sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

O livro “Isaac Alperowitch - A vida de um filho de Israel”, de Fernando Frochtengarten e a comunidade judaica santista

No post “Detalhes sobre a comunidade judaica santista e suas sinagogas”, publicado neste blog, sra. Miriam Schames escreveu: “Saudades do meu pai Isaac Alperovitch, e dos bons tempos”

Silvio Naslauski encaminhou-me o livro “Isaac Alperowitch - A vida de um filho de Israel”, de autoria de Fernando Frochtengarten. O livro relata a trajetória de sr. Isaac, nascido em Kurenets, um shtetl, atualmente parte do distrito de Minsk, na Bielo-Russia, sua chegada a Santos, recebido pelo tio Schmel Svirskie (no Brasil, Leon Levinson), sua vida em São Paulo, Bauru, casamento, o comércio em Santos, vida familiar, liderança e envolvimento comunitário. 

Sr.Isaac Alperowitch, ao chegar ao Brasil, foi recebido e acolhido pelo tio Schmel Svirskie, irmão da mãe, na cidade de Santos. Morou nos primeiros tempos com a família do tio em São Paulo, no Bom Retiro, trabalhando como mascate, e frequentando o Ciirculo Macabi, na Rua Ribeiro de Lima. A convite de trabalho de sr. Abraão Milstein, de mudança para Bauru, sr. Isaac para lá se transferiu, em 1930. Retornou a São Paulo e tempos depois, seguiu a Santos a trabalho, divulgando e vendendo a produção de seu tio. Como o livro informa, nos anos de 1930, em Santos viviam cerca de quinhentas famílias judias, reuniam-se tanto na Sinagoga Beit Jacob, desde 1928, na Beit Sion, no Centro Israelita Brasileiro, na barraca da praia, na instituição de ensino judaico, como em festividades e eventos. E sr. Isaac, permanecendo na cidade, passou a participar dos ambientes que a comunidade judaica frequentava e a se integrar a ela, casou-se com Lea Vinograd, mudaram-se para São Paulo, tiveram a primeira filha, retornaram a Santos.

Mais detalhes sobre a história e a vida zde sr.Isaac Alperowitch, leia o livro citado acima.

Mais detalhes sobre a comunidade judaica santista também podem ser encontrados no link http://conic-semesp.org.br/anais/files/2016/trabalho-1000022021.pdf , relacionado ao 16° Congresso Nacional de Iniciação Científica - Conic - Semesp: Instituições judaicas de ensino em Santos (Instituição Universidade Católica de Santos, autor Daniel Otavio Ruas Amado, orientadora Maria Apparecida Franco Pereira): “A comunidade judaica na Baixada Santista estabelece um constante diálogo com a cidade que a acolheu ao mesmo tempo em que procura manter e preservar sua cultura e suas tradições. A maior sinagoga santista é a “Beit Jacob”, situada na Rua Campos Sales, nº 143 na qual frequenta a maior parte da comunidade judaica, com sede inicial na Rua Campos Melo, nº 258, depois, mudou-se para o nº 156, junto à Escola Hebraica, onde estudavam os filhos dos imigrantes...Os judeus que vieram para a Baixada Santista e que ainda vivem na cidade, em sua maioria, são descendentes ou imigrantes de países como a Polônia, Ucrânia e Rússia. Eles não se concentram mais na Vila Mathias, espalharam-se por bairros nobres da cidade, onde vivem, aproximadamente, 150 famílias...”

Marcelo Rabinovitch, pelo Facebook havia comentado que possui fotos antigas do clube, na sinagoga, e eventos. E contará, assim que possível a história da família.

Você, ou sua família também faz, ou fez, parte da comunidade judaica santista? Frequentavam as sinagogas, o clube, a escola? Quais suas memórias, e histórias? Possui fotos ou documentos? Escreva para myrirs@hotmail.com

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Você já ouviu falar do "Guia das Sinagogas de São Paulo" ?

Muitas pessoas me questionam onde comprar, onde encontrar o livro.

Conto para você que este guia ainda não foi publicado. 

Sim, permanece sem patrocínio e apoio. E o prazo para captação de recursos para este projeto se encerra em 2021.

Como já divulgado em 09 de novembro de 2018, quando o projeto foi aprovado na Lei Rouanet, Pronac 184242, Art.18, este projeto propõe a edição de um livro de referência que apresenta, de forma sucinta, anos de estudos sobre as sinagogas localizadas na região metropolitana da capital paulista. 

A publicação abrange origem, documentação, e fotos retratando a realidade sociocultural e a preservação do patrimônio histórico da comunidade judaica paulistana sob uma perspectiva viva e de grande valor memorialístico.

Visa contribuir para a preservação da memória, do patrimônio e das raízes da comunidade judaica de São Paulo, através da história de cerca de 70 sinagogas nos bairros onde se estabeleceram e, assim, descrever parte do próprio desenvolvimento da cidade, naquilo que tem de mais característico e valioso: sua diversidade étnica, religiosa e cultural. 

Propõe também estimular o interesse da população de São Paulo e do Brasil pela história e valores universais de uma comunidade que contribuiu – e continua contribuindo – para o desenvolvimento socioeconômico e cultural do país, tornando-se parte importante da sua construção como uma nação plural. 

