Fachada da Sinagoga |
A Congregação
Israelita Askenazi,
conhecido como Templo “Beth-El”, situava-se à Rua Martinho Prado e hoje em dia
localiza-se à Rua Caçapava, nos Jardins.
O Estatuto de Fundação da Sinagoga foi aprovado
em 02 de junho de 1920, e a primeira diretoria, até 1922, era composta pelos
Beneméritos Fundadores Mauricio Klabin, José Kauffmann, Miguel G. Lafer,
Salomão Klabin e Miguel Lafer. O Conselho Fiscal, com mandatos por igual tempo,
era composto por Leão Klabin, Meyer Goldstein e Cesar Moyses Gordon. O Artigo
27 dos Estatutos de 1920 estabelecia: “A Synagoga constituída terá o nome de
Bet Hacknesses Asknazi e o serviço Divino será praticado pelo texto Asknazi”.
Já o Artigo 30 definia que “A Synagoga ficará perpetuamente como templo de Deus
de Israel nesta abençoada terra”. Porém o Artigo 40 deixava claro que os
Estatutos “poderão ser alterados ou reformados, em caso de necessidade, pela Assembleia
Geral”, fato que ocorreu tendo em vista os “Novos Estatutos da Sinagoga Beth-El”
aprovados em Assembléias Extarordinarias de 23 de março e 23 de abril de 1964,
e a Convocação para Assembleia Geral Extraordinária de 19 de dezembro de 1969.
Interior da sinagoga |
Como já citado, o edifício da sinagoga foi projetado
e construído pelo arquiteto Samuel Roder, originário de Kiev. Apesar de muitos
projetos daquele momento adotarem a “arquitetura moderna” como solução arquitetônica,
este projeto caracterizava-se, segundo o autor do projeto, como “arquitetura em
estilo bizantino”. O projeto de Samuel Roder prevaleceu sobre o projeto
proposto por Gregory Warchavchik. Escolhido pela Congregação, o projeto de
Roder previa um edifício mais elaborado do que o que foi efetivamente construído,
fato este, provavelmente, fruto da dificuldade em arrecadar verbas àquela época,
como podemos ler em material disponível.
Inserido em um dos primeiros loteamentos desta
Companhia, “Loteamento Anhangabahú”, por sua topografia elevada, o edifício destacava-se
na paisagem urbana.
O 1º. Traslado da Escritura de Compromisso de Venda
e Compra do terreno ocorreu em 11 de julho de 1928, no Cartório Giudice, 7º.
Tabelião de Notas de São Paulo, comparecendo a esta a Cia. City e a Congregação
Israelita Asknazi, sediada à época na Avenida Tiradentes, representada pelo presidente
e pelo tesoureiro srs. Salomão Klabin e C.M. Gordon. Escritura esta de um
terreno com área de 1090m², pagável em 120 prestações mensais nos termos da
Certidão de Escritura...”. Este terreno não poderia ser desmembrado, por fazer
parte do loteamento citado. O lançamento da pedra fundamental ocorreu pouco
tempo depois, em 16 de dezembro de 1928.
Detalhe do vitral |
Como podemos ver em um vasto e bem conservado material
do acervo do Centro de Memória do Museu Judaico de São Paulo, o 1º. Traslado da
Escritura Definitiva de Venda e Compra do terreno ocorreu em 26 de agosto de
1949, no Cartório do 6º. Tabelião Virgilio Pompeu de Campos Toledo, e nesta data,
a Congregação Israelita Asknazi já estava situada à Rua Martinho Prado. Um
pedido de Certidão à Secretaria das Finanças da Prefeitura Municipal de São Paulo,
para o edifício do Templo foi solicitado em 16 de agosto de 1949. Nesta constava
que a área do terreno era de 1100m² e a área edificada do pavimento térreo
possuía 820m². O ano de construção,1933.
Para conhecer mais detalhes sobre a arquitetura
desta sinagoga, seu projeto, detalhes do Tombamento, entrevistas, e o projeto
para o museu Judaico de São Paulo, acompanhe as próximas postagens.
Você ou sua família faz parte desta história?
Gostaria de contar alguma história ou relembrar suas memórias? Possui fotos e
documentos que poderia compartilhar? Gostaria de doar material para o acervo do
Centro de Memórias do Museu Judaico? Entre em contato ou deixe seu depoimento e
comentários aqui!!!
Meu e-mail? myrirs@hotmail.com
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