quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Resgatando memórias, várias histórias...


Em julho de 2016, postei no facebook, e aqui no blog, um texto em busca de um pouco mais de informações sobre a comunidade judaica da Vila Mariana, e sobre as Sinagogas do Peretz e do Lar dos Velhos.

Como comentei, várias pessoas me retornaram, muitas indicando conhecidos ou parentes. Seguem algumas das postagens...

Logo que inclui o texto no facebook, David Aschenbrenner, que estudou com minha prima EstherDzialowsky, entrou em contato comigo. Ele me contou que teve aulas de Bar-Mitzva com meu zaide, por 6 meses, quando estava com 12 anos e estava com nefrite. Meu zaide ia na casa dele, subia as escadas, e ele, acamado, estudava. Comentou, também, que sua  família tinha lugar vitalício na Sinagoga Mordechai Guertzenstein. Sugeriu-me várias fontes a procurar, para "aumentar o acervo de minha pesquisa", de resgate da memoria da nossa comunidade. Procurar o historiador Guilherme Faiguenboim, a Chevra Kadisha, a família Blinder, o Cemiterio da V. Mariana, AHJB, Roney Cytrinoviwcz. Lembramos da D.Elisa, primeira diretora do Peretz, sobre o fim das sinagogas da V. Mariana, e sobre o mobiliário da Sinagoga Mordechai Guertzenstein

Também Anita Hitelman, (Anita Alterman na época da Sinagoga da Vila Mariana), postou no facebook, em um comentário, que estudou no Colégio Estadual de S.Paulo (ex Roosevelt, uma referência na época). Frequentou a Sinagoga do Peretz, visitava sempre a do Lar dos Velhos, carregou “muitas bandeirinhas com maçã na ponta, em Simchat Torah”, e participou do Dror, assim como minha mãe. As reuniões aconteciam nos imensos jardins da casa do Guertzenstein.” Tambem frequentou o grupo de jovens da comunidade judaica da V.Mariana, reunindo-se no salão da “futura” Sinagoga Mordechai Guertzenstein. Foi vizinha de minha mãe na R. Joaquim Tavora, aonde moraram de 1948 até 1958 na casa n. 709.

Milton Naparstek também contou que o sr Francisco Aizemberg, um dos que fundaram a Sinagoga Mordechai Guertzenstein, era seu tio avô...irmão do avô materno e de outro tio, Leiba. Lembrou que ele veio primeiro da Polônia e depois vieram os irmãos. Os avós moravam na Cel. Lisboa, em frente ao Lar dos Velhos. E frequentavam a sinagoga do Lar. O seu tio Francisco (Schie), que era alfaiate, morava na pracinha em frente ao Lar dos Velhos.

A família de Branca Vaidergorn frequentou algum tempo a sinagoga do Peretz. Também tinham lugares lá, pois tanto a família do pai da Branca, quanto da mãe eram da Vila Mariana.


Maurice, Dora, Clarissa, Bernardo e Myriam Szwarcbart
na casa da R. das Camélias


Rosalia Lerner lembrou que seu pai “admirava demais meu zaide, e lembra-se da minha mãe...Nos anos 60, algumas famílias da comunidade judaica reuniam-se na Rua das Camelias, na casa de meu tio Moisés e minha tia Rachel Dzialowsky, irmã de meu pai...


Silvia Galantier Krasilchik, que sempre frequentou a “Sinagoga do Peretz”, foi quem me colocou em contato com seu pai, Dr. Mauricio Galantier, sobre quem já falei em algumas postagens.



Denise Scharff, por sua vez, entrou em contato e comentou que o pai Rafael, que teve loja de roupas da Av.Domingos de Moraes, tem “muitas memórias da época da Sinagoga e adora falar daqueles tempos”. O avô da Denise teve loja de móveis na região...



O apoio da LuciaChermont, do AHJB (hoje ligado ao Museu Judaico) tem sido muito importante. Inclusive tem compartilhado as minhas postagens no facebook. Através dela conheci Bia Blay, também do Museu Judaico. Com estes contatos feitos, comecei a participar, de forma voluntária, na catalogação das fotos do Colegio I.L.Peretz, que encerrará suas atividades na R.Madre Cabrini, 195, no final de 2016, fundindo-se com o Alef, tornando-se Alef-Peretz em 2017.

Foi através das postagens compartilhadas no facebook, e de um comentário da Lucia Chermont, que conheci Beto e Lea SingerBarzilay, e assim a Sinagoga do Cambuci, que falarei em outro momento.

Ricardo Sitzer contou que o tio-avo, Elias Wolf Sitzer, foi bem ativo nos primeiros passos do Colegio I.L. Peretz “antigo”, e era ligado a ensino. E perguntou se alguém teria algum material sobre o tio-avo.

Outro dia questionei ao Sergio Grinberg, ao comentar ser  sobrinho do sr. Bernardo Guertzenstein (tio da mãe), se possuía material sobre a sinagoga...

