Torah Sinagoga Israelita Paulista |
Nesta postagem compartilho informações relacionadas à comunidade judaica
paulista, assim como sobre a Sinagoga Israelita Paulista, recebidas tanto por e-mail, como pelas redes sociais, e em uma conversa por
telefone.
Por exemplo, no Facebook, na página Guia Judaico, ao perguntar se alguém teria detalhes relacionados à comunidade judaica das cidades do interior paulista, Ricardo Nimitz De Souza Oliveira escreveu: “Sim, várias!” Ricardo ficou de encaminhar um texto com detalhes das histórias e memórias sobre a comunidade judaica de São Paulo.
Já em Torah Judaismo e Sionismo, Regina Vaz comentou: “Sei que sua pesquisa é dos tempos atuais para a região paulista, mas gostaria de comentar contigo: recentemente vimos que desde o início, o Brasil não teve um estudo sobre a vinda e vida individual, e coletiva, dos judeus e que uma tentativa pioneira foi feita por Salomão Serebrenick. Ele propôs que a migração antiga, de 1500 a 1575, foi crescente (exílio, largados, fugitivos, náufragos); sendo 1500 a 1515 a fase das primeiras explorações; 1515 a 1530 a fase de colonização; 1530 a 1570 quando sofreram sistemática perseguição; 1570 a 1630 tumultuada discriminação; 1630 a 1654 o desenvolvimento no período holandês; 1654 a 1700 perseguições e acentuado êxodo; 1700 a 1770 contínuas perseguições; 1770 a 1824 progressiva queda da imigração judaica; 1824 a 1835 a assimilação profunda e quando cessa a imigração judaica. E, a partir de 1835 a 1900, a vienda de judeus de Marrocos e de 1840 a 1930, de outros países. Sobre a migração antiga, no atual Estado de São Paulo, há outros estudos, informando que, pelo litoral e alcançando o sertão, chegaram possivelmente, antes de 1500, João Ramalho, Rodrigues e Bacharel; e sobre a maioria dos desbravadores bandeirantes paulistas, muitos judaizavam, eram criptojudeus, marranos, sendo os tempos de perseguições e do estatuto da limpeza de sangue. Hoje, em terra paulista, algumas pessoas descobriram-se descendentes seja pelo folclore familiar ou por estudos mais recentes. Contudo sobre a fase moderna, aqui em minha cidade, existiu o Sanatório Ezra, 1930 a 1965, e há estudos no Arquivo Publico deste Município, de São José dos Campos".
Ex-Presidentes Sinagoga Israelita Paulista |
Ines Fenyves Sadalla, a quem conheço, encaminhou-me algumas informações, relacionadas a judeus húngaros em São Paulo. Ines, neta do sr. Andras Fenyves, conversou por whatsapp com sr. Jorge Weiser. Sr. Jorge Weiser é judeu húngaro de 89 anos, engenheiro físico, formado em Budapest e sobrevivente da Shoa. Seguem alguns detalhes que foram informados por sr. Jorge Weiser, para a Ines:
Dr. Francisco (Ferenc) Reiszfeld foi universitário na Itália (Padova) junto com Andras Fenyves, era originário da cidade Györ. Estudou medicina em Roma em 1926, via cotas raciais. Sr. Jorge Weiser diz ter encontrado uma fotografia de Andras Fenyves, como diretor (ou presidente) na Sinagoga Israelita Paulista, e uma fotografia dos sogros, num evento (talvez um casamento?) nesta Sinagoga. Diz que irá fornecer os caminhos para acessar estas imagens. O nome do sogro é Eugenio Csillag e, da sogra, Lili Blau Csillag.
Ex-Presidentes Sinagoga Israelita Paulista |
Ines informou-me que o consultório de András Fenyves (ou Andréa) ficava na Rua Marquês de Itú, próximo da Santa Casa onde ele trabalhava como médico. E a Rua General Osório situa-se muito próxima deste local. Diz acreditar que esse grupo, de judeus húngaros, ficava entre a Augusta e o Centro (todos próximos). Eram os médicos e profissionais judeus húngaros apátridas que estudaram na Itália, Áustria, França, Suíça, e que emigraram para o Brasil entre 1934-1947.
Sr. Tomaz Kovari comentou que também se lembra do Dr. Reiszfeld, acredita que era medico familiar e que visitou Sr. Tomaz, em sua casa, há mais de 50 anos atrás. Sobre Andras Fenyves, não se lembra, e talvez não tenha sido presidente. Sugeriu entrar em contato com Sr. Jorge
Por e-mail Rachel Berger Simis contou que acessou, pelo Google, os vários tópicos referentes à Sinagoga Israelita Paulista, com a assinatura deste blog. E escreveu: “Aguardando um ônibus na parada em frente ao n°250 da R. Augusta, vieram, à minha lembrança, várias passagens vividas naquele espaço. Tenho pensado se ainda é válido acrescentar algo ao seu magnífico trabalho de registrar a história desse grupo de judeus que, imigrantes de várias ondas, procuraram reunir seus confrades, conterrâneos e descendentes, para conviver dentro de sua cultura original. Caso haja interesse de sua parte em ouvir um pouco mais sobre os "primórdios" dessa comunidade, poderemos nos contatar”.
Conversei com sra. Rachel em 01 de agosto de 2022, a qual relatou lembranças de tempos atrás. E ficou de selecionar fotos e escrever um texto sobre estas memórias, para que seja publicado neste blog. Aguardem detalhes sobre esse bate-papo. Aguardo também o texto com fotos que será encaminhado pela sra. Rachel.
E você, teria alguma informação relacionada à comunidade
judaica das cidades do interior paulista? Fotos, memórias, documentos?
Histórias de sua família, quando chegaram e o porquê da escolha da cidade, como
era a da comunidade judaica e sua integração com a comunidade local, as
sinagogas, escolas, como e onde comemoravam as festas? Escreva para myrirs@hotmail.com . Vamos resgatar nossas raízes...
Oi Myriam, Dr Francisco Reiszfeld você sabe que é meu avô materno, né? Será que estas pessoas que o conheceram tem fotos?
ResponderExcluirOi Roberto obrigada por comentar!!!! Citamos o Dr. Francisco, inclusive, em publicações anteriores!!! Segue uma destas publicações, para quem não a viu: https://artejudaicasaopaulo.blogspot.com/2018/02/confraria-do-shabat-amigos-se.html
ExcluirOlá
ResponderExcluirFiz bar mitzva, há 43 anos, na sinagoga da rua Augusta, tenho fotos que posso disponibilizar
Ola Jorge, que ótimo saber! Poderia escrever sobre isso, e encaminhar as fotos para mim, no e-mail myrirs@hotmail.com ?!
ExcluirÓ meu avô Armando Ratzersdorf, o quadro maior na parede dos presidentes!
ResponderExcluirOi Elisabeth, fico feliz que você gostou!!!
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