terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Muitas famílias fazem parte da história da Sinagoga Israelita do Brás

Assim como muitas famílias fizeram parte da história da Escola Israelita Brasileira Luiz Fleitlich, muitas famílias fazem parte da história da Sinagoga Israelita do Brás:

Familia de sra. Frida Risnic Rubin
Sra. Frida Risnic Rubin, encaminhou-me uma foto da família reunida, e contou que tem “informações e lembranças bem antigas”, de quando morou no Brás...os pais, sra.Zelda e sr.Josef Risnic tinham uma loja de confecção própria na Rua Oriente, a “Confecções Betty”, e, por volta de 1972 saíram de lá.  Montaram no Bom Retiro uma confecção e malharia. Os avós da sra. Frida, sr.Moshe e sra.Sara vieram da Rússia, e até 1965 mais ou menos eles, seus filhos e netos frequentaram a Sinagoga do Brás... Sra. Frida e as irmãs Gissela e Betty moraram no Brás(sra. Frida era a mais velha) e mudaram de bairro quando tinha “por volta de 10 anos de idade”. Frequentaram o Primário no colégio Liceu Academico São Paulo à Rua Oriente, e, de sua classe, lembra-se de uma única amiga, que também era da comunidade judaica e que frequentava a sinagoga: Marlyn Zukerman. Os primos moravam no Brás, e também frequentavam a sinagoga: Bóris Risnic, Duda, Sérgio e Milca. Todos os domingos iam às matines do cine Oberdan. Recorda-se da vizinha, sra. Regina Pustilnic, já falecida a qual também tinha uma loja no Brás (filhas Eliane e Sandra). Sra. Frida e sra. Regina moravam à Rua Barão de Ladário.

Sra. Myriam K. Epelboine comentou que ela, filha única, e os pais moravam em Atibaia, mas frequentavam o Schil do Brás, aonde os pais se casaram em dezembro de 1928, “a mãe com um vestido azul claro”. O pai, que era Cohen, sentava-se, na Sinagoga do Brás, na primeira cadeira, próxima à Bimá. Sra. Myriam participou do grupo de jovens da comunidade judaica do Brás, o “Motale Club”, nos anos 1950/1960.

Rochéli Ciocler avisou a Arthur Ciocler Chan que possui fotos do Brit-Mila do tio deste, no Brás, e postou que o avô também frequentava a sinagoga.

Sra.Betty Habelak , além de ter estudado na escola Luiz Fleitlich, contou que a família possuia lugares no Schil do Brás, na parte de cima. (Pertence às famílias Kuperman e Leiderman). Avisou que encaminhará a foto do casamento dos pais.

Os avós da sra. Paulette Ungar frequentaram a sinagoga do Brás, e recentemente, o sobrinho fez a Aliah à Torah nesta. O irmão doou uma Torah há alguns anos atrás. Aguardamos as fotos também...

Já os pais de sra.Clara Beer casaram-se nessa Sinagoga em 1936.

Sra. Sara Borensztejn , assim como a sra. Esther Chimanovitch (já comentado neste blog), lembrou que o avo Pinkus Glina foi shames do Schil do Brás por muitos anos. E a irmã ficou noiva neste Schil.

Patricia Golombek contou que os avós tinham loja na Rua Bresser, a uma quadra da sinagoga, e passou a infância e adolescência frequentando com a família aquela sinagoga. Guarda na memória os desenhos dos Mazalót das paredes da sinagoga...


Sra. Rosa Kohan comenta... “gostaria de saber, se consigo as plaquinhas, das cadeiras, com os nomes dos meus avós! Seria a única lembrança, que teria deles, e que me deixaria muito feliz! Me lembro, de pequena, subindo, par sentar junto com minha avó!!”

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

A Sinagoga Israelita do Brás

A Sinagoga Israelita do Brás, fundada em 23 de junho de 1925 e situada à Rua Bresser, 47, teve sua primeira diretoria formada por Leão Kassinsky(Kasinski), Guilherme Meltzer, Isaac e Fanny Kohan, Jacob Kutcher, Emilio Kuchnir, Max Jagle, Boris Rolnick, Paulo Leguer, Adolfo Rozenblat e Jaime Serber, segundo informação da Enciclopédia Judaica.

O edifício desta sinagoga assemelha-se, de certa forma, a diversas outras do mesmo período, possuindo duas escadarias externas em suas laterias, as quais servem de acesso à ala masculina. Através de mais um lance de escadas, chega-se à ala feminina.

