sexta-feira, 26 de junho de 2020

Em busca de detalhes sobre a comunidade judaica de Araraquara

Fotos dos pais de sr. Josef Rewin em uma praça de Araraquara
Foto de sr. Josef Rewin

A busca por mais detalhes sobre a comunidade judaica de Araraquara permanece. Seus familiares moraram em Araraquara? Em que época chegaram? De onde vieram? O que os levou a buscar moradia e trabalho nesta cidade? Como a comunidade se organizava? Onde eram comemoradas as festividades? Possuem fotos, documentos, alguma história a contar?

Por whatsapp conversei novamente com o sr. Josef Rewin, que comentou: “Infelizmente as fotos que tenho estão muito ruins e pequenas, aqui coloquei uma foto dos meus pais numa praça de Araraquara, outra  da minha família (meus pais e irmãos, e meus tios e as filhas), uma foto do meu pai vendendo gravatas quando chegou em Araraquara, foto da loja do meu pai e de seus funcionários...”

Casa Ary e seus funcionários,
loja do sr. Arje Leib Rewin
Foto de sr. Josef Rewin
Celso Getz, como já publicado, havia escrito no Messenger do Facebook: “Boa tarde. Muito interessante o artigo sobre as comunidades do interior. Meus avós vieram da Polônia e foram para Araraquara. Minha mãe nasceu em Araraquara. Avós Ary Rewin e Clara Rewin”. Ontem, por whatsapp, Celso contou: “Boa noite...Sou neto do Sr Arje Lejb Rewin, que junto com minha avó Chaika, foram meu "Pai" pra mim e meus irmãos, já que meu pai faleceu com 39 anos em 1969, quando eu tinha 6 anos de idade. 

Eu não cheguei a morar em Araraquara, mas durante minha infância e adolescência todo ano íamos para lá no final do ano por uns 15 dias. Lembro bem da loja Casa Ary, onde passávamos vários dias ajudando na loja. 

Vi que meu tio Josef Rewin passou informações mais detalhadas da família, parentes, amigos, vida judaica. Eu não sabia destes detalhes como ele, que morou um bom tempo em Araraquara. Grande parte da minha educação judaica veio dos meus avós. 

Casa Ary
Foto enviada por  sr. Josef Rewin
Eu morava no Bom Retiro em São Paulo, na mesma rua que meus avós moraram depois de se mudarem de Araraquara. Sempre frequentei com eles a Sinagoga da rua da Graça, onde hoje é o magnífico memorial. 

Desde 2013 saí de São Paulo e vim morar em Paulínia (SP) por motivo de trabalho e aqui frequentamos, desde então, o Beith Chabad Campinas. Onde moramos, em nosso condomínio tem 5 famílias judias. Também em Campinas, um de nossos amigos é sr. Júlio Pilnik que também tem avós com raízes em Araraquara. 

O nome oficial do meu avô era Arje Lejb Rewin, mas no Brasil ficou sendo Ary Rubin. Meu pai chamava-se Pincos Yarme Getz, minha mãe, também já falecida, Martha Rewin Getz (filha do Arje). O outro irmão deles, Israel Rewin, é arquiteto muito conceituado em São Paulo. Eu tive a felicidade de morar no Bom Retiro, onde estudei no Renascença, frequentei o Hashomer Hatzair e a Sinagoga da Rua da Graça. Toda minha infância e adolescência frequentei com meus avós esta sinagoga. Meus avós tinham cadeiras lá e em todas as festas judaicas íamos com eles. Era muito bom. Meu Bar-Mitzvah fiz lá. 

Família de sr. Josef Rewin: pais, irmãos, tios e filhas
Foto de sr. Josef Rewin
Fico muito emocionado quando lembro ou falo do meu avô, ou Zeide como eu e meus irmãos o chamávamos. Ele foi um super avó, super "pai" que sempre se dedicou à família e à sociedade também, nos passou valores e sempre nos direcionou para o caminho do bem. Ele que nos levava todo sábado no Hashomer Hatzair e todo domingo era sagrado ir à Hebraica. Também se dedicou muito mesmo para minha avó Chaika (Clara). Vou procurar fotos de Araraquara. 

