Para entendermos um pouco a configuração, projetos e características das sinagogas dos últimos séculos, e em especial, aqui em São Paulo, é interessante continuarmos verificando um pouco da historia destas.
A separação de homens e mulheres provém do período do Segundo Templo: o Pátio das Mulheres era usado inicialmente por ambos os sexos, até os rabinos determinarem a criação de uma galeria acima da sala, especialmente para as mulheres.
A separação de homens e mulheres provém do período do Segundo Templo: o Pátio das Mulheres era usado inicialmente por ambos os sexos, até os rabinos determinarem a criação de uma galeria acima da sala, especialmente para as mulheres.
A
parte frontal da fachada de dois pavimentos, neste período consistia no
encurvamento do triangulo em um arco, uma variante do frontão grego comum, o
que permitia uma melhor iluminação do interior.
As
três portas na fachada, sendo a central mais alta, sofreu influência de templos
sírios.
Os
ornamentos em relevo das sinagogas dos primeiros séculos da Era Comum não
excluíam o uso de imagens de vegetais e animais, aplicados em caixilhos de
portas, janelas e arcos.
O
interior simples das sinagogas pavimentado com lajes de pedra contrastava com a
fachada ornamentada: uma vez no interior do edifício, a atenção dever-se-ia
concentrar nas rezas.
Um
único detalhe se sobressai a esta simplicidade. Uma cadeira decorada e
ornamentada, em pedra, chamada “Cadeira de Moisés”.
Do terceiro ao sexto século, inicia-se uma
fase de transição, buscando a solução de “inconveniências” do período anterior:
por exemplo, a posição da Arca para a Torah, uma vez que dever-se-ia rezar
voltado para Jerusalém e a fachada principal também voltava-se para tal
direção.
Neste
período, surgem novos princípios: santuário fixo na parede orientada para
Jerusalém; entradas da sinagoga passam a se localizar na parede oposta; as
sinagogas passam a ser decoradas com esculturas figurativas, com mosaicos e
afrescos substituindo as esculturas em relevo.
Exemplos
deste período são as sinagogas de Beth Shearim, Chulda, Hamat e Eshtemoa, em
Israel e fora deste, a sinagoga de Dura-Europos, no Eufrates (séc. III). Esta
sinagoga, pelo que parece, já não possuía compartimento separado para as
mulheres, talvez uma atitude mais liberal, também atestada pelas pinturas murais.