domingo, 24 de junho de 2018

Alguns artigos publicados sobre a Sinagoga Beth-El


Detalhe da torre da Sinagoga Beth-El
Diversos artigos e estudos já foram publicados sobre o edifício da Sinagoga Beth-El. 

Dra. Anat Falbel, no artigo “Como cantaríamos o canto do Senhor numa terra estrangeira”, publicação do Boletim Informativo do AHJB, n.35, (Ano IX, Janeiro/Abril 2006), e n.37 (Ano X, maio 2007) cita a Beth-El como uma das duas mais importantes iniciativas da comunidade Ashkenazi até os anos 1930. Em outro artigo, da mesma autora, “O domo e o edifício sinagogal: entre a unidade da fé e a afirmação da nacionalidade”, publicado na Revista de História da Arte e Arqueologia, n.12 (Julho/Dezembro de 2009) lemos que “foram erguidas nos Estados Unidos algumas sinagogas seguindo um vocabulário referenciado como “estilo bizantino”, como os edifícios do Templo Tifereth Israel, de Cleveland e o seu antecessor, o Templo Isaiah, de Chicago. 

Detalhe- Sinagoga Beth-El
O artigo deixa claro que o Templo Beth-El foi a única sinagoga em São Paulo a utilizar-se do mesmo estilo, tendo como referência tais sinagogas, e estando inserido em um contexto mais amplo, como "uma expressão de identidade judaica na arte e arquitetura". Relaciona-se “com o ativismo sionista da liderança comunitária da cidade, que teria tido acesso, por exemplo, às imagens do projeto da Universidade Hebraica”. Diferentemente das demais sinagogas construídas em São Paulo na mesma época, com projetos arquitetônicos que remetiam aos países de origem de seus imigrantes, a comunidade judaica ligada à Beth-El buscou um modelo diferenciado que permitisse a sua inclusão na cidade.

Já no artigo “Museu Judaico de São Paulo” publicado na edição 87 da Revista Morashá (Ano XXII,Março 2015) sr. H.James Kutscka informa que esta sinagoga, projeto e obra do arquiteto russo Samuel Roder, é uma construção de sete lados na base da edificação, repetindo-se tal detalhe em todas as torres. E explica que o número sete representa um ciclo completo. Projeto este iniciado em 1927, e que deveria estar finalizado em 1929, devido à sua complexidade e peculiaridades,  foram entregues provisoriamente em 1930, para celebração do ano novo judaico, com um altar de pinho improvisado e cadeiras alugadas, como cita o autor.

Vitrais- Sinagoga Beth-El
Com atividades iniciadas em 1932, e considerada uma sinagoga com rabinos de diferentes procedências, viveu seu período de maior frequência nos anos 1940/50/60. Perdeu espaço, como ocorreu com diversas outras sinagogas já citadas neste Blog, com a mudança e deslocamento da comunidade judaica, e de seus locais de trabalho inclusive, para outros bairros da cidade.

A Sinagoga Beth-El é citada na Wikipédia, onde podemos ler que “o local desde seu início foi um símbolo e referência para a comunidade judaica da cidade de São Paulo. O local abrigava diversas ocasiões importantes para as famílias como brith milá, barmitzvá e casamentos. Nos anos 1960 a Beth-El foi também o local de um departamento da Federação Israelita do Estado de São Paulo, com o intuito de receber imigrantes e suas qualificações para trabalho. Vale lembrar que Gerson Knispel, radicado pelo Brasil, se adequou e ficou instalado com seu ateliê no subsolo da Sinagoga Beth-El em São Paulo...”


Detalhe Aron Hakodesh- Sinagoga Beth-El
Leiam nos próximos posts mais sobre a Sinagoga Beth-El, detalhes relacionadas a esta, a arquitetura, outros artigos e livros publicados que citam a Beth-El, como o livro “O Brasil como destino - Raízes da imigração judaica contemporânea para São Paulo”, escrito pela sra. Eva Alterman Blay (Ed.Unesp), entrevista de Roberta A. Sundfeld com sr. Samuel Roder, e comentários realizados no Facebook por frequentadores e seus familiares.

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