Meu filho Ilan Getz teve a honra de ser segurado por meu avô no Bris. O Bris foi no Shil da Vila. Tenho 2 filhos, o Ilan Getz com 18 anos e a Julie Getz com 16. Ela não teve a felicidade de conhecer meu avô. Eu e minha esposa Sônia Miriam Crivorot, mesmo longe de São Paulo, temos dado uma educação judaica para os nossos filhos. Agradeço muito ao Beith Chabad Campinas, sexta-feira vamos no Shabat. Meu filho e eu colocamos Teflin todos os dias, ele não come porco. 

Festa surpresa para sr. Arje Leib Rewin
Comemoração dos 90 anos
Foto enviada por Celso Getz
Em relação às fotos, a foto ao lado é da festa surpresa que fizemos para o meu avô 90 anos, aparecem meu avô, filhos Josef e Israel Rewin e os netos A segunda eu, meus irmãos Freddy e Milton Getz com meu avô em 1969, ano que meu pai faleceu. A terceira, no meu Bar-Mitzvah no Shill da Rua da Graça. Meus avós em Araraquara moravam no andar de cima da loja...”

Diversos comentários foram escritos nas páginas do Facebook. Em “Pletzale”, Sérgio Waissmann comentou: “Meu tio, Abraão Waissmann, morava com a família em Bebedouro, perto de Araraquara...” 

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Celso Getz e os irmãos Freddy e Milton Getz,
 com o avô em 1969, ano em que o pai faleceu.
Foto de Celso Getz
Em “Guisheft Vendas e Anuncios”, Newton Peissahk Manczyk escreveu: “Eu nasci em Araraquara, em 1959, Sinagoga não tinha, e nas Festas vínhamos para São Paulo, para passar com meus avós". 

Newton Peissahk Manczyk havia comentado anteriormente: “Meus pais moraram em Bauru um pouco antes de eu nascer em Araraquara e lá fizeram amizade principalmente com o Sr. Max, que tinha uma loja de móveis e a Sra Keyla, avós de Fred, Jaime e Nina Gelcer, que são como irmãos nossos.  

Ficamos pouco tempo, e fomos para Birigui e depois para Cruz Alta (RS), onde tinham algumas famílias e, posteriormente, Londrina, com apenas 3 famílias judaicas. Em 1974 viemos para São Paulo. Em Cruz Alta tinha sinagoga...” 

Nesta mesma página, Debora Sitnik avisou...passa pro Boris. Debora Sitnik escreveu: “Boris Sitnik, Cassio Posvolsky , olhem que interessante...” Allon Idelman “marcou” Raquel Klepacz e Jonas Grinspun indicou Marcio Wajngarten e  Danielle Wajngarten. E Paulinho Rosenbaum comentou: “Araraquoire” 

Bar-Mitzvah de Celso Getz no Shil da Vila
Foto de Celso Getz
Débora Schwartz Oliveira contou: “Sobre Araraquara temos muitas histórias e personagens, minha mãe Clara Lainer Schwartz nasceu lá e minha sogra, Riva Nimitz z’l morou lá também! Vou pedir para o Ricardo Nimitz de Souza Oliveira escrever. Entre em contato com a minha mãe! Ela terá muito prazer em te ajudar! Lembra dela? Clara Lainer Schwartz?” Ótimo saber! Vamos conversar, provavelmente, na próxima semana...

Os familiares de vocês, ao chegarem ao Estado de São Paulo, moraram nas colônias agrícolas de Nova Odessa, Jorge Tibiriça ou Campos Sales? Fizeram parte de alguma comunidade judaica, em alguma cidade do interior paulista? Vamos compartilhar histórias, resgatar nossas raízes e divulgá-las! Escrevam para mim... myrirs@hotmail.com

terça-feira, 23 de junho de 2020

A comunidade judaica de Araraquara


COM. GEOGRAPHICA E GEOLOGICA (CGG).
Estado de S. Paulo (Brazil):
Folha Rincão, São Paulo,1926.
(Folhas Topográficas, n. 16)
Folha S. Carlos do Pinhal. São Paulo:
Weiszflog Irmãos, 1912.
(Folhas Topográficas, n. 21).
Ao iniciar a busca de mais informações sobre as comunidades judaicas do interior paulista, em locais como Araraquara, Marília, Bauru, conversei novamente com Maria Theodora C. F. Barbosa, Coordenadora de Acervo no Centro de Memória do Museu Judaico de São Paulo. 

