Santos, provavelmente no início da década de 1930 À esquerda, meu avô Jose Rosenblit |
Muitos
comentários foram realizados a partir das postagens sobre a comunidade judaica
santista. Entre estes comentários pode-se citar os relativos à pensão e Hotel
Brickman.
Através da indicação de Marcelo Brick, entrei em contato com Cleonice Brickman, que me informou: “Somos de Santos, fazemos parte da família Brickman”. Cleonice indicou-me sra. Bessy Frug e Persio Coifman, com quem pude conversar...
Sra. Bessy contou que a avó, sra. Liba Coifman/Kaufmann, chegou ao Brasil viúva e com 6 filhos, o mais novo, ainda bebê. Sra. Liba era irmã de sra. Margarida, ambas provenientes de Yedenitz, na Bessarábia. Sra. Margarida, casada com sr. Jorge Brickman, já estava no Brasil quando sra. Liba aqui chegou, nos anos 1920. Sr. Jorge e sra. Margarida eram os proprietários da pensão Brickman, tendo posteriormente fundado o Hotel Brickman, em Santos. Inicialmente a pensão funcionou em uma casa no bairro do Gonzaga, em 1918/1919. Cresceram, e passaram a ocupar uma segunda, e uma terceira casa, com quintal grande, árvores. Situava-se a uma quadra do Hotel Avenida. Como sra. Bessy comentou, era uma época em que os navios com imigrantes judeus chegavam, e na pensão, rapazes e moças acabavam se encontrando, se conhecendo. Todos, naquela época, conheciam a pensão, o Hotel passou a ser uma referência, principalmente para a comunidade judaica. A mãe da sra. Bessy, sra. Fany, e a filha do casal Brickman, sra. Rosa cresceram juntas, eram muito unidas. Mas sra. Bessy não morou na cidade de Santos, sua mãe, quando se casou, veio morar em São Paulo. A avó, sra. Liba, também chegou a ser proprietária de uma pensão na cidade de Santos. Algumas pessoas da família foram lembradas, como sr. Boris, sra. Elisa, Roberto Rosenthal, sra. Tania Mara, sr. Bernardo Roitman, sra. Mussia Bergel. Em São Paulo, sra. Bessy fez parte de dois grupos de juventude judaica, o “Mosaico” e “Azul e Branco”, nos anos 1950, que, assim que possível, divulgarei mais detalhes.
Persio Coifman, neto de sra. Liba, contou que a pensão Brickman esteve em funcionamento até a década de 1950, permanecendo, depois deste período, somente o Hotel Brickman. Em uma determinada época, ambos estiveram ativos. Eram “pontos de chegada” para os que chegavam depois da II Guerra, ou antes disto, como imigrantes. O pai de Persio, sr. Leizer (Luiz), tio da sra. Bessy, “cuidou” da pensão por dez anos, mudando-se com a família, depois deste período, para Mogi das Cruzes, onde se estabeleceram, e tiveram uma loja de móveis, a “Casa Kauffman". Já a "Loja Liba” pertenceu a uma prima, casada com Scolnick. Nesta cidade, a comunidade judaica comemorava as Grandes Festas. Ressaltou que srs. Boris e Jacques Grinberg, assim como a família Borenstein também faziam parte desta comunidade, sendo o sr. Boris o fundador da Faculdade de Mogi das Cruzes. A família de sr. Persio acabou vindo para São Paulo. Mas recordou ainda das barracas de praia do Clube Israelita, em Santos, comentou que a família frequentava sinagogas nas Grandes Festas, e que o pai de Cleonice permaneceu com o Hotel Brickman, até seu fechamento.
Diversos
comentários já foram registrados no Facebook, em relação ao Hotel Brickman. Na página “Turma do
Bomra”, por exemplo, Sarah Lacryc escreveu:
“Moro em Santos, gostaria de saber quem lembra do Hotel Brickman”. Pode-se ler mais
de 120 comentários, dos quais compartilho alguns publicados:
Marieta Kalmus Klar: “Minha família ia todo julho para o hotel até comprarmos
apartamento na praia do Boqueirão”.
Marcio Kluger: “Fiquei lá quando menino”.
Renato Strauss: “Lembro, tinha a Pensao Svea!! Alguem lembra?”
Henrique Berkiensztat: “Era lá que a gente passava férias”.
Betty Boguchwal: “Quase ao lado do Ed. Piratininga”.
Fany Nusbaum: “Eu, nunca me hospedei, porque meus avós maternos moravam
em Santos, mas lembro muito desse hotel!”
Diana Skilnik: “Eu lembro. Meus avós moravam em Santos. É o hotel da minha infância”.
Fany Fichiman: “E como lembro. Todas as férias de verão curtidas no
Brickman, praia do Gonzaga. Era a única opção para meus pais”.
Eliane Pustilnik Broner: “Tenho foto lá”.
Paulete Wydator: “Fiquei várias vezes lá, até comprarmos um apartamento no
Embare”.
Regina Perola: “Passamos inúmeras férias lá até que a família comprou um
apto no edifício Piratininga, construído ao lado do hotel”.
Darci Kirchenchteyn: “Sou de Santos ficava na avenida presidente Wilson”.
Sérgio Eduardo Gersztel Black: “Meus avós se hospedavam lá. Eu só conheci, mais tarde, o
Edificio Brikman”.
Harry Borenstein: “Nós iamos para Santos e meu pai só gostava desse hotel,
pois ele podia ficar conversando em Idish com o proprietário. Era uma maravilha
esse hotel, em uma esquina bem em frente a praia”.
Regina Fleider: “Tive apto no lugar do hotel foi construído um prédio com
o mesmo nome”.
Moises Gerson: “Nossa família frequentava único lugar cachêr em Santos”.
Miri Fait: “Nos tb passamos mtas férias lá, até q compramos nosso
apto no edifício Maranyl, no Embare”.
Ester Wulkan: “Eu morei em Santos até meus 11 anos, depois me mudei para
Bom Retiro”.
Heide Shamay: “Que época boa tinha apartamento ao lado do hotel nunca
vou esquecer dos corsos no carnaval saudades imensas desta epoca”.
Humberto Modenezi: “Eu lembro. Ficava no Gonzaga, ao lado do Avenida Palace.
Era point até os anos 60. Tinha estilo”.
Sergio Skarbnik: “O craque Robertinho do futebol de Salao da Hebraica é
neto dos donos”
Ricardo Carbone: “Lembranças de infância 5 horas da manhã passava o primeiro bonde e era hora de acordar para ir para praia o tempo bom”
Em “Hasbara & Sionismo”, Noeli Sztokbant comentou: “O outro hotel em Santos, no Gonzaga, se chamava Hotel Sveia".
Você ou sua família fazia parte da
comunidade judaica santista? Frequentavam, ou frequentam, qual sinagoga? Teriam
histórias, fotos, documentos a compartilhar? Deixe seu comentário ou envie
e-mail para myrirs@hotmail.com
Meu avô, Elias Saidenberg, se hospedava lá com a família (meu pai, tio e esposa) quando em férias em Santos.
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