"Era uma vez no Egito - Lembranças da Família Douek" presente de sra. Berta Kotler Douek e sr. Abramo Douek |
O livro “Era uma vez no Egito – Lembranças da Família
Douek”, um lindo presente que recebi de sra. Berta Kotler Douek e de sr. Abramo
Douek, foi produzido e realizado em memória dos avós paternos Louna e Ibrahim
Douek, dos avós maternos Rebeca e Nessim Holly, e dos pais de sr. Abramo, Aline
e Josué Douek. É um relato, para as gerações futuras, de como a família Douek,
que cresceu e viveu no Egito, de repente teve de largar tudo por causa das
crenças religiosas. Sr. Abramo salienta, neste sentido, uma grande lição para a
vida: “Meu pai sempre dizia: Temos que investir na educação dos filhos, porque
o que entra na cabeça deles nenhum governo confisca, religião modifica ou
dificuldade tira.” Esta publicação, rica em detalhes e lembranças, apresenta a
vivência da família no Egito, a Árvore Genealógica, a história do patriarca,
sr. Ibrahim, as diversas sinagogas do Cairo com sua arquitetura, a busca de um
recomeço, o acolhimento no Brasil, a moradia na Bela Vista (pela proximidade de
outras famílias egípcias e da sinagoga), a Sinagoga da Rua Abolição. E também,
a nova sinagoga nos Jardins, como vemos abaixo.
Desde que chegaram ao Brasil, nos anos 1960, a
família Douek participou e envolveu-se com as atividades da Sinagoga da
Abolição, incluindo a responsabilidade administrativa da instituição.
Encontraram nesta sinagoga um local para dar continuidade a seus valores,
tradições, e vivência religiosa. Lembranças de Yom Kipur, com a sinagoga
lotada, de Sucót, na sucá no terraço, de Simchah Torah, com a retirada dos
Sifrei Torah do Hekhal, das brincadeiras das crianças, dos bate-papos no salão
de festas, dos Bar-Mitzvót e de Brith-Milah dos descendentes da família.
Em relação à sinagoga que situava-se na Rua Abolição,
podemos ler que com o passar do tempo e a alteração da região onde estava
situada, e a mudança das famílias para outros bairros, a sinagoga passou a
perder seus frequentadores. Esta situação, aliada à proposta de compra da área
pelo Grupo Silvio Santos gerou a possibilidade de mudança do edifício para uma outra
região, e o bairro dos Jardins foi a opção escolhida. Como podemos ler no post
anterior, a sinagoga funcionou na Rua Abolição até 2003, momento em que os
serviços religiosos passaram a acontecer na sede da B’nai Brith, na Rua
Caçapava. Em 2005, o edifício da Abolição foi demolido, o local escolhido para
a nova sinagoga foi a Rua Cravinhos. Inicialmente adquiriu-se um pequeno
terreno e aos poucos, conseguiu-se completar um espaço de 1.100m². Com a mobilização
da comunidade, foi possível obter os recursos para a construção do novo
edifício de 2.705m². Em 21 de agosto de 2008, foi colocada a pedra fundamental
do novo Templo
Israelita Brasileiro Ohel Yaacov e em 9 de maio de 2012, a sinagoga foi
inaugurada, durante a celebração de Lag Baomer.
O Hekhal, ou Aron Hakodesh, da nova sede da Sinagoga
da Abolição, contém dois Sifrei Tora trazidos do Egito pelo pai e pelo tio do
sr. Abramo Douek. A
construção possui uma sinagoga para 580 pessoas, outra menor, para 100 pessoas, um
salão de festas para 500 pessoas, salas de ensino, centros de palestra,
biblioteca, auditório e área de convivência, Instituto de Música, Kolel para
jovens e programa “after school”. Os vitrais originais que faziam parte da
sinagoga à Rua Abolição foram restaurados e utilizados nesta sede.
Seguem
alguns comentários realizados no Facebook relativos à Sinagoga da Abolição:
Em
Jewish Brasil, Lucia Violet Sequerra
contou: “Tenho
tantas memórias da Abolição... festas de Simcha Tora, brincar nas escadas,
procurar meu pai, o toque do shofar. Vou ver com meus pais quanto
a fotos, mas fotos acho que não temos, sinto tanto que a Sinagoga da Abolição
não exista mais... sinto falta até do pedaço da pizza que comíamos no bar da
esquina depois de Yom Kipur, eu achava a pizza mais gostosa do mundo! Tem um
grande significado, me sinto órfã! Meu pai (já falecido), nascido na Holanda, era de origem portuguesa e
minha mãe, egípcia...Salomão e Caludine Sequerra. Vou ver detalhes também com
meus irmãos.” Em Jews, Elias Salgado comentou: “Show Myriam. Parabéns.Tenho acompanhado com grande interesse teu trabalho.
Gostaria de te conhecer pessoalmente e trocar uma ideias.” Muito bom
comentários e incentivos assim, que motivam a continuidade desta pesquisa! Já
em minha página, Thais Soltanovitch Druker indicou Bruno Druker, Perola Ventura e Berta Kotler Douek. Perola Ventura agradeceu pela atenção, e escreveu: “Que interessante... A
historia daquela antiga sinagoga é interessante.” E Berta Kotler Douek comentou É sempre bom relembrar nossas histórias”. E
também parabenizou-me pelo trabalho... Em SOS Patrimonio, Rita Sampaio questionou para onde foi a Sinagoga da Abolição e se o
prédio ainda existe. Esclareci que a Sinagoga da Rua Abolição foi demolida em 2005, e uma
nova foi construida e inaugurada em 2012 nos Jardins. Luciano Ferreira
anotou:”Perfeito!
Não sou judeu mas adoro vitrais: esses da rua Cravinhos podem ser visitados?”
Alguém saberia dizer se uma visita à Sinagoga Templo Israelita Brasileira Ohel
Yaacov” à Rua Cravinhos é possível? Podemos agendar?
Comente, divulgue,
compartilhe detalhes sobre a Sinagoga da Rua Abolição...Você ou sua família
frequenta ou frequentou esta sinagoga? Possui fotos, documentos, memórias,
histórias para contar? Deixe seu comentários aqui ou envie-me um e-mail para myrirs@hotmail.com
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