domingo, 12 de julho de 2020

Resgate de memórias das comunidades judaicas de Araraquara e Rio Claro

 "Móveis Golovaty" - Rio Claro
Foto do site da empresa

Os familiares de vocês, ao chegarem ao Estado de São Paulo, moraram em Araraquara, Rio Claro, Botucatu, em Barretos, nas colônias agrícolas de Nova Odessa, Jorge Tibiriça ou Campos Sales? Fizeram parte de alguma comunidade judaica, em alguma cidade do interior paulista?

Débora Schwartz Oliveira pelo Facebook comentou que sobre Araraquara a família tem muitas histórias, personagens. Escreveu: “minha mãe Clara Lainer Schwartz nasceu lá, e minha sogra, Riva Nimitz z’l morou lá também! Vou pedir para o Ricardo Nimitz de Souza Oliveira escrever. Entre em contato com a minha mãe! Ela terá muito prazer em te ajudar!”

Conversei com sra. Clara Lainer Schwartz, no final de junho de 2020, que contou que nasceu em Araraquara. O pai, sr. Benjamin Lainer, veio sozinho da Russia, morou na Argentina, onde tinha uma irmã. Ao chegar a São Paulo, morou na casa da família Tarandach, trabalhando como Klientelchik, em Araraquara. Sra. Clara comentou que residiram à Rua Duque de Caxias, e que na cidade não havia sinagoga. A comunidade reunia-se em uma casa.

A família de sra. Clara saiu da cidade quando ela tinha 5 anos e a irmã Izabel, somente 1 ano. Moraram também, por uns meses em Rio Claro, onde residia a bisavó materna de sra. Clara. Sua avó era irmã do sr. Abrão Golovaty, pai de sra. Blima, cuja história relato na sequência. Em São Paulo moraram em no bairro do Ipiranga.

Ainda sobre Araraquara, nas páginas do Facebook foram feitos alguns comentários...Em Pletzale, Sérgio Waissmann  contou que o tio, sr. Abraão Waissmann, morava com a família em Bebedouro, perto de Araraquara. E em Hasbara&Sionismo, Diana Charatz Zimbarg escreveu que os avós paternos vieram para Taquaritinga, região de Araraquara. 

Na página de Jewish Brasil, Haroldo Petlik relatou sua história: “Eu cheguei em Araraquara em 1974, eu me lembro da Casa Ari.  Quando cheguei em Araraquara havia poucos judeus. E eles se foram. Fiquei eu e minha família. Os poucos que vieram foram fazer faculdade. Meus filhos nasceram aqui. Eu ia para São Paulo para as festas. Ainda moro aqui. O filho mais velho também. A filha e o mais novo moram em São Paulo. Nunca houve uma coletividade aqui. Havia antes de eu chegar. O Sr. Ari foi embora pouco depois de eu chegar. Sou médico. Judeu. Nenhum outro médico judeu além do meu filho. Eu sei que tem uma pequena sinagoga em São Carlos que fica a 45 km daqui. Ribeirão Preto tem coletividade. 85 km. Tem uma empresa de ônibus aqui, Paraty, cujo dono é judeu e frequenta a Hebraica nas Grandes Festas. Ele se senta perto de mim. Mas não tenho contato. Gustav Herschkovitz.”

Aguardo mais detalhes sobre a comunidade judaica de Araraquara e aqui compartilho o que sra. Blima Golovaty Asnis, filha de sr. Abrão Golovaty e sra. Enia Prist Golovaty, contou sobre Rio Claro. Conversamos também em junho de 2020, por indicação de Marcia Asnis, filha de sra. Blima...

Sra. Blima nasceu em Rio Claro, estudou em colégio de Freiras, formando-se no curso Normal. Veio a São Paulo para cursar pedagogia, tendo trabalhado por 30 anos no Colégio I. L. Peretz como coordenadora. Cursou também a Faculdade de Direito. Os avós paternos, sra. Berta e sr. Benjamin Golovaty saíram da Russia, estiveram na Inglaterra e chegaram ao Brasil em 1905. Fundaram a Casa Golovaty, de móveis e roupas. A loja e a residência ficavam em mesmo edifício. 

O pai de sra. Blima nasceu em 1910, e, sra. Blima lembra, já em 1928 possuía um carro. A Sinagoga em Rio Claro ficava na casa dos avós, como conta, uma casa grande, onde, em uma sala ampla, com Aron Hakodesh e Torah, comemorava-se Rosh Hashanah, e reunia famílias de Mogi Mirim, Campinas e região. Funcionou posteriormente na casa do tio, sr. Samuel. A Torah, pelo que comentou, foi para Limeira, onde a comunidade se reunia em um salão pequeno. A loja, em Rio Claro, existe ainda hoje, como "Móveis Golovaty", "há mais de 90 anos no mercado", como lemos no site da empresa, e está situada à Rua 4, n.1428, no Centro da cidade, tendo como responsável sr. Jacob David, irmão de sra. Blima.

Aqui pergunto novamente... os familiares de vocês fizeram parte de alguma comunidade judaica, em alguma cidade do interior paulista? Vamos compartilhar histórias, resgatar nossas raízes e divulgá-las... Escrevam para mim... myrirs@hotmail.com

7 comentários:

  1. Bom dia. Sou de rio claro e lembro desta casa. Compartilhei no grupo de rio claro para ver se alguem tem noticias. Pesquisa interessante.

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    1. Ola sou neta do seu Abrahao e dona Anna que na verdade é Ennia . Moramos em SP e a loja ainda existe e ficou para meu tio Jaco que ainda mora la

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  2. Sou de Rio Claro e meu pai foi amigo do Sr Abraão Golovati e de sua esposa Anna. A loja é dirigida pelo filho deles , Jacob, mas acho que é filho único. Tenho uma amiga, a Sra. Vera Sztejnhaus, de São Paulo, que conheceu bem a família. Vc pode encontrá-la na Hebraica. Também sou judia sefardita, mas não temos comunidade aqui. Meus avós paternos De Lima e Rubin Graciano; maternos Arenas

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    1. ola tudo bem ?
      Sou filha da Blima Golovaty irmã mais velha do Jaco , este unico que ficou em Rio Claro , pois minha mae e meu tio Mauricio mais novo , vieram para SP capital estudar direito na USP . Minha avó Ana e meu avo abrahao tbem vieram depois morar em SP . Meus avos ja faleceram , minha mae Blima esta com 84 e bem lucida gracas a Dus .

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  3. sobre esta foto da Casa Golovaty, foi a Segunda loja de moveis Golovaty, na rua 4 esquina com avenida 2, centro de Rio Claro. Funcionou até 1945 neste local quando se mudou para o endereço atual na rua 4 entre avenidas 6 e 8.
    A primeira funcionou na avenida 5 com rua 9. https://www.facebook.com/moveisgolovaty/photos/a.681087571974942/681087581974941

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  4. Obrigada pelos comentários!!! Vocês poderiam deixar os nomes e e-mails de contatos? Ou se preferirem, escrevam para mi: myrirs@hotmail.com

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