terça-feira, 13 de setembro de 2022

Famílias que frequentaram a "Bessaraber Farband", ou "Bessarabia Farain", no Bom Retiro

Ruas do Bom Retiro

Na última postagem deste blog questionei se você, ou a sua família, frequentou a Associação Beneficente Israelita Brasileira Bessarabia - Bessarabia Farain, no Bom Retiro, nos Chaguim, ou em outras ocasiões.

Recebi, por e-mail, pelo Facebook e por comentários neste blog, diversas informações e detalhes a respeito.

Por exemplo, no Facebook, a Profa. Dra. Nancy Rozenchan fez uma observação quanto ao nome correto da Associação Beneficente Israelita Brasileira Bessarabia, a conferir: Bessaraber Farband, Bessarabia Farain? Os dois estão corretos?

Em Guisheft, Clara Beer compartilhou: “Meus pais, Volf e Pérola Beer, frequentavam muito. Saíam de São Caetano, e iam ou de ônibus ou de trem. Vou perguntar para minha irmã, que tem uma memória ótima e porque eu era muito pequena. Assim que tiver mais detalhes, entro em contato”. Marcia Cytman reforçou “Eu era neta do Moishe Beinichis, conhecido por Moishe Kopel, que era diretor do Bessarabia Farain. Muito frequentei, infelizmente hoje meu querido zeide Moishe z"l, só por fotos. Que gostoso relembrar os belos tempos da sinagoga Bessarabia Farain. Não me recordo, era muito pequena quando comecei frequentar o Bessarabia, aonde meu avô Moisés Beinichis z"l era da diretoria, bons tempos! Lembro-me das festas de Simcha Torah, com as bandeirinhas, era muito gostoso. O sr.Jose Snitcovski era muito amigo no meu avô. Shirlei Lizak Zolfan contou: “Meu avô Alberto Goldchmit, frequentava nas Grandes festas, eu era pequena, tenho essas lembranças, vou ver com meus tios se eles têm fotos”. Eva S. Zellerkraut lembrou-se que o tio avô vinha do Rio com frequencia fazer palestras, era escritor de livros em idish, Hersh Schvartz. Eva diz não se lembrar de muito, mas irá verificar com a irmã. E Arnon Thalenberg escreveu:Frequentávamos a sinagoga da Rua da Graça, nas Grandes Festas não porque éramos da Bessarabia, mas porque a minha avó (polonesa) morava quase ao lado da sinagoga...” Algumas indicações foram feitas: Tatiana Gutt indicou Dan Snitcovsky, Iza Mansur indicou Rosa Tarandach, Frida Garbati indicou Roberto Becker, Soninha Morg indicou Jaime Morgensztern e Janette Hodara indicou Marcos Krasilcic Minkoves. Bernardo Melmam solicitou que fosse possível compartilhar a postagem, e indiquei o link do blog.

Já na página Judeu Empreendedor, Arnaldo Diamandi escreveu: “O meu zeide rezava na rua da Graça, nos mamaligues.... eu acho que mamaligues é polenta. Polenta/mamaligues, é barata. Eu lembro que muitos gozavam os beserabes, dizendo que davam mamaligue pros cavalos...Na rua da Graça, em um prédio do outro lado da rua da sinagoga, hoje museu, em uma sala, reuniam-se os beserabes. Eu me lembro que eu ia visitar meu zeide, que Hashem o tenha em bom lugar...”

Em Jewish Brasil, Abrão Hleap contou: “Minha família frequentou bastante. Meu pai, Froim Hleap foi diretor por muitos anos. Eu ajudei afundar o departamento de jovens do Bessaraber Farbant. Chegamos a reunir bastante gente como associados”. E Luiz Fernando Chimanovitch escreveu: “Meu avô e tios-avós eram frequentadores. Ficavam sempre ao fundo, numa mesa comprida. Eu tinha medo de subir lá porque o elevador era velho e tinha uma porta pantográfica. A ultima festa que eu me lembro, de ter ido lá, foi no começo dos anos 1980. Marcos, Rosa, Branca, Abraão, Moishe. De nascimento, eram Schneider. Não me lembro de ter uma mechitsah. A bimah ficava à esquerda de quem entrava e havia bancos nos três lados da bimah (leste, oeste, sul). Mais adiante, e ao fundo, tinha um palquinho pequeno, onde eu encontrava meu avô, e meus tios-avôs e avós, que sentavam juntos.  Encontrei o convite do Bar- Mitzvah do meu tio em 1954, na Sinagoga Israelita do Brás. O nome dele era Ismael, mas traduziram para Samuel. E minha avó era Malye, não Malka, em idish”.

Em Shofar Tupiniquim, Ester Rotter compartilhou: “Meus avós vieram da Bessarabia, a família Kosminsky. Eu acho que frequentaram esta sinagoga, porque um irmão do meu avô foi morar em São Paulo. Quando saiu de Quatro Irmãos (RS), morou em várias cidades, e por último, em Salvador, onde faleceu. Minha avó também veio da Bessarábia, família Lerchtamann”.

