Mitzva na comunidade judaica em São Paulo.

Situada na Rua Abolição, 457, a “Comunidade Sephardim de São Paulo” ou Comunidade Israelita Sefaradi de São Paulo, ou ainda Sinagoga Israelita Brasileira Shaar Hashamaim (a partir de 1958), foi fundada em 1924 pelos judeus de língua ladina, vindos do Oriente Médio, e que em 1492 haviam sido expulsos da Espanha. 

Rabino Jacob Mazaltov
Inicialmente os serviços religiosos eram realizados, como comenta Rachel Mizrahi em seu artigo citado acima, em salas da Rua Barão de Itapetininga. O edifício original da sinagoga, acabado em 1928 e inaugurado em 1929, foi reconstruído e aumentado com a ajuda de várias famílias, entre elas a família Safra, em 1961, devido ao fluxo de judeus sefaraditas vindos do Oriente Médio... Passou, neste momento a receber a denominação de Templo Israelita Brasileiro Ohel Yaacov.

Hoje em dia a sinagoga, que continua ativa, situa-se em um novo edificio à Rua Cravinhos, nos Jardins.

Gostariam de colaborar com este post? Possui informações sobre a Sinagoga da Abolição? Acompanhe mais informações que serão inseridas aos poucos, neste blog...

Fotos fornecidas pela sra. Clara Kochen...

4 comentários:

  1. Gostaria de acompanhar as publicaçoes

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    1. Ola, obrigada pelo comentário! Se puder, anote seu nome e e-mail para que eu a adicione no mailing!! Ou envie-me um e-mail: myrirs@hotmail.com

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