terça-feira, 14 de abril de 2020

A comunidade judaica de Sorocaba e alguns comentários do Facebook


Ao divulgar, neste Blog, a minha busca por detalhes da comunidade judaica de Sorocaba e sua sinagoga, alguns comentários foram publicados no Facebook. Aqui compartilho alguns destes comentários...

Por exemplo, em Jewish Brasil Jayme Brener comentou que o prof. Jaime Pinski, diretor da Editora Contexto e ex-professor da Unicamp e da USP, era de lá e deve ter boas informações. A profa. Anita Novinsky, com quase cem anos, também.

Já na minha página, Paulo Valadares contou que muitos gaúchos chegaram a São Paulo, e tantos outros ficaram por Sorocaba, por ser economicamente mais viável.

Em Rubin Editores, como já publicado, Josebel Rubin havia sugerido falarmos sobre a primeira sinagoga de Sorocaba, cujo primeiro prédio está, infelizmente abandonado. Contou que tem várias fotos, em angulos diferentes e também do interior (essas mais antigas). Começou a “puxar” os nomes das famílias que faziam parte da comunidade de Sorocaba. Está listando as famílias que ali viveram entre os anos 1950/1960. E contou: “Esse êxodo, que considero forte a partir de 1962/1963 e anos seguintes, é quando a segunda geração, que em boa parte acho que nasceu lá, começa a sair para cursar Universidade em outros centros, principalmente em São Paulo. Em sua maioria foram cursar engenharia ou medicina. Houve, claro, quem viesse para outros cursos, inclusive na área de Ciências Humanas e Sociais. Um desses é o Jaime Pinski. Acho que cursou Ciência Sociais ou História, na USP. Pelo menos um amigo e contemporâneo, da família Kaplan, ainda mora lá. Pretendia visitar a cidade agora, mas o clima atual, com isolamento social, inibiu essa viagem”.  Josebel escreveu sobre Salomão Pavlovski: “Empresário, jornalista, radialista, visionário (assim era referido frequentemente), da TV Sorocaba, da Radio Vanguarda e depois FM Vanguarda. Antes de falar sobre suas principais realizações, relato um pouco da minha própria experiência, mas principalmente sobre notícias e sobre suas atividades de rádio e jornal, nessa época. Algumas vezes pedi para ele noticiar alguma coisa que achava importante. Admirava sua ousadia como empresário e, principalmente como repórter. Ousadia, pois não havia nenhum grande acontecimento importante no país onde não aparecesse o microfone do Salomão, disputando espaço com os grandes veículos nacionais (principais jornais, principais emissoras de rádio e de TV)Ficou famoso por essas ações, na chegada ao país de Presidentes de outras nações, Reis e Rainhas, artistas e atletas famosos...lá estava o microfone do Salomão. Fundou a Rádio Vanguarda (1957), depois a FM Vanguarda (1976), a primeira do interior de SP e depois a TV SOROCABA (1990, primeira TV aberta no interior paulista). Passou a trabalhar em Sorocaba ainda na década de 1940 (1940 – 1949) com pouco mais de 20 anos, como diretor e, ao mesmo tempo, como radialista e jornalista (Radio PRD-7 e Jornal Cruzeiro do Sul)Em 1957 criou sua própria Estação de rádio (Vanguarda, citada) seguida de Rádio FM e TV Aberta (citadas). Marcadas por muitas reportagens externas (muito raras à época) e por programações diferenciadas, comparadas com as demais. Salomão nasceu no Rio de Janeiro (1924) , filho de pai ucraniano (Moises Pavlovski) e mãe romena (Cecilia Rosemblat). Neste momento, estou escrevendo sobre a Rubin Familly...em preparação". Fiquei na dúvida se a foto divulgada na postagem anterior, em preto e branco, é da sinagoga de Sorocaba. Josebel avisou que lembra um pouco a fachada, talvez uma foto bem antiga..Lia Elias Belo comentou sobre o texto de Josebel: “Lembro-me bem do Salomão....” 

Klaus Haeckel, também em Rubin Editores, escreveu que a irmã, dra. Karin Hackel reside em Sorocaba há mais de 40 anos. Conversei com Karin e voltaremos a nos falar novamente...Karin indicou Vanderlei Martinez, que deu seu depoimento sobre a história e datas da comunidade judaica de Sorocaba. Compartilharei na próxima postagem...


Hilton Barlach “falou”: “Sabem por quê existe uma comunidade judaica em Sorocaba??? Porque a estrada de ferro que ligava o Rio Grande do Sul a São Paulo passava necessariamente por Sorocaba, tinha que fazer baldeação...” Josebel Rubin explicou que essa ligação SP- RS passando por Sorocaba tem um histórico bem mais antigo: "Eram caminhos de estrada de terra os que levaram bandeiras ( Bandeirantes ) de Sorocaba para o Sul e que colonizaram uma parte importante do território gaúcho.  Por longo período praticamente todo o comércio do país passava por essa rota , ao Norte e ao sul. Às margens do Rio Sorocaba, ocorria a feira dos muares. Moeda principal era a troca, o escambo..."

Na página Eventos Judaicos, Naftuli Levin, que morou muitos anos na região de Itu, comentou: “Realmente é uma pena ver a sinagoga de Sorocaba abandonada, sem apoio...Conheci muitas famílias judias e a dificuldade de manter as instituições e as tradições judaicas no Interior”. Voltaremos a falar novamente também...

Henrique Albagli, na mesma página, comentou também:Muito bacana o seu esforço e sua determinação em resgatar e preservar a história das Sinagogas do Estado de São Paulo. Que seu trabalho dê bons frutos.minha família sempre viveu no Rio de Janeiro, é pouco provável que tenhamos algum registro que pudesse ser útil para sua pesquisa”. E Kemmuna C. G. Welpf Lobo escreveu: “Belíssimo empenho, bela pesquisa, um trabalho rico e muito interessante! Sempre um prazer ver suas postagens”. Por sua vez, Eliane Pustilnik Broner indicou Eliezer Kan, que é de Sorocaba...”

Você faz parte da comunidade judaica de Sorocaba? Conhece alguém que fez ou faz parte da comunidade? Lembra-se da sinagoga da cidade? Como era internamente? Qual a situação atual em seu espaço interno e sua aparência externa? O Aron Hakodesh permanece ali? E os bancos? E as Torot? Conte aqui um pouco de suas lembranças e memórias. Compartilhe fotos, documentos...

Escreva para myrirs@hotmail.com

3 comentários:

  1. Eu conheço pelo menos uma família judia que morou temporariamente em Sorocaba nos anos 50/60 porque seu filho entrou na Faculdade de Medicina Sorocaba da PUC e a idish mame não podia ficar 5 anos sem cozinhar para seu filho. Devem ter muitos"doktors" judeus que se formaram nesta faculdade.

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  2. Olá Sr. Israel, obrigada pelo comentário. Gostaria de contar um pouco mais? Se puder escreva-me: myrirs@hotmail.com

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  3. Morei em Sorocaba de 56 - quando chegamos ao Brasil, vindos de Israel - até 70. A sinagoga é está sim. Triste de ver a fachada desta forma. Adorei ler os relatos e creio que há, sim, muitas pessoas que poderiam enriquecer ainda mais. Salomão era de fato um grande repórter! Vou escrever Myriam. Abraços,
    Genia Winitzki

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