segunda-feira, 22 de julho de 2019

Sociedade Feminina Religiosa e Beneficente Israelita - Alameda Ribeiro da Silva

Indicação da Al. Ribeiro da Silva em 1954
Mapa Digital da cidade de São Paulo - Mapeamento 1954 - Vasp Cruzeiro
 http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br

Durante uma conversa, em 08 de março de 2018, Rabino Shimon Brand, como já publicado numa postagem deste Blog, comentou sobre alguns minianim e/ou sinagogas em São Paulo, em que busco mais detalhes: Rua Cubatão (dos franceses, família Danek), Leyad (composta por judeus da Bahia, famílias Faintuch, Apsan, e situada na Barra Funda, ao lado da Casa de Cultura de Israel), Clube Luso (no Bom Retiro) e a “Sinagoga dos Tmeim” (Alameda Ribeiro da Silva). Sobre esta última sinagoga, encontramos algumas informações em livros publicados, em pesquisas, dissertação de Mestrado e também na internet, como vemos a seguir...

Rua Itaboca e Al. Ribeiro da Silva em 1930
Mapa Digital da cidade de São Paulo - Mapeamento 1930 - Sara
http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br
Beatriz Kushnir, em seu livro “Baile de Máscaras” procura resgatar a histórias das prostitutas polacas nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Santos. Cita a organização destas em sociedades beneficentes que providenciavam sinagoga, serviços religiosos, cemitério e ajuda, construindo um mundo judaico à parte do restante da comunidade judaica. Em São Paulo, fundaram a Sociedade Feminina Religiosa e Beneficente Israelita, em 30 de junho de 1924, adquirindo um terreno em 1926 para a construção do Cemitério Israelita de Santana (Chora Menino). Instalaram-se à Alameda Ribeiro da Silva, 44, em 1944, em um edifício em que passou a funcionar também uma sinagoga, edifício este já demolido. O prof. Nachman Falbel também se refere ao assunto no livro “Os Judeus no Brasil”, assim como sra. Eva Blay, em “Gênero, resistência e identidade: imigrantes judeus no Brasil”,  como nos mostra Enio Rechtman, em sua Dissertação de Mestrado “Itaboca, rua de triste memória: imigrantes judeus no bairro do Bom Retiro e o confinamento da zona do meretrício (1940-1953)”, Tese apresentada em 2015, ao Programa de Pós-Graduação do Centro de Estudos Árabes e Judaicos do Depto. de Letras Orientais da FFCLH da USP, sob orientação de Marta Topel. Enio Rechtman, em sua Tese, apresenta uma entrevista, citando que esta sinagoga à Alameda Ribeiro da Silva possuía um Chazan, seguia as rezas e possuía uma Torah em seu Aron Hakodesh. Quanto ao Cemitério de Santana/ Chora Menino, foi desativado e os restos mortais foram transferidos para o Cemitério Israelita do Butantã.  Em relação ao Cemitério Israelita de Santana (Chora Menino) o livro de Guilherme Fainguenboim, Paulo Valadares e Niels Andreas, “Os Primeiros Judeus de São Paulo - Uma breve história contada através de Cemitério Israelita da Vila Mariana” apresenta a abertura e o fim deste cemitério, e a relação dos transladados para o Butantã. A historiadora Paula Janovitch também refere-se ao assunto, tendo realizado, como podemos ver em matéria da Revista ZN de abril de 2017, um encontro/passeio em 29 de abril daquele ano, em que a proposta, em conjunto com o SPSafari, era a de apresentar o Bom Retiro, a antiga sinagoga nos Campos Eliseos, o Cemitério da Consolação e o do Chora Menino.

Você possui alguma informação sobre esta sinagoga? Poderia compartilhar, deixando um comentário aqui ou enviando para o e-mail myrirs@hotmail.com ?

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