Sinagoga São Caetano do Sul Foto Marcia Kogan Amsalem |
Nesta
publicação, um pouco extensa, compartilho os diversos comentários e postagens feitos
por familiares da comunidade judaica de São Caetano do Sul.
Tanto pelo Messenger do Facebook, como pelo whatsapp, conversei com Marcia Kagan Amsalem, que escreveu: “Sou neta do Moisés Kogan (Kagan - houve mudanças no sobrenome), um dos sócios fundadores da Sinagoga de São Caetano, onde frequentávamos, com frequência, e que ainda hoje é frequentada por uma filha dele (minha tia) Eliza Kagan Pelcerman, seus filhos, meus irmãos, netos e bisnetos Tenho algumas fotos da época e da Sinagoga de São Caetano. Atualmente não frequento, pois moro em Higienópolis”. Marcia encaminhou diversas fotos, e aqui compartilho algumas delas.
Escolinha da Sinagoga São Caetano do Sul Foto Marcia Kogan Amsalem |
Conversei com Sueli Raquel Duobles pelo Instagram. Sueli comentou: “Brilhante sua jornada. Vamos ainda combinar uma tarde na casa dos meus pais, para ver os álbuns de fotos do passado, as lembranças.... na vila (onde situa-se o Shil da Vila, no Bom Retiro). E, também, relembrar a delícia que era o shil de S. Caetano, que frequentei desde os anos de 1980, porque meus sogros, Sarah e Rubens Bogomoltz Z’L’, fizeram parte dessa desta história e da comunidade. Como esquecer das festas de Simchá Torah, onde as crianças, cheias de orgulho e alegria, andavam com bandeirinhas de Israel com uma maçã espetada, e uma velinha acesa, espetada na maçã. A gente ficava cuidando para ninguém pôr fogo nas cortinas do shil, ou no cabelo da criança da frente. E ganhavam saquinhos fartos de balas. E, no final das rezas, no salão da Sinagoga, tinha uma mesa lotada de pães pretos e muito hering com cebola, marinados!!! A criançada, brincando na área externa, onde era o estacionamento de carros, e aquele cheiro no salão, impregnado de hering.
Eliane Pelcerman Presente Z’L’ e a morá Foto de Marcia Kogan Amsalem |
Sueli conta
também: “Minha sogra, e mais senhoras, ficavam no salão pequeno, cortando
quilos de cebola e hering, inesquecível. E que depois, era substituído por uma
imensidão de bolos e doces de todos os jeitos. Era uma festa sim!! As
mulheres se reuniam todo ano,e cortavam montes e montes de cebola p o hering.
Uma trabalheira só, que era um imenso prazer. Além de minha sogra, fazia
parte também a Sarita Goldemberg, esposa do Isaias (Z’L’). As crianças, que hoje
já são pais,com certeza nunca irão esquecer dessas datas e encontros no shil.
Doces lembranças. Tudo registrado na memória. Meus
filhos com certeza nunca esquecerão do Shil de São Caetano do Sul. Sueli contou
que seu marido e Alberto Fliguel cresceram juntos, “e é capaz que Alberto tenha
fotos...” E completou: “Se puder, fale também com Hilton Goldemberg”. Também
Vivian Summer Burman indicou Hilton Goldenberg, atual Presidente
da Sinagoga de São Caetano do Sul.
Sharon Frances Blecher, no Facebook,
escreveu: “Você pode também falar com a Sonia Ostrovski. Ela
era neta de Paulo e Sofia Ostrovsky!!!! Ela é prima do meu marido, Paulo Blecher!!! Sonia Ostrovski comentou: “Meus
avós. Paulo e Sofia Ostrovsky, e me lembro de brincar na escolinha da sinagoga. Quantas
histórias lindas.
