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Cemitério Israelita de Cubatão
A partir da foto do site da Chevra Kadisha
https://www.chevrakadisha.org.br/campos-santos/cubatao
Quando se fala
de Santos, é importante citar o “Cemitério Israelita de Cubatão”. De acordo com
o site da Chevra Kadisha de São Paulo - Associação Cemitério Israelita de São
Paulo, “O Cemitério Israelita de Cubatão foi fundado pela Associação
Beneficente e Religiosa Israelita de Santos em 1929. Em 1996, em precárias
condições, foi assumido pela Associação Cemitério Israelita de São Paulo -
Chevra Kadisha, que restaurou as sepulturas ali presentes e passou a zelar pela
sua preservação. O Cemitério Israelita de Cubatão está situado nas dependências
do cemitério municipal e é considerado um Patrimômio histórico de Cubatão,
tombado em 2010. As visitas eram agendadas previamente.”
O livro de
Guilherme Fainguenboim, Paulo Valadares e Niels Andreas, “Os Primeiros Judeus
de São Paulo - Uma breve história contada através de Cemitério Israelita da
Vila Mariana” apresenta, à página 282, o “Cemitério Israelita de Cubatão -
1923-1965”, com algumas fotos e uma descrição: “presume-se com bases em indícios
materiais e tradição oral que os primeiros sepultamentos foram em territórios
santista...” E acrescenta: “é possível perceber o que pensava esse grupo por
meio das inscrições nas lápides...” Há uma listagem, com os nomes dos sessenta
e oito túmulos que sobreviveram às mudanças. Uma foto de uma placa identifica
que “o cemitério foi restaurado e reformado pela Sociedade Cemitério Israelita
de São Paulo (Chevra Kadisha), com a colaboração da Prefeitura Municipal de
Cubatão, em 1997”.
Já em “Gênero, resistência e identidade: imigrantes judeus no Brasil” (Blay,
E.A. 2009. Tempo Social, 21(2), 235-258. https://www.revistas.usp.br/ts/article/view/12600 ), Dra. Eva Alterman Blay registra: “Em 17 de janeiro de
1981, no início desta pesquisa, visitei o Cemitério Israelita de Cubatão,
pertencente à Sociedade Beneficente e Religiosa Israelita de Santos. Era então
pouquíssimo conhecido. Em Santos não havia um cemitério
judaico e os corpos dos judeus eram trazidos para o Cemitério Israelita de São
Paulo, localizado na Vila Mariana, exceto os de homens e mulheres ligados à
prostituição. Prostitutas e rufiões constituíram um tipo de "irmandade"
para garantir o ritual judaico do sepultamento, já que não lhes era permitido
usar os cemitérios israelitas da comunidade”.
Por mensagem no
Facebook, Silvio Naslauski compartilhou a publicação
da página de Paulo Valadares: “morreu Fulana, com nome da aristocracia
paulistana e foi sepultada no cemitério israelita neste mês. Curioso busquei a
sua filiação e vi que era filha de Elisa Haleband, Lifcia b. Abraham (1911 -
2004), que fizera o percurso das “polacas”: saíra da Polonia casada com um
rufião mais velho, passara pela França, fizera dinheiro na Argentina e
radicara-se em Santos (o marido ficou por lá). A noite santista tinha algumas
destas mulheres dirigindo casas conhecidas: Laila, dona da Boate “Night and Day”,
Sarita e Cecília, donas do “Bataclan” ou “Tia Sara” de quem tornou-se sócia na
Boite “Casablanca”. Em 1952 montou “El Morocco” e tocou o negócio até os anos 1960.
O sobrenome quatrocentão da filha é um falso positivo, herdado do Tótó, seu pai
argentino, homônimo acidental dos bandeirantes”.
Você teria alguma informação sobre este tema? Escreva
para myrirs@hotmail.com
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