Apresentei
na publicação anterior a questão relacionada a
patrimônio histórico e arquitetônico, comentando alguns pontos que estão sendo
considerados e pensados no andamento das pesquisas e levantamentos que tenho
feito e, também, nas postagens deste blog, durante estes últimos anos.
Sobre esta publicação, sr. Henrique Moscovich, na página Shofar Tupiniquim, do Facebook, escreveu: “Acho muito interessante teu trabalho de pesquisa e acredito que a preservação da memória é um legado perpétuo como o Ledor va Dor. Porém para preservar, somente pessoas com " memória" afetiva podem continuar com o legado de quem as fundou e frequentou. Pois em todas as sinagogas, além das rezas, era um espaço de acolhimento em suas múltiplas formas. Aqui em Porto Alegre, em 1987 foi Criado o Instituto Cultural Judaico Marc Chagall, para preservar a memória em forma de depoimentos dos imigrantes e hoje já estão em uma segunda fase, colhendo depoimentos de filhos de imigrantes, que são a primeira geração nascida no Brasil”. Podemos também transmitir nossos sentimentos e conhecimentos, e devemos contar, a cada um, de onde viemos, como aqui chegamos, o que construímos, como vivíamos, como vivemos, quem somos, para onde vamos, de forma a não esquecermos nossas tradições... LeDor VaDor.
Desta maneira, venho recebendo comentários tanto de antigos frequentadores das sinagogas de São Paulo, como de familiares que as frequentavam e ainda as frequentam. Como é o caso da sra. Esther Salo Chimanovitch, na página Turma do Bomra, no Facebook, em que comentou: “Toda minha família, Schneider, e do meu marido, Sr Leiser Parnes, frequentou (a Sinagoga do Bessaraber Farband), de 1962 até o final, mas tenho muitas lembranças.” Na mesma página, sra. Clara Schneider Dangot escreveu, também sobre esta sinagoga: “Frequentei muitos anos. Era muito bom, frequentei de 1962 até 1983 mais ou menos. Era um salão, e tinha uma espécie de palco, era espetacular ao meu ver. Gostava muito de ir lá”. Já sra. Amalia Knoploch e família não frequentavam a “Bessarabia Farain”: “Os meus pais eram da Polonia, da cidade de Opole, mas tinham amigos proximos, como os sogros de meu irmão, que eram da Berssarabia”. Sra. Ideli Santos contou: “Meus avós vieram da Bessarabia, meu zeide se chamava Izac Grimberg e minha avó Esther Grimberg”.
Também no Facebook, em Jews, a Profa. Dra. Nancy Rozenchan observou que o nome correto era Bessaraber Farband. E já corrigi a publicação anterior. Na Enciclopédia Judaica temos somente o nome "Associação Beneficente Israelita Brasileira Bessarabia", e ainda não encontrei documentos relativos a esta associação. Alguém de vocês as possui? E fotos, alguém teria?
Por e-mail, sra. Lea Sotnik escreveu: “Nas festas de Rosh Hashana e Yom Kipur , a minha avó e meus tios iam ao Salão do Bessarabia, na Rua da Graça por terem vindo desta região da Rússia. Ficávamos o dia todo, até acabarem as rezas. É uma lembrança muito viva quando chega este tempo das comemorações novamente”.
Em busca de informações sobre o Bom Retiro, a comunidade bessarabe, a sinagoga Bessaraber Farband, e demais sinagogas do bairro, eu entrei em contato, por e-mail, com a Casa do Povo. A Casa do Povo possui um acervo e arquivo composto por mais de quatro mil livros, centenas de fotografias, objetos e documentos que contam parte da história cultural da cidade, do Bom Retiro, da imigração judaica, da resistência à ditadura e da cultura ídishe, como consta do site. Foi possível agendar um horário, e conhecer o material disponível. Ainda não encontrei detalhes, ali, sobre a minha busca, mas registro aqui que a biblioteca de livros em idishe pode ser consultada...agende um horário para conhecer...
Na
página Jewish Brasil do Facebook, sr.
Duda Auerbach comentou sobre o
edifício atual da Sinagoga Knesset Israel, na Rua Newton Prado. Relembrou o belissimo prédio anterior ao
existente, sinagoga tradicional fundada em 1916, e o pequeno shil com entrada pela antiga Rua Tocantins. Sr. Duda Auerbach frequentou esta sinagoga, assim como os pais, que tinham assentos, fez o seu
Bar-Mitzvah, o pai era dati, e iam todo Shabat, além das festas no decorrer do ano. Frequentou a Knesset Israel até 1992, ano de
falecimento da mãe, sra. Hanna, (“dona Chone”). A Knesset Israel era uma sinagoga ortodoxa e, assim, não se
fotografava, e não existiam os celulares...
Por outro lado, no Blog, podemos ler um
comentário na postagem “História da família Kauffmann em Santos”, um texto de Rosa
Strauss: “Meu nome é Boris Padron Kauffmann. Sou filho de Bariz (mais conhecido como
Boris) Kauffmann e de Bertha Padron Kauffmann. Aparentemente, meus avós
paternos José e Laura Kauffmann vieram de uma cidade, na Bessarábia, chamada
Securon - hoje se situa no sul da Ucrânia, junto à divisa com a Moldávia. Esta
conclusão decorre de um depoimento de Elisa Tabacow Kauffmann, publicado no
livro "Passagem para a América", que menciona que conheceu seu marido
Moysés Kauffmann em São Paulo, acrescentando "Nossos pais já eram amigos
lá na Europa, de onde eles moravam - me parece que em Securon...". Moysés
era primo de meu pai Bariz, filho de Rosa Kauffmann. Em resposta a este comentário, sra. Amanda Schwartzmann comentou: “Boris, tudo bom? Essa cidade é a mesma
de alguns bisavós meus. O Google a chama de Sokyryany, em Chernivtsi. Você tem
uma árvore genealógica montada em algum lugar? Gosto muito desse assunto, se
quiser me manda um email”. Sr. Simão Korn acrescentou: “Prezado Boris, fomos
colegas no ginásio do Colégio Canadá, incluindo o Raul Wasserman”.
E por e-mail, sr. Simao Korn, em cópia
ao sr. Sergio Fang, contou que faz parte da diretoria da Sinagoga de Santos.
Estão dando início à elaboração de um Acervo Cultural que preserve e divulgue a
história e cultura da coletividade judaica da região. Propõe integrar este
acervo ao trabalho que realizo, de resgate das histórias das comunidades
judaicas, sinagogas, de memórias, fotos, documentos, a fim de atingir os
objetivos de ambas as partes. Coloco-me à disposição para conversarmos, e,
assim, podermos prosseguir.
É interessante acrescentar que estas postagens no Blog tem possibilitado a conexão ou reconexão de familiares, de frequentadores antigos das sinagogas paulistas, assim como de pessoas que chegaram aqui a partir de cidades, aldeias ou um shtetl comum.
Você e sua família frequentam ou frequentavam qual sinagoga em São Paulo? Teria alguma informação relacionada à comunidade judaica da
capital e das cidades do interior paulista? Fotos, memórias, documentos?
Histórias de sua família, quando chegaram e o porquê da escolha da cidade em
que se estabeleceram, como era a da comunidade judaica e sua integração com a
comunidade local, as sinagogas, escolas, como e onde comemoravam as festas?
Escreva para myrirs@hotmail.com . Vamos
resgatar nossas raízes...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradeço o seu comentário. Anote seu nome e e-mail para receber um retorno...