terça-feira, 27 de julho de 2021

Santos e a comunidade judaica da cidade

Praia de Santos, Gonzaga, década de 1930
À esquerda, Jose Rosenblit, meu avô materno.
Ao fundo, os hotéis Avenida Palace,
Bandeirantes, Belvedere e Atlântico

O site da Prefeitura de Santos nos informa que a cidade está localizada no litoral paulista “e a 72 quilômetros da capital, ostenta o 5º lugar no ranking de qualidade de vida dos municípios brasileiros, conforme Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) aferido pela Organização das Nações Unidas (ONU) com base nos níveis de expectativa de vida, educação e PIB per capita”. Como consta também deste site, as atividades ligadas ao Porto aparecem como a principal fonte de riquezas do município. Porém, os setores do turismo, serviços e pesca complementam a lista de maiores atividades da economia santista. Segundo o Censo de 2018 do IBGE, a população é de 432.957 pessoas, e a área total do município é de 281,033 km². (https://www.santos.sp.gov.br/?q=hotsite/conheca-santos )

Quanto à comunidade judaica de Santos, no site https://www.novomilenio.inf.br/santos/h0150c.htm , podemos ler o artigo Histórias e Lendas de Santos - Os imigrantes  - A colônia judaica” de Beth Capelache de Carvalho (texto), Equipe de A Tribuna, para obtermos mais informações: “No começo havia muitos mascates. Eles batiam palmas nos portões das casas, para oferecer sua mercadoria, por isso eram chamados chlaper (o que bate). Era uma das poucas profissões que podiam levar adiante, mesmo com a dificuldade de comunicação.” Vendedor e clientes geralmente conseguiam se entender. Estes mascates “percorriam as ruas da cidade e, também, os morros, e vendiam de tudo: roupas, sapatos, objetos de cama e mesa, lingerie, tecidos, artigos importados. Sua eficiência e pontualidade lhes valiam boa freguesia...Muitos donos de lojas começaram como chlaper.” O artigo também informa que “os filhos de imigrantes judeus ocuparam e ocupam cargos em todos os setores da sociedade, a maior parte possui diploma universitário, alguns estão na política...no Centro e no Gonzaga, o comércio variado preserva a tradição do judeu comerciante, pioneiro da venda a prestação, hoje uma prática das mais comuns no mercado nacional...” Quanto às organizações judaicas frequentadas, costumavam reunir-se na Wizo, na B'nai B'rit, e Pioneiras, além do Centro Cultural Israelita Brasileiro.

Alguns comentários foram enviados por pessoas que fazem, ou faziam, parte da comunidade judaica de Santos. Por exemplo, no blog, e também por e-mail, Silvana Ruiz deixou um comentário escrito por Nelson Coslovsky sobre a postagem "A cidade de Santos: um pouco de história":Nasci em Santos/SP, no dia 07 de julho de 1939. Lá vivi até 1958, quando mudei para São Paulo (fui estudar na EEUM). Viajava para Santos nos finais de semana e nos meses de férias, até 1964, quando fixei residência em São Paulo. Meu avô paterno, Mendel Coslovsky, foi o fundador e primeiro presidente da Sinagoga Askenazi (Rua Campos Salles). Meu avô materno, Isaac Solitrenick, foi comerciante, com loja de móveis na Rua João Pessoa (A Vantajosa). Meu pai, Salomão Coslovsky, era funcionário público estadual (Inspetor de Imigração). Aguardo contato; agora vivo em Presidente Prudente/SP. Abraços; Shalom.”

Conversei com a sra. Lea Gotfryd, que falou um pouco sobre a comunidade judaica santista. Contou que esta foi formada tanto por ashkenazim, como por sefaradim. Os ashkenazim fundaram a sinagoga na Rua Campos Sales, a Beth Jacob, e os sefaradim, à Rua Borges, e não se uniram, cada um seguindo a sua linha religiosa. Citou que uma das famílias fundadoras desta sinagoga sefaradi foi a família Homsi. Com o falecimento dos mais idosos, a frequência às sinagogas diminuiu. Sra. Lea comentou também sobre o Clube Canaã, situado antigamente na Rua Conselheiro Nébias, local de encontro em que as famílias da comunidade contribuíam para mantê-lo. Lembrou-se do Sr. Alperovich, de Sergio Foing, família Szafir, e citiu o Chazan Sami Cytman...

Silvio Naslauski informou, pelo messenger do Facebook que é de ascendência ashkenazi, mas os netos são sefaradim. Contou que tem frequentado a sinagoga sefaradi, onde fala, inclusive um pouco de Torah. Comentou, também, sobre o Beith Chabad. A avó de Silvio, sra. Sara Luiza Kadischevitz (mãe de Anna Cherkasky), era prima do sr. Jacob Lafer, pai do sr. Celso Lafer.

Você, ou sua família, faz parte da comunidade judaica santista. Faziam parte desta comunidade? Frequentavam qual sinagoga? Possui fotos, documentos? Escreva para myrirs@hotmail.com ou deixe um comentário nesta postagem.

Mais um detalhe: O Hotel Avenida Palace, na praia do Gonzaga, esquina da Rua Marcílio Dias, foi erguido por Manuel Dias Marcelino no lugar de um antigo botequim. O Hotel foi inaugurado em 1920, chegando a ser um dos hotéis mais importantes da cidade. “Edificado durante a chamada "Belle Epoque Paulista", auge do turismo balneário na Baixada Santista, o Avenida Palace atraia turistas abastados da capital de São Paulo, interior e outras cidades do Brasil e do mundo. Fazia parte do lendário conjunto de 5 hotéis, dispostos lado a lado de frente para a avenida da praia, na região do final da Av. Ana Costa, coração do bairro: Avenida Palace, Bandeirantes, Belvedere, (que sucedeu ao antigo Recreio dos Banhistas), Atlântico e Parque Balneário. (https://www.facebook.com/OrgulhoSP/posts/1712211518798990/ ).

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