Recebi a listagem do material ali disponível relacionados a estes locais. Compartilho aqui algumas informações que recebi. 

Por exemplo, com o código CP0139, há a Coleção Pessoal Ida Kaplanas, com a seguinte descrição: “Esta coleção contém documentos pessoais de Jankelis Kaplanas, pai de Ida Kaplanas, doadora dos documentos. Jankelis (posteriormente João) nasceu em 1909 na Lituânia. Aos 19 anos, veio para o Brasil no navio Werra, que atracou em Ilha de Flores - RJ em 30 de novembro de 1929. Posteriormente, dirigiu-se para a Hospedaria do Imigrante - São Paulo e de lá foi para o interior do Estado. Formou-se em Araraquara e casou-se com Tema Tarassantsky (imigrante da região da Bessarábia) em 1937”.  Já em FI0015-FOT.RS-LAR/0340, há a anotação relativa à foto, de 1946: “No Shil, uma sala na rua Um, residência de uma família. Identificados na fotografia: Sara Tetner, Jaime Zaionchik, Benjamin Zaionchik, Martha Ruben, Leia Waisman, Bacia Kaplanas, Tema Kaplanas, Iditte Flank, Ida Kaplanas, Bertha Waisman, Líbia Flank, Israel Flank, Leia Waisman e Manoel Schinson”. Uma outra anotação, para a mesma pasta, foto de 1946, lê-se: “No Shil uma sala na rua Um, residência de uma família. Identificados na fotografia: Sara Tetner, Helena Tetner, Samuel Tetner, Moizes Zaiontchik, Benjamin Zaiontchik, Ester Waisman, Yacob Wisman, Israel Flank, Ester Zaiontchik, Marchevski, Manoel Schinson, Bertha Waisman, Americana, Aimen, Americano, Alberto Gotlib, Jaime Waisman, Maurício Flank, Simão Seinson, Ana Seinson, Raquel Rubin, Moises Ruben., Idite Flank, menino, Jaime Zaiontchik, RAquel Ruben, (Raquel Ruben) Martha Ruben, Julia Flank, Moises Rubin, Ida Kaplanas, Tema Kaplanas, Maurício Flank, João Kaplanas, Leia Waisman, Bácia Kaplanas”. Este material será consultado assim que possível, ao final do isolamento social, por causa da pandemia do covid-19.

Para mais detalhes sobre Araraquara, por indicação de sra. Clara Silberberg, conversei com seu primo, sr. Josef Rewin. Nascido em Araraquara em 1941, aos 15 anos mudou-se para a cidade de São Paulo. Seu pai, sr. Arje Lejb Rewin nasceu em 15 de dezembro de 1913 em Lutzig (ou Ludyn, nome a confirmar), localizado, na época, na Polônia, e chegou ao Brasil em 24 de agosto e 1935. Antes da viagem, porém, casou-se com Clara (Chaika) Shreir, que chegou ao Brasil somente em 20 de setembro de 1936, em um navio, que partiu da cidade de Gênova. Sr. Moisés, irmão do sr. Arje Leib, já estava no país, tendo chegado ao Brasil ainda solteiro. No país, os pais do sr. Josef, foram morar em Araraquara, talvez por não falarem a língua, ou pelo fato de, sendo uma cidade pequena à época, fosse mais fácil conseguir trabalho. Sr. Arje Lejb inicialmente vendeu gravatas, posteriormente abriu uma loja, a “Casa Ari”, de calçados e roupas, e que manteve mesmo depois da mudança para a capital. Posteriormente o edifício, histórico, acabou sendo demolido...

