quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Kehilat Mizrachi - sinagoga e centro comunitário

Kehilat Mizrachi - desenho Myriam R. Szwarcbart

A Associação Beneficente e Cultural Mizrachi do Brasil é formada por um centro comunitário e uma sinagoga, que tem como objetivo integrar a comunidade judaica através do sionismo religioso, Aliah, ensino e transmissão do judaísmo, tendo como mestre inspirador o Rav Kook, haRav Avraham Itzhack haCohen Kook T”Zl, primeiro rabino Chefe de Israel. “Am Yisrael B´Eretz Israel al pi Torat Israel” resume a ideologia do Mizrachi

O Mizarchi Brasil está ligado ao Movimento Mundial Mizrachi, organização fundada em 1902, pautada na Torá e no sionismo. Mizrachi é a junção das palavras Merkaz Ruchani, ou centro espiritual.

Quanto à história da Kehilat Mizrachi, em Rosh Hashana de 1994 foi inaugurada, em Higienópolis, a sede do Bnei Akiva, parceiro de ideologia, após anos de presença nos Jardins e Bom Retiro. Com o passar do tempo, o Bnei Akiva passou a contar com um espaço próprio, em uma nova sede no bairro. Um grupo de adultos, no entanto, separando-se do Bnei Akiva, permaneceu no espaço que já ocupavam, dando continuidade à sinagoga e ao centro comunitário, constituindo, em 14 de setembro de 2004, a Kehilat Mizrachi.

A Mizrachi sempre contou com os trabalhos de rabinos e suas esposas, entre os quais o Rabino Marcelo Borer, Rav Moshe e Shelomit Bergman, Rav Daniel e Syme Touitou, Rav Shlomo e Shelomit Guelman, Rav Meir e Hanna Fuksman.

Estas informações estão disponíveis na página da Kehilat Mizrachi do Facebook, onde poderão verificar mais detalhes. Acessem os links: 

https://m.facebook.com/kehilat.mizrachi/about?lst=1416637922%3A100004374243206%3A1644431746

https://m.facebook.com/kehilat.mizrachi.7/posts/pcb.1168976696807706/?photo_id=1168976473474395&mds=%2Fphotos%2Fviewer%2F%3Fphotoset_token%3Dpcb.1168976696807706%26photo%3D1168976473474395%26profileid%3D1416637922%26source%3D49%26refid%3D17%26_ft_%3Dmf_story_key.1168976696807706%253Atop_level_post_id.1168976696807706%253Atl_objid.1168976696807706%253Acontent_owner_id_

Você frequenta ou frequentou a Kehilat Mizrachi, ou alguma das sinagogas do bairro de Higienópolis? E seus familiares? Conte um pouco, registre suas memórias, lembranças, histórias, compartilhe fotos e documentos. Escreva para myrirs@hotmail.com

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Kehilat Mizrachi - Associação Beneficente Cultural Religiosa Mizrachi em São Paulo

Kehilat Mizrachi- este é o logo?

A comunidade judaica está, ainda hoje, presente em diversas cidades do Estado de São Paulo. Prosseguindo com o estudo destas comunidades e suas respectivas sinagogas, volto a divulgar detalhes das sinagogas dos diversos bairros da capital paulista, mantendo, no entanto, a busca por informações relacionadas com as comunidades judaicas do interior do Estado. Relembrando, em publicações do ano de 2019, divulguei detalhes sobre o bairro de Higienópolis, um bairro em que, ao caminharmos pelas suas ruas, podemos encontrar diversas sinagogas, entre elas o Centro Cultural Israelita Knesset Israel, a Congregação Monte Sinai, o Centro Judaico Bait e a Sociedade Religiosa Kehilat Achim Tiferet Lubavitch (Shil da padaria), com informações, fotos, e memórias aqui já compartilhadas.

Há muito tempo, conheci a Kehilat Mizrachi, ou Associação Beneficente Cultural Religiosa Mizrachi, neste bairro, ao estar presente em aulas e palestra.

Nesta semana de fevereiro de 2022 pude conversar com a Michele Rachel Ventura Danciger, que frequentou a Mizrachi até dois anos atrás. Michele comentou que esta sinagoga é muito familiar, e funciona no dia- a-dia, com minianim, nos Shabatót, Rosh Hashaná, Yom Kipur e demais Chaguim. Composta pela “velha guarda” do Bnei Akiva, o pessoal que não fez Aliah (os jovens reúnem-se na RuaVeiga Filho), continua abrigando o Projeto Fundo de Bolsas, o Ieladim e o Kiruv.  Ortodoxa sionista, esta sinagoga comemora também Yom Haatzmaut. Entre suas atividades, como espaço cultural, realizam palestras, aulas, lançamentos de livros. Recentemente houve a entrega de Sifrei Torót. Os pais da Michele frequentam a sinagoga da Rua Cravinhos, a família paterna é de origem egípcia. A família materna, de origem polonesa, frequentava a sinagoga da Rua Guarani, sendo o bisavô foi um dos fundadores desta sinagoga.

