Rua Ipiranga - Piracicaba A sinagoga estava situada no terreno onde vemos o muro de tijolos |
Conversei com
Roberto Weiser em 12 de dezembro de 2020, por indicação de Marcelo Brick,
Corinne Brick Marian, Marcia Landen
Burkinski e Alberto Kessel, que escreveram...“Ele deve saber de tudo por lá...”
Roberto contou
que nasceu em Piracicaba, filho de sra. Ester Rosenthal e sr. Maks Weiser, e irmão
de Glaucia e Marisa. Ester era filha de Anna e Pedro Rosenhtal, e irmã de
Elias, Jayme, Mendel, Rosa e Paulina. Como comentou Roberto, sra. Ester era
atuante tanto na comunidade judaica como fora dela, conhecida por suas ações beneficentes.
Incentivava os filhos a participarem dos movimentos juvenis em São Paulo, e
assim, a cada quinze dias, seguiam para a capital. Foi em uma destas viagens
que sra. Ester e Glaucia faleceram em um acidente de automóvel. Roberto estava
com elas nesta viagem e Marisa encontrava-se em Piracicaba, cidade em que continua
morando até hoje, atuando como coordenadora pedagógica (como comentou pelo
whatsapp). Roberto estudou em escola pública, e cursou engenharia civil, saindo
da cidade somente depois de formado.
Em relação à
Sinagoga de Piracicaba, Roberto escreveu no Facebook: “Eu
frequentava essa sinagoga na minha infância, me lembro de muita coisa...”
E relatou sobre a entrada, as cadeiras, a separação entre homens e mulheres, sobre
o fato de comportar mais ou menos quarenta a cinquenta pessoas, e de ser frequentada
e conduzida pelos mais velhos da comunidade judaica, pois os mais jovens não a
frequentavam.... Comentou que a Torah, depois de desativarem a sinagoga,
foi doada para o Kibutz Bror Chail, em Israel. Citou a família Merzel quando
questionei sobre outras famílias da comunidade judaica que moravam na cidade.
Sr. Maks
Weiser, pai de Roberto, que continua morando em Piracicaba, era filho de sr.
Inacio, e possuía um posto de gasolina.
Diversos
comentários continuam sendo publicados no Facebook, relativos à comunidade
judaica de Piracicaba. Na página JewishBrasil, relacionado ao
edifício da sinagoga, Marcelo Rosenthal,
que continua morando na cidade, escreveu: “Consultei a
ação judicial e o proprietário foi condenado em definitivo a reconstruir o
prédio onde foi a sinagoga, com as mesmas características. Atualmente está
sendo discutido de que forma isso será feito, sendo que além do Ministério
Público, o Município de Piracicaba está envolvido no assunto... Nunca acompanhei
ou fiz parte deste processo, por isso não sabia seu resultado. E é justamente
isso que estão discutindo agora, ou seja, como fazer a reconstrução.
Provavelmente usarão dados do processo de tombamento e fotos, mas é apenas um
palpite. passei para a Fisesp acompanhar e ver se ajudam na reconstituição...sem
dúvidas eles podem ajudar o MP no processo que mencionei acima”. Marcelo indicou
o número do Processo, que está tramitando na 5a vara cível de Piracicaba. Aguardo
retorno de e-mail enviado ao CODEPAC, Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural
de Piracicaba, relativo ao Tombamento e das características do projeto de
reconstrução da sinagoga, cujo projeto não havia sido aprovado pela Prefeitura.
Considero muito interessante poder acompanhar este processo, e ver como irão
prosseguir... De toda forma, indiquei Roberta Sundfeld e Linda Derviche Blaj, do
Museu Judaico de São Paulo, para verem tantos detalhes desta conversa...
Em minha página
do Facebook, Laurisa Cortellazzi “falou”: Uma
tristeza só!!!!! Fui eu quem, como vereadora, no ano de 2001 pediu o seu
tombamento! E na época, o dono do prédio, de uma noite para o dia, o colocou no
chão!!!! E solicitei à Laurisa Cortellazzi mais informações do pedido de
Tombamento, se saberia onde se encontram os documentos, as plantas e detalhes
das fachadas da casa onde funcionava a sinagoga, se estariam na Prefeitura, se
foram anexados ao processo de Tombamento aberto, se estão disponíveis em algum
arquivo histórico?