Sr. Josef contou que sua família era muito próxima da família do sr. Benjamin Rosenthal, pai da sra. Clara Silberberg, que se mudou da cidade, indo morar em Barretos. Comentou também que na cidade de Araraquara não havia sinagoga, mas as famílias da comunidade judaica reuniam-se em diversas casas, tanto para os minianim, como para as Grandes Festas, quando traziam um Chazan da capital. Sr. Josef e família moraram à Rua 2, ou 9 de julho, a rua principal da cidade. A família mudou-se para São Paulo, como comentou, “pelas mesmas razões que muitas outras famílias”, ou seja, pela preocupação de que os filhos casassem e se mantivessem dentro da comunidade judaica. Em são Paulo frequentaram a Sinagoga Kehilat Israel, à Rua da Graça, onde os pais possuíam cadeiras. Sr. Josef, engenheiro, casado, possui 2 filhos, e retornou à Araraquara algumas vezes desde que deixou a cidade. Comentou que desde então a cidade cresceu e mudou muito, está diferente, se comparada com as memórias que mantém da época em que lá morou. Sr. Josef listou as famílias que fizeram parte da comunidade judaica de Araraquara, em torno de 10 famílias, além de seus pais, sua irmã Martha e seu irmão Israel: Kaplan (sra. Tema, sr. Jankelis e 2 filhas), Tetner (sr. Samuel, esposa e filha Sara), Flank (sr. Mauricio, esposa, 4 filhos), Rubin (sr. Moises, esposa, 2 filhas), Zaiontchik (sr. Moisés, esposa e 2 filhos), Gotlieb (sr. Leon, esposa e 2 filhos), Wasserman (sr. Jacob), família Pilnik.

Em uma palestra, por internet (“Live”), para o Centro de Memória do Museu Judaico, em 27 de abril de 2020, sr. Celso Lafer comentou que seu avô, da família Pilnik, ao chegar ao Brasil, foi morar em Araraquara. Teve uma loja na cidade. Sr. Celso, contou que a mãe, sra. Betty, ficou órfã de mãe muito cedo. Fez o curso Normal, tendo atuado na Ofidas e na Unibes.

Isaac Pinski, ao contar sobre sua família, que morou em Sorocaba, e em texto já publicado neste Blog, relatou que a sra. Clara Kann se casou com sr. Ramiro Gordon, indo morar em Orlândia, próxima a Araraquara.

No site da Fisesp (https://www.fisesp.org.br/2011/04/14/comunidade-judaica-perde-o-jornalista-oscar-nimitz-zl/), podemos ler que o jornalista Oscar Nimitz z’l, nasceu na cidade de Araraquara-SP, tendo sido um dos grandes precurssores da mídia judaica em São Paulo, criando a Resenha Judaica e mais tarde a Tribuna Judaica, pela qual se dedicou até os últimos dias de sua vida.

No Messenger, Celso Getz escreveu: “Boa tarde. Muito interessante o artigo sobre as comunidades do interior. Meus avós vieram da Polônia e foram para Araraquara. Minha mãe nasceu em Araraquara. Avós Ary Rewin e Clara Rewin”. Solicitei a celso que conte um pouco mais e vamos aguardar...

E você, fez parte da comunidade judaica de Araraquara? Sua família, ao chegar ao Estado de São Paulo, morou nas colônias agrícolas de Nova Odessa, Jorge Tibiriça ou Campos Sales? Fez parte da comunidade judaica de Jundiaí, Franca, Catanduva, Itu, Marília, Bauru, Sorocaba, Piracicaba, Rio Claro, Limeira, Barretos, Botucatu, Campinas, Garça, Gália, Santos, e tantos outros locais? Escreva para mim... myris@hotmail.com

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Comunidade judaica do interior paulista: Araraquara, Rio Claro, Bauru, Sorocaba, Marília, Botucatu, e demais cidades...

Comunidade judaica de Bauru
Foto: Ides Rywa Czerniakowski

Na última publicação deste blog, questionei se você faz parte das famílias da comunidade judaica que moraram no interior paulista. Se você faz parte das famílias que se estabeleceram em cidades como Sorocaba, Bauru, Garça, Galia, Pompéia, Marília, Assis, Lins, Ourinhos, Ipauçu, Araraquara, Piracicaba, São Carlos, Presidente Prudente, Catanduva, Barretos, Itapetininga, Jaboticabal, Franca, Campinas, Itu, Rio Claro, Guarantinguetá e tantas outras. Busco detalhes de como eram estas comunidades, qual a origem das famílias que lá se estabeleceram, quando chegaram, como se relacionavam, em que trabalhavam, se havia sinagoga no local...



Recebi diversos e-mails e comentários por whatsapp e no Facebook, e aqui começo a compartilhar...

Antes disto, porém, relato a conversa que tive com Lisete Barlach, ainda em maio de 2020, e com sra. Clara Silberberg.

