segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Interior da Sinagoga de Jundiaí, aquisição do Sefer Torah e a doação no momento do fechamento da sinagoga.

No artigo publicado no jornal de Jundiaí, com o título “Inauguração de sede em Jundiaí”, e citado na postagem anterior deste blog, lemos que a cerimônia ocorreu dia 23, às 20:30 horas à Rua Barão de Jundiaí, 149, em Jundiaí.

Sheila Bulis, por e-mail, contou que o jornal citado é “Diário de S. Paulo”, de 03 de outubro de 1948, um domingo, e completou: “Creio que antes da sinagoga, as reuniões eram realizadas em alguma casa ou em salões emprestados. Mas não tenho certeza. Fui alertada por meus irmãos que meus pais não se casaram na sinagoga, foi num salão de festas. Assim, eles já eram casados na inauguração, pois se casaram em 1946. Enviei a você dois e-mails, o primeiro com inúmeras fotos, sem marcação, e o segundo as cópias de algumas, onde marquei meus parentes e conhecidos." Algumas destas fotos já foram compartilhadas, as demais compartilho aqui.

 

Na foto do interior da Sinagoga de Jundiaí, vemos o Aron Hakodesh, com uma parochet (capa cobrindo o Aron Hakodesh), com Maguen David ladeada por dois leões, homenageando Chaim Israel Z´L; um apoio/mesa com candelabros, contendo uma placa; uma mesa alta, coberta, como uma Bimah, com candelabros, livros(sidurim?) e uma chanukiah; o corredor interno, ladeado por mesas e bancos de madeira; janelões em vidro, basculantes, cortinas, lustre no teto; relógio...uma situação semelhante às demais sinagogas já descritas, compartilhadas e divulgadas neste blog. Há uma identificação na foto: "Foto Ideal - Jundiaí"

Uma foto do documento da aquisição do Sefer Torah e outra, da doação no momento do fechamento da sinagoga de Jundiaí foram também encaminhados por Sheila Bulis. No documento da aquisição de uma Torah, de 19 de junho de 1939, constam os nomes das pessoas que contribuíram para a compra: Srs. Salvador Jaroslawsky, Samuel Bulis, Boris Nicomis, Jayme Aizenberg, Jacob Merims, Luiz Zilberman, Aron Conchester, Isaac Jayme Aizemberg, Luiz Zilberman, Aron Conchester, Isaac Bleichman, Herman, Horovitz, Saul Mester, Izmael Godfarb, Bernardo Glinoer, José Jaroslawsky, Mauricio Gozenterman, Raul Maghidman. O documento é assinado por sr. Fiszel Terfretin(?), o sobrenome não é legível...corrijam-me por favor...

Quanto à foto relacionada a uma doação, no momento do fechamento da sinagoga de Jundiaí, vemos uma carta, um recibo endereçado ao sr. Isaac Bulis, em 2 de maio de 1960, encaminhado pela Sociedade Israelita de Beneficência “Ezra”. Comunicam o registro do recebimento, assim como o agradecimento, do valor de cento e cinquenta mil cruzeiros, referente à liquidação da Sociedade Israelita de Jundiaí, “de cujo produto da venda foi a Ezra uma das beneficiadas”. A carta é assinada pelos srs. Adolpho Beresin e Benjamin Kulikovsky.

Após a publicação do post anterior, sra. Anna Rosenthal comentou no Facebook: “Fiquei muito comovida ao ver as fotos da Sinagoga de Jundiai. Reconheci muita gente e inclusive vi a foto de meus país, Julio e Regina Zimerman. Meus pais, Julio e Regina Zimerman nasceram na Rumania, atual Moldávia, e vieram para o Brasil na década de 1930. Eu e meus irmãos nascemos em São Paulo, mas fomos morar em Jundiai e, após o falecimento de meu pai, voltamos a São Paulo. Casei-me em 1958 com Elias Rosenthal, que era de Piracicaba. Quando fiquei viúva, há 20 anos, mudei-me para Campinas, onde mora meu filho e família. Nas fotos, além de meus pais, reconheci muitos amigos deles. Aliás, eu, minhas irmãs e amigos aparecemos na última foto. Irei procurar fotos.”