Também no Facebook, Marcelo Brick escreveu, sobre foto publicada no Blog: “Meu avô Germano Brick Z'l, minha avó Clara Krascilshik Z'l, e as
irmãs do meu pai (que não está na foto), tia Elisa Z'l e tia Mirinha (Miriam Brick) que hoje mora no Rio de Janeiro. Helena Kann, Paula Brick, Myriam
Krasilchik. Ao fundo, o
famoso Salto de Piracicaba... Roberto Weiser, ou Beto, Myriam está fazendo um
trabalho incrível de recuperar a memória. Cheguei a marcar você numa
publicação, mas acho que você não chegou a ver. Se tiver fotos do seu Bar-Mitzvah
ou da sinagoga por fora, manda para ela!”
Mauro
Krasilchik comentou: “Como
é bom reviver todas essas estórias, fotos, e pessoas queridas da nossa família.
Queria mencionar aqui o nome da Marina Becker, e da Dna. Zilda Becker, que respectivamente são filhas
e esposa do Dr. Luiz Becker e talvez possam compartilhar mais estórias. Além disso o Dr. Luiz Becker Z'L
foi amigo de infância do meu falecido pai Abram Krasilchik Z'L, e frequentaram
o Colégio Piracicabano.
Bernardo Blumen também escreveu: “Conheci toda a
família Brick, íamos muito nos finais de semana à noite, em sua residência.
Conheci também o “Chuca Chuca”, que se casou com a Elisa, acho que era a filha
mais velha”.
Corinne Brick
Marian comentou: “Fiquei
emocionada ao ver as fotos da minha família no seu blog. Trabalho lindo este
que você está fazendo...” E compartilhou o comentário de sua tia Miriam, que
mora no Rio de Janeiro: “Corinne, que ótima descrição, me lembro de muitas
pessoas, professores, médicos de família, etc. Há um engano na foto onde
estamos, eu, minha mãe, Elisa...foi no hotel Quitandinha, onde passamos umas
férias visitando a Elisa e o Chuca, e não em Piracicaba. O outro casal na mesa
é tio Jaime e tia Paulina, irmão e irmã de minha mãe. Vou procurar e ver se
acho foto da Sinagoga. Obrigada”. E Miriam Brick comentou também: “Adorei o seu texto sobre Piracicaba”.
Em ArteSion Sionismo e Hasbará, após falarmos
da fachada da sinagoga, Heleno Hazan escreveu: “Na Amazônia, nos interiores há muitos
relatos de descendentes de judeus, que relatam sobre Pequenas Edificações,
ainda de pé, onde funcionavam Sinagogas! Tem um documentário, Éretz Amazônia!”
Nos comentários da publicação Histórias da
comunidade judaica de Piracicaba deste Blog, David Carlessi deixou um comentário:
“Muitas vezes, um trabalho que exige
investigação, seleção de materiais, comparações, resumos, redações, pesquisas
em arquivos, entrevistas e que é feito com muita, muita dedicação de energia,
horas de trabalho, entre outras atividades, não recebe o devido reconhecimento
oficial da comunidade e menos ainda incentivos financeiros para que a pesquisa
tenha continuidade. Isso tem acontecido
com a pesquisa das sinagogas de São Paulo, que se estendeu para o interior do
Estado. Ao estender-se, aos poucos foram
sendo descobertas comunidades que viveram, ou ainda vivem, nas mais diversas
cidades. Algumas descobertas são surpreendentes. E algo inusitado, inesperado,
aconteceu: ao citar as famílias dessas comunidades, pessoas começaram a se
reconectar, a descobrir suas origens a identificar vizinhos, amigos de quem há
muito não tinham notícia. Este trabalho de pesquisa, portanto, vai muito além
da descoberta e descrição das sinagogas, como edifícios ou instituições.
Conecta-se intensamente com seres humanos e isso, também é um milagre que
ilumina as pessoas. Hanukah Sameah!