Lisete Barlach nasceu em São Paulo, porém parte de sua família morou em Araraquara. Sr. Isaac Pilnik, avô materno de Liste, mais ou menos em 1929, juntamente com 2 irmãos, saíram de Vilna, na Lituânia e, ao chegarem ao Brasil, foram Araraquara. Na cidade não havia sinagoga, o avô e irmãos eram cohanim, e costumavam abrir a casa nos feriados religiosos, não só para a comunidade judaica. A mãe de Lisete, sra. Sara Rosa chegou à capital somente no momento de cursar o colegial e contabilidade. Comentou que a sra. Beth Pilnik, cujo pai era irmão do avô de Lisete, “perdeu” a mãe muito cedo, e casou-se com Jacob Lafer, pai do sr. Celso Lafer. Lisete sugeriu conversar com sr. Helio Pilnik, pois este talvez tenha algum material relacionado à história da comunidade judaica em Araraquara.

Sr. Isaac Pilnik também era o avô da sra. Clara Silberberg. Sra. Clara contou que morou em Barretos, e os pais, sr. Benjamin e sra. Frida Rosenthal, eram muito conhecidos em Araraquara, Bebedouro, Piracicaba, onde tem parentes. Comentou que em Barretos não havia sinagoga, e a casa da sra. Clara era ponto de encontro nas rezas. A mãe era atuante na Wizo. Com o tempo as famílias começaram a se mudar para a capital sendo a família da sra. Clara a última a sair da cidade. Sra. Clara indicou conversar com sr. Josef Rewin, pois a família era de Araraquara...

Segue abaixo alguns comentários realizados no Facebook, a partir de meu questionamento do início deste post e da divulgação da placa em homenagem à Sociedade Israelita de Bauru, realizada pela Sinagoga Talmud Thora...

Por exemplo, em Sinagogas em São Paulo, Sheila Zatz Será escreveu, em relação à placa: “Será que é meu tio?” Marcelo Weingarten comentou por e-mail que talvez o tio de Sheila Zatz fosse da cidade de Garça...Sandro Libeskind “marcou” Beny Bichusky . Na página do Portal Judaico, Sheila Melnick comentou sobre um livro sensacional sobre os judeus do ABC Paulista. Realmente há nele histórias dos que foram inicialmente para o interior paulista...  Em Pletzale, Sheila Tabajuihanski viu  o nome do zeide Mauricio

Em Hasbara & Sionismo, sr. Abraham Marcovici comentou: “Quero parabenizá-la pelo brilhante e importante trabalho que a senhora está desenvolvendo. Tenho passagens pelas mais importantes entidades judaicas de São Paulo e do Paraná’, e orgulho-me de ter sido, ao lado de um grupo, um dos fundadores da Associação Israelita Catarinense. Ao longo desses anos, ouvi de muitos judeus, referências pessimistas quanto a nossa existência como comunidade, e a nossa gradual assimilação e extinção. Graças ao trabalho de muitos, Brasil adentro, como a senhora o faz, a expectativa se arrefeceu e inverteu-se. Contribuo com participações em Pessach, Barmitzvot, Yom Kipur, netos em escolas judaicas e Dror, idas várias a Israel e a eventos judaicos, manifestações na mídia em defesa de nossa fé, nossas cores, bandeira e sionismo. Deus lhe abençoe com seu trabalho”. Eu agradeço muito ao sr. Abraham Marcovici, pelo comentário que realizou, pelas atividades que desenvolve, de grande valor para a comunidade como um todo. Agradeço também por valorizar o trabalho que realizo, mesmo sem patrocínio e apoio financeiro até o momento, mas com a colaboração de todos que prestam seus depoimentos e contam as histórias de seus familiares, compartilham documentos e fotos, resgatam nossas raízes...

Pelo Messenger, sra. Esther Goldzveig Crochik também escreveu: “É Esther, nós conversamos sobre a família de meu ex-marido Crochik quando moravam em Sorocaba. Neste último post que você colocou, a placa do Tamuld Tora, tem o nome do meu sogro José Crochik”.

