domingo, 29 de agosto de 2021

Santos, Hotel Brickman e comentários sobre a comunidade judaica santista

Santos, provavelmente no início da década de 1930
À esquerda, meu avô Jose Rosenblit

Muitos comentários foram realizados a partir das postagens sobre a comunidade judaica santista. Entre estes comentários pode-se citar os relativos à pensão e Hotel Brickman.

Através da indicação de Marcelo Brick, entrei em contato com Cleonice Brickman, que me informou: “Somos de Santos, fazemos parte da família Brickman”. Cleonice indicou-me sra. Bessy Frug e Persio Coifman, com quem pude conversar...

Sra. Bessy contou que a avó, sra. Liba Coifman/Kaufmann, chegou ao Brasil viúva e com 6 filhos, o mais novo, ainda bebê. Sra. Liba era irmã de sra. Margarida, ambas provenientes de Yedenitz, na Bessarábia. Sra. Margarida, casada com sr. Jorge Brickman, já estava no Brasil quando sra. Liba aqui chegou, nos anos 1920. Sr. Jorge e sra. Margarida eram os proprietários da pensão Brickman, tendo posteriormente fundado o Hotel Brickman, em Santos. Inicialmente a pensão funcionou em uma casa no bairro do Gonzaga, em 1918/1919. Cresceram, e passaram a ocupar uma segunda, e uma terceira casa, com quintal grande, árvores. Situava-se a uma quadra do Hotel Avenida. Como sra. Bessy comentou, era uma época em que os navios com imigrantes judeus chegavam, e na pensão, rapazes e moças acabavam se encontrando, se conhecendo. Todos, naquela época, conheciam a pensão, o Hotel passou a ser uma referência, principalmente para a comunidade judaica. A mãe da sra. Bessy, sra. Fany, e a filha do casal Brickman, sra. Rosa cresceram juntas, eram muito unidas. Mas sra. Bessy não morou na cidade de Santos, sua mãe, quando se casou, veio morar em São Paulo. A avó, sra. Liba, também chegou a ser proprietária de uma pensão na cidade de Santos. Algumas pessoas da família foram lembradas, como sr. Boris, sra. Elisa, Roberto Rosenthal, sra. Tania Mara, sr. Bernardo Roitman, sra. Mussia Bergel. Em São Paulo, sra. Bessy fez parte de dois grupos de juventude judaica, o “Mosaico” e “Azul e Branco”, nos anos 1950, que, assim que possível, divulgarei mais detalhes.

Persio Coifman, neto de sra. Liba, contou que a pensão Brickman esteve em funcionamento até a década de 1950, permanecendo, depois deste período, somente o Hotel Brickman. Em uma determinada época, ambos estiveram ativos. Eram “pontos de chegada” para os que chegavam depois da II Guerra, ou antes disto, como imigrantes. O pai de Persio, sr. Leizer (Luiz), tio da sra. Bessy, “cuidou” da pensão por dez anos, mudando-se com a família, depois deste período, para Mogi das Cruzes, onde se estabeleceram, e tiveram uma loja de móveis, a “Casa Kauffman". Já a "Loja Liba” pertenceu a uma prima, casada com Scolnick. Nesta cidade, a comunidade judaica comemorava as Grandes Festas. Ressaltou que srs. Boris e Jacques Grinberg, assim como a família Borenstein também faziam parte desta comunidade, sendo o sr. Boris o fundador da Faculdade de Mogi das Cruzes. A família de sr. Persio acabou vindo para São Paulo. Mas recordou ainda das barracas de praia do Clube Israelita, em Santos, comentou que a família frequentava sinagogas nas Grandes Festas, e que o pai de Cleonice permaneceu com o Hotel Brickman, até seu fechamento.

Diversos comentários já foram registrados no Facebook, em relação ao Hotel Brickman. Na página “Turma do Bomra”, por exemplo, Sarah Lacryc escreveu: “Moro em Santos, gostaria de saber quem lembra do Hotel Brickman”. Pode-se ler mais de 120 comentários, dos quais compartilho alguns publicados:

Marieta Kalmus Klar: “Minha família ia todo julho para o hotel até comprarmos apartamento na praia do Boqueirão”.