Já na publicação do Blog Comentários sobre as comunidades judaicas do interior paulista... Ribeirão Preto, Bragança Paulista, Atibaia, Batatais... Alberto Zeiger escreveu: “Maravilhoso este artigo. Quero o e-mail do autor(a) para, se necessário, trazer mais informações! Também agradeço a lembrança da fundação da SIRP que ocorreu na minha casa com a presença e o apoio da FISESP. Hanukah Sameach!” E por e-mail, Alberto Zeiger comentou: “Cara Myriam, boa noite. Obrigado pelas referências elogiosas a mim e em especial ao meu saudoso pai Z´´L. Desculpe a falha em não me identificar na mensagem do teu blog... agora corrigida! Estou à disposição para tudo que você precisar, também sou memorialista e defendo o resgate e a preservação da memória judaica e comunitária em geral (fui o primeiro diretor do MIS de Ribeirão). Hanukah Sameach... Muita luz neste seu trabalho maravilhoso! Todo meu acervo familiar está em Ribeirão, onde eu divido minha vida com S. Paulo. Lá tenho fotos e muito material que precisa ser classificado de forma mais metódica. De qualquer forma, vou te mandar um anexo sobre meu pai no contexto de Ribeirão. Também sugiro visitar o blog "Você Sabia?" do meu amigo Dr. Octavio Verri Filho, na "Plataforma Verri" (acesso pelo Google). Lá você encontrará por ordem alfabética tudo que precisar, você terá um vislumbre da trajetória da família e da nossa ida para Ribeirão Preto. Pode compartilhar todas as informações que você quiser, especialmente se for para perenizar a memória da comunidade!”
Na publicação do Blog Famílias da comunidade judaica em São Carlos, Jaboticabal, Novo Horizonte, Itu, Jacareí, Guaratinguetá, Tatuí, Bebedouro, Barretos, Cafelândia, Andradina, Piracicaba, Franca...Carlos Alberto Baldon escreveu: “Vi sua matéria na net sobre a família Goldfarb de Novo Horizonte. A minha família é árabe, EID, foi a maior família da cidade, e minha mãe disse que conheceu os Goldfarb, que moravam em frente à casa dos meus avós. Meus tios cresceram com os meninos, eram muito amigos. Minha mãe hoje tem 91 anos, e após se formar, saiu cedo de Novo Horizonte, portanto, não temos mais informações. Achei muito legal isso, essa convivência deles, porque eram muito próximos a ponto de almoçarem um na casa do outro, e a relação de amizade era grande entre as famílias. Acredito que você consiga mais informações no Cartório. Boa sorte. Infelizmente, meus tios já faleceram e poderiam ajudá-lo nesta reconstituição. Abraço.”
No Facebook, Ariel Eythan Guedj comentou: “Myriam, gostaria de te parabenizar por todos os artigos que vem escrevendo ao longo do tempo. Aos 36 anos me emociono muito lendo tudo que escreve. É perceptível e notório todo seu empenho e dedicação nestas obras magníficas em relação ao resgate de memórias inesquecíveis, e que certamente não estão perdidas com sua dedicação amorosa. Gosto da sua simplicidade e humildade para com todos. Desejo-lhe muitas bençãos, e que tudo que você fizer ou tocar as mãos seja ricamente próspero com muita saúde. Abraço fraterno.”
E você...qual
a sua história relativa à comunidade judaica de São Paulo, tanto da capital
como do interior paulista? Frequenta ou frequentava as sinagogas? Conheceu a
sinagoga de Piracicaba, hoje demolida? Lembra-se de como era a planta, a
disposição dos bancos, os espaços femininos e masculinos, o Aron Hakodesh, a
Torah, a bimah? Possui fotos, documentos, memórias, histórias? Poderia
compartilhar? Escreva para mim no e-mail myrirs@hotmail.com . Vamos resgatar nossas memórias e raízes!!!
Fico muito feliz que vcs tenham retomado a história da comunidade judaica de Piracicaba!!Espero do fundo do meu coração que este prédio seja reconstruído pq foi muita covardia te lo demolido na calada da noite!! Em reconhecimento a todos os judeus que ajudaram a construir a história de Piracicaba!! Com carinho esperança e fé Laurisa Cortellazzi draalizac@gmail.com
ResponderExcluirOla Laurisa, muito obrigada pelo seu comentário!!! Você teria fotos, documentos, o processo de tombamento???
ExcluirBARUCH HASHEM ...O GOV.DEVERIA AUTORIZAR A RECONSTRUÇAO...MUITO IMPORTANTE ISSO
ResponderExcluirPelo que acompanho, a reconstrução está autorizada...
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