A busca
por mais informações tanto da comunidade judaica de São Carlos, como de outras
cidades do interior paulista permanecem, assim como a busca por fotos e
documentos, textos, publicações e realização de entrevistas. Relacionada à postagem anterior, sobre a comunidade
judaica de São Carlos, Salomon Mizarahi comentou em e-mail que, naquela foto de capa da Revista da
FISESP, quem carrega a Torá, é ele. E completou: “Ela foi doada pela sinagoga
Beit Yaacov! O chazan da sinagoga de São Carlos é o Júlio Zukerman Schpector. Famílias
que conheci, e que eram donas de lojas: 1. Estevam Muszkat, Loja de Móveis
Progresso - a loja fechou. 2. Salomão Schevs, Casa Leon (ou leão), de tecidos -
fechou depois que faleceu, há uma rua no nome dele no bairro Jardim Cruzeiro do
Sul. 3. José Aizemberg, com o filho Daniel, e fábrica de jalecos e Lojas Radeni
- terminou suas atividades. A foto que aqui compartilho também foi encaminhada por Salomon Mizrahi
Sérgio Greif escreveu, na postagem do
Facebook, que morou
em Franca entre 2002 e 2005. Quando se mudou para a cidade, as famílias judias
já haviam saído, mas conheceu uma família ortodoxa em Franca. E contou: “A
esposa era originalmente judia de NY e o marido não era, mas ele se converteu e
se tornou um judeu religioso. Quando eu morei lá, este judeu convertido
organizou uma sala para orações em sua fábrica. Hoje eles residem nos EUA. Não
há mais uma ala judaica no cemitério. Creio que havia túmulos, mas não os vi, e
talvez tivessem sido transferidos pela Chevra Kadisha. Acho que jamais houve
uma sinagoga, mas talvez eles se reunissem em algum lugar...Há uma tese
defendida na Unesp a respeito, e se não me engano um livro publicado. Eu
residi lá, e conheci o rapaz que escreveu a tese, que com certeza contém mais
informações...”. A tese a que se refere
Sergio é de Júlio Cesar Mestriner de Freitas com o título “A Comunidade Judaica
de Franca” (Ano 1998, 130 páginas, Editora: Monografia –
Unesp, Franca). Lemos em uma sinopse sobre a mesma que o autor apresenta um levantamento
das muitas famílias judias que residiram em Franca e “compilou dados
genealógicos de cada uma delas e procurou definir a participação de seus
membros na vida social e econômica da cidade. O interessante do que foi apurado
é que, com alguma exceção, não tiveram essas famílias uma participação efetiva
na vida social. E, em sua maioria, dedicou-se ao comércio de armarinhos,
roupas, calçados, chapéus e fazendas...”. O sumário da tese, nesta sinopse,
apresenta o índice de fotos, mapas, cita o cemitério judaico de Franca, e também nomes de famílias da comunidade
judaica da cidade como Ackermann, Aizemberg, Bergstein, Bodossky, Brickmann,
Brunstein, Chvindelmann, Davidson, Dorfman, Eliezer, Ecksmann, Fischer,
Gedanker, Kauffmann, Kupper, Kelmann, Kramer, Kundman, Kuppermann, Levymann. Não
encontrei, ainda, tal tese para lê-la e averiguar o seu conteúdo, e posição
desta em relação à comunidade judaica da cidade.
Quem tiver interesse em
ler a sinopse deste trabalho na integra acesse: http://www.plataformaverri.com.br/index.php?bib=1&local=book&letter=F&idCity=22&idCategory=18&idBook=325&fbclid=IwAR2HbFrOqyag3rkfU28SoU9NWQ1a-EQc1i3VfkfWR8KFUEyqSnzmBwPUoGY
Conversei com Leo Palansc em junho de 2020.
Morando atualmente em Ranana, Leo contou que morou em Franca de 1990 até
2011. O pai de Leo nasceu em Botucatú e a mãe, em Ponta Grossa. Leo também
citou a tese sobre a comunidade judaica da cidade. Comentou que a história
judaica em Franca começou nos anos 1920/1930, com a atividade dos mascates que
seguiam de trem para a região, no comércio de tecidos. Não havia sinagoga, sendo
assim, reuniam-se numa casa no centro da cidade, em Ribeirão Preto (década de
1950). No entanto, no cemitério da cidade, havia uma área separada para as
sepulturas judaicas. Citou o sr. Abraão Brickman, tio de Carlos e a família
Tabacow.
O Boletim do Arquivo Histórico Judaico
Brasileiro, Ano VII, de Janeiro/Abril de 2005 publicou a entrevista com sr.
Abraão Brickmann, realizada pelas senhoras Eva A. Blay e Célia Rubisntein
Eisembaum em 03/10/1981. Sr. Abraão, médico homeopata, nasceu em Franca em
1910, estudou no Grupo Escolar Francisco Martins, como outras crianças da
comunidade judaica da cidade, e no Ginásio Católico Marista. A educação escolar
era complementada pela educação judaica, pela vida familiar, pelo contato
comunitário e pelo cumprimento dos ritos religiosos.... Segundo sr. Abraão
citou na entrevista, a convivência com as pessoas de outras religiões era muito
grande. “Os judeus russos eram em pequeno número e tinham prestígio...” Sr.
Abraão Brickman citou, também, um Sefer Torah que estava na casa dos pais, e
comentou sobre o cemitério Israelita de Franca: “(Rab. I.Raffalovich) me disse: podem fazer o cemitério (judaico)
dentro do cemitério católico desde que exista uma pequena separação, uma mureta
e uma entrada...o cemitério foi transferido para São Paulo, porque surgiu um
problema religioso, não havendo mais minhe (minian) no lugar e nem
visitações nos grandes feriados, deviam transferir os corpos em respeito...”
Rosinha B. Perlov, há algum tempo, comentou: “Sou do interior do estado, Franca e lá aprendíamos e
comemorávamos em casa de familiares.”
Sra. Habibe Simantob, em
26 de junho de 2017, havia contado: “Meu avô, sr. Srul Gutman, ao chegar da
Europa ao Brasil, foi inicialmente para Franca e posteriormente para São Paulo,
indo morar no Bom Retiro. Ao se casarem, meus avós foram para a Mooca. Em
Franca havia aproximadamente 40 famílias judias, entre elas Tabacow e Steinberg”.
Você possui fotos,
documentos, memórias, histórias ou informações sobre as comunidades judaicas e
respectivas sinagogas, tanto do interior paulista como da capital? Gostaria de
compartilhar? Escreva para myrirs@hotmail.com
Boa tarde. Sou o autor do livro sobre a comunidade judaica de Franca. Escrever sobre essa comunidade foi muito prazeirosa neste não judeu. Depois de tanto tempo, julgo que, se fosse possível, eu faria correções e acréscimos. Naquela época, não tinha fácil acesso à Internet como hoje kkkk. Assim trabalhei exclusivamente com fontes documentais do acervo municipal de Franca. Nada mais que isso. Caso precisem de informações entrem em contato comigo pelo meu e-mail. Grato.
ResponderExcluirBom tarde Júlio Cesar... Foi
ResponderExcluirLi todas as publicações semanalmente pelo jornal Comércio da franca. Guardei todo material e enviei para SP para uma tia de uma cunhada todos judeus.
A tia Cecília e família foram mencionados no seu trabalho ( me esqueci o sobrenome,)
Onde tem uma sinagoga ou comunidade judaica aqui em São carlos
ResponderExcluirOnde tem uma sinagoga ou comunidade judaica aqui em São carlos
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