Ao escrever sobre a Sinagoga Israelita do Cambuci, Francisco Moreno observou que a Sinagoga Israelita do Brás também era adornada com os símbolos do zodíaco ou Mazalót, tema artístico comum a várias sinagogas na Polônia. Ambas sinagogas receberam tal pintura de um artista judeu polonês, que acabou por voltar para a Polônia antes da II Guerra Mundial.

Silvio Ary Priszculnik comentou que esta sinagoga, como outras, eram atreladas à escola judaica do bairro. Mais ampla que a Sinagoga do Cambuci, possuía um salão ao fundo que foi, inclusive, utilizado na época em que estavam reformando e pintando a sinagoga, há mais de 25 anos. Procurou-se recuperar as pinturas dos Mazalót do teto, o que não foi possível, acabando por serem perdidas. Porém recuperou-se as pinturas dos Mazalóts laterais, preservando-as.

Segundo Silvio, a Sinagoga do Brás não está abandonada, como muitos pensavam. Seu pai, sr. Simão Priszculnik, e outros frequentadores continuam realizando as rezas do Shacharit de Shabat, nesta sinagoga.

Lembro, ainda, que meu tio-avô, Horacio Horst Lafer, foi residente desta sinagoga nos anos 1980.

Sra. Rachel Talesnick Berger  nos informou que sua família frequentou esta sinagoga, sendo que o pai, Mauricio (Meir) foi um dos fundadores do Shil. A cadeira com o nome do pai situava-se “do lado direito, em frente à Bima, e a da mãe, Rivka Talesnick, no mezanino, do lado esquerdo na mesma direção da cadeira do pai”. Enfatizou que as familias Fleitlich, Kogan, Taleisnick, Bylenky, Teperman são parentes entre si.

A sra. Esther Chimanovitch observou que o avô, Pinkus Glina, foi Shames por muitos anos, e sra. Esther “adorava passar as festas la”

O pai de sra. Betty Habelak , Aron Kuperman, foi diretor do shil. A sra. Betty era sobrinha da sra. Rosa Fleitlich (já falecida), filha do sr. Luiz Fleitlich. A sra. Beatriz Fleitlich, filha de Rafael e também neta de Luiz e Bertha Fleitlich) foi indicada pela prima, sra. Myriam K. Epelboine .

E o sr. Jack Strauss frequentou-a também. Informou que enviará uma foto de uma peça de teatro na Sinagoga. Lembrou-se também do sr.David Iampolsky, como Chazan.

Visitei o CDM do Museu Judaico, antigo AHJB, e a caixa CI-0001-Uniãoda Mocidade Israelita do Bráz nos mostra que situava-se na Rua Bresser,13 e a abertura desta deu-se em 13/03/1937. Vemos os nomes de Jacob Waldman, Marcos Bilenki, Peres Moscovich. A Assembléia da fundação deu-se em 20/09/36, na residencia de sr. Bernardo Blay, à Rua Bresser, 184, com a presença, entre outros de Miguel Kauffman, Aron David e Boris StarenickO pedido do Alvará de Licença ocorreu em 13/01/1937

domingo, 15 de janeiro de 2017

Familias no Brás: Feffer, Blay, Kasinski, Waldman, entre outras...

As Porteiras do Brás- http://www.jorbras.com.br/portal
Entrevistas e artigos publicados nos mostram que as famílias de sr. Leon Feffer, sr. Samuel Blay, sr. Abraham Kasinski, sr. Mauricio Waldman, dentre outras, também tem suas histórias ligadas ao bairro do Brás.

Sr. Leon Feffer, por exemplo, nasceu na Ucrania e chegou ao Brasil aos 19 anos. Aos 24 registrou sua primeira empresa de comercialização de papéis no bairro do Brás. Comprava papel no atacado e o revendia em bazares e papelaria. Inicialmente a pé ou de bonde, até comprar sua primeira charrete. Morava na rua Bresser, 154, na ocasião. Abriu também uma tipografia e uma pequena fábrica de envelopes, alugou uma loja na Rua Rangel Pestana, além de outros projetos. Esta loja era vizinha à d o sr. Salomão Teperman, que fabricava e vendia móveis. 
Sr. Leon casou-se com a sra. Antonietta, filha do sr. Salomão. Na década de 1930, necessitando de mais espaço para sua empresa, construiu um edifício próprio à Rua Barão do Ladário. Em 1939, desfez-se de tudo, inclusive da casa da família, e levantou capital para montar sua própria fábrica de papel. Esta pequena fábrica deu origem ao Grupo Suzano. Leiam mais em: http://www.alef.org.br/institucional.php 

