sexta-feira, 16 de julho de 2021

A cidade de Santos: um pouco de história

Santos, uma das primeiras cidades do Brasil, consta de relatos desde 1502, quando do reconhecimento da costa brasileira. Em 1531, Martim Afonso de Souza encontra ali um povoado, fundado por um dos que ali chegaram com Américo Vespúcio, porém passa a ocupar a região, distribui sesmarias, e passa a ser o local onde se estabelecem colonizadores portugueses e um engenho de açúcar. Brás Cubas, em 1536, recebeu a mais ampla sesmaria da Capitania de São Vicente, instalando na região um hospital para os doentes que chegavam nos navios. O povoado, com nome simplificado de Santos, foi elevado à categoria de vila em 1545 e elevada à categoria de cidade em 26 de janeiro de 1839. No século XVII, a vila de Santos entra em processo de estagnação e decadência, porém no fim do século XVIII, a vila retoma o desenvolvimento e sua população começa a crescer (fonte wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Santos )

“Inicialmente agrícola (engenho de açúcar), será a função portuária de Santos que irá prevalecer a partir do século XVI: porto de sal, porto do açúcar. Até a independência, em 1822, o sítio urbano da Vila de Santos ocupava apenas uma estreita faixa de planície, local com maior acessibilidade. As casas, em pedra, agrupavam-se homogeneamente e, de maneira uniforme, adotaram as mesmas soluções. Situavam-se em sua maioria nas ruas São Bento, João Pessoa, Brás Cubas, Estuário, posteriormente chamada “Área do Alto Comércio do Café”. No século XIX, o café ganha lugar de destaque na economia. Até 1850 o escoamento dava-se por tropas até os portos do litoral norte (Vale do Paraíba). Com a ocupação do interior paulista, as exportações passam a sedar pelo porto de Santos, dando a esta cidade a qualidade de centro manipulador e vendedor da maior riqueza. O sistema ferroviário - Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (SP Railway) - em 1867- surge como suporte à demanda crescente de carga. Estrutura-se o setor terciário da cidade, fixa-se a população, recursos aumentam, o comércio cresce. Ocorrem transformações na economia, na política, sociedade: chegada da família Real ao Brasil, Independência, Abolição da Escravatura, Proclamação da República, chegada de imigrantes, o café. Surgem bancos, escritórios de café, aristocracia cafeeira, médicos, engenheiros, militares. A arquitetura tipicamente urbana voltada a padrões europeus, materiais importados como o ferro, tijolo, madeira, e um aperfeiçoamento técnico com novos recursos construtivos e de decoração se fazem presentes. Quando santos supera o porto do rio de Janeiro nas exportações de sacas de café, já se estruturara o “alto comércio”, com negociantes, comissários e exportadores do produto, em torno da qual gravitava todos os setores comerciais da cidade até 1929. Desde 1914 cria-se a Bolsa Oficial do Café, inaugurada em 1922, proposta de João Pedroso Veiga, esforço de curta duração. A segunda metade do século XIX, e o século XX, correspondem à época de inúmeras construções e de ocupação de áreas como os mangues e morros. Dá-se a inauguração do porto (1892), um plano geral de saneamento (1910) e um projeto de traçado urbanístico. Novos bairros surgem, tendo, até 1950, o centro como polo irradiador. A orla marítima, antes com chácaras de fim de semana, passa a ser ocupada por novas construções. O vazio entre a área central e a praia recebe residências da “classe média”, e os de "menor poder aquisitivo" buscam as áreas menos servidas em infraestrutura, como os morros e os mangues. O porto permanece como principal gerador de empregos. Com a inauguração da Via Anchieta (1947), a função histórica de Santos, como região portuária e “empório” comercial”, passa a dividir importância com a função industrial e de veraneio. A partir de 1960, casarões e antigas casas dão lugar a altos edifícios na orla. O crescimento urbano extravasa os limites da ilha. Nesta época, o café representa menos de 4% do total de carga movimentada pelo porto. A atividade turística alimenta estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços...” Este texto faz parte de minha Tese de Graduação Interdisciplinar com o tema “O Centro Histórico de Santos e a proposta de Revitalização da Bolsa Oficial do Café”, apresentada à FAUUSP em 1983, tendo como orientador Antonio Luis Dias de Andrade. E expõe, de uma forma geral, como a cidade de Santos se desenvolveu. Neste contexto a comunidade judaica esteve inserida, ao chegar à cidade, e lá se estabelecer.

Ao longo das próximas postagens, será possível descrever mais detalhes sobre o desenvolvimento de Santos na segunda metade do século XX, e informações relativas à cidade, no século XXI.

Você, ou sua família ou amigos, faz ou fez parte da comunidade judaica santista? Frequentou as suas sinagogas? Possui fotos, documentos, memórias, histórias? Compartilhe aqui ou envie um e-mail para myrirs@hotmail.com 

4 comentários:

  1. Muito obrigada pelo comentário. Respondi também ao e-mail que recebi. Poderia contar um pouco mais sobre a comunidade judaica de Santos e suas sinagogas? Teria fotos, documentos?

    ResponderExcluir
  2. De Santos sai um dos maiores sionista brasileiro e político israelense...
    Nasceu aqui como Bernardo Cymering, faz alya e muda o nome para Dov Tzamir, sendo secretário do governo de Itzak Rabin...

    ResponderExcluir
  3. De Santos sai um dos maiores sionista brasileiro e político israelense...
    Nasceu aqui como Bernardo Cymering, faz alya e muda o nome para Dov Tzamir, sendo secretário do governo de Itzak Rabin...

    ResponderExcluir
  4. De Santos sai um dos maiores sionista brasileiro e político israelense...
    Nasceu aqui como Bernardo Cymering, faz alya e muda o nome para Dov Tzamir, sendo secretário do governo de Itzak Rabin...

    ResponderExcluir

Agradeço o seu comentário. Anote seu nome e e-mail para receber um retorno...