Sra. Paulina Ben-Ami também escreveu: “Eu leio os seus e-mails, e me emociona muito encontrar nomes conhecidos. A Anna Rosenthal é minha cunhada. As famílias Bulis e Zilberman eram como tios e primos para nós...”

Perola Ventura anotou os nomes de Michele Rachel Ventura Danciger, Gilberto Venturas, Gisele Ventura Essoudry e  Jacqueline Passy Venturas, para verem a publicação. E comentou: “Interessante mesmo! Fico impressionada! Meus tios e meu pai tinham os sítios nesta cidade Jundiaí. Nunca imaginei que existia sinagoga de Jundiaí!!! Que ano foi a inauguração? Minha prima me contou que ela morava na cidade, mas não sabia que tinha a sinagoga. Shabat shalom. Grande abraço.”

Compartilho também o comentário de Ariel Eythan Guedj, por motivar-me a continuar este trabalho que realizo: “Querida e estimada Myriam, para mim você tem sido a maior autoridade no assunto de resgate das raízes judaicas, sinagogas e história dos imigrantes judeus no Brasil. Eterna gratidão pelo belíssimo trabalho. Continue brilhando! A humilde opinião de quem não entende muito do assunto, mas sente com a alma. Abraços, Arie”Benedito Aguirre escreveu: “Boa tarde! Por gentileza existe registro dos frequentadores da sinagoga antiga? Onde pode ser localizado? Estamos em busca de um parente nosso que possa ter estado no local...” Alguém de vocês saberia informar? 

Você ou sua família fez parte da comunidade de Jundiaí, de Piracicaba ou de tantas outras comunidades judaicas da capital ou interior paulista? Frequentava as sinagogas nestas cidades? Em caso positivo, em que período? Em que ano foi fundada a sinagoga de Jundiaí e em que ano o edifício foi inaugurado? Por que a sinagoga desta cidade foi desativada? Vamos compartilhar histórias, fotos, documentos, memórias e resgatar as raízes das famílias que aqui chegaram??? Deixe seu comentário, ou escreva um e-mail para mim, myrirs@hotmail.com

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

A inauguração da Sinagoga de Jundiaí em artigo do jornal da cidade

Um artigo foi publicado no jornal de Jundiaí, no momento da inauguração da Sinagoga da cidade. Cópia deste artigo foi enviada por e-mail por Sheila Zilberman Bulis Strausas. 

Com o título “Inauguração de sede em Jundiaí”, lemos que no “dia 23, às 20:30 horas, em Jundiaí, à Rua Barão de Jundiaí, 149, com o comparecimento de autoridades civis e militares, além de numerosos convidados, foi inaugurada a sede própria da Sociedade Israelita Brasileira, presidindo a cerimônia o rabino Frederico Pinckuss, professor da Faculdade de Filosofia de São paulo, e tendo cortado a fita simbólica que vedava a entrada do prédio o tenente coronel Newton B. Nunes Silva, comandante do 2.o G.O.155...” 

E cita que após a inauguração, a Sociedade Israelita Brasileira de Jundiaí ofereceu aos presentes uma “fina mesa de doces e bebidas. Na ocasião a diretoria da Sociedade era composta por: srs. Luiz Zilberman (presidente), Benjamin Hermann (vice-presidente), Isaac Bulis (1º. Secretário), Saul Mester (2º. Secretário) e Samuel Bulis (tesoureiro). Na foto, cel. Newton B. Nunes da Silva ao cortar a fita simbólica. O texto não cita o mês e o ano deste evento.

No Facebook, Nessim Hamaoui comentou sobre a foto que vemos na publicação anterior, da Cerimônia na Sinagoga de Jundiaí: “O rabino da foto é o rabino Pinkuss, que era da CIP”. Já Claudia Zarenczansky Barochel escreveu: “Emocionada com essas fotos! Obrigada, Sheila Bulis Strausas. E sim, minha mãe era de Jundiaí. Certamente tenho algumas fotos. Vou vasculhar os guardados. Devo ter fotos e documentos. Quem certamente tem histórias para contar é a Geni Sonnenfeld”. Marcia Cytman contou que a família Bílis tinha algum parentesco com a família Beinichisi: “Minha mãe e meus avós sempre falavam deles, de Piracicaba e de Jundiaí...”