Você frequenta ou frequentou a Kehilat Mizrachi, ou alguma das sinagogas do bairro de Higienópolis? E seus familiares? Conte um pouco, registre suas memórias, lembranças, histórias, compartilhe fotos e documentos. Escreva para myrirs@hotmail.com


terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Comunidade judaica em Mogi das Cruzes, Guaratinguetá, Taubaté, São José dos Campos, Catanduva?

Museu da imigração - São Paulo - SP

Busco informações sobre a imigração judaica no Estado de São Paulo, em diferentes épocas. Informações de imigrantes que, ao chegarem aqui, e, antes de rumarem para as mais diversas cidades do Estado, hospedaram-se, ou não, na “Hospedaria dos Imigrantes” no Brás, atual Museu da Imigração. 

Venho há alguns anos pesquisando detalhes, fotos, documentos, memórias e histórias das comunidades judaicas e suas respectivas sinagogas da capital e do interior paulista, em cidades como Mogi das Cruzes, Catanduva, Marília, Rio Claro, Franca, Campinas, Jundiaí, São Carlos, Ribeirão Preto, Botucatu, Barretos, Bauru, Piracicaba, Americana e tantas outras cidades do Estado de São Paulo.

Como mais um exemplo da presença judaica no interior paulista, cito Mogi das Cruzes e o sr. Hélio Borenstein, um imigrante russo que veio de Kiev, na Ucrânia, em 1917, desembarcando de navio no Brasil, no Porto do Rio de Janeiro. Como podemos ler na página https://www.helbor.com.br/quemsomos : “Um acaso o levou a Mogi das Cruzes, em São Paulo. Devido à dificuldade com o idioma, acabou descendo na estação errada. Este foi o erro mais acertado em toda a sua vida, porque foi lá que ele consolidou uma história de trabalho, sucesso e respeito empresarial”. Em 1930, sr. Helio Borenstein abriu uma pequena loja de camisas, gravatas e cintos em Mogi das Cruzes. Um tempo depois inaugurou a “Casa Helios”, na Rua Coronel Souza Franco. Já na década de 1940, tornou-se sócio de seu sogro, administrando cinemas. Em 1951, Helio Borenstein criou a Vila Helio, construindo 72 sobrados residenciais. O empresário faleceu em 1964. Os irmãos Marcos e Henrique, filhos do sr. Helio, foram sócios nas áreas financeira e imobiliária. Em 1988, Marcos fundou o Grupo Marbor, inicialmente Marbor Administração e Negócios, com sede na Vila Helio. A partir daí, cada um trilhou seu rumo. O Grupo Marbor passou a atuar em locação de imóveis, veículos, na área hoteleira e de eventos. Na década de 2010 revitalizaram a Vila Helio, e em 2020 inauguraram uma nova via, a Travessa 21 de Maio, e um memorial.

Podemos ler à página https://www.grupomarbor.com.br/ : “A Vila Helio agora tem uma nova travessa e um memorial contando a sua história. A inauguração da via e do Memorial Helio Borenstein ocorreram no dia 21 de maio, data do aniversário de 80 anos de Marcos Borenstein, fundador e presidente do Grupo Marbor. A Travessa foi construída entre os edifícios Loloya e Maria Antonieta e foi batizada justamente de “21 de Maio”. Nela, está o Memorial, um espaço que conta um pouco da história da Vila Helio desde a sua construção, em 1951, além da trajetória empresarial da família de Marcos Borenstein e do Grupo Marbor. O Memorial foi produzido em diferentes materiais, para dar profundidade e várias dimensões ao painel, que tem fotos e informações desde a chegada ao Brasil de Helio Borenstein, imigrante ucraniano, nos anos 1920, até a criação da Marbor, o crescimento da empresa e a atual revitalização da Vila Helio. Quem passar por lá poderá conferir um pouco dessa trajetória, já que o local é acessível à população”.

Ao lado do Museu da Imigração - São Paulo - SP

Em relação às demais cidades do interior paulista, Carlos Alberto Póvoa em sua Tese de Doutorado, apresentada ao Departamento de Geografia da FFLCH da USP, em 2007, “A territorialização dos judeus em São Paulo- SP”, informa que, segundo dados da Federação israelita do Estado de São Paulo, (departamento de pequenas comunidades) em 2001, a comunidade judaica estava presente também no Vale do Paraíba, em cidades como São José dos Campos, Taubaté, Guaratinguetá e Jacareí.

Vamos resgatar nossas raízes? Colabore, participe! Escreva para myrirs@hotmail.com