Cecília Schapira Bursztyn, filha da sra. Sara e sr. Irmo, frequentou a Sinagoga da Vila Mariana, como contou. O avô foi um dos fundadores... ela espera achar algum documento ou foto...

Hilton Barlach, Joe Diesendruck, viram o blog e comentaram no facebook.  

Delia Guelman lembrou que os Klabin eram donos dos maiores terrenos da Vila Mariana e o Lar dos Velhos está em um terreno doado pela família.

Diversas pessoas estão indicando conhecidos, amigos ou parentes: Marta Hepner Tkacz, Delane Schapira Wajman, Carlinha Chisman, Gabriela Rottgen , Roberta Sundfeld , Raquel Grunkraut que sugeriu Melanie Grunkraut e  Annik Chut, que indicou Jairo Gawendo. Eduardo Alcalay indicou Gilberto Rosenchan, que, em uma reunião, me passou diversos contatos de várias sinagogas.

Aos poucos novas postagens e comentários vem surgindo...contribuindo para que este blog tome forma e seja possível resgatar e registrar as Sinagogas de São Paulo, sua arte e arquitetura, a história da comunidade judaica em diferentes épocas e em diferentes regiões de São Paulo...

E assim, em 5 de junho de 2017, Arnaldo Dratwa deixou-me uma mensagem no facebook, e um comentário no blog, aonde escreveu:


“Myriam boa tarde. Nem sei como cheguei no seu Blog mas estou adorando! O meu avô paterno, Sr. Micea Dratcu (Zeide Moishe) de abençoada memória, participou da fundação da Sinagoga Mordechai Guertzenstein, e até os seus últimos dias de vida em 1978, foi o Gabai da Sinagoga. A minha Tia Maika Milner é a única filha viva do Sr. Moishe Dratcu. Ela está finalizando um livro sobre a vida dela na Besarabia, sobre os judeus de Rotin,  e acho que ela seria de grande valia para resguardar a memória da Sinagoga do I.L.Peretz. Caso tenha interesse, entre em contato comigo. Abraço, Arnaldo Dratwa”. Entrei em contato com a sra. Maika, mas ainda não tivemos a oportunidade de conversar...

7 comentários:

  1. Oi Mirinha !! Sabe que eu fui da primeira turma do Colegio IL Peretz fundado por Simao Faiguenboim e Elisa . Eramos 11 alunos na minha classe !! Posso te ajudar com informaçoes sobre a sinagoga do Cambuci que foi fundada pela familia de meu avô materno Jacob Moises Lafer. Frequentamos muito tempo essa pequena sinagoga que ainda existe ate hoje e onde funciona um grupo do Maçons que conheço alguns se v precisar te ponho em contato. Me liga quando puder para mais info.
    cel 999555576 ou 38872384
    beijos pra v e o David

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    1. Oi Keila!!! Que otimo saber disso!!! Fico feliz que possa ajudar com mais informções sobre a Sinagoga do Cambuci. Estive lá em uma quarta-feira e num Shabat que o Beto Barzilay organiza. É lindissima, e muito bem conservada! Interessante saber que seu avo materno tambem é Lafer...mesmo sobrenome de minha avó!! Vou entrar em contato contigo. Beijos para voces...

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  2. Myriam boa tarde. Nem sei como cheguei no seu Blog mas estou adorando! O meu avô paterno, Sr. Micea Dratcu (Zeide Moishe) de abençoada memória,participou de sua fundação e até os seus últimos dias de vida em 1978, foi o Gabai da Sinagoga do Peretz.
    A minha Tia Maika Milner é a única filha viva do Sr.Moishe Dratcu. Ela está finalizando um livro sobre a vida dela na Besarabia e acho que ela seria de grande valia para resguardar a memória da Sinagoga do I.L.Peretz.
    Caso tenha interesse, entre em contato comigo no tel. 98415-6007.
    Abraço, Arnaldo Dratwa.

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    1. Ola Arnaldo, boa noite! Fiquei feliz pelo seu comentário. Conversamos há pouco e aguardo o contato de sua tia Maika para que possamos conversar também... Abraços, Myriam

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  3. Prezados Myriam e Arnaldo, aqui é a Profa. Tucci Carneiro, da USP. Entrevistei e publiquei o livro da Maika pela Humanitas. Pretendo inserir a história da Maika em um livro que estou escrevendo sobre as crianças no Holocausto. Gostaria de saber se vcs conseguem fotos da Maika e familiares, desde criança até a vida adulta aqui no Brasil. Preciso também saber a data do falecimento da Maika, mulher muito especial e corajosa. Meu e-mail: malutucci@gmail.com

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Bom dia Profa. Tucci Carneiro. Se puder, entre em contato diretamente com o Arnaldo, que terá mais detalhes a respeito da sra. Maika. E como a senhora comenta, e para quem não conhece, o livro da sra. Malka Dratcu Milner, "Marcas de um passado - A travessia de Maika- sobrevivente do Holocausto. De Hotin a São Paulo" foi publicado pela Editora Humanitas em 2018

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