Na página do Guisheft Vendas e Anuncios, Ita Regina Miedzigorski também “marcou” Beny Bichusky, Yael Codreanschi “marcou” Duda Codreanschi,  Doba Tregier “marcou” Chaia Rosenzweig e Anna Tafla Tregier, e Gilson Suckeveris “marcou” Sergio Tcherniakovsky e Jairo Tcherniakovsky. Chaia Rosenzweig contou: “Minha mãe nasceu em Guaratinguetá” e Esther Salo Chimanovitch: “Eu nasci em São Carlos”. Solange B Valle contou que o pai, Simao Bisker, nasceu em Pompéia, perto de Marília. Marcia Asnis Weber contou que o avô nasceu em Rio Claro, a mãe, e os tios também. E que tem foto da loja do avô. Por e-mail recebi a foto, e já combinamos uma conversa com sra. Blima, mãe da Marcia, para hoje, 17 de junho, à tarde...

Lucila Simões Saidenberg escreveu um texto sobre a comunidade judaica de Campinas e Sheila Zilberman Bulis Strausas comentou que os avós fizeram parte da fundação da sinagoga de Jundiaí. Gil Segre e família moraram em Botucatu e Jose Roberto Zonis gostaria de saber sobre a origem da família, dos avós, que moraram em Bauru. Mais detalhes sobre estas informações, e novidades, nas próximas postagens...Aguardem!!

E se você quiser compartilhar a história de sua família, que fazia ou faz parte da comunidade judaica no interior paulista, escreva para mim ... myrirs@hotmail.com

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Você faz parte das famílias da comunidade judaica que moraram no interior paulista?

Placa afixada na Sinagoga Talmud Thora
em homenagem à Sociedade israelita de Bauru
Foto Rab. Ivo Kauffman
Durante todo este período de isolamento social tenho buscado informações, e pesquisado sobre as comunidades judaicas do interior paulista. E agora, mesmo com a volta parcial das atividades na capital, pretendo manter este estudo.

Como é possível perceber, em parte, os imigrantes dos países da Europa Oriental começaram a chegar à cidade de São Paulo pelas cidades do interior paulista. Esta afirmação consta do livro Estudos sobre a comunidade judaica do Brasil, do professor Nachman Falbel, publicado em 1984, pela Fisesp. Relato semelhante lemos na entrevista do sr. Marcos Firer, publicado em A Carta de Chamada - Relatos da Imigração judaica em São Paulo de 1932 até 1942. Este livro, organizado por Marília Levi Freidenson e publicado em 2014 pela Annablume, foi elaborado a partir de entrevistas realizadas pelo Nucleo de História Oral Gaby Becker, do então Arquivo Histórico Judaico Brasileiro ao projeto A Imigração judaica em São Paulo, iniciado em 1992. Sr. Marcos Firer conta, em tal relato, que “A Estrada de Ferro Sorocabana - que hoje não existe – era a estrada de ferro que ia para o oeste do Estado de São Paulo, todo mundo ia pra lá porque era mais fácil se adaptar no interior – o pessoal comparava aqui e vendia ali. Mas a locomoção era complicada, não era um negócio simples”. O tio-avô de sr. Marcos estabeleceu-se em Ipauçu, o pai em Ourinhos, o tio em Salto Grande, em Assis, o sobrinho dele...Sobre isto falaremos em novas publicações...

E voltando à cidade de Marília, Silvio Ary Priszkulnik havia comentado no Facebook: “Meu tio-avô Froike Stolar na foto. Confere Jonas Stolar? Os Priszkulniks, todos de Marília também. Simão Priszkulnik nascido lá inclusive, junto a minha tia Jeanete Priszkulnik Z"L. Stolares, primos da família Singal”. Por indicação do Silvio pude conversar com o sr. Simão Priszkulnik, pai do Silvio, que relembrou memórias de infância e a história da família. Sr. Avraham, pai do sr. Simão, saiu sozinho da cidade de Rovner, aos 19 anos, indo, inicialmente para Montevideo, onde conterrâneos já haviam se estabelecido. Posteriormente mudou-se para São Paulo, onde conheceu sra. Malka, originária da cidade de Ludz (próximo a Rolin, na Ucrania), e com quem se casou, em 1936. Após o casamento mudaram-se para Marília, cidade que estava florescendo e onde tinham parentes. Sra. Ester, irmã da mãe do sr. Simão, era casada com sr. Oscar Singal, e a família Singal morava nesta cidade. Em Marília, os pais do sr. Simão abriram a loja “Montevideo”, progrediram economicamente, trouxeram os pais e irmãos. Sr. Simão contou que nasceu em Marília, assim como a irmã mais velha, sra. Jeanete, já falecida. No início de 1942 retornaram à capital, onde a sra. Lea, irmã mais nova, nasceu. Sr. Simão irá conversar com sra. Lea em busca de fotos da época em que moraram em Marília, da loja Montevideo...Vamos aguardar...

