sexta-feira, 9 de março de 2018

Sinagoga Israelita Paulista: conversando com Rabino Shimon Brand

Antes de iniciar o post divulgo que a visita à Sinagoga Israelita Paulista será realizada dia 18/03/2018 às 10h30...

Ontem, dia 08/03/2018, pudemos conversar com Rabino Shimon Brand sobre o período de setembro de 1993 a setembro de 2003, em que trabalhou na Sinagoga Israelita Paulista, à Rua Augusta. Rabino Shimon Brand foi convidado pelo Rabino Alpern, do Chabad Central, para atuar nesta sinagoga, já em uma fase de pouca frequência e gradativo esvaziamento por parte dos antigos frequentadores, composto pela comunidade judaica húngara.

Contou-nos que a frequência a esta sinagoga ocorria principalmente em Rosh Hashaná e Yom Kipur, e que era composta originalmente por judeus húngaros, neólogos. Inicialmente instalados à Rua General Osório ao se mudarem de endereço, parte destes instalou-se na Rua Augusta e parte na Rua dos Seminários. Nos anos 1950, segundo Rabino Shimon, a sinagoga funcionava no primeiro andar do edifício (até anos 1970/80) e o salão era usado somente nas Grandes Festas. Como comentou, foi inclusive espaço do Ballet Stagium, fato a confirmar...

Durante o período de dez anos, participou de casamentos, Bar-Mitzvot e Brith-Mila, colônias de férias, realizou sedarim de Pessach, eventos artísticos, aulas nas casas, tanto para casais como para senhoras, criou um local de estudos para meninos, construiu Sucah no pequeno jardim de entrada, organizou uma biblioteca, englobando 150/200 sócios no período. Com o apoio do sr. Samuel Klein construiu a mikve, atrás do antigo palco (hoje em dia somente para homens).

O “nussach” adotado pela comunidade húngara era o Ashkenazi, e cada um possuía seu sidur e machzór, Com a entrada do Rabino Shimon Band, adotou-se inicialmente o sidur publicado pela Ed. Sefer, de “nussach” Sfarad e posteriormente o sidur Chabad (Tehilat Hashem). Ao lado podemos ver dois sefarim (Tratado de Talmud Bavli e Tanach) ainda guardados no armário da sinagoga...

Como já comentado, tanto sr. Emerich Neufeld, como Marcelo Weingarten, continuaram participando da sinagoga quando o Chabad a assumiu. Em uma época quando os mais antigos frequentadores já haviam falecido, os filhos destes praticamente já não frequentavam a Sinagoga da Rua Augusta, a região estava degradada.

Após a atuação de Rabino Shimon Brand, a sinagoga permaneceu sem um rabino fixo por um período. Porém os frequentadores continuaram a mantê-la aberta às sextas-feiras e sábados(Shabatót), inclusive com jantares e almoços, seguindo a tradição... Desta forma permaneceu, até o momento em que o Rab. Ivo Kauffman passou a conduzir os Shabatót, hoje em dia, uma vez ao mês...Pierre continua a participar destes Shabatot... e com ótimas lembranças...

Durante a conversa com Rabino Shimon Brand, este comentou sobre outros minianim e/ou sinagogas em São Paulo: Rua Cubatão (dos franceses, família Danek), Leyad (composta por judeus da Bahia, famílias Faintuch, Apsan, e situada na Barra Funda, ao lado da Casa de Cultura de Israel), Clube Luso (no Bom Retiro), Sinagoga dos Tmeim (Rua Ribeiro da Silva)...alguém teria informações????

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