Marcio Kluger: “Fiquei lá quando menino”.

Renato Strauss: “Lembro, tinha a Pensao Svea!! Alguem lembra?”

Henrique Berkiensztat: “Era lá que a gente passava férias”.

Betty Boguchwal: “Quase ao lado do Ed. Piratininga”.

Fany Nusbaum: “Eu, nunca me hospedei, porque meus avós maternos moravam em Santos, mas lembro muito desse hotel!”

Diana Skilnik: “Eu lembro. Meus avós moravam em Santos. É o hotel da minha infância”.

Fany Fichiman: “E como lembro. Todas as férias de verão curtidas no Brickman, praia do Gonzaga. Era a única opção para meus pais”.

Eliane Pustilnik Broner: “Tenho foto lá”.

Paulete Wydator: “Fiquei várias vezes lá, até comprarmos um apartamento no Embare”.

Regina Perola: “Passamos inúmeras férias lá até que a família comprou um apto no edifício Piratininga, construído ao lado do hotel”.

Darci Kirchenchteyn: “Sou de Santos ficava na avenida presidente Wilson”.

Sérgio Eduardo Gersztel Black: “Meus avós se hospedavam lá. Eu só conheci, mais tarde, o Edificio Brikman”.

Harry Borenstein: “Nós iamos para Santos e meu pai só gostava desse hotel, pois ele podia ficar conversando em Idish com o proprietário. Era uma maravilha esse hotel, em uma esquina bem em frente a praia”.

Regina Fleider: “Tive apto no lugar do hotel foi construído um prédio com o mesmo nome”.

Moises Gerson: “Nossa família frequentava único lugar cachêr em Santos”.

Miri Fait: “Nos tb passamos mtas férias lá, até q compramos nosso apto no edifício Maranyl, no Embare”.

Ester Wulkan: “Eu morei em Santos até meus 11 anos, depois me mudei para Bom Retiro”.

Heide Shamay: “Que época boa tinha apartamento ao lado do hotel nunca vou esquecer dos corsos no carnaval saudades imensas desta epoca”.

Humberto Modenezi: Eu lembro. Ficava no Gonzaga, ao lado do Avenida Palace. Era point até os anos 60. Tinha estilo”.

Sergio Skarbnik: “O craque Robertinho do futebol de Salao da Hebraica é neto dos donos”

Ricardo Carbone: “Lembranças de infância 5 horas da manhã passava o primeiro bonde e era hora de acordar para ir para praia o tempo bom”

Em “Hasbara & Sionismo”, Noeli Sztokbant comentou: “O outro hotel em Santos, no Gonzaga, se chamava Hotel Sveia".

Você ou sua família fazia parte da comunidade judaica santista? Frequentavam, ou frequentam, qual sinagoga? Teriam histórias, fotos, documentos a compartilhar? Deixe seu comentário ou envie e-mail para myrirs@hotmail.com

quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Comunidade judaica santista, suas sinagogas e escola.

Escola Ydish - Foto Iara Lewin

A comunidade judaica santista foi formada tanto por ashkenazim, como por sefaradim. Os ashkenazim fundaram a sinagoga na Rua Campos Sales, a Beth Jacob, e os sefaradim, à Rua Borges, e não se uniram, cada um seguindo a sua linha religiosa. Uma das famílias fundadoras desta sinagoga sefaradi foi a família Homsi. Como já publicado, estas informações foram fornecidas pela sra. Lea Gotfryd, que falou um pouco sobre a comunidade judaica santista.