Casamento na Sociedade em Fevereiro 1931

Sra. Anna Rosenthal deixou um comentário no Facebook e também na postagem anterior "A Sinagoga de Jundiaí":Fiquei extremamente surpresa com essa publicação. Morei em Jundiai muitos anos e inclusive reconheci a foto do meu pai, minha mãe, minhas irmãs e muita gente com os quais convivi. Meus pais Julio e Regina Zimerman. Meu sobrenome atual é Rosenthal, meu marido já falecido, Elias. Era morador de Piracicaba.” E Gabriela Rottgen escreveu: “Muito interessante este artigo.”

Compartilho aqui a foto “Casamento na Sociedade em Fevereiro1931”, enviada por Sheila Zilberman Bulis Strausas, em que comenta que reconhece vários da família, mas não sabe quem eram os noivos: “Só temos a foto porque a festa foi na loja dos meus avós paternos. Meus pais e tios ali eram pequenos.” Vocês podem ver também a foto da capa do “Livro de Ouro”. Como escreveu Sheila, contém poucas páginas, com nomes e as primeiras doações. 

Você ou sua família fez parte da comunidade de Jundiaí, de Piracicaba ou de tantas outras comunidades judaicas da capital ou interior paulista? Frequentava as sinagogas nestas cidades? Em caso positivo, em que período? Em que ano foi fundada a sinagoga de Jundiaí e em que ano o edificio foi inaugurado? Por que a sinagoga desta cidade foi desativada? Vamos compartilhar histórias, fotos, documentos, memórias e resgatar as raízes das famílias que aqui chegaram??? Deixe seu comentário, ou escreva um e-mail para mim, myrirs@hotmail.com


segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

A Sinagoga de Jundiaí

Cerimônia - Sinagoga de Jundiaí


A divulgação de informações sobre a comunidade judaica de Piracicaba, e de sua sinagoga, irá continuar, assim como de outras comunidades judaicas paulistas e suas respectivas sinagogas. 

Mas nesta postagem compartilho o e-mail de Sheila Zilberman Bulis Strausas, sobre a comunidade judaica de Jundiai e sobre a sinagoga desta cidade.

Sheila encaminhou um e-mail em 15 de janeiro de 2021, com fotos muito antigas, que conseguiu digitalizar, da Sinagoga de Jundiaí, e de seus frequentadores, complementado os detalhes encaminhados anteriormente, que compartilho aqui novamente.

Colocação da Mezuzah

Sheila escreveu: “A maior parte das fotos são das pessoas que frequentavam, mas algumas são mais interessantes, como a Inauguração da Sinagoga ter saído no Jornal de Jundiaí, documento da aquisição de uma Torá, a doação no fechamento da sinagoga, entre outros. Eis aqui algumas observações... 

O Livro de Ouro contém poucas páginas, com nomes e as primeiras doações. Não sei se há interesse, mas posso tentar digitalizar também.

Fiz cópia de algumas fotos, e destaquei algumas pessoas que reconheci. 

Coloquei os nomes de outras famílias que talvez você reconheça, quem sabe.

Cerimônia II 
Cerimônia II : Casal Arão e Sofia Conchester (tiveram os filhos Isaac e Gilda, ambos também falecidos; Gilda casou-se com Saul Zarenchansky e tiveram os filhos Hélio e Cláudia que talvez você tenha contato)

Inauguração I : Léa Zilberman Bulis (minha mãe)

Inauguração III : 1: Geni Zilberman Sonnenfeld (minha tia, irmã de minha mãe); 2: Isaac Conchester (ao lado, escondida, Gilda irmã dele); 3: não tenho certeza, creio ser Ana Rosenthal (não sei o sobrenome de solteira; viúva do dentista Dr. Elias Rosenthal)

Provável Registro em Cartório: 

Inauguração I 
1: Luiz e Rachel Zilberman (meus avós maternos); 2: Samuel Bulis (meu avô paterno); 3: Isaac Bulis (meu pai)

Na foto "Casamento na Sociedade em Fevereiro 1931", eu reconheço vários da minha família, mas nem sei se quem eram os noivos. Só temos a foto porque a festa foi na loja dos meus avós paternos. Meus pais e tios ali eram pequenos..." 

