Domingo, 17 de fevereiro de 2019,
na Sinagoga Ahavat Reim... David Carlessi e eu
participamos de um ótimo encontro e bate-papo com Rabino Pessach
Kauffman, Laercio
Pintchovski, sr. Luis Pintchovski (pai
de Laercio), sr. Samuel Korn e sra. Sara Rosenberg Korn. Uma manhã para
relembrar diversas épocas e momentos da Sinagoga Ahavat Reim, situada na Rua
Guarani. Aqui compartilho algumas histórias e fotos... e agradeço aos que
estiveram presentes...
Sr. Luis Pintchovski
nasceu em São Paulo, porém sua família, de origem polonesa, chegou ao Brasil em
1927. Cresceu no Bom Retiro, estudou no Renascença na década de 1950 e casou na
Sinagoga Ahavat Reim. Lembrou-se da história desta sinagoga, comentando sobre a
participação das famílias Pintchovski, Korn, Grunkraut, entre outras, e da interação
e união que havia entre estas nos Shabatót, Simcha Torah, Purim, Rosh
Hashaná, Yom Kipur. Contou que esta sinagoga foi fundada por imigrantes provenientes
da Polonia, funcionando como instituição e como uma comunidade muito organizada,
com suas Atas, inicialmente em idish, língua corrente dos frequentadores, e suas
Assembléias. Laercio mostrou a todos as fotos das Atas em idish e
também de seu Bar-Mitzvah, realizado na Ahavat Reim.
Sr. Samuel Korn
também nasceu em São Paulo, estudou no Colégio Prudente de Moraes e no
Renascença. Seus pais chegaram em 1933 a São Paulo e casaram em 1934. Sr.
Samuel comentou sobre a imigração judaica da Europa para o Brasil, ocorrida na
década de 1930, e sobre a fundação da sinagoga por judeus poloneses
provenientes de Lodz, Varsóvia e região, há mais ou menos 80 anos. Citou também
as mesmas famílias que o sr. Luis, incluindo os nomes de seu avô, sr. Simão
Korn, e os irmãos deste, srs. Elias, Israel e Sander Korn. Contou que a
sinagoga, inicialmente situada na Rua Prates, e depois na Rua Correia de Melo (por
pouco tempo), instalou-se na Rua Guarani, após a compra de um terreno em 1944 e
a construção do edifício no local. Sr. Samuel relatou que em 1945 a sinagoga já
estava em funcionamento, pois ali rezou o kadish pelo pai, que faleceu em março
de 1947. Celebrou seu Bar-Mitzvah na Ahavat Reim, em 1950, tendo estudado com
prof. Lischewitz. Lembrou-se que em certas ocasiões, como em Simcha Torah, de trinta
a quarenta pessoas da família Korn participavam da festa.
Todos presentes lembraram-se
dos diversos momentos em que a pessoa, que conduzia a reza, pedia silêncio a todos
com uma (ou várias) “batida” na mesa...um pedido válido tanto para os homens como
para as mulheres sentadas na galeria do piso superior. E comentaram também
sobre as pinturas dos mazalót(signos) em volta do Aron Hakodesh e sobre o teto
da sinagoga, acima da Bimah, feito de treliça com vidro. Este detalhe propiciava
iluminação natural no espaço interno da sinagoga durante todo o dia. Hoje não
há mais este tipo de iluminação do local.
Enfatizou-se que
os frequentadores formaram uma comunidade unida e atuante, porém com a mudança
de grande parte dos frequentadores para outros bairros, a participação na
sinagoga foi diminuindo, dificultando a sua manutenção (no período dos anos
1980 a 2000), e, inclusive, a formação de minian.
Um convite ao Rabino
Pessach Kauffman, o trabalho que desenvolve, a reforma da sinagoga, com a doação
do sr. Samuel Klein e da família Korn, entre outras, possibilitou o reerguimento
da Ahavat Reim.
Vejam mais detalhes, no post anterior, sobre esta nova
fase da sinagoga, em que passa a ocorrer a integração das famílias mais antigas
desta com os novos frequentadores. Sr. Samuel Korn, a esposa sra. Sara (cuja
família faz parte dos fundadores do Groisse Shil) e Laercio Pintchovski
continuam frequentando a sinagoga...
Esta semana, no
Facebook, Claudio Bin escreveu que o avô frequentava esta sinagoga e que passou
parte da infância e adolescência nela. Seu avô era irmão do bisavô do Laercio.
E completou: “Bons tempos...”
Quais lembranças
você, que frequentou alguma das sinagogas do Bom Retiro, ou outras sinagogas em
São Paulo, possui? Quais histórias e memórias gostaria de contar? Como era a
sinagoga na época em que afrequentava? Como ela é atualmente? E o edifício,
bancos, Bimah, Aron Hakodesh, espaço das mulheres, sala de kidush? E os
detalhes da sinagoga que você frequenta hoje em dia?
Compartilhes
suas lembranças e fatos atuais aqui nos comentários ou escreva para myrirs@hotmail.com
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