A Sinagoga Beit Jacob de Santos comemorou 90 anos em 2018, como divulgado por Glorinha Cohen, em 24 de agosto de 2018, na sua página https://glorinhacohen.com.br, naquela ocasião, a sinagoga era presidida, pelo sr. Jaques Zonis. A mesma publicação informa que no dia 05 de agosto daquele ano promoveu o “Festival de Chazanim”, que contou com mais de 150 pessoas, que acompanharam o evento. Como Glorinha Cohen divulgou, “participaram da celebração Daniel Szafran, Einat Rosenfeld, Beto Barzilay, Sabrina Shalom, Roxana Kostka, Sami Cytman, Dani Markus, Alexandre Schinazi, Bruno Zular, Marcio Bezen, Jackson Ciocler e as crianças Bia e Michel Barzilay. Não faltaram os tradicionais parabéns e bolo em homenagem a uma das sinagogas mais antigas do Estado de São Paulo. Com muitas histórias, Santos foi uma das primeiras cidades onde judeus imigrantes chegaram e se estabeleceram, formando uma comunidade forte que resiste até hoje”. (SINAGOGA BEIT JACOB DE SANTOS COMEMORA 90 ANOS - ).

Além das duas sinagogas, Santos contava também com uma escola judaica. Iara Lewin encaminhou uma foto, e comentou pelo Messenger do Facebook: “Essa foto é da escola Yiddish em Santos em 1956, é a única que tenho da minha infância em Santos com a escola, era muito caro na época e não podíamos fazer com frequência. Foto antiga, eu estou na segunda fila!”

Em relação à comunidade judaica da cidade, vários comentários continuam sendo feitos no Facebook. Em “Hasbara & Sionismo” Milton Strauss indicou Marcelo Sanovicz e Rodrigo Sanovicz. Já em “Guisheft” Celso Vinocur Coslovsky indicou Nelson Coslovsky, e escreveu: “você deve ter histórias para acrescentar aqui”. Deborah Kniagansky Growald indicou Amanda Aron Chimanovitch, e Bernardo Melmam comentou: “Bom saber um pouco da história”. Em “Pletzale” Renato Lainer Schwartz escreveu: “Parabéns pelo seu maravilhoso trabalho”. Agradeço o comentário!

Pelo Messenger,Patricia Golombek contou que o primo Dr. Benjamin Lebenstajn é de Santos, encaminhando o contato de Betty Lebenstein. Entrarei em contato...

Já em “Torah, Judaismo e Sionismo” Tamar Shwartzbaum escreveu:

Não pude crer, nunca imaginei que um dia eu poderia ler sobre meu adorado tio Dov Tzamir, um grande político, que tanto fez por Israel e pelo sionismo, ele também foi um dos fundadores do kibutz Bror Chail. E Também escreveu livros sobe suas lutas pelo Estado de Israel . Não posso deixar de mencionar também sobre meu adorado (Zeide) vovô Chaim Cymryng pai do meu tio e de minha mãe. Que chegou em Santos em 1920. Por sua vez também um grande sionista, que trabalhou muito pela comunidade judaica de Santos. E escreveu muitos artigos para o Jornal O Etadadão, sendo um feroz defensor dos direitos humanos judaicos. Hoje dia dos pais dedico com muito amor e carinho sem fim e com muito orgulho de ter sido neta e sobrinha destes dois grandes homens, que amei muitíssimo uma Bênção para a elevação de suas almas Z”L Baruch Dayan HaEmet.

Marcelo indicou Cleonice Brickman, para conversarmos sobre a comunidade judaica de Santos e sobre o hotel que pertencia à família dela. No próximo post também compartilharei alguns comentários de famílias que frequentaram este hotel.

Você ou sua família fazia parte da comunidade judaica santista? Frequentavam, ou frequentam, qual sinagoga? Teriam histórias, fotos, documentos a compartilhar? Deixe seu comentário ou envie e-mail para myrirs@hotmail.com 

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

"Rua Paraguassú, 19, Santos” - texto de Roberto Strauss

Foto 1 - Santos - foto de Roberto Strauss

Rua Paraguassú, 19. Este era o endereço dos meus avós, Eugênio e Sidônia Strauss, em Santos.

Os sete irmãos Strausz, de Sopron, Hungria, emigraram para o Brasil e chegaram em Santos.

Seis vieram entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial: Eugênio (meu avô) veio primeiro, depois seus irmãos: Paulo, José, Francisco, Etus (Fodor) e Tereza (Bartos). Kalman veio depois, em 1956.