O sr. Samuel Blay, filho de Leon e Dora Blay, nasceu em São Paulo, em 29 de novembro de 1922. A família do pai e da mãe moravam na Polônia, em Rovno, perto de Kiev. A pedido da avó paterna, o pai Leon Blay saiu da Polonia em 1909, em direção a Argentina, começando a trabalhar em Buenos Aires. Em 1913, seguiu para o Brasil e chegando em São Paulo, com cerca de 22 anos, começou a trabalhar como mascate, vendendo gramofones e fotos em prestações, com o objetivo de mandar o dinheiro para a Europa. Depois disto, e até 1917, começou a vender casimira e a fazer ternos para os homens. Nesta época morava em casa de família. Em 1917 começou a se corresponder com a mãe do sr. Samuel, que morava em Boston, nos Estados Unidos. Escreveu que gostaria de se casar com ela, esta aceitou o convite e, em 1917, sra. Dora chegou a São Paulo. Os dois casaram-se em 30 de junho de 1917, vivendo juntos durante 29 anos. Na entrevista, sr. Samuel comenta que os pais pretendiam comprar uma casa, com as economias que tinha. Foram em busca de um terreno, encontrando um na rua Bresser. Acabaram por compra-lo. Com o passar do tempo, construiu um sobrado e uma loja. Como a mãe detestava escadas, fez um sobrado menor, incluindo mais dois porões. Foram, assim, para a nova casa. Nesta ocasião, a loja que possuíam já estava alugada para uma tinturaria, e os 2 porões também, para duas famílias. Com o tempo, pretendendo um aumento no aluguel da loja, o inquilino acabou saindo. O pai começou a pensar em abrir uma casa de móveis, o que o fez em 1930. Os negócios não eram fáceis na época... Para conhecer um pouco mais sobre a história do sr. Samuel Blay veja o link: http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/samuel-blay-44896

Estação do Brás e Pça Agente Cícero em 1959
http://www.jorbras.com.br/portal
Podemos ler que “desde criança, quando brincava pelas ruas do bairro do Brás”, sr. Abraham Kasinski, descendente de judeus russos, sempre teve um sonho: fabricar um automóvel. Sr. Abraham nasceu no dia 11 de julho de 1917, não na residência da família (esquina da avenida Celso Garcia com a rua Bresser), como era habitual naquela época, mas na maternidade do Tatuapé. Os primeiros anos da infância foram vividos pelas ruas do bairro. "Havia algumas indústrias e muitas casas de famílias de classe média. Meu território era ali pela Bresser, pela rua Silva Telles, largo da Concórdia e rua Joli, aonde havia o cinema Brás Politheama”. O "ponto" de sr. Kasinski era na loja do pai, a Loja do Leão, que funcionava junto à casa da família e que deu origem a toda uma linhagem de negócios ligado aos automóveis.
O negócio de seu pai não vendia acessórios. "Não era uma loja para enfeitar automóveis, mas sim de peças que gastavam e precisavam ser substituídas. Ou seja, tudo o que se referia a peça de reposição, a loja Leão tinha para vender. Estudou no Colégio do Carmo, de religiosos católicos, um conflito com suas origens judaicas. Aos sábado, ia com a família à sinagoga da rua Bresser. Sr. Abraham faleceu em 09/02/2012. Para conhecer um pouco mais sobre a história de Abraham Kasinski, vistem http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff2610200320.htm 