Josebel Rubin comentou: “Acredito que tenha falado, para você, do marido da Lia Strauch... Fiquei na casa dela em Israel, em Kriat Ono, próxima a Tel Aviv. Família dele era de São Caetano do Sul(correção de Bruno Blecher), e tinha um comércio na cidade. O casal fez Aliá. Ele, jornalista, chegou a cobrir atividades de aproximação Israel - Egito à busca de um acordo de paz. Faleceu em Israel. Não consigo ter notícias dela, faz quase um ano. Pois existe essa dificuldade. Ela parece que não responde a ninguém, faz cerca de um ano. Estou tentando localizar algum filho ou neto em Israel. até agora, sem sucesso”.
Julio Jucovsky Boresztein escreveu: “A Sinagoga foi presidida nos últimos anos pelo Sr. Isaías Goldenberg Z’L’, que dedicou muito carinho pelas festividades lá realizadas. A Sinagoga continua ativa e um dos responsáveis é o Hilton Goldenberg”.
Sergio Abramvezt também comentou: “Que trabalho incrível, meus tios, Jacob Blecher e Dora Blecher, primos, Bruno, Paulo e Mauro, moravam em São Caetano e frequentavam a sinagoga, e graças a seu trabalho, descobrimos que os pais da tia Dora, sr. Paulo e dona Sofia foram os primeiros judeus a morar em São Caetano. Eu morava no Ipiranga, a poucos minutos de lá e íamos anualmente, em Simcha Torah, lembro perfeitamente das bandeirinhas de Israel, com as maçãs espetadas, deguel cahol lavan. E nós frequentávamos a sinagoga da Rua da Graça, o chamado "shil pequeno”, aonde iam os meus avós, e às vezes à sinagoga do Cambuci, na rua Teixeira Mendes, na escola que estudei alguns anos, Escola Israelita e Brasileira do Cambuci. O Percio Wajnsztejn criou um grupo de ex-alunos da escola, que tem muitos dados e fotos da época. Esse grupo do Cambuci chama-se Gibc (Ginásio Israelita do Cambuci) tem muitas fotos da escola e da sinagoga, acho que você vai gostar...a entrada é livre, qualquer dúvida, entre em contato com o Percio. Vou me esforçar para lembrar de alguma história ligada à escola e a sinagoga. Lembro-me de desfilar no Macabi, todo de branco, segurando faixas e a bandeira de Israel, em 1958, 10 anos da criação do Estado de Israel. Eu tinha 5 anos...”
Sarita Toledano contou: “Sou Sarita filha de Luiz block e Maria Block, meu pai tem o nome na placa dos fundadores da sinagoga. Saudades dos velhos tempos, em que eu dançava no palco da sinagoga...”
Michele Beer Schwartz escreveu também: “Eu me lembro bem de Simcha Torah...todas as crianças andando com as bandeiras com a vela acessa... rezando para não pegar no cabelo do amigo da frente...”
Bella Talerman Zilbovicius comentou: “Eu
me lembro quando o Alberto e Maria Shoiet doaram uma Torah para a
sinagoga, minha bisavó que morava em São Caetano, sentou -se com todos seus
bisnetos ao redor. E nos dava de comer delícias que ela havia preparado para a
festa no salão da sinagoga. Minha bisavó era mãe da sra. Karlik (Ber de
solteira), por sua vez era mãe da Sofia, como dizíamos entre nós, Sofia de São Caetano
pois havia duas Sofia Karlik, uma de Santo Amaro, que depois se casou com Abrao
Scharff. O nome da mãe da
Sofia, que era por acaso minha tia avó, era Sonia... E Maria
era prima da minha mãe...”
Zilda Calencautcy escreveu: “Que linda recordação Alberto e Maria Shoiet. Maria, irmã
do tio Salomão e mãe da Doroty”.
E Bella respondeu: “Seus
avós foram padrinhos de casamento de meus pais, representando nossos tios
Salomão e Rosa Melman, que moravam em Paranaguá, e não puderem ir à Campinas para
o casamento... devo ter fotos na casa da minha mãe.
Bernardo Melmam completou: “Meus avós
paternos, Moyses e Bertha Melman, moravam em Paranagua, onde o meu pai - David –
nasceu”.