Esta publicação é uma forma de difundir a arte e a cultura judaicas na sociedade brasileira, constituindo um guia de localização e visitação para os cidadãos paulistanos e para turistas de outras partes do Brasil e do mundo. E assim valorizar esse patrimônio como legado importante para as futuras gerações. O Guia será distribuído para dezenas de bibliotecas e instituições públicas brasileiras.

Parceiros do projeto:

Myriam Szwarcbart – Arquiteta, autora da pesquisa.

Alberto Guedes – Jornalista, editor de texto. 

Roberto Strauss – Arquiteto, designer gráfico.

Você encontra mais detalhes sobre esta proposta também na página do Instagram @sinagogasemsaopaulo e também no LinkedIn.

Enquanto o Guia não é publicado, acompanhe as publicações sobre as sinagogas neste Blog.

Permanecemos, até o final de 2021 buscando parceiros financeiros entre empresas e pessoas físicas que lidam com Responsabilidade Social.  Se considerar que há interesse da sua instituição em participar, ou caso conheça alguma empresa que está buscando projetos para alocar recursos através desta Lei, ficaremos muito gratos! 

Podemos marcar um encontro. Para conversarmos escreva para mim: myrirs@hotmail.com

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Museu Judaico de São Paulo no espaço da antiga sinagoga Beth-El

Você já foi conhecer o Museu Judaico de São Paulo? Não? Então vá! Há muito a ver, muito a aprender!!

O Museu Judaico de São Paulo, MUJsp, recém-inaugurado, está localizado à Rua Martinho Prado, 128, no edifício da antiga sinagoga da Congregação Israelita de São Paulo Beth-El.

O Museu Judaico de São Paulo visa resgatar a memória da comunidade judaica de São Paulo, resgatando histórias e unindo a tradição aos novos usos, e conceitos, para o espaço construído e para o patrimônio imaterial.

Junto ao antigo edifício foi anexada uma estrutura moderna, composta por uma estrutura metálica e fachada de vidro, a qual, pela transparência, permite a integração exterior/interior. Em seu interior, o atual Museu Judaico abriga exposições temporárias e de longa duração, biblioteca, reserva técnica, educativo e até um café e uma lojinha, promovendo e permitindo um diálogo com toda a população que o visita. Uma possibilidade para desconstruir preconceitos, estereótipos e combater a violência. 

Em seu acervo, reunido durante um longo período, pode-se encontrar objetos, fotos e documentos doados por famílias e instituições, que contam histórias pessoais, criando e resgatando raízes de diversas épocas, até a atualidade.

Em relação à sinagoga que funcionou neste edifício até 2011, a Congregação Israelita Askenazi, ou Congregação Israelita de São Paulo Templo Beth-El, pode-se ler o artigo de Tatiane de Assis e publicado na VejaSP em 03 de dezembro de 2021. Um trecho deste artigo apresenta:

“O templo, que não terá atividades religiosas, foi erguido a pedido das tradicionais famílias Lafer/ Klabin e Teperman, e integra um conjunto de sinagogas que no fim dos anos 20 foi erguido além das fronteiras dos bairros que acolheram essa comunidade no início da imigração. “A Sinagoga Beth-El (Sinagoga Israelita Askenazi) foi a primeira sinagoga a ser fundada fora do Bom Retiro, mas não a primeira a ter seu edifício concluído. Sua pedra fundamental foi lançada em 1928, mas suas instalações somente foram finalizadas em 1932. Três anos antes, em 1929, era concluído o edifício da comunidade sefardita, o qual funcionava na Rua da Abolição, no bairro da Bela Vista”, assinala Myriam Szwarcbart, pesquisadora que busca financiamento para um guia com a história de setenta sinagogas da capital paulista. Leia mais em https://vejasp.abril.com.br/cultura-lazer/museu-judaico-inauguracao-centro-sp/

Para conhecer mais detalhes sobre a Beth-El, sua história, memórias e fotos veja as publicações deste blog, e também os sites https://museujudaicosp.org.br/ https://www.congregacaobethelsp.com.br/

Você faz parte da história da Beth-El? E de outras sinagogas da capital e do interior paulista? Gostaria de compartilhar suas histórias, ou escrever um texto destas memórias? Então escreva para mim no email myrirs@hotmail.com

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Aconteceu: palestra “Beth-El e as Sinagogas de São Paulo” - Tradição e novos usos

No dia 2 de dezembro de 2021, como evento da festa de Chanukah, realizamos uma palestra na Congregação Beth-El.

Adriana Abuhab Bialski e eu, apresentamos o estudo sobre a Beth-El, sobre o Museu Judaico de São Paulo, recém-inaugurado, e sobre diversas sinagogas da capital paulista, tendo como foco imigração, memória, patrimônio e identidade judaicos, preservação, resgate de raízes, arte e arquitetura, história oral.

Adriana Abuhab Bialski é Mestre em estudos judaicos pela FFLCH/USP, com a dissertação “Museu Judaico de São Paulo: a criação de um diálogo entre comunidade e sociedade”, pós-graduanda em Museologia, Cultura e Educação pela PUC/SP; e eu, Myriam R. Szwarcbart, além de artista visual e ceramista, sou arquiteta formada pela FAUUSP e pesquisadora do patrimônio histórico e cultural relacionado às sinagogas de São Paulo, tanto da capital como do interior paulista.

Gostaria de conhecer o nosso trabalho? Então escreva um e-mail para myrirs@hotmail.com