quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Cemitério Israelita de Cubatão

Portão da entrada
Cemitério Israelita de Cubatão
A partir da foto do site da Chevra Kadisha
https://www.chevrakadisha.org.br/campos-santos/cubatao

Quando se fala de Santos, é importante citar o “Cemitério Israelita de Cubatão”. De acordo com o site da Chevra Kadisha de São Paulo - Associação Cemitério Israelita de São Paulo, “O Cemitério Israelita de Cubatão foi fundado pela Associação Beneficente e Religiosa Israelita de Santos em 1929. Em 1996, em precárias condições, foi assumido pela Associação Cemitério Israelita de São Paulo - Chevra Kadisha, que restaurou as sepulturas ali presentes e passou a zelar pela sua preservação. O Cemitério Israelita de Cubatão está situado nas dependências do cemitério municipal e é considerado um Patrimômio histórico de Cubatão, tombado em 2010. As visitas eram agendadas previamente.”

O livro de Guilherme Fainguenboim, Paulo Valadares e Niels Andreas, “Os Primeiros Judeus de São Paulo - Uma breve história contada através de Cemitério Israelita da Vila Mariana” apresenta, à página 282, o “Cemitério Israelita de Cubatão - 1923-1965”, com algumas fotos e uma descrição: “presume-se com bases em indícios materiais e tradição oral que os primeiros sepultamentos foram em territórios santista...” E acrescenta: “é possível perceber o que pensava esse grupo por meio das inscrições nas lápides...” Há uma listagem, com os nomes dos sessenta e oito túmulos que sobreviveram às mudanças. Uma foto de uma placa identifica que “o cemitério foi restaurado e reformado pela Sociedade Cemitério Israelita de São Paulo (Chevra Kadisha), com a colaboração da Prefeitura Municipal de Cubatão, em 1997”.

Já em “Gênero, resistência e identidade: imigrantes judeus no Brasil” (Blay, E.A. 2009. Tempo Social21(2), 235-258. https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12600  ), Dra. Eva Alterman Blay registra: “Em 17 de janeiro de 1981, no início desta pesquisa, visitei o Cemitério Israelita de Cubatão, pertencente à Sociedade Beneficente e Religiosa Israelita de Santos. Era então pouquíssimo conhecido. Em Santos não havia um cemitério judaico e os corpos dos judeus eram trazidos para o Cemitério Israelita de São Paulo, localizado na Vila Mariana, exceto os de homens e mulheres ligados à prostituição. Prostitutas e rufiões constituíram um tipo de "irmandade" para garantir o ritual judaico do sepultamento, já que não lhes era permitido usar os cemitérios israelitas da comunidade”.

Por mensagem no Facebook, Silvio Naslauski compartilhou a publicação da página de Paulo Valadares: “morreu Fulana, com nome da aristocracia paulistana e foi sepultada no cemitério israelita neste mês. Curioso busquei a sua filiação e vi que era filha de Elisa Haleband, Lifcia b. Abraham (1911 - 2004), que fizera o percurso das “polacas”: saíra da Polonia casada com um rufião mais velho, passara pela França, fizera dinheiro na Argentina e radicara-se em Santos (o marido ficou por lá). A noite santista tinha algumas destas mulheres dirigindo casas conhecidas: Laila, dona da Boate “Night and Day”, Sarita e Cecília, donas do “Bataclan” ou “Tia Sara” de quem tornou-se sócia na Boite “Casablanca”. Em 1952 montou “El Morocco” e tocou o negócio até os anos 1960. O sobrenome quatrocentão da filha é um falso positivo, herdado do Tótó, seu pai argentino, homônimo acidental dos bandeirantes”.

Você teria alguma informação sobre este tema? Escreva para myrirs@hotmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradeço o seu comentário. Anote seu nome e e-mail para receber um retorno...