quinta-feira, 11 de junho de 2020

Você faz parte das famílias da comunidade judaica que moraram no interior paulista?

Placa afixada na Sinagoga Talmud Thora
em homenagem à Sociedade israelita de Bauru
Foto Rab. Ivo Kauffman
Durante todo este período de isolamento social tenho buscado informações, e pesquisado sobre as comunidades judaicas do interior paulista. E agora, mesmo com a volta parcial das atividades na capital, pretendo manter este estudo.

Como é possível perceber, em parte, os imigrantes dos países da Europa Oriental começaram a chegar à cidade de São Paulo pelas cidades do interior paulista. Esta afirmação consta do livro Estudos sobre a comunidade judaica do Brasil, do professor Nachman Falbel, publicado em 1984, pela Fisesp. Relato semelhante lemos na entrevista do sr. Marcos Firer, publicado em A Carta de Chamada - Relatos da Imigração judaica em São Paulo de 1932 até 1942. Este livro, organizado por Marília Levi Freidenson e publicado em 2014 pela Annablume, foi elaborado a partir de entrevistas realizadas pelo Nucleo de História Oral Gaby Becker, do então Arquivo Histórico Judaico Brasileiro ao projeto A Imigração judaica em São Paulo, iniciado em 1992. Sr. Marcos Firer conta, em tal relato, que “A Estrada de Ferro Sorocabana - que hoje não existe – era a estrada de ferro que ia para o oeste do Estado de São Paulo, todo mundo ia pra lá porque era mais fácil se adaptar no interior – o pessoal comparava aqui e vendia ali. Mas a locomoção era complicada, não era um negócio simples”. O tio-avô de sr. Marcos estabeleceu-se em Ipauçu, o pai em Ourinhos, o tio em Salto Grande, em Assis, o sobrinho dele...Sobre isto falaremos em novas publicações...

E voltando à cidade de Marília, Silvio Ary Priszkulnik havia comentado no Facebook: “Meu tio-avô Froike Stolar na foto. Confere Jonas Stolar? Os Priszkulniks, todos de Marília também. Simão Priszkulnik nascido lá inclusive, junto a minha tia Jeanete Priszkulnik Z"L. Stolares, primos da família Singal”. Por indicação do Silvio pude conversar com o sr. Simão Priszkulnik, pai do Silvio, que relembrou memórias de infância e a história da família. Sr. Avraham, pai do sr. Simão, saiu sozinho da cidade de Rovner, aos 19 anos, indo, inicialmente para Montevideo, onde conterrâneos já haviam se estabelecido. Posteriormente mudou-se para São Paulo, onde conheceu sra. Malka, originária da cidade de Ludz (próximo a Rolin, na Ucrania), e com quem se casou, em 1936. Após o casamento mudaram-se para Marília, cidade que estava florescendo e onde tinham parentes. Sra. Ester, irmã da mãe do sr. Simão, era casada com sr. Oscar Singal, e a família Singal morava nesta cidade. Em Marília, os pais do sr. Simão abriram a loja “Montevideo”, progrediram economicamente, trouxeram os pais e irmãos. Sr. Simão contou que nasceu em Marília, assim como a irmã mais velha, sra. Jeanete, já falecida. No início de 1942 retornaram à capital, onde a sra. Lea, irmã mais nova, nasceu. Sr. Simão irá conversar com sra. Lea em busca de fotos da época em que moraram em Marília, da loja Montevideo...Vamos aguardar...

Em publicações anteriores, algumas famílias haviam comentado que o valor arrecadado com a venda da casa onde estava estabelecida a Sinagoga de Bauru foi doado à Sinagoga Talmud Thora em São Paulo. Rabino Ivo Kauffman, havia comentado que a placa em homenagem à Sociedade Israelita de Bauru permanecia afixada na Sinagoga Talmud Thora ,e encaminhou a foto, que compartilho nesta publicação.

Você faz parte das famílias da comunidade judaica que moraram no interior paulista? Famílias que se estabeleceram em cidades como Sorocaba, Bauru, Garça, Galia, Pompéia, Marília, Assis, Lins, Ourinhos, Ipauçu, Araraquara, Piracicaba, São Carlos, Presidente Prudente, Catanduva, Barretos, Itapetininga, Jaboticabal, Franca, Campinas, Itu e tantas outras? Como eram estas comunidades? Qual a origem destas famílias? Quando chegaram? Como se relacionavam? Em que trabalhavam? Havia sinagoga no local ? Escreva para mim! Meu e-mail é myrirs@hotmail.com

Um comentário:

  1. Meus avós fizeram parte da fundação da sinagoga de Jundiaí. Infelizmente, a comunidade foi-se mudando, outros falecendo e, finalmente, a sinagoga foi fechada. As Toratot (desculpe, não lembro se é assim) foram doadas à sinagoga da Penha. Sou descendente das famílias Zilberman (materna) e Bulis (paterna). Infelizmente meus pais, que se casaram na sinagoga de Jundiaí, já faleceram e não sei maiores informações. Espero ter contribuído com algo.
    Sheila Zilberman Bulis Strausas

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