segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

O edifício da Sinagoga Ahavat Reim


O edifício da Sinagoga Ahavat Reim em seu aspecto geral, pouco foi alterado, apesar das reformas e modernizações pelas quais passou, como já divulgado em posts anteriores. Podemos citar uma reforma da parte elétrica, cozinha, banheiros e instalação de ar-condicionado, possível graças ao investimento do sr. Samuel Klein, o interior do Aron Hakodesh refeito; novos bancos doados pelo presidente da sinagoga, sr. Samuel Korn, considerando que os antigos bancos em madeira apresentavam problemas com cupim.

O portão e as muretas que separavam a sinagoga da rua já foram substituídos por muros mais altos e portões novos. Hoje em dia, uma chapa pintada na cor azul, na mesma cor dos portões, limita a visão de quem caminha pela Rua Guarani.

Ao passarmos por este portão e por um pequeno pátio, é possível acessar o interior da sinagoga. Um hall de distribuição conduz à ala masculina, e uma escada nos leva à galeria das mulheres. Nas paredes deste hall há um mural de lembrança e homenagem a frequentadores já falecidos.

No setor masculino, o Aron Hakodesh permanece na mesma posição da época da construção, no meio do salão, na parede à esquerda de quem entra no recinto. Os bancos em madeira, antigamente permaneciam enfileirados e voltados para esta parede. Hoje em dia estes estão posicionados na direção do centro do salão. A escada e gradil que havia à frente do Aron Hakodesh foi retirada, eliminando a separação deste em relação à Bimah. As pilastras ao lado do Aron Hakodesh permanecem, agora em tom de azul mais escuro.

O piso, antes em madeira, foi substituído, os antigos Mazálot/signos do zodíaco não estão mais presentes, assim como algumas pinturas nas paredes, como a do Kotel Hamaaravi. Os leões que ladeiam as “Tábuas da Lei” (estas não mais com as bordas superiores arredondadas), a Maguen David, e a “Ner Tamid”, acima do Aron Hakodesh continuam em destaque. Detalhes da mureta, na galeria das mulheres, permanecem, com pinturas em suas molduras.

Os Machzorim em uso atualmente foram doados pela família Korn, e, como já divulgado anteriormente, hoje em dia a sinagoga possui 3 Torót novas, e mantém também as mais antigas...

Qual a sua memória do espaço desta sinagoga? Quais são suas recordações? E sobre outras sinagogas da cidade? Escreva, conte! Este blog conta com a colaboração de quem frequenta ou frequentou as sinagogas de São Paulo...deixe o seu registro!

3 comentários:

  1. Fiz meu bar mitzva lá há 30 anos atrás, acho q meu bisavô (ou tataravô) Wolf Grinkraut foi um dos fundadores! Quanta memória!

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  2. Ola Elinho, obrigada pelo comentário!!! Teria fotos, histórias, memórias a compartilhar???

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  3. Wolf Grynkraut era o nosso bisavô. Ele foi um dos fundadores da sinagoga. Ele foi casado com Brendla e tiveram 7 filhos:
    Chaim, Sara, Ida, Malka, Mindla, Ana e Dora.
    Dora casou-se com Jacob Hersz Worcman, meus avós, e tiveram três filhos:
    Rosa ( Helfman), Moishe Worcman e Helio Worcman, meu pai.
    Frequento a Ahavat Reim desde pequena e me lembro de ficar embaixo, na ala masculina, diante do Aron Hakodesh com os meus primos Jacob, Dora e Zacarias ouvindo o meu tio Moishe comandar as rezas.
    O que mais sinto falta é do zodíaco pintado na parede e da Bimah e gradil de madeiras.
    A sinagoga se encontra renovada e moderna, mas nada como o antigo e original para ser transportado ao passado e a história do local.

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