Detalhe da torre da Sinagoga Beth-El |
Diversos artigos e estudos já foram publicados
sobre o edifício da Sinagoga Beth-El.
Dra. Anat Falbel, no artigo “Como
cantaríamos o canto do Senhor numa terra estrangeira”, publicação do Boletim
Informativo do AHJB, n.35, (Ano IX, Janeiro/Abril 2006), e n.37 (Ano X, maio
2007) cita a Beth-El como uma das duas mais importantes iniciativas da
comunidade Ashkenazi até os anos 1930. Em outro artigo, da mesma autora, “O domo e o edifício sinagogal: entre a unidade da fé e a afirmação da
nacionalidade”, publicado na Revista de História da Arte e Arqueologia, n.12 (Julho/Dezembro
de 2009) lemos que “foram erguidas nos Estados Unidos algumas sinagogas
seguindo um vocabulário referenciado como “estilo bizantino”, como os edifícios
do Templo Tifereth Israel, de Cleveland e o seu antecessor, o Templo Isaiah, de
Chicago.
Detalhe- Sinagoga Beth-El |
O artigo deixa claro que o Templo Beth-El foi a única sinagoga em São
Paulo a utilizar-se do mesmo estilo, tendo como referência tais sinagogas, e
estando inserido em um contexto mais amplo, como "uma expressão de identidade judaica
na arte e arquitetura". Relaciona-se “com o ativismo sionista da liderança
comunitária da cidade, que teria tido acesso, por exemplo, às imagens do
projeto da Universidade Hebraica”. Diferentemente das demais sinagogas construídas em São Paulo na mesma época, com
projetos arquitetônicos que remetiam aos países de origem de seus imigrantes, a
comunidade judaica ligada à Beth-El buscou um modelo diferenciado que permitisse
a sua inclusão na cidade.
Já no artigo “Museu Judaico de São Paulo” publicado
na edição 87 da Revista Morashá (Ano XXII,Março 2015) sr. H.James Kutscka informa que
esta sinagoga, projeto e obra do arquiteto russo Samuel Roder, é uma construção
de sete lados na base da edificação, repetindo-se tal detalhe em todas as
torres. E explica que o número sete representa um ciclo completo. Projeto este
iniciado em 1927, e que deveria estar finalizado em 1929, devido à sua
complexidade e peculiaridades, foram entregues
provisoriamente em 1930, para celebração do ano novo judaico, com um altar de
pinho improvisado e cadeiras alugadas, como cita o autor.
Vitrais- Sinagoga Beth-El |
Com atividades iniciadas em 1932, e
considerada uma sinagoga com rabinos de diferentes procedências, viveu seu
período de maior frequência nos anos 1940/50/60. Perdeu espaço, como ocorreu
com diversas outras sinagogas já citadas neste Blog, com a mudança e
deslocamento da comunidade judaica, e de seus locais de trabalho inclusive,
para outros bairros da cidade.
A Sinagoga Beth-El é citada na
Wikipédia, onde podemos ler que “o local desde seu início foi um
símbolo e referência para a comunidade judaica da cidade de São Paulo. O local
abrigava diversas ocasiões importantes para as famílias como brith milá,
barmitzvá e casamentos. Nos anos 1960 a Beth-El foi também o local de um
departamento da Federação Israelita do Estado de São Paulo, com o intuito de
receber imigrantes e suas qualificações para trabalho. Vale
lembrar que Gerson Knispel, radicado pelo Brasil, se adequou e ficou instalado
com seu ateliê no subsolo da Sinagoga Beth-El em São Paulo...”
Detalhe Aron Hakodesh- Sinagoga Beth-El |
Leiam nos próximos posts mais sobre a Sinagoga
Beth-El, detalhes relacionadas a esta, a arquitetura, outros artigos e livros publicados que
citam a Beth-El, como o livro “O Brasil como destino - Raízes da imigração
judaica contemporânea para São Paulo”, escrito pela sra. Eva Alterman Blay (Ed.Unesp),
entrevista de Roberta A. Sundfeld com sr. Samuel Roder, e comentários realizados
no Facebook por frequentadores e seus familiares.
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