Sra. Anna Gedankien, em seu livro “Coragem, trabalho e
fé - a história da comunidade judaica na região do ABC paulista” descreve sobre
a primeira sinagoga de Santo André, fato que mobilizou toda a comunidade
judaica da cidade. O terreno foi adquirido em 1945, na Rua Siqueira Campos,
esquina com a Travessa Ipu, atual Travessa Ver. Lourenço Rondinelli. Sobre este
local, o site da Prefeitura de Santo André aponta um artigo publicado no “Diario
de Grande ABC”, no dia 25 DE SETEMBRO DE 2019: Neste vemos que em setembro de
1944, a Prefeitura de Santo André aprovou o plano de arruamento de Frederico
Kowarick Júnior e sua mulher, entre as Ruas Coronel Alfredo Flaquer, Siqueira
Campos, Coronel Fernando Prestes e Travessa Ipú, no Centro”. Vejam mais em Seção
2.Setecidades/ História - http://www.santoandre.sp.gov.br/pesquisa/ebooks/408066.pdf
). A foto, que pertencia a meu pai, e que aqui compartilho nos mostra o
edifício de esquina, na Travessa Ipu, com Rua Siqueira Campos... (O compartilhamento desta foto não está autorizado).
No livro de sra. Anna Gedankien também lemos que o
projeto da primeira sinagoga andreense foi criado por Vittorio Corinaldi, e o
edifício foi inaugurado em 1948, com entradas tantos pela Rua Siqueira Campos
como pela esquina desta rua. Tal entrada conduzia a um pequeno hall, à cozinha
e à escada para o salão das mulheres. Por não possuir cadeiras fixas, era
possível aproveitar o espaço no piso térreo, para outras atividades, festas,
Bar-Mitzvot, e outras celebrações. O mesmo ocorria no piso das mulheres. A
sinagoga funcionava nos Shabatot, e, durante a semana, somente quando necessário.
A sinagoga possuía um anexo para moradia do shammes e sua família. O shammes,
ou gabai, era responsável por cuidar dos mais diversos assuntos da
sinagoga. O primeiro a exercer tal função, como já postado, foi meu avô Ichiel
Leib Szwarcbart: “Sobrevivente do Holocausto, vindo da Bélgica, era casado,
tinha três filhos. Dava aulas de Bar-Mitzvah e hebraico, exercendo a
função de shochet, o abatedor de animais, conforme as leis judaicas. No
dia da palestra de lançamento deste livro, sr. Jayme Waisberg comentou que meu
pai, Maurice Szwarcbart, organizava as atividades dos jovens, em um salão, no
piso superior da sinagoga, meu pai e meu tio ensinaram sr. Jayme a apreciar
música clássica. Iam a concertos em São Paulo, sempre de terno e capa de
chuva...
Malvina Waisberg, por whatsapp, contou: “Minha família, por parte de pai, é de Santo André...Frequentei muito a sinagoga, assim como a cidade. Até hoje tenho parentes lá. Histórias não faltam”. A família Waisberg morou em Cafelândia, na época em que o pai da Malvina, sr. Fabio Waisberg, nasceu. Sr. Fabio nasceu em 1937, na cidade de São Paulo e, somente depois desta época, a família de sr. Idel e dos 2 irmãos, Maurício Waisberg e Meyer Waisberg, mudaram-se para Santo André. Sr. Idel Waisberg, avô de Malvina, morou por muito tempo em Santo André, a família teve diversas lojas, entre estas, lojas de móveis”. O avô morou na Rua Campos Sales, e um edifício que a família construiu leva o nome da Malvina e da avó. Os tios ainda possuem uma série de imóveis. Uma das lojas de móveis levava o nome “Monte Branco” (significado de Waisberg), e pertencia ao “tio Manuel, que era pai da prima Monica Waisberg”. Tinham, também uma chácara em Mauá, e o “avô comprou outra em Ribeirão Pires”. Há uma praça com o nome do avô, foram proprietários de duas empresas de ônibus, e possuem vários empreendimentos. “Por exemplo, em Ribeirão Pires, onde era a chácara da família, há um condomínio, um empreendimento que o meu pai fez, e que foi loteado pelo meu avô, com o nome de Jardim Jacqueline, nome da minha irmã”, relatou Malvina. A chácara de Mauá, em frente à “Porcelana Real” também foi loteada. Malvina comentou: “eu passei a infância lá...fiz minha festa de sete anos ali...” Lembrou-se da sinagoga como um espaço muito bonito e completou: “Hoje em dia a sinagoga continua funcionando, tem o Beit Chabad, não faltam histórias de Santo André.” Malvina irá falar com o Bernardo, que fez Bar-Mitzvah na sinagoga de Santo André e ainda mora na cidade, com a prima Malvina e com a Monica. Citou também a Deborah Telent que frequentou a sinagoga da cidade.
Pécia Brez comentou que a Torah do Shil de Bauru está em Santo André....
Você, ou sua família, faz ou fazia parte da comunidade judaica de Santo André? Frequentou a antiga sinagoga e/ou a atual? Possui fotos, documentos? Deixe seu comentário, encaminhe um texto com suas memórias, para o e-mail myrirs@hotmail.com
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