Em publicações anteriores, algumas famílias haviam comentado que o valor arrecadado com a venda da casa onde estava estabelecida a Sinagoga de Bauru foi doado à Sinagoga Talmud Thora em São Paulo. Rabino Ivo Kauffman, havia comentado que a placa em homenagem à Sociedade Israelita de Bauru permanecia afixada na Sinagoga Talmud Thora ,e encaminhou a foto, que compartilho nesta publicação.

Você faz parte das famílias da comunidade judaica que moraram no interior paulista? Famílias que se estabeleceram em cidades como Sorocaba, Bauru, Garça, Galia, Pompéia, Marília, Assis, Lins, Ourinhos, Ipauçu, Araraquara, Piracicaba, São Carlos, Presidente Prudente, Catanduva, Barretos, Itapetininga, Jaboticabal, Franca, Campinas, Itu e tantas outras? Como eram estas comunidades? Qual a origem destas famílias? Quando chegaram? Como se relacionavam? Em que trabalhavam? Havia sinagoga no local ? Escreva para mim! Meu e-mail é myrirs@hotmail.com

sexta-feira, 5 de junho de 2020

Comentários sobre a Comunidade Judaica de Marília

Minian no Shil
Rosh Hashana 1934
Foto: Sr. Jayme Kopelman

A partir da divulgação das fotos enviadas pelo sr. Jayme Kopelman, diversas pessoas, muitas das quais da comunidade judaica de Marília, escreveram comentários no Facebook. Aqui compartilho os comentários e mais uma foto encaminhada pelo sr. Jayme, do minian no Shil, onde parece-me que está escrito: "Rosh Hashana - 1934" ...

No Facebook, em Guisheft Anúncios e Vendas, Jonas Stolar  identificou o pai na primeira foto postada anteriormente. Está na primeira fila de cima, da esquerda para a direita, ao lada do senhor de chapéu. Seu nome; Efraim Ajzyk Stolar. E citou Sueli Miriam Duhovni e Meyer Stolar. Iara Wajner Duobles também gostou da foto e comentou: “Minha mãe também era de Gália. Tentarei mostrar estas fotos para ela.” Sr. Leon Oksman questionou se seria possível mandar de alguma forma as fotos para poder gravar ou imprimir. Estou aguardando o fone de contato para encaminhar tais fotos, já autorizado pelo sr. Jayme Kopelman. Frida Gasko Spiewak comentou sobre a publicação: “Excelente” E Malvina Waisberg escreveu: “Ficou muito legal! Gostei das fotos! Conheço algumas. Parabéns My!” Rosana Meiches reforçou: “Parabéns e obrigada pelo seu lindo trabalho!” E Clara Tunchel registrou: “Adorei”. Etel Lerner lembrou: “Jayme Kopelman, seus pais e irmãos foram nossos vizinhos no prédio da rua Júlio Conceição no Bom Retiro. Vizinhos maravilhosos...”

