Familiares em Santos,
os meninos são
Pérsio Coifman e Jacques Coifman,
anos 1940
Foto enviada por Sérgio Waissmann
Sr. Boris Dahis
encaminhou-me a segunda parte de seu texto, relativo à comunidade judaica de
Santos, e aqui compartilho:
"Após uma reunião da diretoria do CCIB, veio a mim uma moça, apresentou-se como Valerie e disse-me que seu filho Arthur, atingira a idade de pré Bar-Mitzvá e que eu fora recomendado a fim de prepará-lo. O Sr. Izaac Alperovitch realizava a cerimônia religiosa na sinagoga, e eu preparava os Bar Mitvandos no hebraico e nas rezas. Era uma grande oportunidade de ensinar a Língua Sagrada, história judaica e falar sobre Israel, e da minha experiência ali vivida.
Contou-me que era judia, tinha mais dois filhos Albert e uma menina Charlotte mais jovens. Valerie era francesa de nascimento, e recepcionista de um grande hotel em São Paulo, graças às línguas que falava. Valerie e seus pais moravam na França, onde nasceu, estudou e, em sua juventude, viajou para Israel como voluntária e o destino a trouxe ao Brasil. Era mãe dedicada, carinhosa e preocupada com seus filhos, inteligente e atualizada. Arthur iniciou seus estudos em minha residência, era inteligente, captava facilmente o estudo do hebraico e do cerimonial. No início, Valerie o trazia a mim, e após a aula conversávamos e relatou-me parte de sua vida. Criou-se uma bela amizade e convidou-nos a conhecer a sua residência e família
Vou relatar-lhes um fato inédito no judaísmo: neto e avô fazendo Bar Mitzvá no mesmo dia. Arthur estudou comigo alguns meses, estava bem preparado. Aproximava-se a data do Bar Mitzvá e por alguns dias vieram os pais de Valerie da França, sr. e sra. Berkovici, casal de meia idade, muito simpáticos e que nos foram apresentados. O sr. Berkovici perdera os pais na 2ª. Guerra, teve que refugiar-se dos nazistas em uma aldeia no sul da França e nunca pôde fazer o Bar-Mitzvá.
Arthur fez questão que o avô fizesse o Bar-Mitzvá com ele. Tentei dissuadi-lo, disse-lhe que o tempo não permitiria ensiná-lo, mas Arthur era teimoso. Consultei o Sr. Alperovitch e ele disse-me que o Bar Mitzvá pode ser comemorado em qualquer idade. Chegou o dia. A sinagoga estava lotada. Colocamos sobre o Sr. Berkovic o talit, os tefilim da cabeça e braço, e ele recitou conosco as brachot. Foi chamado junto com Arthur à Torah e acompanhou todo a Parashá que Arthur leu. Foi emocionante. A festa foi memorável, no alto do Morro dos Barbosa. Mais tarde preparei Alberth, seu segundo filho para o Bar Mitzvá, e Valerie veio também estudar hebraico comigo. Quando o marido de Valerie faleceu, resolveram então vender tudo e emigrar para Israel. Arthur ficou na França e estudou diplomacia, Alberth alistou-se no exército, Charlotte estuda na faculdade em Tel Aviv e é eximia pianista como o pai, e Valerie formou-se em Direito. Hoje estão todos juntos e unidos em Israel. Em minha última visita às minhas filhas e netos em Israel, Valerie encontrou-se comigo. Continua batalhadora como sempre, escreve artigos defendendo as justas causas. Acompanho a vida de todos eles pelo Facebook. São uma parte querida de meu passado".
Mais alguns comentários foram escritos no Facebook, relacionados às publicações sobre a comunidade judaica santista:
Silvio
Naslauski: “O Ely El Gadeh até hoje é o chazan da comunidade, com a
idade de 83 anos. Avraham El Gadeh é filho do Ely, e pode te dar
todas as informações. Hoje as sinagogas estão em processo de união, faremos o
Rosh Shana na sefaradi e Yom Kipur na askenazi!”