Alguns (entre eles meu avô) mudaram a grafia do nome para Strauss.

Cada irmão teve uma história.


Foto 2 - Santos - foto de Roberto Strauss

Meu avô Eugênio chegou em Santos e de lá nunca mais saiu. Trabalhou como inspetor de imigração no porto e mais tarde tornou-se chefe do posto de Imigração. Mandou vir de Sopron Sidônia Hesz, que se tornaria sua esposa e minha avó Sidônia Strauss. Tiveram três filhos: os gêmeos Jorge (meu pai) e Leopoldo, que vieram para São Paulo, e Silvio, que ficou em Santos a vida toda. Jorge casou-se com Vera Reiszfeld, minha mãe. Tiveram dois filhos, minha irmã Lia e eu. Leopoldo casou-se com Dora Rozenthal e não tiveram filhos. Silvio casou-se com Diva Enckin e tiveram uma filha, minha prima Rosana, que mora em Santos até hoje.


Foto 3 - Santos - foto de Roberto Strauss

Paulo, meu tio avô, casou-se com Elisabeth e tiveram uma filha, Alice, casada com Benjamin, e moram hoje nos Estados Unidos. Em São Paulo, Paulo foi presidente da Sinagoga Húngara da Rua Augusta. Abriu uma fábrica de móveis em São Caetano, a “Itá” e lá fabricou a famosa “Cadeira do Papai”, um ícone e sucesso de vendas na década de 60.  

Todos se tornaram torcedores fanáticos do Santos (assim como seus descendentes) e meu tio avô José, antes de se mudar para São Paulo, jogou como titular no Santos Futebol Clube (ficou conhecido como “Zé Hungarês”). Em Santos ele conheceu sua futura esposa, nascida em Santos, Amália Kauffmann. Tiveram três filhos, Jack, Milton e Rosa.

 

Foto 4 - Santos - foto de Roberto Strauss

Francisco, meu tio avô, casou-se com Francisca Freudensprung e não tiveram filhos.

Etus, minha tia avó, casou-se com Zsiga Fodor, tiveram seis filhos e emigraram para Israel, com a maior parte deles.

Tereza, minha tia avó,  casou-se com Eugenio Bartos, e não tiveram filhos.

Kalman, meu tio avô, permaneceu na Hungria, foi deportado para Auschwitz, sobreviveu, retornou a Sopron, casou-se com Francisca Lacina e tiveram um filho, meu primo Peter. Em 1956, ouviu boatos de que os russos iriam invadir a Hungria e decidiram vir para o Brasil. Os irmãos foram recebê-los no porto, em festa. 

 

Foto 7 - Santos - foto de Roberto Strauss

Os sete estavam juntos novamente e o ponto de encontro ficou sendo a casa dos meus avós, na Rua Paraguassú, 19.

Segue a descrição de cada foto compartilhada aqui, e enviada por Roberto Strauss:


FOTO 1: Casa da Rua Paraguassú. Eugênio (meu avô), Silvio, José, Paulo, Francisco, Leopoldo e Jorge (meu pai) Strauss.

FOTO 2: Casa da Rua Paraguassú. Jorge, Leopoldo, Sidônia e Eugênio Strauss.


Foto 5 - Santos - foto de Roberto Strauss
FOTO 3: Meu avô Eugênio na torcida dos Santos.

FOTO 4: Meu tio avô José, jogador titular do Santos.

FOTO 5: Minha tia avó Amália Kauffmann, meus primos Milton e Rosa e meu tio avô José na Rua Paraguassú.

FOTO 6: Meus tios, Diva (Enckin) e Silvio Strauss.

FOTO 7: A família reunida na casa da Rua Paraguassú.

FOTO 8: Carteira de Identidade do Santos de Eugênio Strauss.


Foto 6 - Santos - foto de Roberto Strauss

FOTO 9: Carteira de Inspetor de Imigração de Eugênio Strauss.  

O texto acima foi escrito por Roberto Strauss e encaminhado por e-mail, juntamente com as fotos da família. Agradeço muito por compartilhar com todos esta história.

