No dia 04 de junho de 2023 foi realizada uma
nova visita à Sinagoga Israelita Brasileira, situada no bairro da Mooca. Neste
dia tive a oportunidade de perceber que, em seu interior, a sinagoga permanece
praticamente igual à de cinco anos atrás, época em que realizei o desenho ao lado.
A Bimah/Tevah, em madeira, onde se realizam as leituras da Torah (rolo com os primeiros cinco livros da Bíblia) e da Haftarah (Profetas) permanece conservada. Da mesma forma, o Aron Hakodesh/Hekhal, o armário que guarda em seu interior as Torot e a Haftarah acondicionadas em caixas de madeira, também está preservado. O mesmo pode ser verificado na cortina vermelha que protege o Aron Hakodesh (Parochet), nos rimonim (enfeites das Torot) apoiados na Bimah/Tevah, nas menorot (candelabros) fixos nas paredes, na pintura destas, no piso frio, nos tapetes ali presentes e nos mesmos bancos de plástico, e respectivas mesas.
A fachada desta sinagoga, e da Sinagoga da Sociedade União Israelita Paulista permanecem, de certa forma, inalteradas. Estas duas sinagogas, como já publicado anteriormente, fazem parte da história da comunidade judaica da Mooca.
Sobre a comunidade, sinagoga e histórias, conversei, em maio de 2023, com a sra. Esther Fuerte Wajman, por indicação de sra. Betti Epelbaum. Sra. Esther morou na Mooca, estudou na Escola Estadual Firmino de Proença e frequentou com a família a Sinagoga Israelita Brasileira. O pai, Yehudá Fuerte (Leon), nascido no Libano e a mãe, sra. Adelia, originária de Tzfat, conheceram-se no Rio de Janeiro, na Ilha de Paquetá, e rumaram, depois, para a capital paulista. Sra. Adelia era costureira, e chegou a costurar diversos vestidos de noiva para a comunidade judaica da Mooca. Sra. Esther, pianista, concertista e cantora, continua atuando. E seus filhos, Luciano e Fabio, são médicos.
A Mooca também acolheu algumas famílias de origem ashkenazi, a exemplo da família de minha mãe, como divulgado na ultima postagem, assim como a de Leizer Susskind (Luiz) e sua esposa Raquel, que moravam no fundo de sua loja, na Rua da Moca 2292, a “Casa Ritz”. Esta informação foi encaminhada pelo sobrinho, sr. Marcos Susskind, em e-mail enviado em maio de 2023. Sr. Marcos contou que lá viveram dezenas de anos. Escreveu: “Meu outro tio, primo dele, Elias Susskind, viveu na Rua da Mooca esquina Rua Orville Derby. Também ele tinha uma loja: “Casa Jung”. Era casado com Caia Susskin (Clara) e lá viveram seus quatro filhos: Gerszin, Elusa, Zina e Débora”.
Nas páginas do Facebook podemos ler os comentários relacionados à comunidade judaica da Mooca. Alguns exemplos:
Carlos Adissi: “Linda historia, meus pais conheciam a família Chatah, que
tinham uma loja na Mooca”.
Lili
Muro: “Também estudei com
a Dorinha no Grupo Escolar Eduardo Carlos Pereira. Era linda a construção,
tinha acabado de se inaugurado, no ano de 1946. Passei por lá alguns anos atrás, nem parece o mesmo prédio.
Feio e velho. Que pena!”
Regina
Zeituna: “Nós morávamos na Rua
Coronel Cintra”
Leandro
Brudniewski indicou Moyses Chatah e Carla Spach indicou Elia Chatah, deixando um comentário: “Conheci bem a familia há algumas décadas. O Elia é o
filho do meio da dona Lorice Chatah, que, infelizmente, já faleceu. Encaminhei
sua mensagem a ele”.
Suzete
Scenegaglia Zeituna: “Eu conheci a tia
Lorice, como eu a chamava, ela era tia de um grande amigo, muita saudades, e eu,
às vezes, ia à sinagoga da Rua Odorico Mendes”.
Washington F.
Londres: “O
grupo é basicamente formado pelos mesmo que também inauguraram o Templo Sidon,
na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, que está em atividade até hoje”.
Carlos Da Rosa: “A sinagoga do meu avô! Eu cheguei a conhecer”.
Você, ou seus familiares, gostariam de compartilhar informações, escrever um texto para divulgar aqui no blog? Frequentaram ou frequentam as sinagogas da Mooca, ou a Monte Sinai em Higienópolis, moraram na região da Mooca, ou em bairros próximos?
Teriam alguma informação
sobre as comunidades judaicas da capital e das cidades do interior paulista?
Fotos, memórias, documentos? Escrevam
para myrirs@hotmail.com . Vamos compartilhar
as histórias, resgatando nossas raízes...
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