Simone
Fridman Assayag: “Meus avós tinham uma pensão chamada Leonor. Envio inbox
para você o contato da minha mãe, Sarita Steinic Fridman, para que você possa
conversar com ela. Frequentei
muito a pensão, íamos aos domingos, era no Gonzaga, Av. Ana Costa”. Entrarei em
contato com sra. Sarita. E, a partir deste comentário, Fani Masch Simone Fridman Assayag escreveu: “Brinquei muito com sua mãe Sarita e suas tias,
lssea e Rute”.
Sergio Goldbaum: “Tenho umas fotos de Santos que eram do meu avô”.
Quanto à pensão Pensão Brickman, seguem também os comentários:
Rosa
Strauss: “Era nosso "point" nas férias nos anos 60!!!”
Marisa
Roitman: “Meus avós paternos”
Eva
Litvak Vaie: “Que saudades das nossas férias no Hotel Brickman...”
Mauro
Zolko: “A minha familia quando chegou da Alemanha em 1933, ficou
neste hotel
Rosely
Zalcberg: “Os meus avós frequentavam o hotel e minha mãe sempre falava
do jardim com muitas arvores”.
Silvia
Solon Wurcelman: “Minha familia passava férias no Brickmam. Ficou uma doce
lembrança.”
Celia
Majtlis: “Como chamava a pensão da Dona Eva? A filha chamada Berta?”
Lica
Tal: “Eu ia nas férias com meu pai ou com meu avô. Minha mãe
tirava 15 dias de férias, e íamos para Lindoia, e meu pai tirava uma semana, e
íamos para Santos no Brickman”.
Julio
Zimerman: “Comecei a frequentar quando ainda era Pensão Brickman.
Saudades”.
Brenda Lichtenberg: “Meu pai era de Santos, família Nolman”.
Eliane
Pustilnik Broner “Deixou saudades. D.Rosa, me lembro que íamos para
lá, ainda existe o prédio com esse nome”.
Jose Luiz Goldfarb: “Frequentei este hotel na minha infância. Que legal”.
Patricia
Golombek: “Adorei a matéria!!! Vi que o pessoal veio de Yedenitz,
como a minha família de parte de mãe, os Akermann. Nos anos 1960/70 íamos pra
Santos, assim como amigos e familiares. Existia um hotel lá chamado Hotel
Paulista e muita gente da colônia ia lá, ficava no José Menino, acabei de
descobrir que a casa ainda está lá:
Sérgio
Waissmann: “Familiares em Santos, os meninos são Pérsio Coifman e
Jacques Coifman, anos 1940”. E aqui divulgo a foto encaminhada por Sérgio.
Roberto
Strauss: “Cabe mencionar que a Diva, filha da Beila, casou-se com o
arquiteto Abrāo Sanovicz, tambem de Santos, importante arquiteto moderno
paulista, fui aluno dele na FAUUSP. Marcia Kagan Amselem respondeu:
“Roberto Strauss, Abrāo Sanovicz, meu tio, e sou filha da Rivka (Regina) Diva Sanovicz”.
Maria
Aparecida Duek: “Os pais de meu esposo, família Duek vieram da Síria pelos
anos de 1920 e se estabeleceram na cidade de Santos. Minha Sogra chegou no Brasil com seu primeiro filho e
aqui nasceram mais dez filhos nove homens família Duek, maravilha, Shana Tova
Umetuka”.
Flavia Szafir Zvi: Boris Dahis me ensinou hebraico. E mantenho a amizade com ele e sua esposa Aliza”.
Você faz parte da comunidade judaica santista? Frequenta
ou frequentava as sinagogas? Compartilhe suas fotos, documentos, histórias. Vamos
preservar nossas raízes, resgatando nossas memórias...Escreva paar myrirs@hotmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradeço o seu comentário. Anote seu nome e e-mail para receber um retorno...