Na página Turma do Bomra, Mauro Krasilchik comentou: “Quem não frequentou o Bessaraber Farbant? Lembro muito bem quando o Sr. José Snitcovsky era o presidente. Lembro-me também das festas de Simcha Torah, quando ganhávamos aquela bandeirinha e uma maçã fincada na ponta. Ótimas lembranças!!!!! Frequentei com meus pais, avós e irmã. Acredito que foi na década de 1970. Quando adentrávamos ao prédio, que já era bem antigo, na Rua da Graça, o problema maior era subir de elevador. Quase sempre encrencava. Tínhamos que subir à pé e no caminho, vários idosos subindo devagar. Recordo-me que era um salão enorme com várias mesas enormes e cadeiras. Na entrada tinha uma espécie de escritório. Íamos sempre nas festas e feriados judaicos. Infelizmente não tenho nenhuma foto, mas posso procurar com pessoas conhecidas. Por coincidência minha sogra também frequentou. Caso consiga fotos com pessoas conhecidas...com certeza, se tiver alguém com fotos eu te encaminho”. Shirlei Lizak Zolfan lembrou-se que havia um palco onde as mulheres ficavam sentadas. E também se lembrou de Simcha Torah, das bandeiras com maçã, e do elevador com a porta de ferro. Sara Belz contou: “Eu frequentei os bailes, eternas lembranças do Bom Retiro. Tenho fotos. Vou procurar.” Sra. Sara compartilhou, no Facebook, diversas fotos, como a foto do pai, o violinista Ignácio Belz, que fazia parte da Orquestra do Maestro Leon Kaniefski. E outras fotos do Bom Retiro, da Formatura na Escola Técnica de Comércio Tiradentes, do Clube Macabi, da diretoria do "Bessarabia", do baile aos 16 anos, em 1956, do casamento em 1961, no Bom Retiro, na Rua Prates 209, e na Sinagoga Bethel, e a foto de família do pai, em 1934, em Budapest, morta no Holocausto, na Hungria. “Lembro-me de uma apresentação com meu pai e meu irmão ao violino, em evento beneficente. E quero contar que fui da diretoria do Clube Bessarábia”. Jose Marcos Thalenberg comentou: “Minha avó materna rezava lá. Lembro-me do elevador de porta pantográfica”. Lilian Davidowicz contou que o pai frequentava. E Helena Chachamovits escreveu: “Bom dia, estou lendo a sua mensagem, eu me lembro ter frequentado essa sinagoga com meus futuros sogros. Eles eram da Bessarabia. Lembranças muito boas. Pessia e Abraham Chachamovits, meus sogros, foram maravilhosos fui recebida com muito carinho. Todas as festas eu ia com eles. Aprendi judaísmo com eles, meus pais vieram fugidos, muito jovens, e se conheceram aqui no Brasil. Então, não festejavam nenhuma festa, e nem Shabat. Aprendi tudo com eles, tenho um filho rabino, que mora em N.Jersey, em Monsey, comunidade hassídica. גילה בורובוי escreveu:Jose Snitcovsky era meu tio, e, com orgulho, lembro-me dele, mas vim para Israel, e estou aqui desde ano 1967”. Sergio Abramoff contou : “O meu avô David Krasilchik está na foto! Não conhecia esta foto. Amei! E indicou o avô na mesma: meu avô era o mais baixo na foto. Meu tio Samuel Salomão também está na foto, à esquerda de meu avô.  Vou procurar outras fotos antigas, na casa de minha mãe. Lembro-me muito bem do rabino dando pancadas na mesa, pedindo silêncio. E a criançada toda, do lado de fora, brincando. Eu, inclusive...” E no comentário do blog, também agradeceu por eu ter compartilhado a foto.

Pelo messsenger, do Facebook, João Jacob Eitan contou, sobre a comunidade judaica do Vale do Paraíba: “Antes do Nathan Stulman, foi o Rabino David Azulay que muito nos ajudou...” 

Encaminhei e-mail à Casa do Povo, solicitando informações sobre a comunidade judaica bessarabe do Bom Retiro. A Casa do Povo possui um acervo com arquivo composto por mais de 4 mil livros, centenas de fotografias, objetos e documentos que contam parte da história cultural da cidade, do Bom Retiro, da imigração judaica, da resistência à ditadura e da cultura ídishe. Aguardem mais detalhes...

E você, teria alguma informação relacionada à comunidade judaica da capital e das cidades do interior paulista? Fotos, memórias, documentos? Histórias de sua família, quando chegaram e o porquê da escolha da cidade em que se estabeleceram, como era a da comunidade judaica e sua integração com a comunidade local, as sinagogas, escolas, como e onde comemoravam as festas? Escreva para myrirs@hotmail.com Vamos resgatar nossas raízes... 

2 comentários:

  1. Muito bom. Quero saber mais. Sou Biro Ernesto Zeitel,engeheiro ,construi (terminei a construção ,do Taib.)em1959/60.

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    1. Agradeço muito o comentário do senhor! Se possivel, encaminhe um e-mail para mim: myrirs@hotmail.com

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