E você, gostaria de compartilhar suas memórias e histórias sobre a comunidade judaica santista? Sua família fez, ou ainda faz parte da comunidade judaica da cidade? Possui fotos, documentos? Compartilhe aqui nos comentários, ou encaminhe o texto e fotos para myrirs@hotmail.com


Fotos 8 e 9 - Santos - fotos de Roberto Strauss




sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Comentários sobre a comunidade judaica de Santos

Foto de Santos, década de 1960

No mesmo site indicado na publicação anterior, Novo Milênio, https://www.novomilenio.inf.br/santos/h0150c.htm, podemos no artigo “Histórias e Lendas de Santos - Os imigrantes - A colônia judaica” de Beth Capelache de Carvalho (texto), Equipe de A Tribuna, lemos que sr.  Yochin Heumann, judeu austríaco, nasceu em 1898 e serviu o exército na Primeira Guerra, e sua cidade, Tchernovich, foi ocupada pelo exército da România. Depois da Guerra, veio para Santos, por indicação do Dr. H. Runes, primeiro médico judeu a instalar-se em Santos. Na Alfândega, mudaram o seu nome para Joaquim. Seu primeiro emprego foi como “klantelchik”, mas trabalhou também como fornecedor de estradas de ferro, e mais tarde teve a loja de calçados “Casa Universal”, e uma loja de móveis, e manteve-se ligado à comunidade judaica. Suas duas filhas nasceram em Santos. O artigo informa também que Santos abrigou sobreviventes da perseguição nazista, como sr. Benjamin e Tauba Petrkovsky.

Silvio Naslauski contou que de Santos saiu um dos maiores sionistas brasileiros e político israelense... Nasceu como Bernardo Cymering, fez Alya e mudou o nome para Dov Tzamir, sendo secretário do governo de Itzak Rabin...

Diversos comentários foram escritos no Fcaeboo, sobre a comunidade judaica santista, e aqui compartilho com todos vocês:

Por exemplo no “Guisheft”, lemos as mensagens a seguir:

Claudia Schalka: “Gostaria de poder contar um pouco que sei da familia do meu pai de Santos”. Como faço para entrar em contato” Encaminhei o contato, e aguardo um e-mail...

Flavia Szafir Zvi comentou: “Fala com meu pai”. Também aguardo o contato do sr. Jankiel

Jaques Mendel Rechter contou: Seria fundamental alguém resgatar a história do Hotel Brickman, especialmente quando funcionou por lá uma espécie de "base de operação" dos casamentos feitos a bordo de navios atracados no porto de Santos de brasileiros e brasileiras com refugiados e refugiadas da perseguição nazista, que assim podiam desembarcar e reconstruir suas vidas, ajudando a construir nosso país. Meu avô e avó materna sempre faziam referência a estas histórias quando eu era pequeno e passeando com eles em direção ao Gonzaga, passavamos em frente ao Edificio Brickman, de frente para o mar, construído onde antes ficava o hotel. Creio que pela "reverência" e insistência com que me contavam as histórias, eles que chegaram aqui e se estabeleceram bem antes da guerra, talvez tivessem feito parte da organização de retaguarda da operação, quem sabe na recepção dos "recem casados"...Também seria interessante resgatar a história de alguns predios construídos sob forma e sistema de incorporação por judeus de Sao Paulo no fim dos anos 50 e começo dos 60, para o sonhado apartamento da praia. Sei de um predio na Rua Inglaterra na Ponta da Praia, outro na Rua da Paz, edificio Nathania e mais 2 na Divisa Santos Sao Vicente, Rua Coronel Candido Gomes, edificios Ami e Refugio Beira Mar. Na época o pletzale de noite era nas marquises de formas arredondadas no jardim da praia defronte à Av. Conselheiro Nebias.

Marcelo Brick escreveu:Sobre o Hotel Brickman, ninguém melhor do que as queridas Cleide Brickman e Cleonice Brickmann (filhas do fundador) para ajudar...”