Vejam esta foto e várias outras nas próximas postagens!!!

Em junho de 2020, Sheila Zilberman Bulis Strausas escreveu um comentário neste blog, e também encaminhou-o por e-mail. Sheila contou, naquele momento, que os avós fizeram parte da fundação da sinagoga de Jundiaí: 

Inauguração III
“Infelizmente, a comunidade foi-se mudando, outros falecendo e, finalmente, a sinagoga foi fechada. As Torot foram doadas à sinagoga da Penha. Sou descendente da família Zilberman (materna) e da família Bulis (paterna). 

E infelizmente meus pais, que se casaram na sinagoga de Jundiaí, já faleceram e não sei maiores informações...

Com o falecimento recente de minha mãe, acabamos de nos desfazer de uma série de fotos e documentos. 

Mas talvez um de meus irmãos tenha guardado algo. 

Provável Registro em Cartório
Complementando, lembro-me da família Conchester, pois eram sócios de meu avô e de meu pai em uma loja, a "Lojas Carioca".

De acordo com o Censo do IBGE, em 2010, 108 pessoas declararam-se como sendo de religião judaica em Jundiaí, como nos informa o site Wikipédia, sobre a cidade.

Você ou sua família fez parte da comunidade de Jundiaí, de Piracicaba ou de tantas outras comunidades judaicas da capital ou interior paulista? Frequentava as sinagogas nestas cidades? Vamos compartilhar histórias, fotos, documentos, memórias e resgatar as raízes das famílias que aqui chegaram??? Deixe seu comentário, ou escreva um e-mail para mim, myrirs@hotmail.com

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

A importância da antiga Sinagoga de Piracicaba - Codepac e Ipplap

No interior da Sinagoga de Piracicaba
Foto enviada por Marcelo Rosenthal

Em maio de 2001, o Conselho de Defesa do patrimônio Cultural de Piracicaba - CODEPAC, em reunião ordinária decidiu abrir Processo de Tombamento de imóvel localizado à Rua Ipiranga, 826, local em que esteve situada a Sinagoga de Piracicaba, com o objetivo de preservar a memória histórica da cidade. O texto deixa claro que o imóvel “não poderá ser alterado, removido, demolido, destruído, mutilado, sem prévia autorização”.

O texto “A Antiga Sinagoga de Piracicaba e sua importância para a memória local”, de Carla Viviane Paulino e Marcelo Cachioni, para o Instituto de Pesquisas e Planejamento de Piracicaba – IPPLAP, e compartilhado por Marcelo Rosenthal, apresenta detalhes sobre a história desta sinagoga, como o fato de que o Círculo Israelita de Piracicaba fundou, com recursos próprios, sua primeira sinagoga em 05 de junho de 1927, tendo sua história ligada à da imigração de famílias judias desde o final do século XIX. Estas famílias inseriram-se na sociedade local, estabeleceram atividades comerciais, com vendas à prazo, contribuindo para o desenvolvimento da cidade. Na primeira metade do século XX, somavam-se 40 famílias, e por quarenta e três anos a sinagoga da cidade esteve em atividade, tanto cultural, como social e religiosa, seja funcionando nos Shabatot, nas festividades, ou dando abrigo a viajantes e prestando auxílio a quem necessitasse. 

Fachada da Sinagoga de Piracicaba
Foto enviada por  Marcelo Rosenthal

Segundo o texto, a partir de 1960 muitas famílias deixaram a cidade, a comunidade foi diminuindo, e tomou-se a decisão de se vender o prédio, doando o valor da negociação para a construção de pavilhão para crianças órfãs em Israel. Mesmo em desuso, “representava uma série de experiências comuns a uma sociedade que compartilhou de uma mesma história e de um mesmo processo...a possibilidade de manter vivos seus laços de continuidade com o passado...a preservação do prédio da rua Ipiranga está relacionada à preservação da identidade de um povo, pois a sinagoga...um patrimônio carregado simbolicamente de elementos que representavam a herança de gerações passadas, além de proporcionar a possibilidade de continuidade, expressos pelo projeto de implantação de um memorial...novos usos...novas significações culturais para a atual geração”. 