Em minha página do Facebook, Sérgio Waissmann comentou também: “Na foto, Wolf e Pearl Broner Z”L, novinhos, lindos!” E Sergio Broner identificou: “Minha avó e meu avô paternos, Malka e Pessach. Meu avô é a quarta pessoa da direita p/ esquerda. Pela ordem temos: Moisés Oksman, Abraham Knobel, Jacob Kaplan, *Pessach Tygiel, minha avó Malka Tygiel, vestido Estampado bem no meio das mulheres...” Sara Liba Korn também identificou as pessoas nas fotos: “Meu pai, o primeiro , em primeiro plano, da esquerda para direita. Tio Bóris, tia Maie, tio Menache, tia Mussie, Sr. Abrão, Sr. David Rabinovitch, Sr. Jose Kopelman, Sr. Bene com Rosinha no colo...Nossa, quanta saudade!!!! Rosa Knobel Ulrych eu era muito pequena. Nesta foto acho que eu nem tinha nascido...mas eu me lembro de todos, que eram tão amigos e se ajudavam mutuamente. Não existia esta coisa que existe hoje, de fogueira das vaidades... Estou pedindo para meu irmão mais velho e meus primos para redigirem uma história sobre a vinda de nossos pais para o Brasil. Uma das fotos que você postou é no quintal da casa que morávamos em Marília. Minha mãe sempre contava que as reuniões eram lá...” Rosa Knobel Ulrych respondeu: “Sara Liba Korn, pois é tempos bons...” Silvio Ary Priszkulnik comentou: “Meu tio-avô Froike Stolar na foto. Confere Jonas Stolar? Os Priszkulniks, todos de Marília também. Simão Priszkulnik nascido lá inclusive, junto a minha tia Jeanete Priszkulnik Z"L. Stolares, primos da família Singal”. E “marcou” Sueli Miriam Duhovni nos comentários. Ester Broner deixou também um comentário: “Que emoção encontrar meus avós nesta foto e nas demais. Fotos que nunca tinha visto, que não eram do nosso acervo, eu acessei a publicação, encontrei outras. Meu avô, Pessach Tygiel e Malka, minha avó. Dona Pérola, minha tia...” Alzira Goldberg escreveu: “Ótimo”, assim como Paulo Valadares: “Muito bom”. Anita Kesselman também comentou: “Que legal!”

Na página Mundo Judaico, Eliezer Molchansky comentou: “Boa noite Myriam. Parabéns pelo seu levantamento histórico de nossos irmãos em Marília e que muito me emocionou. Cheguei a Marília em 1967 no primeiro vestibular da FAMEMA Faculdade de Medicina de Marília. E sendo o único judeu da turma procurei saber se ainda havia alguém do ischuv e me informaram que talvez ainda existisse uma velha senhora a dona Regina da Casa Palma no centro. Esta morava na parte de cima da loja. Mas não cheguei a conhecê-la, pois estaria doente. A minha procura foi maior por ocasião do feriado do Yom Kipur e acabei indo a Bauru numa pequena sinagoga. Minha família é de Campinas e uma viagem de trem demandava 12 h e nem sempre podia vir. Sincronicamente acabei conhecendo uma família judaica em Marilia os Bronner que tocavam uma pequena livraria no centro. Sem querer... e eram parentes de um amigo de São Paulo. Espero ter contado uma pequena vinheta...”

Em Pletzale, Daniel Scaba “marcou” nos comentários Isaac Meir SingalIoná Singal, Joel Leao Singal, Jairo Muller, Helena Muller Silva, Moshe Singal, Wolf Jose Singal, Lilian Singal e Ruvin Singal. Joel Soihet também escreveu: “Que boa lembrança”.

Em Jews, Pedro Volf Oksman enfatizou: “Orgulho e saudades”.

Por outro lado, no Messenger, Jonas Stolar escreveu: “Nestes períodos de quarentena, estou afastado de São Paulo. Parabéns pelo seu trabalho e empenho em preservar estas memórias "Ishar coach". Meus pais vieram de Marilia para São Paulo em 195, e fomos morar na Mooca, juntamente com a loja de roupas (o mesmo que tinhamos em Marilia). As minhas irmãs residem na Mooca até hoje, e, também, seus filhos e netos. Eu moro em Israel e estou em São Paulo até os vôos retornarem. Possivelmente minha irmã Silvia Jane, tenha algum material que possa ser significativo. Caso sim, peço a ela te passar”.

Na publicação relacionada a Bauru, em CCIB, Flavio Beni Duobles “marcou” a esposa Iara Wajner Duobles e escreveu: “Eu não tenho detalhes sobre a comunidade de Bauru, Gália. Mas minha esposa poderá te ajudar...” E Estermolke Sochaczewski contou: “Meus primos Ida e Moisés Zatz. Meus avós moravam em Bauru...”

Você e seus familiares também chegaram à cidade de São Paulo ou interior paulista, fizeram parte da comunidade judaica destes locais, participaram das sinagogas? Compartilhe aqui e entre em contato comigo pelo e-mail myrirs@hotmail.com