Moshe Singal: “Ricardo werthein foi o primeiro judeu que foi a Santos bater uma bola com Pelé na praia na década de 60 

Lili Muro Zaitoune Muro sugeriu: “Fale com o Professor Nelson Rosencham. A familia dos sogros dele era de Santos. Abraços”.

Bety Jardinovsky: “Olha Ester Finguerut Serff”. Ester Finguerut Serff respondeu: “Muito bom!!”

Michele Rachel Ventura Danciger indicou Perola Ventura. E Perola Ventura escreveu: Boa tarde, há muitos anos atrás em Santos existiam 3 pensões cujos donos eram judeus, não lembro os nomes, uma era da década de 50 e lembro dessa pensão porque eu era pequena e a outra pensão era da década de 70 e só lembro que começava com a letra S e era em frente a praia. Você poderia reenviar a foto original dos rapazes e das moças? Por favor!! Pois um dos rapazes, parece ser o meu pai (z"l). O meu pai (z"l) quando era solteiro trabalhou em Santos. A propósito, qual o ano dessa foto?” Reenviei a foto e comentei que vou buscar mais detalhes sobre estas pensões. A foto deve ser da década de 1930. Pelo que sei, meu avô, José Rosenblit, está à esquerda da foto. Ele chegou ao Brasil em 1928, e nesta foto está desacompanhado. Ele casou-se com minha avó em 1936.

Julio Pelcerman indicou Joia Pelcerman

Daniela Zeituna Levy escreveu também: “Olha que legal Esther Scagliusi, Regina Zeituna, Haía Zeituna, Mônica Hosana Martins, Leila Zeituna, Gladis Duek. Os meus bisavos, quando chegaram de Alepo na Síria, ali moraram por vários anos. Depois com os filhos mais velhos, vieram para São Paulo, então minha avó se casou e, com meu avô tiveram 6 filhos. Depois te envio um e-mail com mais detalhes”.

Marcia Kagan Amselem contou: “Meu avô materno era de Santos Chaim David Sanowicz frequentava uma barraca na praia próximo ao canal 5 em que todos se encontravam aos domingos Frequentador assíduo de uma Sinagoga no centro da cidade, minha mãe Rivka Laya Sanowicz de solteira e Kagan de casada nasceu em Santos. Devo ter fotos do grupo escolar em que cursou. Minha avó faleceu muito cedo, Tema, e tiveram mais dois filhos, Abraão Velvu Sanovicz e Jacó Sanovicz, ambos arquitetos. Muito interessante, já conhece minhas duas heranças genéticas, São Caetano e agora Santos!!!Tania Kogan achou maravilhoso o artigo e comentários...

Eu conheci o prof. Abrão Sanovicz, quando eu ainda era estudante da FAU...

 

Em “Jews”, Davy Levy indicou Sami Douek

E em “Hasbara & Sionismo”,

Miriam Exman Fuks indicou Helen Goldstein, Milton Strauss, Diva SanoviczRosa StraussJack StraussLia StraussRoberto StraussBerenice Kauffmann Abud. E perguntou: “Vocês têm histórias para contar? Nilson Gonçalves Muszkat, talvez você possa ajudar”.

Jack Strauss comentou: “Já contei minha parte!”

Fernanda Sa Couto Lomba: “Micky Woolf? este era o teu Club?”

Adolfo Waingurt: “Gostei muito...”

Já em “Mundo Judaico” Emmanuel Oliveira escreveu: “Amei, moro na baixada”

Na página “Jewish Brasil” Iara Lewin escreveu: “Parabéns lindo trabalho. Meu pai, foi
mascate, ia de casa em casa vendendo a prestação nos anos 50.
Boas memórias. Infelizmente me mudei de Santos quando tinha 13 anos e só me lembro que meu pai, naquela época, ia de casa em casa levando roupas, toalhas, e ia todos os meses receber a prestação! E assim foi por alguns anos até podermos já em São Paulo ter uma loja no Bom Retiro!!

 E você, gostaria de deixar seu comentário, compartilhar fotos, documentos, memórias e histórias da comunidade judaica de Santos e de suas sinagogas? Escreva para myrirs@hotmail.com ou deixe seu comentário aqui...