O edifício, que fora instalado em um imóvel residencial, “compunha um conjunto harmonioso com as edificações vizinhas. Com relação às características estilísticas, a edificação está inserida no Ecletismo...”, como informam os autores. Era uma casa de “meia morada sobre porão não utilizável, com acesso por uma escada interna. Quanto a detalhes da fachada, “se compunha em dois corpos”, com ornamentações e pilastras com Maguen David, estando presente também na parte superior da fachada, “na platibanda, composta por rocalhas típicas da arquitetura barroca...com uma inscrição em hebraico”. Uma “porta de folha dupla”, com a inscrição C.I.P.  “com bandeira envidraçada e postigo” na entrada no bloco lateral, e uma janela “em arco abatido com bandeira envidraçada, de quatro partes de abrir, com quatro folhas envidraçadas e quatro folhas cegas. As folhas envidraçadas eram também ornamentadas com a Estrela de David”... e a data Fund 5.6.1927. Internamente, um grande salão, como já publicado, era usado para as rezas e reuniões. “Ao fundo cômodos de serviços que davam acesso para o quintal”.

O edifício demolido
Foto enviada por Marcelo Rosenthal

Esta descrição também relata que o prédio foi demolido ilegalmente em 2001, quando em Processo de Tombamento e “apesar de um auto de embargo pela Secretaria de Obras de Piracicaba em 14 de maio de 2001, a demolição deu-se até o final, lesando assim o direito a memória de toda uma comunidade. O pedido de Tombamento encaminhado ao CODEPAC por Laurisa Cortelazzi, veio com a finalidade de tornar possível a instalação de um memorial neste prédio...” Há, também, no texto, informações fornecidas por sr. Jayme Rosenthal, em que compartilha que a demolição atingiu não somente a comunidade judaica, mas toda a comunidade piracicabana...

As fotos deste texto foram enviadas por Marcelo Rosenthal. Em relação à foto com o senhor o interior da sinagoga, no Facebook, Mauro Krasilchik perguntou ao Marcelo Brick, à Corinne Brick Marian e à Miriam Brick: “Não é o Tio Antchale? Que foto maravilhosa, resgatada do nosso tio rezando na Sinagoga de Piracicaba. É uma emoção muito grande!!!! Agradeço de coração a quem conseguiu essa foto”.  Marcelo Brick comentou: “Eu acho que é sim, eu era muito criança ainda quando ele se foi, mas lembro dele assim mesmo, inclusive nas fotos da família. Que resgate incrível! Emocionante, simplesmente!!!! Acredito ser ele mesmo.” Corinne Brick Marian, também no Facebook comentou: “Oi Myriam, este senhor na foto rezando na sinagoga é o meu tio-avô Anshel Krasilchik Z’L, irmão da minha avó Clara (Krasilchik) Brick Z’L, mãe do meu pai Abram Brick Z’L. Nunca tinha visto esta foto, fiquei emocionada, ele foi uma pessoa muito especial e querida para mim. O meu filho, Alex Marian, tem o nome dele em hebraico.

Acompanhem mais informações sobre a comunidade judaica de Piracicaba e sua sinagoga nas próximas postagens, além de mais detalhes sobre as sinagogas e suas comunidades judaicas da capital e do interior paulista. E se puderem contem suas histórias e memórias de família, fotos e documentos. Escrevam para myrirs@hotmail.com , deixem um comentário, sigam o blog e/ou inscrevam-se para receberem as novas publicações...

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Familiares da comunidade judaica de Piracicaba compartilham informações...

