Indicação da Al. Ribeiro da Silva em 1954 Mapa Digital da cidade de São Paulo - Mapeamento 1954 - Vasp Cruzeiro http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br |
Durante uma conversa, em 08 de março de 2018, Rabino Shimon Brand, como já publicado numa
postagem deste Blog, comentou sobre alguns minianim e/ou sinagogas em São Paulo,
em que busco mais detalhes: Rua Cubatão (dos franceses, família Danek), Leyad
(composta por judeus da Bahia, famílias Faintuch, Apsan, e situada na Barra
Funda, ao lado da Casa de Cultura de Israel), Clube Luso (no Bom Retiro) e a “Sinagoga
dos Tmeim” (Alameda Ribeiro da Silva). Sobre esta última sinagoga, encontramos
algumas informações em livros publicados, em pesquisas, dissertação de Mestrado
e também na internet, como vemos a seguir...
Rua Itaboca e Al. Ribeiro da Silva em 1930 Mapa Digital da cidade de São Paulo - Mapeamento 1930 - Sara http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br |
Beatriz Kushnir, em seu livro “Baile de Máscaras” procura
resgatar a histórias das prostitutas polacas nas cidades do Rio de Janeiro, São
Paulo e Santos. Cita a organização destas em sociedades beneficentes que providenciavam
sinagoga, serviços religiosos, cemitério e ajuda, construindo um mundo judaico
à parte do restante da comunidade judaica. Em São Paulo, fundaram a Sociedade Feminina
Religiosa e Beneficente Israelita, em 30 de junho de 1924, adquirindo um
terreno em 1926 para a construção do Cemitério Israelita de Santana (Chora Menino). Instalaram-se
à Alameda Ribeiro da Silva, 44, em 1944, em um edifício em que passou a funcionar
também uma sinagoga, edifício este já demolido. O prof. Nachman Falbel também se refere ao assunto no livro “Os Judeus no Brasil”, assim como sra. Eva Blay,
em “Gênero, resistência e identidade: imigrantes judeus no Brasil”, como nos mostra Enio Rechtman, em sua Dissertação
de Mestrado “Itaboca, rua de triste memória: imigrantes judeus no bairro do Bom
Retiro e o confinamento da zona do meretrício (1940-1953)”, Tese apresentada em
2015, ao Programa de Pós-Graduação do Centro de Estudos Árabes e Judaicos do Depto. de Letras Orientais da FFCLH da USP, sob orientação de Marta Topel. Enio
Rechtman, em sua Tese, apresenta uma entrevista, citando que esta sinagoga à
Alameda Ribeiro da Silva possuía um Chazan, seguia as rezas e possuía uma Torah em
seu Aron Hakodesh. Quanto ao Cemitério de Santana/ Chora Menino, foi desativado e os
restos mortais foram transferidos para o Cemitério Israelita do Butantã. Em relação ao Cemitério Israelita de Santana (Chora
Menino) o livro de Guilherme Fainguenboim, Paulo Valadares e Niels Andreas, “Os
Primeiros Judeus de São Paulo - Uma breve história contada através de Cemitério
Israelita da Vila Mariana” apresenta a abertura e o fim deste cemitério, e a
relação dos transladados para o Butantã. A historiadora Paula Janovitch também refere-se
ao assunto, tendo realizado, como podemos ver em matéria da Revista ZN de abril
de 2017, um encontro/passeio em 29 de abril daquele ano, em que a proposta, em
conjunto com o SPSafari, era a de apresentar o Bom Retiro, a antiga sinagoga
nos Campos Eliseos, o Cemitério da Consolação e o do Chora Menino.
Você possui alguma informação sobre esta sinagoga? Poderia compartilhar, deixando um comentário aqui ou enviando para o e-mail myrirs@hotmail.com ?
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