quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Piracicaba, sua história e a comunidade judaica da cidade

O site da “Wikipédia” apresenta a cidade de Piracicaba e sua história. A povoação de Piracicaba foi fundada em 1 de agosto de 1767, na margem direita do rio de mesmo nome, onde viria a se instalar o Engenho Central (em 1881). O vale deste rio começou a ser ocupado por descendentes de europeus. A povoação era ligada politicamente a Itu, a cidade mais próxima. 

No século XIX a região se desenvolveu, baseada na navegação do Rio Piracicaba e na agricultura, principalmente no cultivo da cana-de-açúcar e do café. Em 1821, a freguesia foi elevada à condição de vila, recebendo o nome de Vila Nova da Constituição, momento em que se desenvolveu rapidamente.

Em 1877, a cidade passou a ter a ligação ferroviária da Companhia Ytuana de Estradas de Ferro com Itu e Jundiaí. No mesmo ano, a cidade adotou o nome de "Piracicaba", abandonando a denominação de Vila Nova da Constituição. A Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1922-1971)/FEPASA (1971-1998),  denominada “Piracicaba Paulista” foi idealizada desde o fim do século XIX para ligar Limeira a Piracicaba, porém somente em 1916 o ramal de Piracicaba começou a ser construído pela Cia. Paulista, mas saindo de Recanto (estação logo após Nova Odessa), como pode-se ler no site “Estações Ferroviárias do Brasil”. Em 1917 chegou a Santa Barbara e, em 1922, prolongou-se até a estação terminal de Piracicaba Paulista, depois de “mais de vinte anos de espera e promessas de chegada do ramal da Cia. Paulista à cidade, em terreno doado pelo sr. João Baptista da Rocha Conceição, dono da fazenda Algodoal, a nordeste da cidade”, como o site informa. O nome da estação recebeu a terminação "Paulista" para diferenciá-la da estação da Sorocabana, situada a não mais de dois quilômetros dali, no centro da cidade.

No início do século XX, Piracicaba firmou-se como um dos maiores polos de São Paulo, a quarta maior cidade do estado: possuía luz elétrica, telefone, e, “em terras doadas por Luiz Vicente de Sousa Queiroz começou a formação da futura Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo. Porém, a cidade entrou em decadência ainda na primeira metade do século XX. Como o site da “Wikipédia” cita, “com o fim do ciclo do café e a queda constante de preços do açúcar, a economia piracicabana estagnou-se, o que viria a ser revertido somente a partir do início de sua industrialização, o que a tornaria a principal cidade da região, polarizando outras vilas que dariam origem às cidades de São Pedro, Limeira, Rio Claro e Santa Bárbara d’Oeste”.  O site também aponta que Piracicaba foi uma das primeiras cidades a se industrializar no país, com a abertura de plantas fabris ligadas ao setor metalmecânico e de equipamentos destinados a produção de açúcar. A partir da segunda metade do século XX, a cidade passou a enfrentar mais uma dificuldade para o seu desenvolvimento, com o crescimento de Campinas e seu entorno. Vejam mais detalhes a respeito em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Piracicaba e http://www.estacoesferroviarias.com.br/p/piracicaba-cp.htm

Em relação a familiares da comunidade judaica da cidade, algumas informações já foram divulgadas: Sra. Clara Silberberg ao contar que morou em Barretos, relatou que os pais, sr. Benjamin e sra. Frida Rosenthal, eram muito conhecidos em Araraquara, Bebedouro, Piracicaba, onde tem parentes. Tobias Kogan havia encaminhado um e-mail: “Meu pai nasceu na Rússia e minha mãe na Polonia. Em Piracicaba eu não conheci a sinagoga. Com relação a Piracicaba, citou o filho do sr. Jaime Rosenthal, Marcelo, e o pai do sr. Jaime, que tinha uma loja de móveis usados...

No Facebook, Marcelo Brick havia indicado Miriam BrickMyriam Krasilchik, escrevendo: “Vocês conseguem ajudar a falar da comunidade de Piracicaba?”  Mauro Krasilchik indicou David Krasilchik, perguntando: “Você poderia falar sobre a sinagoga de Piracicaba? Eu gostaria muito de te ajudar, mas infelizmente não é possível, porque fui poucas vezes à sinagoga em Piracicaba. O meu zeide frequentou muito, mas ele é falecido, e por esse motivo indiquei o meu tio David Krasilchik para poder falar à respeito...”

Frida Gasko Spiewak contou também: “Meus avós maternos viveram em Piracicaba, minha mãe recebeu o diploma de professora na escola normal de Piracicaba. Havia uma comunidade judaica bastante atuante em Piracicaba, conheço algumas pessoas que moram aqui em São Paulo que inclusive nasceram em Piracicaba. Meu pai e meus avós paternos moraram em Jacarezinho. Sobre Piracicaba há um livro escrito pelo Salomão Becker, onde encontra-se o nome do meu avô...” Você teria o livro sobre Piracicaba, escrito por Salomão Becker? Conhece quem o teria?

Sueli Utchitel escreveu: “Tenho acompanhado sua busca pela história no interior, e resolvi escrever... Tenho parentes em Piracicaba (que vou colocar você em contato). Também vou procurar fotos antigas.” Assim que Sueli compartilhar o texto, divulgarei neste Blog...

Lucila Simões Saidenberg, em junho de 2020, enviou, por e-mail, um texto sobre a comunidade judaica de Campinas, o qual já publiquei. Lucila contou: “...Quando meu avô Elias fez 18 anos, em 1932, ele pediu transferência da escola onde estudava em Porto Alegre para uma em Campinas, onde prestou os exames finais. Em seguida, se matriculou na Esalq, a Faculdade de Agricultura em Piracicaba. Formou-se engenheiro agrônomo em 1935...”

Flavia Krasilchik lembrou que seu pai tinha primos em Piracicaba.

Francisco Gioney Marques Rodrigues havia escrito que sra. Mina Karpovas é nascida em Limeira, sobrinha do Sr Bernardo Rosenthal irmão da sra. Hia Rosenthal Spielberg, casada com o Sr Aron Spielberg da Romênia...E sra. Mina Karpovas  contou: “Meu tio se chamava Bernardo Rosenthal. Ele e minha mãe vieram da Bessarabia e se estabeleceram em Limeira onde eu nasci. Havia lá uma sinagoga que chamávamos de “Shill” e que nas Grandes Festas reunia as famílias judias de Limeira e das cidades vizinhas como Americana, Rio Claro e Piracicaba...”

Você ou sua família faz ou fez parte da comunidade judaica de Piracicaba? Frequentou a sinagoga da cidade, o Círculo Israelita Piracicabano – CIP, que se situava em uma casa térrea, e que foi fundado em 05 de junho de 1927? Possui documentos ou fotos, inclusive da sinagoga, sua fachada e interior? Compartilhe aqui suas memórias e histórias, como um resgate das raízes dos imigrantes da comunidade judaica que aqui chegaram há muito tempo atrás. Ou envie seu texto e material disponível para myrirs@hotmail.com

Obs: A foto do texto pertence ao site “Estações Ferroviárias do Brasil”, com data de 1920 e autor desconhecido.

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