Final de 1940 e início dos anos de 1950
https://diariodotransporte.com.br
Quanto ao sr. Maurício Waldman, a família do pai é originária da Polonia(Lagow), e a da mãe tem origem italiana. O pai, sr. Wolf Waldman tinha sido um militante do Bund polonês quando jovem. Além dele, outros irmãos do pai, Chil, Schloime, Jacó e David também seguiram para o Brasil. Todos os demais membros da família que permaneceram na Polônia, com exceção da sra. Ruth, tia de sr. Mauricio, foram mortos pelos nazistas. Já a família da mãe veio “bem antes” para o Brasil. As raízes da família da mãe estão no antigo Guetto de Veneza. Sr. Mauricio nasceu no bairro do Brás, em dezembro de 1955. Comenta que “nos anos 50, o bairro do Brás reunia uma coletividade judaica de certo vulto, quase todos comerciantes e profissionais liberais de origem polonesa, russa, alemã e romena. Esta comunidade mantinha diversas instituições, dentre as quais a sinagoga da Rua Bresser”, onde celebrou o Bar-Mitzvá. Mais tarde mudou-se com a minha família para o Tatuapé. Fez parte dos estudos na Escola Israelita Luiz Fleitlich, que funcionou “na Rua Visconde de Parnaíba até os anos 60. Mais tarde, o prédio foi demolido no final dos anos 70 para abrir espaço para a atual estação Bresser do metrô”. Foi lá que aprendeu canções judaicas e elementos básicos da religião e da história do povo judeu. Também estudou na escola estadual Colégio Domingos Faustino Sarmiento e posteriormente, no Colégio Oswaldo Catalano, no Tatuapé. A família não era religiosa, no entanto a mãe e irmãs sempre acendiam as velas de Shabat, e freqüentavam apenas eventualmente a sinagoga. Leiam mais: http://galiza-israel.blogspot.com.br/2007/04/o-pt-e-os-xudeus-no-brasil.html

domingo, 8 de janeiro de 2017

O carinho de ex-alunos da Escola Israelita Brasileira Luiz Fleitlich...

É muito interessante observar os comentários de vários ex-alunos da Escola Israelita Brasileira Luiz Fleitlich, e o imenso carinho que guardam desta...

Dilpoma de Fanny K. Zissu
Além dos ex-alunos que já citei no post anterior, como o sr. Jose Heppner Z’L (pai de Marta Hepner TKacz), Léo Gliksberg, Sidney Berel Sizer, Nilton Sihel, Maria Zitzer e irmãos, e Alberto Raicher e irmãos, também estudaram nesta escola: Rosane Schikmann, Fany K. Zissu, Berta Becker Beraja, Lilian Froiman e irmãos, Rachel Talesnick Berger, Shirley Grinberg, Silvio Acherboim Marcia Tau Zymberg TomaszewskiSuzi Mautner, Berenice Diamandi, Dorit DreznerGeni Froiman, Bety Jardinovsky, Clara Nigri, Marta Janiuk PomerancblumSuely Rotband Fischer...

Paulete Klepacz contou que estudou na Luiz Fleitlich e que, em 2015, todos alunos de sua classe marcaram um encontro, recordando muitos fatos da época

Foto de Eliana Vaiser -Seder de Pessach
Julio Skipka nasceu em 1944, fez o primário no Luiz Fleitich, e até 1956 morou na Rua Silva Telles, quando então foi morar no Bom Retiro com a familia. Os irmãos de Sol Benadiba estudaram na escola, Sol fez o Gan lá.

Lea Raicher também fez o primário na Luiz Fleitich, sendo um ano na Rua Bresser, os outros anos na Rua Visconde de Parnaíba. E Eliana Vaiser, estudou no Luiz Fleitlich até o terceiro ano primario, quando a escola fechou em 1972;  Betty Habelak, estudou de 1947 a 1951, e Helio Ciocler, estudou de 1961 (jardim de infância) a 1966 (4o. primário). Nesta época, Helio Ciocler morava na rua Silva Telles, bairro do Pari, e frequentava a Sinagoga da Rua Bresser, onde fez seu Bar-Mitzvá.

Eliane Pustilnik Broner estudou nesta escola e destaca que “lá passava o trem ao lado, na Visconde de Parnaiba”.

Helio Pilnik , por sua vez, avisa: “Temos um grupo completo de alunos da Luiz Fleitlich de 1960 a 1965 , e que se reúne com certa regularidade ,que tem um conjunto razoável de fotos e documentos, além de serem frequentadores com seus pais e demais parentes da sinagoga do Bras”.

Os irmãos de Jairo Casoy estudaram na Luiz Fleitich nos anos 50, e moraram na Silva Teles, onde o pai tinha loja desde 1956; e a mãe de Frida Czarny estudou na primeira turma no primário.

Comentaram também os posts a sra. Betty Habelak, sobrinha de Rosa Fleitlich, já falecida e filha de Luiz Fleitlich; e sra. Myriam K. Epelboine, prima de Beatriz Fleitlich, filha de Rafael e neta de Luiz e Bertha Fleitlich.