Foto enviada por Marcelo Rosenthal

Familiares da comunidade judaica de Piracicaba continuam compartilhando informações, fotos, memórias, documentos... Sergio Becker, no final de dezembro de 2020, contou que o avô, sr. David, era uma autoridade na sinagoga de Piracicaba. Nascido em Sukoron, na Bessarábia, chegou ao Brasil muito jovem. O pai, sr. Salomão, que, como já publicado em postagens anteriores, foi o inspirador do “dia do professor”, estudou no Colégio Sud Menucci e saiu de Piracicaba aos 18 anos. A mãe, sra. Eva Crochik, era de Sorocaba. Sergio visitava Piracicaba, acompanhava o avô, e lembra-se do edifício da sinagoga como um espaço pequeno, com janelas e em sintonia com o ambiente externo. Em Yom Kipur, o local tornava-se muito abafado e quente.

Marcelo Rosenthal, também no final de dezembro de 2020, entrou em contato por whatsapp, e comentou: “Vou mandar pra você umas coisas que encontrei, bem interessantes...” E encaminhou diversos artigos, em que vemos entrevistas e fotos tanto do sr. Jayme, pai de Marcelo, como da sinagoga de Piracicaba, e de pessoas que pertenceram à comunidade judaica da cidade... artigos que foram publicados tanto na Revista Shalom 440 (de outubro de 2006), como na Revista da Chevra Kadisha (junho de 2008), no Jornal de Piracicaba (01 de agosto de 1994, 24 de setembro de 2006,15 de janeiro de 2012), além do artigo da então vereadora Laurisa, também publicado no Jornal de Piracicaba (21 de agosto de 2001), o informe do Processo de tombamento e o “Parecer do Ipplap” sobre o tombamento. Marcelo contou que “Ao ser notificado, o proprietário demoliu o imóvel imediatamente.” E, sobre seu pai, escreveu: “Ele era um ativista e apaixonado da comunidade... Lógico que pode compartilhar! Será ótimo” Em relação à sinagoga, lembrou: “Acho que antes disso houve outros negócios lá, antes de ser vendida para funcionar como depósito de móveis usados”.

Em relação ao artigo da Revista da Chevra Kadisha, o mesmo está disponível na internet, onde lemos: “Informe da Chevra Kadisha: Edição nº32 - Ano 12 - Junho 2008. Museu Aberto do Embu recebe vestígios recolhidos de cemitério de Piracicaba O Museu Aberto do Cemitério Israelita do Embu - área destinada ao sepultamento de judeus, cujos corpos foram exumados de cemitérios públicos - recebeu, em 17 de março último, três ossadas de crianças falecidas no final dos anos 20 do século passado e que estavam enterradas na cidade de Piracicaba. A exumação dos vestígios dos primos Anna e Arthur Polacow e de Caio Krasilchik do Cemitério da Saudade foi acompanhada pelo professor Abrão Bernardo Zweiman, da Chevra, e pelo comerciante Jayme Rosenthal, representante da comunidade judaica local. A Chevra sempre se preocupou em resgatar restos mortais de integrantes do ishuv de cemitérios não judaicos. “Fazemos essa busca porque, para o judaísmo, é uma grande mitzvá possibilitar o ritual judaico aos nossos irmãos que, por algum motivo, não o tiveram”, explica Zweiman. O primeiro campo-santo israelita do Estado de São Paulo, o de Vila Mariana, só foi inaugurado em 1924 e, mesmo assim, muitas famílias judias residentes no interior paulista sepultavam seus parentes nos cemitérios locais...” E aqui compartilho a foto encaminhada por Marcelo Rosenthal.

Detalhes dos demais artigos serão compartilhados nos próximos posts.

Sueli Miriam Duhovni, no Facebook, comentou: “Parabéns por esta postagem. Minha mãe que de solteira de chamava Eva Rosental era filha de Anita Krasilchik e casou-se com Marcos Rosental. Foram morar em Ribeirão Preto. Mas lembro de minha mãe sempre falar de primos e familiares de Piracicaba. Pena não conhecemos ninguém, mas esses sobrenomes minha mãe sempre falava deles. É muito bom conhecermos nossas origens. Lê dor vá dor”.

E você, possui alguma informação, fotos, memórias, documentos sobre a sinagoga e comunidade judaica de Piracicaba? Deixe um comentário ou escreva para mim, myrirs@hotmail.com