Família Abuhab Foto enviada por Adriana Abuhab Bialski |
Na cidade de Santos, “antes das sinagogas,
as rezas eram feitas na casa do Sr. Isaac Abuhab. Era ele quem acolhia os
judeus que chegavam no porto de Santos”. Esta informação foi escrita pelo sr. Alberto Tofic Simantob. A partir deste detalhe, conversei com Adriana
Abuhab Bialski. Adriana escreveu, ao encaminhar por e-mail, as fotos que aqui compartilho: “Na foto da família, em Santos, 1922, à direita, em pé, vemos meu avô, sr. Salomão. Na verdade, essa imagem se
transformou em um banner que está no CDM (Centro de Memória do Museu Judaico de
São Paulo), junto aos arquivos deslizantes. O sr. Simão Abuhab, outro primo do meu pai, já falecido, foi
o responsável pela confecção do banner. Com seu falecimento, foi doado pela
viúva, a Denise. Na outra foto, o sr. Isaac Abuhab, que era o avô do meu pai”.
Rachel Mizrahi, em seu livro “Imigrantes judeus do Oriente Médio: São Paulo e Rio de Janeiro” (Ateliê Editorial, 2003- Coleção Brasil Judaico, I/ dirigida por Maria Luiza Tucci Carneiro) escreve: “Isaac Abuhab chegou do Líbano, no começo do século XX. Instalou-se em Santos, embora seu destino fosse Buenos Aires, e passou a trabalhar com a importação de tecidos e outros artigos. Trouxe do Oriente um Sefer Torá e realizava cerimônias judaicas em sua residência, frequentada por sefaradis e orientais, provenientes de diversas cidades do Oriente Médio, entre eles os Kibudi e os Gamal, da Antióquia, os Couriel e os Sion, de Esmirna. Em São Paulo, os Abuhab dividiram-se entre as sinagogas da Mooca e da Abolição”. (pg.112).
Sr. Isaac Abuhab Foto enviada por Adriana Abuhab Bialski |
No mesmo livro, também podemos ler que “Até a primeira
metade do século XX, a maior parte dos judeus sírios buscava, na América do
Sul, a Argentina. Poucos se instalaram no Brasil. Originários de Antióquia, 20
km de Alepo, os irmãos Homsi, Samuel e Felipe, e o primo Aron Gamal, emigraram
em 1923 para o Brasil. Em Santos, Aron firmou-se em uma grande loja de móveis...Em
1935, Isaac Kibudi chegou da Antióquia, era casado com Vitória Homsi. No
Oriente, a família fornecia calçados de sua fabricação aos otomanos. Em Santos,
participaram da sinagoga, onde Elias Mizrahi, sob contrato, oficiava as
cerimônias das Grandes Festas”. (pg.154 e 155). Como já publicado no Blog, uma das famílias
fundadoras da sinagoga sefaradi Beit Sion, à Rua Borges, foi a família
Homsi. Há uma placa de 1935, nesta
sinagoga, em memória às famílias Homsi, Hazan, Sion, Rosa, Couriel, Eliezer,
entre outras, situada na lateral do Aron Hakodesh.
Em relação aos comentários no Facebook, Rivka Zalmon contou: “Santos é minha cidade natal!
Obrigada por compartilhar! Vou tentar pesquisar fotos, infelizmente saí de
Santos muito jovem e não tive muito conhecimento em detalhes da comunidade
judaica”. Já Stela Pinto indicou Rony
Simeliovich, e Ester Fisberg escreveu: “Saudades. Comecei a namorar meu marido na
sinagoga da Rua Campos Sales!” Mechel
Lenz comentou:
“Muito interessante, desconhecia!” Leandro Schames indicou Miriam Schames, Ilson Schames, Mauro Schames, Fernando Alperowitch, Rogerio Alperovitch e Eduardo Alperovitch. A partir desta indicação, Eduardo Alperovitch respondeu: “Leandro Schames, sensacional primo”. E Miriam Schames também: “Saudades do meu pai Isaac Alperovitch
e dos bons tempos”. Rosana Britva indicou David Britva Beraha,
e Edith Silberstein Zakhejm questionou:
“Silvio Naslauski, qual é o
endereço dessas sinagogas? Gostaria de conhecer. Vim morar em Santos há 3 anos e não
conheço nenhum(a) judeu”. Silvio respondeu com os endereços.
Você teria detalhes das sinagogas santistas? Saberia dizer
de quem são os projetos destas sinagogas, e quem pintou os mazalót(signos do
zodíaco) da Sinagoga Beit Jacob, da Rua Campos Sales?
Escreva para myrirs@hotmail.com , e conte sua história, relacionada à comunidade judaica santista, e, também, de outras cidades do interior paulista.
Histórias lindas e maravilhosas!Adorei conhecê-las.
ResponderExcluirMechel Lenz