Deborah Rozenkwit lembrou novamente do avô, Mar Uszer, diretor da escola, e contou que o pai, hoje com 72 anos, também lá estudou na década de 50... ele era o menino que tocava piano nas festas da escola.

Fany Cogan Barocas contou que em 1952, antes de ser contratada pelo Peretz, foi trabalhar na escola do Brás, junto com a sra. Miriam, viúva do Ben Abraham, na classe infantil. Lá ficaram um semestre, pois Morá Fany estava terminando o Curso Normal, e a sra. Miriam ainda não falava o português.

Alzira Mizrahi Golderg, em uma mensagem, comentou que há muitos anos estudou na escola do Brás. Depois disto, foi Morá por nove anos nesta escola, tendo conhecido a sinagoga e a comunidade judaica do Brás.


Os ex-alunos lembraram ainda de Morá Norina, Morá Meiri, Mar Freid, Amnon e Mar Shohad, Dona Zebina, Rita, Morá Telma, Morá Tzipora...

Fabio Schnaidman, que mora em Israel, encaminhou-me a foto ao lado, que também foi compartilhada por Léo Gliksberg, no facebook.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Escola Israelita Brasileira Luiz Fleitlich, escola judaica do bairro do Brás.

Antes de postar mais um pouco sobre a comunidade judaica do Brás e sobre a Sinagoga Israelita do Brás, é interessante falar sobre a Escola Israelita Brasileira Luiz Fleitlich, escola judaica do bairro do Brás.

Inaugurada em 11 de abril de 1937, visava atender aos pedidos dos membros da comunidade judaica do Brás, Belém, Tatuapé, Penha e Mooca, no ano de 1935, cientes da necessidade de educação judaica-cultura e religião- para seus filhos.

Instalada inicialmente em uma pequena casa, à rua Bresser, próxima à sinagoga, doada por Luiz e Bertha Fleitlich, mantinha o ensino primário regulamentar, além da área de hebraico. Estruturada com poucos funcionários, possuía uma comissão de mães- Muterat -que organizava eventos para ajudar na manutenção econômica desta escola.

O primeiro diretor, Mar Schoichet atuou de 1937 a 1950 e Mar Uszer Lejb Rozenkwitt, de 1950 até 1972, ano de fechamento da escola, quando já possuía poucos alunos matriculados. Por muitos anos, a diretora da área de português foi a sra. Sylvia Cardoso Guaycurú.

Participaram desta escola alunos cujos pais eram das mais variadas origens, como Polonia, Russia, Bessarábia, Alemanha, Siria, Turquia, Hungria, Italia, argentina, Libano, Austria, Lituania, Brasil, Inglaterra, Israel.

Seguem diversos comentários, lembranças e fotos dos que estudaram na Luiz Fletlich:

Deborah Oksman comenta que o pai, Samuel Hersz Oksman, estudou lá assim q chegou ao Brasil. Conta que possui uma foto dele com a sua classe, sentados em volta do sr. e sra. Fleitlish. Tem, também, fotos do querido more Usher com ele no Renascença do Bom Retiro, logo quando chegaram ao Brasil.

Deborah Rozenkwit, comentou que o avo foi diretor da escola, Marta Hepner TKacz e Léo Gliksberg, guardam doces lembranças do Moré Uszer. O pai de Marta Hepner TKacz, sr. Jose Hepner Z'L também estudou na Luiz Fleitlich. Léo inclusive contou que nasceu no Brás, estudou no Luiz Fleitlich, e o pai está estabelecido no Brás desde 1959. Sidney Berel Sizer também estudou nesta escola, Nilton Sihel, Maria Zitzer e irmãos também. Já Sami Raicher contou que o pai, Alberto Raicher, estudou na Luiz Fleitlich, cuja família era da Agua Rasa. Vejam as fotos compartilhadas no Facebook, por Léo Gliksberg:
 
Escola Luiz Fleitlich, os alunos em 1968, , Mar Uszer, professoras, parquinho, futebol, ed.física,
aula de musica, sala de aula 3.ano-prof.portugues

Para mais detalhes sobre esta escola, vejam a Tese(Doutorado) da sra. Edith Gross Hojda.Escola judaica: Intergração social e preservação cultural(1937-1972), 2006 FFLCHUSP ou o artigo publicado desta Tese em “Anais do V Encontro Nacional-Arquivo Histórico Judaico Brasileiro-S.Paulo-2014