Clara Beer contou: “Meu pai, Volf Beer (Valdemar), junto aos demais presidiram a Sociedade Israelita de São Caetano. Minha irmã, tem fotos de festas realizadas no Shil. Na nossa sala de Diretoria, temos as fotos dos membros da comunidade que contribuíram para a construção da Sinagoga! Posso também enviar foto da Pedra Fundamental com o nome das pessoas que fundaram a Sinagoga! É realmente nosso orgulho!
Giselle Szpiczkowski Elman também era de
São Caetano: “Meu avô foi um dos fundadores da sinagoga (Marcos Szpiczkowski).
Meu pai frequentou, e ainda frequenta, a sinagoga até hoje. Eu ia em todas as
festas quando pequena.
Sheila Mermelstein escreveu: “Giselle Szpiczkowski Elman você é neta da sra. Sulamita? Eu
me lembro dela. Uma senhora muito chique. Eu me lembro da sua mãe também, e do
seu pai Luizinho... bons tempos”.
Giselle Szpiczkowski Elman respondeu que
sim...
Celso Zilbovicius escreveu para Sheila Mermelstein: “A sra. Sulamita era irmã de minha mãe!”
Sandra Gafanovic Dzialoschinsky comentou: “O pai da Sulamita era primo irmão do meu avô!! Sinagoga de São Caetano está ativa ainda hoje com os descendentes dos fundadores. Meu avô David Gafanovic, e tio-avô Rubens Gafanovith, fizeram parte da fundação, e tem seus nomes na Pedra Fundamental! A maioria dos frequentadores tem algum parentesco. Na verdade, somos todos uma grande família até hoje.
No Facebook também, Dani
A Vandor indicou
sr. Sami Althman, com quem já conversei, assim como com a sra. Ada,
irmã do sr. Sami
Mario
Filho, por sua vez, contou: “Sou arquiteto,
e há algum tempo eu acompanho e admiro o seu trabalho. Cresci no interior de
SP, em Botucatu, e muitos dos seus posts contam histórias para mim
desconhecidas. Marquei o meu tio Guilherme porque compartilhamos o interesse
por temas relacionados a história, arquitetura e judaísmo; e, em especial, por
ele ter vivido boa parte da vida em São Caetano do Sul. Obrigado pelo trabalho
incrível!”
Angela Hofnik escreveu: “Frequentei muito. Sou de São Caetano. Meu tio foi um dos fundadores da sinagoga, inclusive o nome dele está lá na placa. Ele nem foi citado. Meu tio chamava-se Jaime Szczupak, e meu pai que tinha loja de móveis, chamava Valdemar Szczupak”.
Susana Hepner contou: “Meu pai e minha mãe frequentaram a sinagoga...nós éramos pequenos, e me lembro muito das festas... meu pai veio com o sr. Samuel Klein da Polônia (eram amigos) e ambos sempre frequentaram lá... lembro-me do salão de festas na parte traseira...lembro-me da família Kogan também!!!!”
Claudio Gawendo contou também: “Eu me lembro de pequeno de ter frequentado essa sinagoga com meus pais, principalmente em Yom Kipur e Simcha Torah. Tinha uma quadra de futebol e ficávamos jogando até o momento em que as crianças eram chamadas para dar voltas segurando uma bandeira de Israel com uma maçã espetada e uma vela acesa em cima, em Simcha Torah”.
Você frequenta ou frequentou a
sinagoga de São Caetano do Sul? Saberia dizer quem foram os autores do projeto
e quem a construiu? Possui a planta e detalhes construtivos? E quanto à
comunidade judaica da cidade, quem eram e quem são os familiares que a compõe?
Possui fotos, documentos? Gostaria de relatar suas memórias e histórias? Vamos
resgatar as raízes das comunidades judaicas da capital e interior paulista?
Entre em contato pelo e-mail myrirs@hotmail.com ou myrinhars@gmail.com ou deixe seu relato aqui...
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