Mazalót, ou signos do zodíaco,
estão presentes nas pinturas da Sinagoga Beit Jacob, em Santos, assim como diversas
pinturas com temática judaica, acima do Aron Hakodesh, detalhes que podem
ser vistos nas fotos encaminhadas por Silvio Naslauski.
A sinagoga Beit Jacob, internamente, possui piso de madeira, e
a Bimah ao centro, situa-se em um patamar elevado, cercado por divisória
em madeira, e formando o desenho de “Estrelas de David”. O Aron Hakodesh
está situado à frente da Bimah, com as “Tábuas da Lei” acima deste,
ladeados por leões, e arcos em relevo destacam-se na parede. A galeria para as
mulheres, no piso superior é cercada por uma mureta, onde pode-se ver os Mazalót
pintados, citados no início deste texto.
Como já publicado anteriormente, a representação do zodíaco
era um tema artístico e motivo decorativo comum a várias sinagogas da Polônia e
do leste europeu como um todo.
O
site https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/618358/jewish/Zodaco-ou-Mazalot.htm
informa
que "o zodíaco é um cinturão
imaginário no firmamento celeste, representando doze grupos de estrelas
(constelações), através do qual o sol e os planetas principais se movem no
decurso do ano. Cada constelação é representada por um signo. Quase todos os
signos do zodíaco são chamados pelo nome de um animal, daí o nome
"zodíaco", do grego "zoon", uma criatura viva... em lashón
hakódesh eles não são chamados de zodíaco, mas simplesmente mazalot”.
Diversas sinagogas em São Paulo apresentam, ou apresentavam, o
tema dos Mazalot em suas pinturas internas, seja na mureta da galeria
das mulheres, no teto da sinagoga, ou acima do Aron Hakodesh. Em 3 de novembro de 2016, Em 3 de novembro de 2016, neste blog, publiquei que na Sinagoga do Cambuci, ou Centro Israelita do Cambuci, as pinturas dos
Mazalot, ou dos signos do zodíaco, nos chamam a atenção. Nesta sinagoga, estes
signos estão inseridos em pinturas murais, delimitadas por molduras, ao longo
de toda a mureta, azul, que serve de proteção ao piso superior, ou melhor, ao lugar
das mulheres. Cada símbolo corresponde a um mês do calendário judaico...”
Já
em 6 de fevereiro de 2017, divulguei também
que “na Sinagoga Israelita do Brás, as paredes, brancas, possuem pinturas de
Mazalót/zodíaco nas muretas superiores. Estes foram preservados e
mantidos. Apesar do mesmo tema, a arte não é semelhante à Sinagoga do Cambuci.
Como comentou na ocasião Silvio Ary Priskulnik, não foi possível conservar as
pinturas que adornavam o teto”.
Quanto
às sinagogas santistas, em relação à presença de frequentadores e atividades, Silvio Naslauski comentou que, hoje em dia, Santos não
consegue fazer um minian no Shabat.
Marcelo Rabinovitch contou que o pai, Henrique José Rabinovitch, é de Santos: “Nós moramos em Santos até 1970. Minha mãe se chamava Anna Bluma Rabinovitch, ambos foram muito ativos no Canaã e depois no Centro Cultural Israelita Brasileiro. Nos mudamos para São Paulo no final de 1970. Tenho muitas lembranças dessa época, embora fosse ainda bem pequeno”.
Já Cynthia Schein pediu para divulgar que trabalha ajudando, no Brasil, os sobreviventes do Holocausto a conseguirem uma indenização. Caso queiram o contato dela, deixem um comentário...
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